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Podcast Dragão Brasil 78: A Força do Grande Antigo!

Trazido por cultistas mal-encarados, chegou seu podcast favorito!

No podcast de hoje, J.M. Trevisan compra coisas e dá suas primeiras impressões do Pulse 3, headset oficial do Playstation 5. Além disso, tráz de leve a WWE de volta ao podcast, comentando rapidinho o NXT Takeover: War Games do último domingo. Já Felipe Della Corte confessa vergonhosamente seu tempo sem jogar rpg, enquanto derrete-se falando de fornos e air fryers. Para terminar, Karen Soarele conta tudo sobre este fim de ano maluco, com a entre de Tormenta20 e a campanha de financiamento coletivo monstruosa e ciclópica do Jovem Nerd no Catarse! E claro, a gente ainda conseguiu falar umas besteiras e responder as perguntas dos Conselheiros!

Para escutar, clique no player acima.

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Twtich da Jambô: twitch.tv/jamboeditora

Livro novo de Eduardo Spohr: Santo Guerreiro – Roma Invicta

Créditos
Participantes:
J. M. Trevisan (Twitter | Livros), Karen Soarele (Twitter | Livros), Felipe Della Corte (Twitter)
Edição: Adonias Marques (Instagram)

Nerdcast RPG: Coleção Cthulhu bate recorde nacional de financiamento coletivo

No dia 4/12, foi anunciada uma campanha de financiamento coletivo para comemorar o episódio final do Nerdcast RPG. A campanha intitulada Nerdcast RPG: Coleção Cthulhu é promovida pelo Jovem Nerd em parceria com a Jambô e celebra a aventura dos personagens com uma série de recompensas que incluem romances, graphic novels e estatuetas dos personagens.

O mais incrível disso tudo é que apenas 2 horas após o lançamento, a campanha bateu a meta de R$300.000,00. E em menos de 24h de campanha, quebrou o recorde nacional de valor arrecadado no Catarse!

No momento em que esta matéria está sendo escrita, o Nerdcast RPG: Coleção Cthulhu já arrecadou R$ 5.260.926 e conta com quase 11 mil apoiadores!

Nerdcast RPG: Coleção Cthulhu bate recorde de financiamento coletivo

Atingir 1753% da meta inicial permitiu ao projeto acrescentar muito mais recompensas do que o esperado pelo mesmo valor de apoio, tornando muito mais interessante apoiar neste momento.

Tendo atingido todas as metas estendidas propostas inicialmente, a produção da campanha criou novos círculos de metas estendidas. Neste momento, a campanha conseguiu passar pelo 2º e 3º círculos de metas estendidas.

Agora, o objetivo é fechar o 4º círculos. Confira todos os detalhes da campanha Nerdcast RPG: Coleção Cthulhu em: http://nerdcastrpg.com.br/

O que é a campanha Nerdcast RPG: Coleção Cthulhu

O Nerdcast é o maior podcast do Brasil! Promovido pelo Jovem Nerd, toda semana, os participantes falam sobre filmes, séries, livros, quadrinhos e outros assuntos.

Uma vez por ano, entretanto, o podcast tem um episódio especial, no qual o elenco vive aventuras épicas. Estes episódios formam o Nerdcast RPG. Na série atual, o Nerdcast RPG está enfrentando os monstros de Cthulhu.

Os três primeiros episódios já estão no ar, você pode escutar aqui. Agora, o quarto e último está chegando. Ele vai ao ar no dia 25/12. E para celebrar, foi lançada a campanha Nerdcast RPG: Coleção Cthulhu!

Nerdcast RPG: Coleção Cthulhu bate recorde de financiamento coletivo

Entre as principais recompensas da campanha estão:

  • Um romance em dois volumes escrito por Leonel Caldela;
  • Uma graphic novel assinada por Fábio Yabu e Fred Rubim;
  • Colecionáveis dos personagens em tamanho real e feitos em metal (o relógio de bolso de Faraday, o crucifixo de Don Azaghal, o soco-inglês de Buffalo, o cantil de O’Flanagan e o caderno de anotações de Venkman);
  • Uma estátua de Cthulhu exclusiva, limitada e numerada.

Além disso, entre as metas estendidas atingidas estavam:

  • Um livro-jogo escrito pela autora Karen Soarele;
  • Artes exclusivas e adição de páginas de histórias nos romances, graphic novel e livro-jogo.

Você pode conferir todos os detalhes da campanha Nerdcast RPG: Coleção Cthulhu e fazer o seu apoio a partir de R$10 neste link: http://nerdcastrpg.com.br/

Podcast Dragão Brasil 77: Adulto aos 45!

Em entrega expressa, chegou seu podcast favorito!

No podcast de hoje, J.M. Trevisan atira pra tudo que é lado e fala de Playstation 5, Star Wars (sem o Gui no elenco, o que é um crime pelas nossas leis), Mandalorian e mais uma porção de coisas. Della vive a aventura da mudança de casa e o drama da volta ao vício em Gloomhaven. E Rafael Dei Svaldi relata uma experiência traumática de viagem no tempo com os Correios, constata que chegou à vida adulta aos 45 anos e nos conta como é o Foundry VTT, mais um aplicativo para jogar RPG de mesa à distância. E tem mais bobagens e as perguntas dos Conselheiros, claro!

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Twtich da Jambô: twitch.tv/jamboeditora

Livro novo de Eduardo Spohr: Santo Guerreiro – Roma Invicta

Créditos
Participantes:
J. M. Trevisan (Twitter | Livros), Felipe Della Corte (Twitter),
Edição: Adonias Marques (Instagram | Portfólio)

Nerdcast RPG: Coleção Cthulhu – Jovem Nerd e Jambô Editora unem forças!

