Autor: Elisa Guimarães

Sal e Tormenta – Tesouro de Valkaria e Bombas de saber

BolÀ esquerda o Bolo de Valkaria sobre mesa de madeira e à direita 4 doces Bombas do Saber sobre prato branco

Olá, nesse mês especial temos postagem dupla de Sal & Tormenta.

Na semana passada, você conferiu a maravilhosa Ceia do Reencontro e suas aplicações em mesa de jogo. A ceia do Reencontro é um símbolo de união ao redor da comida, a celebração do dia que os colonos encontraram a grande estátua de Valkaria. Cheque o post completo aqui https://blog.jamboeditora.com.br/ceia-do-dia-do-reencontro/

Com o finalzinho do ano, também encerramos nosso ciclo de sobremesas em homenagem aos Deuses de Arton. Deixamos as favoritas por último, duas deusas muito importantes: Tanna-toh e Valkaria. A deusa do Conhecimento e a líder do Panteão, a criadora dos humanos.

Tesouro de Valkaria

Bolo de Valkaria Tormenta20

Esse doce é o favorito para os devotos comerem como sobremesa após a Ceia do Reencontro. Uma mistura de cores e sabores que com certeza vai agradar a todo mundo, repleto de elementos de diversas culturas e locais, Valkaria junta tudo e todos em uma deliciosa explosão de sabores.

Efeitos em Mesa

Uma vez nesse dia, você pode gastar uma reação e o efeito deste prato para receber +5 em um teste para evitar uma condição de paralisia.

Custo: T$ 20

Bolo de Valkaria Imagem fechada do Bolo de Valkaria, mostrando as frutas em cima, a cobertura de chocolate e o recheio verde no meio

Ingredientes

Massa

  • 8 ovos inteiros
  • 8 colheres de sopa de farinha
  • 8 colheres de sopa de açúcar
  • 3 colheres de sopa de hibisco em pó (opcional)

Recheio

  • 2 latas de leite condensado
  • 2 colheres de sopa de chocolate em pó
  • 1 colher  sopa de café de pó de café solúvel
  • 3 colheres de matcha

Cobertura

  • 250g de chocolate meio-amargo
  • 200g nata ou creme de leite
  • Frutas picadas à gosto para decorar

Modo de Preparo

Massa

  • Para preparar a massa do bolo primeiro pré-aqueça o forno a 180°C.
  • Em uma tigela limpa, separe as claras das gemas dos ovos e o açúcar, bata em velocidade alta até que fique em neve.
  • Acrescente as gemas, uma a uma e aos poucos a farinha de trigo.
  • Use uma forma de fundo falso para ser mais fácil desenformar, ou qualquer forma circular sem furo no meio, de aproximadamente 18 cm de diâmetro. O objetivo é ter um bolo alto o suficiente para cortar em duas ou três camadas. Leve ao forno baixo (180°C), não é necessário untar as laterais da forma com manteiga, apenas o fundo.
  • Estará pronto quando estiver dourado e o palito sair limpo (aproximadamente 40 minutos).

Recheio

  • Leve uma panela com uma lata de leite condensado e o pó matcha em fogo médio. Mexendo bem até que desgrude do fundo da panela.
  • Leve uma panela com uma lata de leite condensado, chocolate em pó e o café em fogo médio. Mexendo bem até que desgrude do fundo da panela.

Cobertura

  • Esquente o creme de leite em uma panela, não deixe ferver. Despeje sobre o chocolate em pedaços e misture bem até derreter.

Montagem

(se quiser ver a montagem que fizemos na live, clique aqui)

  • Com o bolo frio, desenforme-o e o parta ao meio no horizontal ou em duas camadas.
  • Espalhe os recheios dentro do bolo, como preferir, um tipo em cada camada, metade de cada lado. E coloque a outra camada de bolo por cima.
  • Despeje a ganache sobre o bolo recheado.
  • Decore com as frutas conforme seu gosto.

Bombas de Saber

O conhecimento e o estudo é a maior paixão e fonte de prazer dos devotos de Tanna-Toh. Eles precisam de um doce que lhes deixe alerta e forneça energia para horas e horas de estudos sem fim. Então essas pequenas doçuras repletas de café e um creme sedoso que se desfaz na língua são ideias para comer em uma biblioteca com uma mão só sem fazer bagunça, ou em uma masmorra deixando uma mão livre.

Efeitos em Mesa

Uma vez nesse dia, você pode fazer um teste de Conhecimento como se fosse treinado nesta perícia. Se já for treinado, você recebe +2 nesse teste.

Custo: uma porção de 3 custa T$ 5

Ingredientes

Massa:

  • 100 ml de água
  • 80 ml de leite
  • uma pitada de sal
  • uma pitada de açúcar
  • 75g de manteiga
  • 100g de farinha de trigo
  • 3 ovos

Recheio

  • 500 ml de leite
  • 4 gemas
  • 80g de açúcar
  • 1 colher de café solúvel
  • 40g de maisena
  • 2 sementes de cardamomo
  • 200g de chocolate meio-amargo
  • 200g de creme de leite ou nata

Modo de Preparo

Massa

  • Ferva a água com o leite, manteiga, o sal e açúcar, depois de ferver acrescente a farinha de uma vez só. Mexa sem parar em fogo baixo.
  • Quando a massa estiver desgrudando da panela, e estiver aparentemente cozida.
  • Desligue o fogo, transfira da panela para uma tigela grande.
  • Ponha a massa na batedeira ainda quente, acrescente um ovo por vez. Só incorpore um de cada vez.
  • Ponha em um saco de confeiteiro e faça as bolinhas ou as linhas  na espessura que você desejar. Deixe um bom espaço para a massa crescer.
  • Pré-aqueça o forno a 200°C e asse a 180°C até ficar dourado (aprox. 30 minutos).

Recheio

  • Separe as gemas das claras e coloque as gemas em um recipiente que suporta bem calor.
  • Misture com as gemas o açúcar e a maisena. Misture bem com um garfo até as gemas ficarem mais claras e o creme fofinho.
  • À parte, ferva o leite com o café solúvel e as sementes de cardamomo trituradas. DICA: as favas em que vem o cardamomo normalmente devem ser abertas, as sementes estão dentro do grão.
  • Quando o leite ferver, pegue uma concha do leite e despeje com cuidado sobre os ovos misturando bem. Coloque mais duas conhas do leite, uma de cada vez, sempre misturando bem.
  • Junte a mistura ao resto do leite e retorne para fogo médio, mexendo sempre para que não empelote. Quando a mistura ficar espessa e lisa, desligue o fogo e a transfira a um recipiente para esfriar. A fim de evitar uma película grossa ao esfriar, cubra com filme plástico ou papel manteiga.
  • Para a ganache esquente o creme de leite ou a nata, não deixe ferver, e o depespeje sobre o chocolate picado. Misture com cuidado até que derreta por completo.

Montagem

  • Com as bombas já frias, faça um pequeno furo na parte de baixo e preencha com o creme de café. É necessário um bico de confeiteiro para isso, ou será preciso cortar o topo da massa para rechear com o creme.
  • Uma vez recheadas, basta passar na ganache pronta. Para que dê certo é importante que a ganache ainda esteja quente. Se ela esfriar vai endurecer e o banho de chocolate será impossível.

PS: Essas fotos são tão diferentes porque foram tiradas do Instagram do Vini. Como ele entrou de férias, fui fazer a sobremesa sozinha, mas meu forno está desregulado então o ponto da massa ficou bem diferente, como vocês podem ver nas fotos. A temperatura do forno é CRUCIAL para essa receita funcionar corretamente. O recheio e a ganache ficaram iguais.

Com essas receitas fechamos o ano e agradecemos todo mundo que nos acompanhou ao longo dessa jornada doce. Em 2022 teremos mais, com novidades e novas receitas cada vez melhores.

Se você perdeu alguma das colunas de Sal & Tormenta, confira:
Sal & Tormenta 01 — Lena e Khalmyr
Sal & Tormenta 02 — Aharadak, Thyatis e Kallyadranoch
Sal & Tormenta 03 — Arsenal, Tenebra e Thwor
Sal & Tormenta 04 — Wynna, Lin-Wu, Nimb
Sal & Tormenta 05 — Alihanna, Azgher e Oceano
Sal & Tormenta 06 — Manjar da Paz, Justos Virtuosos e Ovos da Raposa

Terminou a refeição? Que tal Aventuras Anti-ácidas?

Aventuras Anti-ácidas — Tenebra, Arsenal, Thwor e Thyatis
Aventuras Anti-ácidas 2 — Aharadak, Kallyadranoch, Lena e Khalmyr
Aventuras Anti-ácidas 3 — Wynna, Lin-Wu, Megalokk e Azgher
Aventuras Anti-ácidas 4 — Alihanna, Oceano e Nimb

Ceia do dia do Reencontro

4 retângulos verticais, em cada um a foto de um prato da Ceia de Valkaria. Na esquerda a farofa, logo a salada verde e vermelha, a carne de trobo e, por fim, a batata palha

Olá, pessoas glutonas queridas!

Mais um ano se aproxima do final, época bem propícia para confraternizações regadas a muita comida boa. Então, pensando nisso, aprontamos uma live preparando uma ceia completa para que você possa dividir com seus entes queridos.

Mas, como não poderia deixar de ser, em Arton a prática de reunir-se ao redor de uma mesa cheia de coisas gostosas uma vez por ano para comemorar uma data especial é bem comum. Mais precisamente, no Dia do Reencontro, data que os primeiros migrantes encontraram a estátua da deusa Valkaria onde erigiriam sua cidade, que se tornaria a maior e mais diversa do continente, um verdadeiro caldeirão cultural. Para manter o espírito gregário e aventureiro da deusa líder do panteão, os pratos tradicionalmente servidos são de várias origens e estilos.

Se você ainda não assistiu a live de Sal & Tormenta em que Vini e Elisa cozinham ao vivo enquanto o Matheus ataca de DJ, assista aqui.

4 tigelas com os 4 pratos da Ceia de Valkaria

Custos e a ceia em seu jogo

Diferente dos outros pratos, a ceia do Reencontro tem uma peculiaridade. Os benefícios só são obtidos se os pratos forem consumidos juntos, individualmente o benefício se resume a uma refeição gostosa.

A ceia do Reencontro é um banquete divino ainda mais especial. Preparado por pelo menos três devotos de deuses diferentes. Ao invés de o habitual 20 em ofícios culinária, a CD é 25 para fazer cada prato da ceia.

Se preparada com sucesso, a Ceia do Reencontro concede um benefício especial. Cada participante pode, uma vez pelo próximo ano, recuperar uma quantidade de PM igual ao seu nível.

Custo

A cada T$ 180 quatro pessoas são alimentadas. O máximo de pessoas que três devotos cozinheiros conseguem alimentar é 100.

Salada de Verão

Este prato refrescante e natural é atribuído aos elfos. O belo povo é famoso por seu gosto refinado e amor por alimentos frescos, assim nada melhor para alimentar bem e ainda refrescar o paladar depois de muita comida e bebida mais pesada.

Ingredientes

  • 3 xícaras de tomate cereja cortado ao meio
  • 1 xícara de melancia picada, sem sementes
  • 1 xícara e meia de pepino picado, sem sementes parcialmente descascado
  • 1 maço de hortelã
  • 1 maço de rúcula
  • 1 maço de agrião
  • 1 maço de manjericão
  • 2 limões Taiti
  • azeite e sal à gosto

Modo de fazer

  • Lave bem todos os ingredientes em água corrente e depois deixe de molho por 30 minutos em uma solução de hipocloreto de sódio e água (para cada litro de água, 1 colher de sopa de hipocloreto).
  • Misture os ingredientes com delicadeza em uma saladeira.

Mixórdia da Liberdade

Relatos dizem que esse prato foi descoberto por aventureiros no sopé das Montanhas Uivantes, ou nos charcos gelados que cercam a bacia do rio dos Deuses, mas mesmo com uma localização original incerta, o fato é que com o passar do tempo a receita foi modificada. Novos ingredientes foram sendo acrescentados pelos grupos de aventureiros, a verdade é que cada grupo tem sua própria receita. Escolhemos a mais popular nas guildas de aventureiros de Valkaria.

Ingredientes

  • 2 filés de peito de frango cozidos e desfiados (cozinhe-os com o tempero de sua preferência)
  • 3 cenouras raladas
  • 2 maçãs verdes em cubinhos
  • 1 talo de salsão picado
  • 1 cabeça de alho assada a 180c por 1 hora
  • 1 xícara de cevadinha hidratada por 1 hora e cozida por 40 minutos ou até ficar al dente
  • 1 xícara e meia de batata palha
  • 2 ovos
  • 1 colher de mostarda
  • óleo gelado (aproximadamente 1 xícara)

Modo de fazer

  • Primeiro, para fazer a maionese bata no liquidificador em velocidade alta os ovos, a mostarda, o alho. Quando estiver tudo bem misturado, vá acrescentando o óleo em um fio constante, sem desligar o liquidificador em velocidade alta. Quando a maionese estiver consistente, acrescente o sal a gosto e a reserve.
  • Misture os demais ingredientes em um refratário grande e acrescente a maionese até que todos os ingredientes estejam bem cobertos.
  • Reserve a batata palha e a deixe por último. Misture só na hora de servir.

Assado de Trobo


A estrela da Ceia do Reencontro geralmente é um prato principal com bastante carne para aplacar o apetite de todos os apreciadores. O tipo de carne pode variar bastante conforme o poder aquisitivo dos comensais e seus gostos pessoais. Mas mesmo com tantas opções, a mais famosa e apreciada ao longo por todo o Reinado é o Assado de Trobo.

Ingredientes

  • 1 rodela de pernil de porco de tamanho médio marinado em 700ml de cerveja preta
  • 1 xícara de açúcar mascavo
  • 1/4 de xícara de sal
  • 2 xícaras e meia de cogumelos da preferência
  • 1 xícara de cenoura cortada em rodelas grossas
  • 3 xícaras de cebola em pétalas
  • 1 colher de sopa de páprica defumada
  • 1 colher de mostarda
  • 1 maço de alecrim
  • 1 maço de tomilho

Modo de fazer

  • Em uma travessa funda coloque o sal, a páprica, o açúcar mascavo, o alecrim, o tomilho, a carne e a cerveja. Deixe a carne marinando por pelo menos 8h na geladeira.
  • No dia posterior, prepare a cama da carne com as cebolas, batatas e cogumelos. Acomode a carne sobre eles, despeje um pouco do líquido da marinada.
  • Leve a carne ao forno alto 240°C por mais ou menos 40 minutos. Desligue quando a carne estiver cozida e levemente dourada.

Assado de Trobo

Quikécest

Um prato delicioso encontrado inicialmente nas ruelas do bairro dos goblins. Dizem os conhecedores da história da gastronomia valkariana que um dia, um chef de um restaurante famoso passeava em busca de inspiração (historiadores goblins dirão que ele estava em busca de queijo de minotauro defumado), quando foi atraído pelo incrível aroma exalando de um prato na janela de uma casa humilde. Era o prato que ficou conhecido como quikéscest: ganhou lugar cativo em todos os banquetes e ceias de todos os lugares do Reinado.