Nerdcast RPG: Coleção Cthulhu

Começou! Já está no ar o financiamento coletivo do projeto Nerdcast RPG: Coleção Cthulhu, e a Jambô vai fazer parte dessa jornada produzindo todo o material da coleção. Colaborando com a campanha, você vai estar fazendo parte de uma parceria que nem os Antigos esperavam: a união entre a qualidade do produtos Jovem Nerd com a qualidade dos produtos da Jambô Editora! Você pode apoiar o projeto aqui.

NerdCast RPG, a mesa oficial do maior podcast do Brasil

O público brasileiro de podcast conhece o NerdCast. O programa é o maior e mais renomado do tipo no país, e toda sexta-feira reúne Alexandre Ottoni, o Jovem Nerd, e Deive Pazos, o Azaghal, para conversar com convidados sobre diversos assuntos, como cultura pop, história e tecnologia. O NerdCast RPG é um programa especial no qual os participantes fazem uma mesa do nosso querido hobby. Nessas sessões, eles jogam em um cenário pré-Segunda Guerra Mundial inspirado no mito de Cthulhu, da obra do mestre do horror cósmico H. P. Lovecraft.

A mesa é mestrada pelo maligno Leonel Caldela, um dos criadores de Tormenta e romancista parceiro do Jovem Nerd! Suas vítim… digo, jogadores, são o Jovem Nerd, AzaghalTucanoCarlos VoltorRex e Sr.K.

NerdCast RPG: Coleção Cthulhu — recompensas incríveis por grandes artistas

O aguardado ultimo episódio da campanha vai ao ar no dia 25 de dezembro, e para celebrar o sucesso do NerdCast RPG, foi lançado o NerdCast RPG: Coleção Cthulhu, um financiamento coletivo com a edição definitiva do cenário, além de outras recompensas produzidas com muito cuidado por um time incrível de artistas nacionais!

Dentre elas, teremos um novo romance de Leonel Caldela em dois volumes e uma graphic novel por Fábio Yabu e Fred Rubim! Além de estatuetas, pôsteres autografados e pertences dos personagens em tamanho real. Já em relação àss recompensas estendidas, temos ainda mais uma graphic novel pelos artistas Alice Monstrinho e Matteo Santos e um livro-jogo pela romancista de Tormenta Karen Soarele.

Além disso, há uma recompensa especial para apoiadores do primeiro final de semana: uma estatueta do Billy!

Quando a Jambô encontra Cthulhu

Como dito, nós da Jambô somos os responsáveis pela produção das recompensas da campanha Nerdcast RPG: Coleção Cthulhu. Você pode esperar então por obras com a já esperada qualidade de Leonel Caldela e Karen Soarele. Além disso, contará com toda a dedicação para entregar algo de alto nível, algo pelo qual nosso editor-chefe Guilherme Dei Svaldi e nosso diretor de arte Dan Ramos, responsável pela programação visual do Tormenta20, são conhecidos! Além, é claro, do orgulho que sentimos de estar em um projeto desses com a equipe do Jovem Nerd e artistas como Fábio Yabu, Fred Rubim, Alice Monstrinho e Matteo Santos.

“Quero participar… Onde seu assino?!”

Para participar do financiamento coletivo, basta acessar o link da campanha e fazer seu cadastro no Catarse. É muito importante preencher a inscrição com cuidado, pois é a partir dela que as recompensas serão entregues. Depois, basta escolher os apoios desejados e suas respectivas recompensas no site Nerdcast RPG: Coleção Cthulhu. O frete será calculado automaticamente pela plataforma, então assim que seu apoio for confirmado e a campanha chegar ao fim, tudo estará certo para você receber suas recompensas em casa.

Agora é só se preparar para uma alta dose de nerdice e horror cósmico! 😀

 

Brigada Ligeira Estelar: o Sultanato de Escher

Uma frota espacial nômade para suas campanhas de Brigada Ligeira Estelar!

A Brigada Ligeira Estelar não está sozinha no combate aos Proscritos.

Há frentes de voluntários — e, principalmente, frotas corsárias voltadas a colaborar com o esforço de guerra contra os proscritos. A mais famosa delas é a frota liderada pela nave Cormorão, dos irmãos Almadén.

Mas a mais ambiciosa e preocupante, do ponto de vista político, é o Sultanato de Escher — comandado por  Omar Yagur Hummel-Heinz Escher, de Ottokar. Ele é mais conhecido como o Príncipe Abutre.

Omar é um nobre que virou corsário em meio ao caos da invasão interestelar. Ele atua por toda a ponta do Sabre resgatando e pilhando locais já cruzados pelos Proscritos.

Quem é Omar Escher?

Omar é nativo de Ottokar, mas descende da mistura de casas nobres remanescentes de várias ondas colonizadoras do planeta no passado. Isso explica sua ligação com tantos ramos colaterais de casas que, em alguns casos, desapareceram em seus mundos natais.

Essas casas híbridas criaram tradições próprias do caráter de “nobres em exílio” e “estranhos numa terra estranha” da sua presença em Ottokar. Entre estas, estão equipar seus herdeiros não apenas com um robô hussardo — mas com tropas — e enviá-los contra algum desafeto ou vizinho vulnerável para tomar territórios.

No caso do Omar, sua família fez inimigos demais — então, quando o pai o armou, entregou-lhe tropas e disse: “vá e conquiste, meu filho!”

Reviravolta

Mas o domínio-alvo estava BEM mais armado do que o esperado. Senhores de domínio rivais enviaram reforços para armar-lhe uma emboscada.

Quando o pai mandou mais tropas para apoiar o filho, seus rivais caíram em bloco sobre as terras temporariamente BEM menos guarnecidas da família.