Ingredientes

  • 100g de banana passa picada
  • 100g de uva passa
  • 1 xícara e meia de farinha de mandioca
  • 3 colheres de sopa de manteiga
  • 3 dentes de alho amassados
  • 1/2 cebola picada
  • 2 xícaras de bacon em cubinhos
  • 1 xícara de linguiça em cubinhos

Modo de Fazer

  • Frite o bacon na própria gordura, quando já estiver bem dourado acrescente a linguiça.
  • Em seguida, frite a cebola, quando ela já estiver transparente, acrescente o alho.
  • Ponha as duas colheres de manteiga para derreter, junte as bananas e a farinha aos poucos.

Filmes de horror dos Deuses de Tormenta20

Nessa longa viagem ao longo do ano cheio de arrepios, sustos e dicas envolvendo deixar suas experiências de jogos mais arrepiantes, foi um grande prazer desfrutar desse ano com vocês. E para variar um pouco da nossa proposta habitual, lhes trago uma brincadeira. 

Junte-se a mim nesse exercício de criatividade. Como seriam os filmes de terror preferidos dos deuses?

Aharadak

Um desses filmes bem estilo invasor de corpos, um clássico dos anos 70. Com muita gosta e paranoia, será que você é um deles?

Allihanna

Há duas possibilidades: ou um filme estilo a natureza se vinga em que de repente as plantas se rebelam e começam a envenenar a humanidade, uma pegada meio Fim dos Tempos do Shyamalan (só que melhor executado), ou um filme de de desastre natural em grandes proporções, como The Fog adaptado da obra do Stephen King.

Arsenal

Nada mais a cara de Arsenal que um filme estilo Aliens – O Resgate. Onde o mais forte sobrevive no final.

Azgher

Um bom filme de múmia é uma ótima pedida. Os pobres devotos estão no meio do deserto e terminam sendo perseguidos por hordas de múmias que se regeneram ao consumir partes das vítimas.

Hynnin

Esse deus não acharia muita graça em filmes de horror. Afinal, qual a graça trapacear alguém que está morrendo de medo? Nem é possível apreciar uma boa cara de decepção assim.

Kallyadranoch

Ele flerta muito com horror gótico. Nada mais a cara desse deus que um castelo ancestral cheio de demônios e tesouros inestimáveis como o filme Crimson Peak.

Khalmyr

O novo Candyman é um filme que caberia perfeitamente no que o deus da Justiça consideraria o mais medonho e assustador. Pessoas tratadas injustamente e com regras mutáveis dentro de um sistema que deveria ser idôneo e isonômico.

Lena

Como deus da vida, o Cemitério Maldito baseado na obra de King, preenche completamente o quesito de suor frio, às vezes viver é o pior horror.

Lin-Wu

Apesar de Lin-Wu ser o deus da honra e não necessariamente  essa ser a temática central, filmes de horror criados e executados em países da ásia exploraram ricamente honra e punição.

Marah

A guerra é aterrorizante, e nada deixaria mais em estado de horror que um filme de guerra bem sangrento como Platoon.

Megalokk

Um clássico filme de horror dos anos 60 estrelando Formigas Atômicas Zumbis ou o Monstro do Pântano arrancariam sorrisos satisfeitos mostrando as presas gigantescas de suas várias bocarras.

Nimb

Filme? Que filme? Isso é a realidade!

Oceano

20 mil léguas submarinas de 1954 pode não se encaixar completamente no gênero de horror, mas merece figurar nessa lista graças aos monstros das profundezas esculpidos por Oceano com maestria.

Szzass

Filmes com cultos macabros podem divertir o Deus Serpente, mas só como uma mera distração menor. Afinal, se deixar filmar é um erro primário.

Tannah-toh

Não é exatamente um filme de horror, mas o filme Ágora, que relata a morte de Hipátia e destruição da biblioteca de Alexandria, causaria arrepios na deusa.

Tenebra

Apreciando os terrores noturnos como seus queridos filhos, Tenebra colocaria em sua coleção pessoal filmes como 30 dias de noite como uma diversão casual. Mas para deixar a deusa amedrontada nada faria melhor o trabalho que Midsommar, o filme de Ari Aster que se passa durante o dia.

Thwor

O deus dos goblinóides se sentiria em casa assistindo o Labirinto, com david Bowie, e Gremlins 1 e 2.

Thyatis

Não existe muito no cinema que esse deus considere digno de sua atenção, já que fênix gigante e não pode comer pipoca.

Valkaria

Com seu espírito aventureiro, a deusa acha correto e divertido tudo que os incautos personagens de filme de horror fazem. Para ela, o mais aterrorizante mesmo é comédia romântica.

Wynna

Magias dando errado e mexendo com forças além da compreensão é só mais uma segunda-feira na rotina daqueles que adoram essa deusa. Por isso, Wynna se faz de difícil quando o assunto é filme de horror, mas nada é mais arrepiante do que a perspectiva de estar em um mundo totalmente sem magia como em Metrópolis.

Sal e Tormenta — Manjar da Paz, Justos Virtuosos e Ovos de Raposa

Olá, amantes da boa comida e de combos safados. É um prazer tê-los mais uma vez ao redor de nossa mesa fantasiosa de delícias artonianas. No penúltimo post do ano, de Sal & Tormenta, Marah, Sszzaas e Hynnin são homenageados com suas sobremesas: Manjar da Paz de Marah, os Justos Virtuosos de Sszzaas más línguas dirão que é uma cópia, e os Ovos de Raposa tão caros a Hynnin! Como sempre, as belas imagens são de autoria de Matheus e as regras para uso em mesa, são do Rafael Dei Svaldi.

Nesse mês de novembro ainda tivemos a estreia de Vini, Elisa e Matheus na twich da Jambô cozinhando ao vivo, na tentativa de se tornarem respectivamente o Louro José, a Ana Maria Braga e o Boninho de Arton (se você ainda não viu, clique aqui)

 

Manjar da Paz

Essa delícia criada e compartilhada livremente pelos devotos de Marah é degustada ao redor de toda Arton. Há lendas afirmando que o doce foi servido antes dos principais acordos de paz e rendição do Reinado. O sabor adocicado e delicados do manjar se mistura e harmoniza perfeitamente com a calda de vinho especial repleta de especiarias afrodisíacas, seguindo os preceitos de amor e paz tão apreciados pelos devotos da deusa.

Como não poderia deixar de ser, essa delícia é 100% vegana e sem lactose, canso perfeitamente com os dogmas de paz e amor da deusa, afinal não há tempo para conflitos se todos estão de boca cheia.

Efeitos na Mesa

Uma vez nesse dia, quando você ou um aliado em alcance curto for atacado, você pode fazer com que o atacante jogue dois dados e use o pior resultado para a jogada de ataque.
Custo: 7$T

Receita de Manjar da Paz (a.k.a. Manjar de coco com calda de vinho com especiarias)

(mais…)

Sal & Tormenta — Coragem De Bolso, Abraço Da Noite E Pão De Thwor

Sal e Tormenta

Olá, pessoal! Esse mês, Vinicius Mendes e eu (aka Elisa Guimarães) trazemos o Sal & Tormenta com as sobremesas de mais três deuses: Arsenal, Tenebra e Thwor. Se você quer votar para escolher os próximos deuses a serem representados, entre para o grupo de Conselheiros da Revista Dragão Brasil, onde fazemos a votação todos os meses.

Seguindo a mesma linha dos meses anteriores, temos o desempenho de cada prato na mesa de Tormenta20, propostos por Rafael Dei Svaldi e por mim, além da receita para você fazer na sua casa e experimentar delícias artonianas!

Essas fotos belíssimas são por Matheus Tietbohl!

O CD de preparo de todas as Sobremesas dos Deuses é 20.

Vamos lá, então!

Coragem de Bolso

Os clérigos do implacável deus da guerra criaram essa receita para dar forças aos necessitados em meio aos campos de batalha, masmorras e quaisquer ocasiões em que é preciso força, coragem e energia. Desta forma, açúcar para dar energia, especiarias com propriedades fortificantes e vinho para dar coragem são misturados em uma forma portátil e fácil de consumir antes da batalha.