Eles acabaram com os domínios dos Escher, mas Omar conseguiu escapar com suas tropas da emboscada — e as agregou a estes soldados fugidos das terras de seus pais.

Quando as coisas estavam nesse ponto de incerteza e vulnerabilidade, os Proscritos chegaram. E a desgraça de Ottokar foi a janela de oportunidade para ele e os seus se safarem — por serem, nesse exato momento, um senhor de domínio com uma tropa em movimento.

Nasce o Príncipe Abutre

Omar poderia ter virado mais um caudilho ou senhor da guerra. Porém, a forma como viu seu mundo virar duas vezes de ponta-cabeça em tão pouco tempo lhe pôs o alerta na cabeça:

“Se não puder correr mais do que a fera, corra mais do que as outras presas ao menos. Parar é morrer.”

Assim começou seu mergulho em uma trilha de nomadismo e pilhagem para viver, indo, vindo e dando voltas em Proscritos, rivais e outros para sobreviver, saqueando tudo o que pudessem carregar — e resgistrando o que não pudessem em mapas.

No processo, eles foram arrumando naves, resgatando sobreviventes e criando jeitos de mover mais gente, com mais rapidez — e mais pilhagem.

Em algum ponto do caminho, Omar comprou sua Carta de Corso, passando a ser conhecido como o Príncipe Abutre.

Surge o Sultanato

Omar e seu bando se adaptaram a viver na crista da onda do vagalhão Proscrito, chegando um pouco antes como alarme e um pouco depois como times de resgate, seja humano ou dos despojos de guerra — e eventualmente as duas coisas.

Omar tem também certa notoriedade — claramente exagerada, sem dúvida — por ter se envolvido com mais de uma donzela (das mais variados estratos sociais) resgatada nessas andanças e ao invés de ser recompensado, terminar envolvido em duelos com esposos, noivos, pais, filhos ou irmãos ultrajados…

… mas rumores são rumores. Acredita nessa fama quem quiser.

A Frota do Sultanato

“Sultanato de Escher” não passa de um nome de pretensão dado por Omar.

O tempo a tornou uma frota de refugiados e um armazém móvel — uma caravana espacial que serve de ponto de parada e comércio primariamente para seu bando, mas aberta a contato com quem ele queira manter boas relações.

As naves do Sultanato também pousam em planetas quando um lugar é confirmado como seguro mas a própria devastação e insegurança da região — locais sem infraestrutura para reconstruir, eventuais senhores da guerra dispostos comprar briga pelo terreno… ou pior, forças Proscritas — tornam difícil a esperança de se fincar raízes em algum lugar.

Mas por essa razão, Omar tem uma frota crescente em mãos, mesmo sendo primariamente composta de cargueiros cheios de refugiados não-combatentes.

Porque a Brigada Ligeira Estelar deveria se Preocupar?

O nome do Sultanato pode ser uma piada — mas também uma declaração de intenções velada.

A princípio eles parecem um misto de caravana mercante com frota corsária — mas há quem fale sobre a possibilidade de torná-la um protetorado autônomo no espaço, como algumas estações espaciais já tentaram através do precedente da Estação Parlamentar.

Para complicar tudo, eles representam um recurso estratégico preocupante — mas de grande valia — para aliados de ocasião, como o Império ao qual deve sua Carta de Corso… mas também para parentes distantes, forçados a entrar em brigas de família indesejadas. Aí tudo depende de situação e favores trocados, é claro.

Boatos e Rumores

  • o Príncipe Abutre, segundo alguns, pretende fazer da horda de refugiados o núcleo de um futuro império, assim como Falconeri o fez no passado — não apenas em suas naves mas em Ottokar, Uziel, Aliança das Seis Luas, Saumenkar, Villaverde, Winch e, inacreditavelmente… Altona. Ou será (caso isso seja verdade) que a escolha desse planeta tem algum motivo em especial?
  • Uma nave menor de sua frota aonde ele estava presente foi supostamente avistada nos limites do sistema mais longínquo do Império por piratas espaciais — junto a estranhas naves jamais vistas antes. Há quem fale de contatos seus além da Constelação… ou da captura de alguns geradores de buraco de minhoca Proscritos, permitindo a ele investigar sistemas distantes.
  • Fala-se pelos cantos: Yetta Garra de Ferro (ver Belonave Supernova) está viva e foi escondida por Omar Escher em meio a operações de resgate em Uziel. O príncipe-regente suspeita disso mas não pode acusá-lo — visto sua colaboração em esforços de reconstrução e contenção de desordem no planeta. Mas será que isso não é intriga de gente invejosa… ou que tem a ganhar com a fragilidade do poder regencial?

     

Mais Boatos e Rumores

  • De acordo com algumas pessoas, o Sultanato de Escher só existe graças a um patrono misterioso. Após esbarrarem com um grupo de membros do Círculo da Espada aonde TODOS (até as damas) tinham rixa com o Príncipe Abutre, há quem aposte nessa organização: o número de membros dela na Ponta do Sabre quintuplicou com a entrada de vários inimigos, desafetos e familiares indignados de casos passados — e enquanto Omar estiver vivo e em movimento, ela não deve parar de crescer!!!
  • Aqueles a saber da existência dos Peregrinos do Infinito tendem a apostar neles como esse patrono, se ele existir. Mesmo se eles não o forem, o Príncipe Abutre provavelmente já os conhece e certamente vê neles o potencial de grandes acordos de negócios fora dos radares das autoridades.
  • Sabe-se de tensões entre a frota do Cormorão e a frota do Sultanato. Dizem, entretanto, que o verdadeiro motivo da capitã corsária Mistral Almadén não gostar de Omar foi por ele ter dado em cima dela, ou do seu irmão Clavis Almadén, ou (dependendo da versão) dos dois. Versões mais cabeludas sugerem que ele PEGOU a ele, ou a ela, ou a ambos… e depois deu treta. Há também quem diga que eles nem se encontraram pessoalmente — mas fofoca é um telefone sem fio que não acaba mais!