Efeitos na mesa

Ao consumir a Coragem de Bolso, o personagem ganha uma ação extra a sua escolha até o final do dia.

Custo:  4 T$ 

Receita de Coragem de bolso (a.k.a bala de quentão)

Ingredientes

  • 1 garrafa de vinho 
  • 2 xícaras de água
  • 1 canela em pau
  • 2 cm de gengibre fresco
  • 2 anis estrelado
  • 4 cravos da índia
  • 2 xícaras de açúcar
  • ¾ de xícara de suco de laranja
  • 6 envelopes de gelatina sem sabor

Preparo

  1. Faça um chá com a água e as especiarias.Deixe ferver bem e a água ficar mais escura. 
  2. Junte o suco de laranja, o vinho e o açúcar. Deixe ferver bem. Desligue o fogo, espere esfriar um pouco e dissolva a gelatina.
  3. Unte uma forma com óleo e despeje a mistura. Deixe fora da geladeira por 4 horas, leve a geladeira por mais 5 horas. Corte em cubos e passe açúcar cristal antes de servir.

Abraço da Noite

Dizem que esse doce gelado e aveludado como a noite foi criado por clérigos anões para homenagear sua mãe Tenebra, com uma suntuosa calda de cogumelos subterrâneos adocicados. Há quem diga também que o preparo foi refinado depois por hábeis cozinheiros elfos que cultuavam a deusa, conseguindo atingir o equilíbrio ideal entre o doce, o amargo e o ácido.

Hoje essa receita se espalhou entre todos os amantes da noite e de seus mistérios. É encontrada mais comumente nas comunidades de elfos e de anões (até porque mortos-vivos não comem), embora nenhum dos dois povos admita ter imitado a receita do outro.

Efeito em mesa

Por um dia, quem consome pode absorver 1d6 de vitalidade de um inimigo ao toque.

Uma única porção de Abraço da Noite custa T$ 3.

Abraço da Noite (a.k.a mousse de chocolate com calda de frutas vermelhas)

Ingredientes

  • 180g de chocolate com 60~70% de cacau, dependendo da doçura pretendida
  • 1/2 xícara de creme de leite freco (o que tem que ficar na geladeira) ou nata
  • 30ml de leite integral
  • 4 colheres de sopa de açúcar (pode usar mais se preferir mais doce)
  • 7 claras de ovo
  • 3 colheres de sopa de carvão ativado
  • 300 g de frutas vermelhas de sua preferência. Podem ser congeladas ou polpa.
  • 1/2 xícara de açúcar (mas pode acrescentar mais se preferir uma calda mais doce)
  • 3 colheres de carvão ativado

Preparo

  1. Esquente o leite e o creme de leite/nata e o leite até formar pequenas bolhas na lateral da panela.
  2. Acrescente o chocolate picado e tampe a mistura por alguns minutos.
  3. Misture o creme e o chocolate até formarem uma ganache homogênea e brilhante.
  4. Acrescente três colheres de sopa de carvão e misture até a cor ficar homogênea.
  5. Bata as claras em neve acrescentando o açúcar aos poucos. Caso prefira não usar claras cruas (como nós), cozinhe as claras e o açúcar em banho-maria até que a mistura esteja aquecida e não seja possível mais sentir nenhum grão de açúcar com o dedo e bata com a batedeira até a mistura ficar  em temperatura ambiente. O calor vai ser suficiente para matar esterelizar as claras. Também é possível usar claras pasteurizadas de mercado.
  6. Acrescente 1/3 das claras em neve no ganache e misture até incorporar completamente. Depois, incorpore o restante em duas partes delicadamente, usando uma espátula ou colher para pegar “dobrar” a parte de baixo da mistura na parte de cima. Desta forma, você evita desinflar as claras e consegue uma mousse areada.
  7. Coloque no recipiente de servir e gele por pelo menos 3 horas.
  8. Para a calda, misture as frutas vermelhas, 1/2 xícara de açúcar e 3 colheres de carvão ativado. Deixe a mistura cozinhar até atingir a consistência desejada.
  9.  Coloque a calda sobre a mousse antes de servir.

Pão de Thwor

Os goblinoides são conhecidos por serem inventivos e adaptáveis a todos os tipos de situações difíceis. Por isso, Thwor concede suas bênçãos àqueles que são capazes de fazer engenhocas da sucata, uma limonada de um limão, ou até um pudim de um pão velho.

Essa receita é facilmente encontrada em qualquer lugar que tenha muitos goblins juntos, assim que podem reproduzem esse doce que lhes dá alegrias, enche a barriga e concede benefícios. 

Efeito em mesa

Quem consumir o pão de Thwor pode repetir uma rolagem de teste de Fortitude à própria escolha por um dia.

Custo: feito de restos, mas goblins entendidos de culinária vendem pedaços por T$ 1. 

Receita de Pão de Thwor (a.k.a pudim de pão com banana)

Ingredientes

  • 3 ovos
  • 3 bananas picadas em pedaços
  • 600 ml de leite
  • 1 lata de leite condensado
  • 3 pães amanhecidos
  • canela em pó a gosto
  • 1 colher de café de essência de baunilha
  • açúcar cristal para fazer o caramelo na forma
  • 2 colheres de sopa de azeite

Preparo

  1. Pique os pães e deixe-os de molho no leite por pelo menos duas horas. Depois misture todos os ingredientes.
  2. Unte uma forma com furo no meio com caramelo. A forma com menos chances de erro é colocando açúcar na forma e esquentando na boca do fogão até que vire caramelo. MUITO CUIDADO PARA NÃO SE QUEIMAR.
  3. Asse em banho-maria com água previamente aquecida em forno pré-aquecido a 180°C por 1h. Quando estiver firme, deixe esfriar e leve a geladeira por 8h. 
  4. Para desenformar, aqueça a forma até o caramelho derreter novamente para soltar o pudim e vire em um prato.

Se você fizer alguma dessas receitas, ou usar em sua mesa de jogo nos conte aqui nos comentários. 

Até a póxima!

 

Mais Sal & Tormenta

Sal & Tormenta 01 — Lena e Khalmyr
Sal & Tormenta 02 — Aharadak, Thyatis e Kallyadranoch

Personagens de Horror — Arquétipos de personagens para sua mesa de RPG

arquétipos de personagens

Peço desculpas a quem me acompanha, mas mês passado foi mais corrido que o esperado e ficamos sem texto. Seguindo nossa trilha de sangue e ossos descarnados rumo a aventuras arrepiantes, esse mês trago algo um pouco diferente dos anteriores. Vamos abordar uma parte fundamental para uma boa experiência de jogo: os jogadores criarem bons personagens. Passamos por diversas dicas para os mestres usarem os subgêneros do terror, mas ainda não passamos pelos personagens. Hoje vou intrododuzir os principais arquétipos de personagens de RPG de horror.

Tipos de personagens mais usados

Bons personagens podem tornar qualquer história inesquecível. Toda a responsabilidade de criar uma história marcante não deve ficar apenas a cargo do mestre de jogo. Uma boa sessão de RPG é uma criação e esforço coletivo. Cabe aos jogadores fazerem o seu melhor para criar e interpretar personagens que além de divertidos, se encaixem na proposta do jogo discutida na sessão zero.

É muito frustrante e complicado de conciliar personagens que destoem muito da proposta da mesa. Pode ser bem difícil entrar no clima de horror certo em um jogo de terror se um dos personagens for um Pistoleiro que atira confete com galinhas de borracha. Então, não é nenhum esforço criar algo dentro da temática proposta. Se você não gosta da temática, talvez seja uma boa ideia dispensar esse jogo em particular, deixe para a próxima.

Ao jogar RPG, a menos que a ideia do seu grupo seja MUITO incomum, escolhemos interpretar personagens heroicos. Pessoas que desejam melhorar o mundo de alguma forma: para si, para seus amigos e familiares,ou mesmo para o mundo inteiro. O primeiro passo é identificar qual o nível de idealismo heróico você deseja jogar.