Nas Campanhas de Brigada Ligeira Estelar

O Príncipe Abutre não é flor que se cheire.

Ele é falastrão e amistoso — mas trai em um piscar de olhos caso as circunstâncias mudem. Às vezes, trocando de lado múltiplas vezes na mesma história. Ou episódio. Ou cena.

Por outro lado, ele pode ser bem útil para os personagens jogadores. Ele não é apenas um corsário fazendo pilhagens — com ele, é possível fazer compras úteis de despojos de guerra. Afinal, ele ainda é um mercador.

Além disso, há coisas que não deveriam ser vendidas, e sim entregues às autoridades. Ele pode muito bem contribuir com tecnologia ilegal não-registrada para os jogadores, caso se feche um olho para suas irregularidades.

E claro, há o fato dele comandar uma frota corsária e mercante — tornando-o uma ameaça para piratas espaciais ao circular pela Ponta e pelo Fio do Sabre. Para muitos refugiados, ele se tornou uma chance de vida digna.

Por outro lado, seu comportamento… sedutor com quem lhe despertar interesse pode enfiar a ele e os personagens em encrencas: ele pouco se importa com consequências e rapidamente vai pôr o pé na estrada — mas os problemas acontecerão mesmo assim. Isso pode ser fonte de muita diversão na mesa de jogo.

Divirtam-se e até a próxima!

Arte do cabeçalho: o Príncipe Abutre em pessoa por Tabby Kink e Rodrigo de Salles.

Twitter de Brigada Ligeira Estelar: https://twitter.com/BrigadaEstelar
Blog oficial de Brigada Ligeira Estelar: https://brigadaligeiraestelar.com/

Instagram de Brigada Ligeira Estelar: https://www.instagram.com/brigadaligeiraestelar

Resenha do livro “O Tratado dos Mil Cantos”

O tratado dos mil cantos

À primeira vista o leitor pode estranhar um pouco como foi feita a organização de apresentação de “O tratado dos mil Cantos”. O autor preferiu organizar a sua narrativa mesclando acontecimentos do passado com o presente. A partir dessa cronologia, é apresentado para o leitor uma mitologia muito rica inspirada na antiga Mesopotâmia. Neste universo as pessoas podem manipular a água, o fogo, o ar, a terra, a luz e as trevas.
Nesse sentido, compreende-se que dois poderes dicotômicos que existiam ou era temido ou era muito desejado: as trevas e a luz. Se por um lado o poder da luz é raro e muito cobiçado devido as façanhas que poderia realizar, tal como curar. Por outro lado, o poder das trevas é, de certa forma, proibido.

O Tratado dos Mil Cantos: Uma boa história é feita de bons personagens

A história nos apresenta quatro personagens manipuladores de alguns dos elementos citados anteriormente que buscam chegar a um local sagrado para a realização de um ritual que decidirá o destino daquele mundo. É a partir dessa breve contextualização que entraremos em um dos aspectos mais importantes de uma narrativa: os personagens. Todo jogador de RPG sabe que os personagens são as peças mais essenciais para a construção de qualquer texto e quando a narrativa já é fantástica isso ajuda ainda mais na formação de personalidades.

Uma boa personagem carrega consigo elementos necessários que levará a narrativa adiante. Em O tratado dos mil Cantos, o autor nos apresenta quatro personagens extremamente fortes e trabalhados. Cada um com o seu passado contribui para o momento presente do livro, mas o que mais se destaca na história é que todos eles possuem algo em comum: a perda.

O abandono do passado em busca do amanhã

Com o passar de cada página é possível estar próximo desses personagens, cada um carregando em suas histórias pessoais o fardo de precisarem lidar com alguma privação, seja de um reino, de sua família, de sua liberdade… Todos estão entrelaçadas por algo que já foi perdido em seu passado e que culminou no encontro delas no presente. A partir disso o livro nos traz para uma reflexão para além das páginas: mesmo que tenham tirado de você algo muito importante e que as vozes de outrora insistam em dizer que o caminho tende sempre ser escuro e solitário, cabe a nós, em nosso presente, pegar o que é mais forte em nós mesmos e lutar por um hoje e um amanhã que acreditamos ser melhor.

Podcast Dragão Brasil 76: Síndrome de Estocolmo Gamística

Do meio das estrelas, chegou seu podcast favorito!

No podcast de hoje, J.M. Trevisan fala tudo o que ainda não foi dito sobre seu novo filho, o Playstation 5, Karen Soarele vive uma situação de sequestro mental com o game For the King (que é bom, mas é ruim, mas na verdade é bom), Camila Gamino conta como finalmente conseguiu jogar RPG com Felipe Della Corte, e nossa estreante, Marcela Alban, autora de Astral, confessa como foi sugada para o mundo das guildas de Tormenta! Temos também as dúvidas dos Conselheiros e muita bobagem!

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Livro novo de Eduardo Spohr: Santo Guerreiro – Roma Invicta

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J. M. Trevisan (Twitter | Livros), Karen Soarele (Twitter | Livros), Camila Gamino (Twitter), Marcela Alban (Twitter | Livros)
Edição: Adonias Marques (Instagram)

Dragão Brasil 161: overview da edição de novembro

Dragão Brasil 161: overview da edição de novembro

Prontos? Então, aqui vai o overview da Dragão Brasil 161, a edição de novembro!