Partindo da ideia que o jogo terá uma temática de horror, é possível se inspirar fortemente na literatura gótica, que notadamente desenvolve três tipos de personagens: Herói Inocente, Herói Trágico e Herói Decadente.

Herói Inocente

O herói desse tipo é alguém com qualidades mais próximas do ideal. O homem santo que busca a salvação para todos, a nobre que espalha a bondade, são personagens mais próximos do ideal de heroísmo clássico.

Muitas vezes esse tipo de personagem é associado com paladinos e clérigos de deuses bondosos e justos. Como estamos falando de personagens para jogos de horror, é uma boa ideia escolher algum defeito de personalidade que torne o personagem propenso a uma jornada de declínio. Ou alguma mácula que possa crescer aos poucos no âmago do personagem. Discuta com quem vai mestrar para criar algo que seja bom para todas as partes.

Como exemplos tempos Sypha Belnades de Castlevania e Gregor Vahn, personagem da Trilogia Clássica de Tormenta. Não vou dar spoilers, mas é um paladino de Thyatis que tem uma bênção-maldição que aos poucos o conduz a um caminho tortuoso. Como o Zemo disse em Guerra Civil,  ninguém é tão perfeito assim. 

Herói Trágico

Esse herói, como o nome já diz, é aquele marcado por uma experiência ruim no passado que fez com que mudasse para sempre. 

Como estamos falando de jogos de horror, pode ser interessante pensar em um evento sobrenatural: o irmão do personagem desapareceu na floresta assombrada, algum familiar foi atacado por um lobisomem, ele se tornou marcado pela Tormenta depois de um encontro bizarro com um ser estranho.

É necessário tomar cuidado com esse tipo de personagem para que a tragédia não o paralise. O que houve em seu passado (antes do jogo), definitivamente marcou sua trajetória de vida, mas não pode ser central no momento ou não haverá jogo. É muito chato se toda a narrativa girar em torno de apenas um personagem, então, tome cuidado para não tentar monopolizar a atenção da mesa inteira.

Bons exemplos desse tipo de personagem são Louis de Entrevista com o Vampiro, com seu amor pela humanidade, Naomi Nagata de The Expanse, que mesmo tendo algo de terrível no passado tenta compensar agindo corretamente e Alucard de Castlevânia, que precisa enfrentar o próprio pai pelo bem da humanidade.

Herói Decadente

Esse herói é alguém que já foi inocente ou trágico, mas caiu em desgraça. É o anti-herói, alguém que trilha o caminho limite entre as sombras e a luz. Alguém obscuro cujo arquétipo faz muito sucesso em animes. 

Ele pode ter um pacto com forças malignas que tenta quebrar, ser alguém entregue aos vícios que graças a algum evento decidiu agir em prol do bem maior. Não importa qual seja a marca da decadência, mas é importante que seja superável. O personagem precisa sobrepujar as amarras e conseguir agir heroicamente e em conjunto, ou o jogo ficará prejudicado. 

Geralmente, um grande  dilema para quem opta por esse tipo de personagem é fazê-lo pender demais para o lado das sombras. Alguém que constantemente toma ações prejudiciais para o grupo em benefício próprio. Lembre-se de que o personagem continua sendo um herói lá no fundo, ele fará a coisa certa, ou não há sentido em integrar um grupo heróico, e sim de vilões.

Exemplos de personagens decadentes são Belmont do anime Castlevania e Allan Quarterman do quadrinho A Liga Extraordinária.

Sempre é bom lembrar que RPG é um jogo coletivo, precisa ser divertido para todos que o jogam. Se seu personagem atrapalha a diversão dos demais, paralisa o jogo, é bom revê-lo.

Na próxima coluna voltaremos com a análise de subgêneros de terror dentro de jogos.

Bons sustos!

Sal & Tormenta — Tormenta em Camadas, Renascer Gentil e Ouro de Dragão

Olá, amantes da boa mesa, boas vindas à Sal & Tormenta!

Esse mês eu e Vinicius Mendes trouxemos mais três sobremesas deliciosas para movimentar sua mesa e deixar seus lanches durante e após os jogos mais gostosos. Aproveite e siga o passo a passo de nossas receitas!

Foram escolhidos esse mês três deuses para serem representados pelos conselheiros da Revista Dragão Brasil: Aharadak, Thyatis e Kallyadranoch. 

Mais uma vez, cada uma das receitas segue com regras para uso em jogo por Rafael Dei Svaldi e por mim!

O CD de preparo de todas as Sobremesas dos Deuses é 20.

Tormenta em Camadas

O profano deus da Tormenta é conhecido por seu raciocínio alienígena e incompreensível para simples mentes comuns, seus devotos são, muitas vezes, criaturas insanas que espalham depravação e horror pelo mundo. Diante disso, conceitos simples como saciedade são desconhecidos.

Nossa inspiração para o Tormenta em Camadas veio da invasão da confeitaria brasileira pelas sobremesas a base de leite em pó e creme de avelã, que tomam os cardápios de restaurante do mesmo jeito que a tempestade rubra toma a superfície de Arton.

Efeitos na mesa

No início de qualquer cena de ação, role 1d6. Com um resultado ímpar, você fica fascinado na primeira rodada, perdido em devaneios sobre a futilidade da vida. Com um resultado par, entretanto, você enxerga através do tecido da realidade, descobrindo falhas na criação que podem ser exploradas a seu favor. Você recebe +5 em um teste a sua escolha feito na próxima rodada.

O doce custa 1 T$ por uma tigela que serve duas pessoas. A Tormenta deve ser compartilhada, então não são feitas porções únicas.

Receita de Tormenta em Camadas (a.k.a triffle ou pavê de morango)

Ingredientes

  • Um pote de Creme de avelã de 200g
  • 1 lata de leite condensado
  • A mesma medida de leite
  • 2 colheres de sopa de amido de milho
  • 5 colheres de leite em pó
  • 2 xícaras de morangos picados
  • 3 colheres de sopa de açúcar cristal
  • 1 pacote de biscoito tipo champagne
  • 1 pacote de gelatina de morango
  • 200 ml de água quente

Preparo

  1. Faça a geleia de morango juntando-os com o açúcar e cozinhando em fogo baixo até que forme um doce espesso e os morando desmanchem parcialmente. Não é necessário juntar água. Deixe esfriar.
  2. Prepare o creme de leite em pó juntando o leite condensado, o leite, o leite em pó e o amido de milho dissolvido em um pouco de água. Mexa sempre em fogo médio até que o creme ferva e engrosse. Opcionalmente, você pode acrescentar 2 gotas de corante alimentício vermelho para deixar rosado. Deixe esfriar.
  3. Uma vez os dois itens frios é hora de montar a Tormenta em Camadas
  4. Faça uma camada de creme de leite em pó no fundo de um refratário, depois coloque os biscoitos, depois a geleia de morango. Siga intercalando até os ingredientes acabarem. Cubra com uma camada generosa de creme de avelã.
  5. Deixe a água ferver, dissolva a gelatina, quando amornar despeje em cima do doce com a ajuda de uma colher — basta virar a colher e despejar a gelatina nela espalhando pelo doce.
  6. Fizemos texturas com um garfo no creme de avelã para que o resultado ficasse mais tormentoso depois do uso da gelatina. Caso queira uma superfície bem lisinha no doce, basta usar um fósforo acesso ou qualquer chama fraca para estourar as bolhas de ar.
  7. Leve a geladeira por pelo menos 3 horas e sirva. As texturas ficam bem distintas, é essa a ideia do doce.

 

Renascer Gentil

Thyatis é o deus das segundas chances, e com essa bela missão, é comum que seus clérigos e paladinos passem longas horas em busca de seus objetivos ou ajudando outras pessoas a alcançar sua almejada redenção. Nessas horas de dúvida e cansaço, nada melhor que um doce acolhedor que remete ao renascimento na mitologia.

Efeitos na mesa

Os doces feitos por devotos e distribuídos para pessoas que passam por dificuldades é acolhedor e carregado de esperanças renovadas. Se for reduzido a 0 ponto de vida ou menos, em vez disso, você fica com 1d6 PV. Uma vez que este efeito seja ativado, o poder do doce termina.

Para conceder o benefício, esse doce não pode ser comprado, precisa ser ofertado por um devoto do deus. O custo para fazê-lo é de 2 T$ por dose.

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Receita de Renascer gentil (a.k.a ambrosia de laranja)

Ingredientes

  • 7 ovos inteiros + 5 gemas
  • 850g de açúcar cristal
  • 1 litro de leite integral
  • Raspas de 1 laranja
  • 1 pau de canela
  • 3 cravos
  • 300 ml de suco de laranja

Preparo

  1. Bata os ovos, as gemas e o açucar na batedeira ou com um fuê até que a mistura esteja mais clara e bem incorporada.
  2. Acrescente o leite à mistura de ovos e misture bem.
  3. Em uma panela grande, aqueça o suco de laranja e coloque a mistura de ovos, a canela e as raspas de laranja.
  4. Deixe cozinhar e passe de tempos em tempos uma espátula delicadamente nas bordas para não grudar.
  5. Após mais ou menos uma hora no fogo, os grumos vão começar a se formar e o açúcar a caramelizar. Mexa de tempos em tempos para não queimar até que os grumos estejam do tamanho desejado.
  6. Espere esfriar e guarde em um pote de vidro esterelizado.  

 

sal & tormenta

Ouro de Dragão

O misterioso deus dos dragões, Kallyadranoch tem um amor diferenciado por tesouros, sacrifícios e poder. Tanto que seus devotos precisam fazer uma oferenda em ouro, consumido por chamas ao fim do ritual, sempre que forem subir de nível. Pensando nisso, a sobremesa de Kally não poderia ter outra inspiração que não o primo mais antigo do famoso crème brûlée, o crema catalana, um creme com especiarias engrossado no fogão e refrigerado, que ganha seu acabamento com uma camada de açúcar queimado no calor das chamas para formar uma camada crocante de caramelo. O Deus dos Dragões conhece as coisas boas da vida.

Efeitos na mesa

Você pode evocar a força de Kally para receber +1 em jogadas de ataque por uma cena.

Receita de Ouro de Dragão (a.k.a. crema catalana de gorgonzola, laranja e mel)

Ingredientes

  • 500ml de leite
  • 40g de açúcar
  • 25g de amido de milho
  • 3 gemas de ovo
  • casca de 1/4 laranja
  • 25g de mel
  • 2 colheres de sopa de queijo gorgonzola picado
  • açúcar para polvilhar

Preparo

  1. Esquente o leite com o mel, a casca da laranja e o gorgonzola até que o mel e o queijo tenham se incorporado. Deixe descansar para que o leite absorva os sabores.
  2. Junte as gemas, o açúcar e o amido de milho e bata com um batedor ou garfo até a mistura ficar amarelo clara.
  3. Pegue uma concha do leite ainda quente e acrescente aos poucos na mistura de ovos sem parar de bater com a mão. Neste passo, estamos preparando os ovos para não virarem omelete quando voltarem pro fogo.
  4. Acrescente a mistura de ovos e leite na panela com o leite aquecido e cozinhe em fogo médio sem parar até a mistura engrossar e virar um creme espesso.
  5. Coe o creme e distribua em tijelas de porção individual. Não use tijelas de plástico. Espere esfriar, cubra com papel filme em contato com o creme pra não formar película e coloque na geladeira por pelo menos 3 horas.
  6. Na hora de servir, retire o papel filme, cubra com uma fina camada de açúcar e toste o açúcar em cima do creme. Você pode usar um maçarico culinário ou as costas de uma colher aquecida na chama do fogão até ficar avermelhada. Caso use a colher, ela precisa ser lavada cada vez que for pro fogão novamente. Escolha uma que não se importa de ficar escurecida, porque ela não vai voltar ao normal.
  7. Sirva imediatamente. Como caramelo absorve umidade do ar, ele derrete algumas horas após o preparo. Quebrar a camadinha de caramelo é coisa linda de Kallyadranoch!

***

Se você quer participar da escolha dos próximos deuses a serem representados nessa coluna, basta se tornar conselheiro da Dragão Brasil e votar na enquete que fazemos todos os meses.

Lembrando que todos os meses Sal & Tormenta saí na última quarta-feira do mês, juntinho com a edição da Revista Dragão Brasil.

Mais Sal & Tormenta

Sal & Tormenta 01 — Lena e Khalmyr
Sal & Tormenta 03 — Arsenal, Tenebra e Thwor

Sal & Tormenta — Caldo de Lena e Justos de Khalmyr

sal & tormenta

Nova coluna nesse amado blog: Bem vindos à Sal & Tormenta!

Quem acompanha as redes sociais, as streams e o Podcast da Dragão Brasil já deve saber, mas muita gente dentro da Jambô adora cozinhar e todos, sem exceção, adoram comer. Aproveitando que durante a pandemia todo mundo virou padeiro, pra começar a pensar em receitas inspiradas em Tormenta foram dois palitos. E essa coluna é exatamente isso, a gente trazendo esse gosto mais pra perto de Arton, e de vocês, algumas de nossas divagações culinárias.

O CD de preparo de todas as Sobremesas dos Deuses é 20.

Sal & Tormenta 1 — caldo de Lena e justos de Khalmyr

Vinicius Mendes e eu, como bons entusiastas da arte da confeitaria e maníacos por doces, começamos com um projeto que carinhosamente chamamos de “Sobremesa dos Deuses”,  um compilado de doces e sobremesas diversas dedicadas ao panteão de Arton. Cada uma contém: uma apresentação do contexto da sobremesa dentro de Arton, e pra deixar as coisas mais interessantes, recrutamos Rafael Dei Svaldi para definir um benefício mecânico para cada uma das receitas dentro da sua campanha, caso você a utilize, e o passo a passo para que possa reproduzi-la em casa.

Se vocês gostarem da coluna, queremos trazer também alguns pratos que apareceram nos livros e quadrinhos de Tormenta ao longo dos anos!

Todas as receitas foram testadas por nós e podem ser feitas por qualquer pessoa que goste de um docinho de vez em quando.

Estrelando a inauguração teremos dois dos deuses mais amados do panteão: Lena e Khalmyr.

Caldo de Lena

Esse doce à base de milho é perfeito para celebrar a colheita e a fertilidade do campo. Dizem que é o que as sacerdotisas de Lena consomem para lhe dar mais forças antes das cerimônias de fertilidade que as ordenarão. Uma comida tão doce e gostosa quanto repleta de substância é ideal para acalentar aventureiros cansados após uma difícil aventura ou confronto. O doce também é bastante consumido em festivais da colheira em honra a Lena. Esses festivais são comuns nas áreas mais rurais de Deheon, Bielifield e quaisquer comunidades rurais que tenham presença de sacerdotisas da deusa.

Efeitos na mesa

Ao consumir esse doce, o personagem ganha +1 em todos os testes de cura realizados naquele dia.

Sendo esse o prato tipicamente ofertado nos festivais da colheita em honra a Lena, há um efeito colateral quando consumido nessas ocasiões: a hiperfertilidade. Até 1d10 horas depois do consumo, caso haja algum contato sexual a gravidez é certeza.

Cada porção custa T$ 3.