Matéria de capa e principais destaques

Na matéria de capa alternativa da Dragão Brasil 161, o Felipe Della Corte nos trouxe uma novidade envolvendo o Tormenta20. A Jornada Heróica: Coração de Rubi é uma campanha completa que pode ser jogada do nível 1 ao 20, contém todos os cenários, NPCs e desafios. O livro de aventuras é uma das metas estendidas da campanha de financiamento coletivo do Tormenta20.

A matéria tem uma ilustração inédita feita pelo Ricardo Mango.

Matéria de capa alternativa da Dragão Brasil 161

Além disso, a Dragão Brasil 161 conta com:

  • Dicas de mestre: Paladino nos fala sobre como as dinâmicas de grupo podem afetar uma aventura, quais são regras e mecânicas dos grupos e quais benefícios vem com eles. Além disso, ele nos dá um exemplo de organização para Tormenta20.
  • Toolbox: Leonel Caldela nos traz mais uma parte da série sobre criação de campanhas. Dessa vez, ele fala mais especificamente sobre as tabelas de encontros aleatórios, um recurso que foi bem recebido pelos jogadores da campanha canônica Fim dos Tempos (jogada todas as quintas, às 20h, na nossa Twitch).

Toolbox da Dragão Brasil 161

  • Caverna do Saber: Felipe Della Corte fala sobre a derrota e nos dá dicas de como superar esse resultado ruim da melhor maneira.
  • Gabinete de Saladino: Rogerio Saladino nos traz o terror indiano de Ghost Stories, que pode ser visto na Netflix.
  • Além disso, temos a nova coluna da DB: Os Gloriosos Diários de Arius Gorgonius Dubitatus, personagem de Fim dos Tempos, jogado por Guilherme Dei Svaldi, que traz uma visão única sobre as aventuras da mesa canônica de Tormenta20 mestrada por Leonel Caldela.

Notícias do Bardo

A Dragão Brasil 161 também traz as tradicionais Notícias do Bardo, que anunciaram o Almanaque Dragão Brasil e falaram sore Thordezilhas, Conan: Aventuras em uma Era Inimaginável, Culto ao Lhu e Invincible Sword Princess.

Resenhas

Também como de praxe, temos 3 resenhas na Dragão Brasil 161. Davide Di Benedetto resenhou a nova série do Globoplay, Desalma. Rogerio Saladino trouxe sua opinião sobre Os Novos Mutantes, e Glauco Lessa falou sobre o novo The Twilight Zone.

Outros destaques

E enfim, temos os demais destaques. No Pergaminhos dos Leitores, os apoiadores mandaram suas dúvidas e comentários para serem respondidos pelos editores e colaboradores na edição.

No Pequenas Aventuras desta edição, o Davide Di Benedetto nos leva numa aventura espacial. Enquanto em Chefe de Fase, o Thiago Rosa nos trouxe informações de como utilizar personagens de One Piece em aventuras.

Na adaptação de outubro, que é capa da edição, o Thiago Oriebir trouxe como adaptar Genshin Impact para 3D&T.

Genshin Impact para 3d&t na dragão brasil 161

Nesta edição, temos o conto “Norte Vermelho” de Glauco Lessa. A tradicional Gazeta do Reinado traz notícias do mundo de Arton.

No Encontro Aleatório, Mestre Pedrok falou sobre Skyfall. Bem como em Tesouros Ancestrais, Paladino, Saladino, Armageddon e Cavaleiro Morto nos trouxeram regras para adaptar Holy Avenger para 3D&T e Tormenta20.

Sobre a Dragão Brasil

A Dragão Brasil é uma revista de RPG, literatura fantástica e cultura nerd. A princípio, vendida nas bancas na década de 90, ela está de volta desde 2016 em formato digital, sendo desenvolvida pela mesma equipe dos primórdios. Todos os meses, traz conteúdo inédito de grandes nomes do mercado nacional com adaptações, contos, resenhas, notícias e dicas para mestres e jogadores.

A revista é mantida por meio de financiamento coletivo recorrente, ou seja, ela existe graças aos leitores! Seja você também um dos nossos apoiadores e receba conteúdo exclusivo todos os meses! Quanto mais pessoas se unirem a nós, mais metas serão batidas e melhor a revista fica. A partir de R$ 7, você já garante sua revista e nos ajuda neste projeto!

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*As promoções não são cumulativas e não são válidas para produtos não-livros (como camisetas e medalhas) e para produtos de Tormenta20.

Como o jogador pode influenciar a narrativa no RPG

Quando jogamos RPG, algumas vezes pode parecer que a influência do papel do jogador sobre a história é bem mais limitada do que a do narrador —  principalmente para pessoas novas no hobby. Isso pode levar a jogos mais estáticos, onde o grupo apenas reage ao que o narrador fala, nunca sugerindo maneiras de como a história pode seguir em frente. Hoje eu vou dar algumas dicas de como você pode influenciar a narrativa como jogador, ajudando o grupo a desenvolver uma história divertida e interessante.

Interprete o seu personagem como se ele fosse real

Pense no seu personagem não só como o seu avatar no mundo do jogo, mas também como uma pessoa real. Ele pode ter família, amigos e conhecidos. Ele tem ideias sobre o que é certo ou errado e também tem objetivos, convicções, crenças ou até superstições.

Claro, você não precisa (e nem deve!) decidir tudo isso antes do jogo, mas à medida que o narrador apresenta situações, lugares e personagens, pense nesses elementos e em como eles podem guiar a sua interpretação. Um bom hábito é se perguntar frequentemente “como o meu personagem está se sentindo agora?”, e então reagir de acordo, descrevendo suas ações para o grupo.