 

Receita de caldo de Lena (a.k.a Mungunzá a.k.a. canjica no sul e sudeste)

Ingredientes

  • 500 g de milho para mungunzá (ou canjica, muda conforme a região)
  • 1 litro de leite
  • 400 ml de leite de coco
  • ¾ de xícara de açúcar
  • 2 beterrabas médias (opcional)
  • 1 canela em pau
  • 4 cravos da índia
  • Opcional: 1 caixa de leite condensado (diminuir o açúcar para ¼ de xícara)

Preparo

  1. Deixe o milho de molho na água por 2 horas antes de fazer a receita.
  2. Escorra a água do milho, coloque em uma panela com água cobrindo o milho até ferver. Quando a água ferver, escorra a água. Encha novamente a panela novamente, com dois dedos além do milho, corte a beterraba em pedaços grandes e cozinhe até o milho ficar macio (aproximadamente 45 minutos). Se você usar a panela de pressão, espere pegar a pressão e conte 15 minutos. 
  3. Escorra a água do cozimento e retire a beterraba, ela só é responsável pelo tom rosado. Coloque o restante dos ingredientes na panela junto com o milho, misture bem. Deixe cozinhar por mais 20 minutos, mexendo de vez em quando. 

 

Justos de Khalmyr

sal & tormenta

É dever da justiça chegar igualmente a todos, sem discriminação de qualquer tipo. E é por isso que o doce de Khalmyr é tão fácil e barato de ser feito, porque todos, devotos ou não do deus da justiça, tem acesso aos ingredientes e conseguem dominar os meios de preparo da guloseima. Justos costumam ser feitos em grande quantidade e consumidos em grupo, uma forma de lembrar a todos que sob os olhos de Khalmyr, todos os justos são dignos de equidade.

Efeitos na mesa

Após consumir os justos de Khalmyr, o personagem poderá escolher uma rolagem de D20 com resultado inferior a 10 para considerar o resultado como 10.

Cada porção custa T$ 2.

 

sal & tormenta

Receita de justos de Khalmyr (a.k.a. casadinho a.k.a. brigadeiro branco e preto a.k.a. negrinho e branquinho)

Ingredientes

  • 1 lata de leite condensado
  • 1 colher de sopa de manteiga ou margarina
  • 1 colher de sopa de cacau em pó/chocolate em pó/achocolatado
  • 1 colher de chá de extrato ou essência de baunilha
  • granulados de duas cores

Preparo

  1. Divida o leite condensado e a manteiga em duas partes iguais.
  2. Coloque metade do leite condensado, metade da manteiga e a baunilha em uma panela.
  3. Leve ao fogo médio e cozinhe mexendo o tempo todo até que desgrude do fundo. Coloque em um prato e reserve até esfriar.
  4. Repita o mesmo procedimento com os ingredientes restantes. Fazendo o de baunilha primeiro, você pode usar a mesma colher. 😛
  5. Quando as massas estiverem frias, pegue uma colherada de uma delas de acordo com o tamanho desejado e enrole nas palmas das mãos umedecidas com água. As mães e vós costumam usar manteiga ou margarina, mas elas dificultam que os granulados colem nos doces.
  6. Repita o procedimento até que as duas massas estejam todas enroladas.
  7. Junte uma bolinha de cada cor e enrole-as juntas para que formem uma bola de duas cores. Passe no granulado.

Gostou das receitas? Vai usar as regras na mesa? Quais deuses devemos fazer no próximo mês? Conta pra gente nos comentários.

 

Mais Sal & Tormenta

Sal & Tormenta 02 — Aharadak, Thyatis e Kallyadranoch
Sal & Tormenta 03 — Arsenal, Tenebra e Thwor

RPGista é a mãe! — uma rápida reflexão sobre maternidade no RPG

dia das mães

Dia das Mães. Uma data aconchegante que sempre suscita reflexões sobre a passagem das gerações. Por isso, no post de hoje vamos deixar as dicas e análises costumeiras um pouco de lado. Aproveitando a proximidade do segundo domingo de maio, quero compartilhar um pouquinho com vocês minha jornada de filha para mãe como fã do nosso hobby favorito.

O início da jornada: A relação da minha mãe com RPG

Mamãe é uma pessoa que ama livros e criatividade. Então, quando meu irmão e eu aparecemos em casa com livros estranhos, uma revista esquisita (era um exemplar da Dragão Brasil) e uns dados meio exóticos, ao invés de condenar de imediato, ela quis dar uma olhada.

Depois de ler tudo e meditar uns dias a respeito, pediu pra jogar com a gente, a fim de saber como o jogo funcionava. E eu, ainda que muito toscamente, narrei uma história de Vampiro: A Máscara pra minha mãe e irmão. Essa primeira história gerou muitas conversas interessantes e papos metafísicos muito malucos, que guardo como uma das memórias mais legais da minha adolescência.

A experiência de jogar com sua família, aliás, é muito legal. Se tiver oportunidade, faça isso — especialmente hoje em dia que RPG é bem mais popular. Vai mudar totalmente a percepção deles e a sua do jogo. Recomendo!

A parte boa: agora a mãe sou eu!

Muita gente larga o RPG quando os filhos chegam. Mesmo que não seja uma escolha exatamente consciente, o roleplay com os amigos vai ficando de lado. Uma sessão é pulada, depois outra desmarcada e quando você dá por si, não rola um mísero dadinho há meses. Isso é natural, porque, pense comigo: se toda a vida mudou com a chegada do bebê, a relação com o tempo e com os hobbies também vai mudar. Só que mudar é diferente de abandonar.

Assim, eu digo e repito: não largue o que você gosta e te faz feliz. Insista, porque vai valer a pena. Muito!

O início é meio esquisito. Você se sente um pouco deslocada em uma mesa, já que a sua atenção nunca está 100% no jogo. Mesmo que alguém esteja cuidando da criança pra que a partida role mais tranquila, uma parte do seu pensamento SEMPRE está ligada no filhote. A nível subconsciente, a mãe nunca para de se preocupar.

Sim, caro amigo, mesmo você tendo 30 anos e morando fora do país, uma parte da sua mãe está constantemente ligada em você e se perguntando se você está bem. É quase como respirar, você não nota a maior parte do tempo, mas faz o tempo inteiro.

Mas isso não é impedimento para que a mãe se divirta. Quando se ganha o bilhete para esse clube tão comentado da maternidade, um novo mundo se abre — o que não quer dizer que o antigo se feche. Muitas mães recentes são excluídas pelos amigos e colegas de jogo, que assumem coisas como “para não incomodar”, “ela não vai querer”, entre outras.

Se você é mãe, não deixe ninguém tomar decisões por você. Jogue, mestre, escreva… a vida ainda é sua. E deixe bem claro para os seus colegas de jogo e amigos — em letras garrafais, se necessário — que você ainda é a mesma pessoa de antes do seu bebê nascer.

Se você é parte do grupo de jogo com uma recém-mãe, ou quer convidar alguém que tenha filhos para jogar com você, não assuma nada. Só pergunte. Se o horário, o momento forem inconvenientes ou se ela simplesmente não estiver a fim, vai deixar bem claro (esperamos).

Você é a mesma pessoa, só que agora é responsável por outra pessoa.

Mãe, seus gostos não mudaram automaticamente e nem você virou a sua mãe, ou sua avó, ou qualquer outra pessoa. Demais jogadores, sua amiga não foi metamorfoseada em um alienígena, é quem sempre foi… só tem uma novidade a mais!

Um bom grupo de amigos deveria saber dialogar e buscar acolher as mudanças para que todos continuem a se divertir juntos. Isso exige um pouco de paciência e adaptação, especialmente se a cria está presente — ou quando o jogo é online, que é a realidade vigente em tempos de pandemia — é quase certo que vai gerar interrupções, fazer algum barulho e tudo mais. Mas pense direitinho, toda sessão já passa por pausas (pra fazer a vaquinha do lanche, porque alguém conta uma piada, porque toca a campainha lá fora…). E no fim das contas, é um preço pequeno a se pagar pra voltar com a diversão toda, né?