Por exemplo, como o seu personagem se sente estando de volta à cidade onde traiu um chefe do crime? Ao receber uma missão que envolve resgatar uma criança da idade de seu filho, que deixou em casa? Ou ao ter sido forçado a fazer algo que sua divindade não aprova? Note que esses detalhes podem ser definidos no decorrer do jogo – apenas confirme com o narrador se está tudo bem. Sua interpretação a partir desses elementos irá inspirar novas cenas e interações entre os personagens e, dessa forma, influenciar a narrativa.

Crie oportunidades para os outros PJs

Um dos papéis do mestre é o de balancear quanto “tempo de tela” cada personagem tem. Isso garante que todos terão oportunidades iguais de fazer contribuições para a história. Entretanto, isso é algo que os jogadores também podem ajudar a fazer.

Claro que todos gostamos de ver nossos personagens brilharem, mas também procure por momentos em que o seu personagem pode criar oportunidades para que os personagens dos outros jogadores entrem em ação. Para isso, entenda as habilidades e interesses dos seus aliados e interprete essa passagem do holofote no jogo.

Ao chegar em uma cena de crime, por exemplo, vire para o investigador do grupo e pergunte o que ele acha. Ele, por sua vez, ao achar um artefato misterioso, pode se voltar ao personagem mais erudito do grupo e perguntar se ele já viu algo parecido antes. Se todos no grupo estiverem atentos para esses momentos, o resultado é uma narrativa mais dinâmica, em que todos os personagens são igualmente importantes.

Dê combustível para a narrativa

Muitas vezes em filmes e livros vemos os protagonistas tomarem decisões que os trazem problemas. Às vezes eles vão a algum lugar sabendo que há uma armadilha, outras vezes eles fazem perguntas demais e atraem atenção indesejada. Seja como for, essas decisões trazem conflitos para a história e a tornam mais interessante.

Alguns jogadores, entretanto – talvez por experiências passadas ruins – tendem a elaborar demais algumas ações ou planos, buscando blindar seu personagem de qualquer consequência negativa que possa sofrer. Em exagero, isso pode criar situações onde o jogo fica travado em cenas de discussão e planejamento, sem avançar a história.

Portanto, não deixe que o medo das adversidades o impeça de continuar avançando o jogo. Claro, procure tomar decisões e criar planos inteligentes, mas quando problemas interessantes estiverem no horizonte, vá com tudo. Certamente será muito mais divertido.

Por fim, ajude a criar o cenário

Ao apresentar uma cena, dificilmente o narrador diz tudo que há nela. É natural, pois o ato de narrar se apoia bastante na capacidade da nossa imaginação de completar lacunas onde necessário – e além disso, é muito tedioso descrever todos os detalhes de uma cena. Isso significa que existe bastante espaço para os jogadores inserirem elementos em que têm interesse. Essa é outra maneira de influenciar a narrativa, e a melhor forma de fazer isso é perguntando ao narrador.

Alguns exemplos de perguntas são: “Eu vejo alguém da minha antiga gangue enquanto andamos pela cidade?”, “Há uma carroça ou algo que eu possa usar para pular nele?”, “Tem um templo do meu deus nesse vilarejo?”, “Há algum compartimento secreto no hangar?”, “Tem alguém que eu conheça na caravana que acabou de chegar?”. O narrador pode responder com algo que ele já havia pensado, inventar algo na hora ou até devolver a pergunta para você!

É claro que essas perguntas são sugestões de coisas que você gostaria de ver acontecendo na narrativa. Pegar essa contribuição e adaptá-la para o cenário e tom do jogo é um dos trabalhos do narrador, portanto não se preocupe e use as características do seu personagem para inserir elementos capazes de gerar cenas interessantes.

*****

Seguindo essas dicas, ou tomando qualquer atitude que ajude a compor a narrativa com o mestre,  você colabora com uma aventura mais rica e memorável para todos os envolvidos, afinal, os PJs são os protagonistas da história sendo construída.

Você também tem alguma dica de como os jogadores podem influenciar a narrativa na mesa de RPG? Compartilha com a gente nos comentários.

Ex Tenebris, Lux: uma música sobre a Tormenta pelo bardo Victor Lucky

ex tenebris lux

Nós aqui na Jambô ficamos muito empolgados quando Victor Lucky, a misteriosa entidade que habita o Twitter e grupos de Discord, lançou seu single Ex Tenebris, Lux, inspirado no romance O Terceiro Deus, de Leonel Caldela. Aproveitando o lançamento e a recepção que a comunidade teve do projeto, trouxemos o bardo em pessoa para falar como foi o processo de criação da música e do clipe!

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Ex Tenebris, Lux: Transformando a Tormenta em música

Por Victor Lucky

No dia 14 de novembro, lancei meu primeiro single: Ex Tenebris, Lux. Inspirado no cenário de Tormenta, decidi escrever e produzir uma canção que falasse dos Cavaleiros de Corvo, a ordem de cavalaria que apareceu em O Terceiro Deus, um dos romances do cenário.

Minha música tem sido muito bem recebida pelos fãs do cenário e até mesmo pela equipe que produz e escreve o meu RPG favorito no mundo. Com toda essa recepção, muitas pessoas quiseram saber mais sobre o processo de composição e produção. Estou aqui para falar um pouco sobre esse isso e responder a algumas dúvidas comuns.

Transformando inspirações em ideias

Escrever uma música é muito parecido com contar uma história. Você precisa de um tema, de argumentos, conflitos e resoluções. Mas o começo do processo é sempre uma ideia. Que história você quer contar? Eu queria falar sobre os Cavaleiros do Corvo. Queria que fosse uma “música de guerra”, algo simples, mas eficiente, que contasse a história indo direto ao ponto.

Ir direto ao ponto foi o primeiro obstáculo. Sempre fui tecladista e resistir ao impulso de colocar várias camadas de teclados e orquestrações foi uma necessidade imediata. Preferi limitar os teclados apenas ao essencial e mantive o foco nas guitarras, que considero um instrumento poderoso, adequado a cavaleiros que arriscam a vida contra a Tempestade Rubra. Sentei-me com uma guitarra no colo e comecei a experimentar, assim surgiu a melodia que serviria como tema central da música.

O compasso 6/4 foi pensado para ser uma marcha misturada com uma valsa. Nenhum detalhe ocorre por acaso.

Quando terminei de escrever todo o instrumental, a música já tinha nome: Ex Tenebris, Lux foi batizada pelo lema dos Cavaleiros do Corvo, “das trevas, trago a luz”, misturado ao meu antigo caso de amor com a língua latina. Eu ainda não sabia que o título faria parte da letra, isso viria a seguir…

Português ou inglês? Quero ambos!

Qualquer fã de Power Metal conhece muito bem músicas que cantam sobre temas de heroísmo fantástico. Ainda que eu não considere Ex Tenebris, Lux como uma canção do gênero, é impossível não identificar influências e similaridades. Essas músicas são quase sempre cantadas em inglês, mas Tormenta é um cenário 100% brasileiro, e agora?

A ideia original sempre foi escrever a letra em português. Para mim não fazia sentido promover um lançamento anglófono inspirado em literatura brasileira. A ideia de fazer uma versão em inglês da letra veio depois, por sugestão de uma amiga, e acabou virando um “lado B” do projeto. Não é uma tradução exata, isso seria impossível, mas uma releitura da letra original. Dessa forma, o clipe e todo tema original do single seriam em português, mas com aquele extra para as pessoas que preferem ouvir temas medievais na língua inglesa.

Gravação e produção

Eu falei acima que escrever uma música é como contar uma história. Pois é, gravar uma música é como escrever um conto. É muito fácil se render ao impulso criativo de querer fazer tudo de uma vez só, mas a partir do momento em que já está tudo planejado, faz bem ter paciência e ir com calma. Impus uma limitação de gravar não mais que um instrumento por dia. Isso me obrigou a ter uma dose extra de carinho em cada etapa da produção. Cada parte gravada foi ouvida com atenção e regravada de acordo com a necessidade. Demorei horas para gravar todas as guitarras de maneira satisfatória, e tudo bem. O baixo me levou menos de 15 minutos, e tudo bem, também.

O vocal foi algo bem desafiador para mim. Não costumo cantar, mas quando canto, mostro claramente as minhas influências de música pesada. Gosto de gritar, fazer drives e efeitos com a voz, mas essa música era uma canção de guerra e nada disso era necessário. Cortei os excessos e investi numa linha vocal limpa e tranquila, com exceção do refrão que canta o título da música. O coro de “Cavaleiros do Corvo” evocando a frase em latim foi gravada em 7 partes sobrepostas, cada uma em um registro vocal diferente.

A mixagem e masterização são o polimento de qualquer produção. É o que transforma pedaços de música numa obra concisa. O maior desafio desse processo está na principal ferramenta utilizada: os ouvidos. Existem diretrizes e sugestões, mas no geral, é o ouvido do produtor que determina se está bom ou não. Para mim foi o processo mais longo e demorado, mas um dos mais gratificantes também. Ver sua performance bruta se transformando em algo que você se orgulha de ter feito é muito especial.

Câmera e ação!

Em algum momento pensei “já que vou lançar essa música, eu poderia fazer um clipe também, né?”. Imediatamente me imaginei gravando em alguma floresta, porque é isso que as bandas de Power Metal fazem. Mas só ir para o mato e gravar me pareceu meio sem graça, eu queria dar um contexto para o clipe, contar uma história junto com a música.

Foi quando surgiu a ideia de começar com uma “mesa de RPG”. Vazia, porque afinal a produção foi individual, mas viva de algum jeito. As vozes da “sessão” que acontece na mesa são de integrantes do meu querido grupo de RPG da adolescência. Foi com aqueles caras que conheci Tormenta, e foi com eles que cresci jogando 3D&T, GURPS, Pathfinder e uma quantidade obscena de Lobisomem. Pareceu a ideia perfeita na hora, e fiquei muito feliz que deu certo.

As imagens onde eu apareço foram filmadas pela minha esposa, Maurine Cardoso, e eu mesmo fiz as outras tomadas. O clipe foi inteiramente editado e produzido por mim e, surpreendentemente, deu bem menos trabalho do que eu esperava.

Claro que eu jamais faria um videoclipe inspirado em Tormenta sem evocar a clássica piada feita por Leonel Caldela num antigo Podcast da Dragão Brasil e hoje repetida o tempo todo: “tem que acabar o Victor Lucky”. Isso ficou como bônus para os observadores, bem no finalzinho do vídeo.

O valor de Sabedoria na ficha parece correto.

Tá na hora de lançar!

No final de setembro eu anunciei no Twitter que iria lançar um single inspirado em Tormenta. Começou ali um hype que eu não esperava, mas com o qual precisei aprender a lidar. A postagem foi curtida por bastante gente da comunidade e até por autores do cenário. Naquele momento, em que eu tinha acabado de gravar os vocais e ainda tinha muito chão pela frente, eu sabia que tinha que garantir que o produto final ficaria legal.

Eu ainda não tinha terminado a mixagem, eu ainda não tinha clipe, eu ainda não tinha uma capa. Mas como todo processo criativo, se resolveria com trabalho e determinação. Nas semanas que seguiram eu comentei no Twitter um pouco sobre atrasos que aconteceram, como eu estava aprendendo com o processo todo e sobre como eu aprendi que não adiantava reclamar, era necessário arregaçar as mangas e continuar seguindo em frente.

Até que veio o dia do lançamento, e o resultado está aí para todos os que quiserem ver e ouvir.

Vem mais coisa por aí?

Há algum tempo eu não escondo mais que tenho várias músicas inspiradas em Tormenta, a maioria ainda inacabada. Talvez a experiência de lançar Ex Tenebris, Lux seja o incentivo que preciso para terminar mais algumas e enviar para o público. É um trabalho completamente por amor, é fanart no mais puro sentido da palavra, mas dá um gosto imenso. Tormenta está comigo há tanto tempo que é de lá que veio o meu “nome artístico” que uso há quase tanto tempo quanto o cenário existe, “Lucky”, inspirado no bardo mais famoso de Arton.

Lançar esse single foi uma jornada incrível. Recomendo a qualquer um que queira tentar fazer algo parecido.

Arte da capa pelo talentosíssimo Marcelo Almeida (@marcelodigitalartist no Instagram).

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Bençãos da Deusa — Aventuras de improviso: o exercício das 3 palavras

3 palavras

Mestrando em sistema de Guilda (se você não sabe o que é, pode ler mais sobre aqui e aqui), me vi diante da seguinte situação: as pessoas estavam lá, disponíveis para jogar naquele mesmo dia ou no dia seguinte, e eu com vontade de mestrar, mas não tinha nenhuma aventura para o nível delas preparada. Então um amigo, durante uma conversa, me pediu 3 palavras aleatórias. Falei qualquer bobagem e ele criou uma aventura na hora, usando aquelas palavras.

Achei fantástico e em seguida resolvi tentar: pedi 3 palavras para ele e criei um plot em cima daquelas palavras. Foi uma experiência não só divertida, como também libertadora. Eu sempre digo que não tenho criatividade para pensar em plots para mestrar, e este exercício mostrou que se eu parar por alguns minutos, saem coisas legais. Neste dia, eu mandei os jogadores para a entrada da área de Tormenta de Tiberus usando as palavras batata, peteca e corno. Foi uma mesa tensa que eu adorei mestrar — e espero que os jogadores tenham gostado de jogar, apesar de algum trauma. 

Assim, pedi para alguns amigos 3 palavras enquanto escrevia este texto para mostrar pra vocês como funciona. Desde já, aviso que os plots serão inspirados em Tormenta 20, que é o que estou mestrando no momento.

Macarrão, gaivota e radioatividade

Puristas montaram um laboratório de testes nos limites com Svalas. Estão trabalhando com material radioativo para desenvolver geneticamente novos monstros e atacar o Reinado. Alguma coisa porém saiu errada: após uma explosão, uma gaivota gigante fugiu do laboratório e está aterrorizando as cidades mais próximas, além de roubar toda produção de macarrão dos arredores para se alimentar, principal atividade econômica da região.  

Parábola, inconstitucional e contagem

O Triunvirato de Tiberus tenta ainda manter a ordem e reerguer o que sobrou da cultura minotáurica. Porém, o senador Glabo Varaxus não concorda com o caminho conciliador e antiescravagista para o qual Pérola e Kelskan guiam sua civilização, e planeja um golpe inconstitucional. Ele irá sugerir uma eleição para novos membros e irá alterar a contagem de votos através de sua rede de influência política. Alguns de seus planos foram interceptados, mas não servem como provas porque estão escritos em código, como parábolas. O grupo precisa investigar e juntar provas para evitar que o povo minotáurico mergulhe novamente numa era de escravização.   

Seguro, trabalho e relatório

Um grupo de trabalhadores de uma mina de escavação de pedras preciosas em Trebuck consegue enviar uma mensagem pedindo ajuda. Eles foram contratados para trabalhar na mina com várias garantias, tendo sido assegurado que a maior parte do que fosse encontrado seria deles. Porém, a medida que o tempo foi passando e os relatórios foram mostrando que havia cada vez menos tesouros no lugar, o responsável os escravizou, retirando deles quase tudo que é garimpado. Sob forte vigilância e fracos pelas péssimas condições de trabalho, estas pessoas não têm como escaparem sozinhas. Precisam da ajuda de aventureiros capazes de acabar com este terror. 

Cachoeira, bolo e sertanejo

Os aventureiros são chamados por um nobre em Namalkah para resolver um problema: uma receita de um bolo de família, passado de geração em geração, foi roubada. Para protegê-la, existia uma única cópia. Eles devem investigar, descobrir e encontrar o responsável pelo roubo: uma sereia que se esconde em uma gruta atrás de uma linda cachoeira.  A forma de descobrir onde ela está é através de sua música, uma doce melodia sertaneja. Esta melodia, porém, quando ouvida por muito tempo, ou muito de perto, pode deixar fascinados aqueles de vontade fraca. 

*****

Viram como funciona? Levei cerca de 15 minutos pensando em cada plot. Claro que estes são ideias iniciais e algumas coisas precisarão ser organizadas, mas temos aqui o ponto de partida de várias tramas, pensadas como tipos diferentes de aventuras. No início, pode parecer meio assustador, mas vocês vão perceber que é mais fácil do que parece, e que pode ser muito divertido. Agora mandem mensagens para algum amigo, peçam 3 palavras e se divirtam com o caminho para onde esta aleatoriedade pode levá-los.

Agradecimento especial para Thiago Trot, que além de mandar 3 palavras foi quem me mostrou este método, e para Ricardo Correa, Lucas Felipetto e Diogo Stone, que mandaram 3 palavras para esta matéria.