Joguem mais. Joguem sempre.

E sempre busquem apoio de seus iguais. Tenho certeza que há muito mais mães RPGistas além de mim por aí, ávidas pra jogar!

Você é uma mãe RPGista? Conte um pouco da sua experiência para nós aí nos comentários. E feliz Dia das Mães!

Saiba mais também sobre nossa promoção para o Dia das Mães de 2021!

Além de O Exorcista: como mestrar um RPG de terror de possessão

rpg possessão

Mais uma singela coluna mensal onde tratamos de técnicas narrativas para jogos de horror, emulando os diversos subgêneros do nosso bom e velho frio na espinha.

Dessa vez, vamos fazer um exercício de análise daquele que, pra mim, é o subgênero mais impactante e aterrador: POSSESSÃO.

Coisa do capeta

Ao falar em possessão naturalmente nós pensamos em duas coisas: demônios e em O Exorcista. A primeira parte é fácil compreender o motivo da ligação imediata, visto que somos um país de maioria cristã e os hábitos e costumes cristão estão cristalizados em nosso dia a dia. Então, ao falar em possessão, a primeira coisa a se pensar é em demônios. Demônios que são malvados e que habitam o inferno cheio de enxofre e chamas. Mas pense como seria divertido subverter isso.

Nem sempre o ser que possui alguém, usando um corpo físico como uma “roupa” tem intenções puramente malignas. No filme Constantine (gosto bastante) a primeira pista que ele tem para o plot geral ssão demônios possuindo pessoas de um modo diferente. Eles querem fugir do inferno. E por que? O que está acontecendo lá para que busquem fugir? Ou ainda, se o demônio se afeiçoou a uma determinada família que agora passa por dificuldades e só está tentando ajudá-la? Se a vida não é preto e branca, seu jogo também não precisa ser.

Dando o clima correto para sua possessão

E o que faz de O Exorcista um ícone da cultura pop que é aclamado até hoje como um dos melhores do gênero? Embora eu ainda não tenha tido coragem de vê-lo (um dia conto essa história), sabe-se que um dos recursos mais utilizados é o contraste das cenas. Em um momento temos a garotinha doce e gentil fazendo algo tremendamente comum para na cena seguinte termos um comportamento totalmente anormal, ou uma cena forte e escatológica. O contraste gera a repulsa e a repulsa é um dos combustíveis do medo. Não saber o que esperar é uma das coisas que faz seu sangue gelar porque evoluímos para traçar estratégias mentais de cenários futuros.

Mas como pensar nisso em uma mesa de jogo? Em mundos fantásticos como Arton, bem e mal são relativos e há um panteão de 20 deuses maiores, além de uma miríade de deuses menores ainda não catalogados. Todos esses deuses têm a seu serviço entidades sobre-humanas e inúmeros fiéis que podem seguir seus preceitos ou distorcê-los. Tornando tudo caos e imprevisibilidade. E num cenário de caos, os indivíduos se sobressaem. Dê cores ao mundo e os indivíduos tornando-os únicos para seu grupo de Personagens Jogadores. Quando eles pensarem que entenderam tudo, puxe seu tapete.

Possuindo almas passo a passo

Analisemos o que faz a mera ideia de possessão tão arrepiante. Independente da “entidade” em questão, a ideia de perder o controle do seu corpo e ações, per se, é aterradora. Ser um mero passageiro em seu próprio corpo, sem ter como agir ou reagir ao que acontece é a definição de terror puro. Pergunte a qualquer pessoa que já teve um episódio de paralisia do sono, tentar fazer algo e não conseguir é a matéria de qualquer pesadelo.

A experiência de ser comandado intrinsecamente por algo externo é bem retratada na série Supernatural. Ela lida com isso com bastante ênfase ao longo da quarta e da quinta temporadas com várias experiências terríveis relatadas por personagens que são usados como marionetes tanto por anjos como por demônios. As experiências são péssimas, independente da índole do ser possuidor.

O diabo está na obviedade

O filme Corra (Get Out, 2017) do Jordan Peele é extremamente bem sucedido em mostrar aspectos dessa faceta. É impossível se manter apático diante da situação exposta pelo roteiro. Em O Crânio e o Corvo, Leonel Caldela nos apresentou o simbionte da Tormenta, uma criatura capaz de se infiltrar no corpo do hospedeiro e fazê-lo mudar sua índole devagar, sempre para favorecer a Tempestade Vermelha. É uma abordagem muito boa desse jogo de “Fulano não é mais Fulano”, algo sutil que vai mudando aos poucos e culmina em uma grande cena de revelação é uma forma de tornar sua mesa inesquecível.

Mesmo que o personagem seja possuído por um ser benigno, como um anjo ou seu deus de devoção, como houve nesse final de semana em Joias para Lamashtu (sessão stream narrada por Thiago Rosa aos sábados no Twich da Jambô), não quer dizer que seja uma boa experiência para o personagem e nem para seus companheiros. Em situações assim, cabe ao narrador decidir se vai fazer uma abordagem positiva ou negativa.

A abordagem positiva é deixar o jogador do personagem em questão controlar o ser super poderoso que a amálgama do personagem com a entidade se tornou. Ou a abordagem negativa é deixar o jogador simplesmente assistir tudo que o personagem fará enquanto a entidade estiver com seu personagem. Dá bem a dimensão de que não é uma situação comum e nem divertida para o personagem, o lado ruim é que o jogador também é posto no banco de reservas. Uma alternativa para não punir o jogador com um tempo no banco é deixar que ele jogue com outro personagem durante a possessão, podendo ser um NPC, ou um personagem novo.

Como usar possessão na sua mesa sem ser babaca

Como sempre falamos, é importante os jogadores estarem de acordo com algumas abordagens e confortáveis com os assuntos mais obscuros.

Sendo assim, você pode conversar sobre a temática com seus jogadores e ver o que eles acham disso. Se todos estiverem tranquilos quanto a perder o controle do personagem de vez em quando, invista nisso. Com moderação, porque um recurso muito utilizado perde impacto. Outra ideia válida é utilizar um NPC para tal. Alguém próximo ao grupo, com mudanças de humor drásticas, falta de memória de determinados fatos, ou até mesmo dias de comportamento errático. A tensão dos personagens dos jogadores ao lidar com o NPC sofrendo de possessão pode ser crescente. Imprevisibilidade causa desconforto e desconforto causa medo. Nunca saber com quem se está lidando, ou testemunhar as mudanças drásticas de uma cena para outra deixará seus jogadores na ponta de suas cadeiras e com cabelos de pé.

Ofereça oportunidades de “redenção” ou “exorcismo” para a situação. Isso vai dar esperanças e tornar sua busca mais genuína. Pense fora da caixinha, o fantasma que possuiu a bibliotecária poderia só desejar achar a cópia do livro com dedicatória para seu filho. Não ponha toda a carga em cima das costas do clérigo, padre, sacerdote ou religioso do grupo de jogo. Nem trate disso de modo trivial como uma magia qualquer resolve o problema. Assim você não acrescentou drama nenhum, só fez mais um confronto qualquer contra uma entidade maligna qualquer.

Mestrando RPG: trash ou terrir?

Mestrando RPG: trash ou terrir?

Histórias de horror costumam ser imersivas e despertar reações viscerais nos envolvidos. As melhores, em qualquer mídia, não são músicas de uma nota só e sim melodias complexas. O mesmo pode ser dito de uma boa aventura de RPG com momentos diversos que passeiam por vários estilos e gêneros.

Stephen King, em uma entrevista há muitos anos, comparou um bom livro de terror a uma comida apimentada: há inúmeros outros temperos (gêneros e estilos), mas o picante se sobressai.

Se você quer jogar uma aventura de horror com seus amigos, não quer dizer que o seu jogo precise ser mortalmente (hehe) sério o tempo inteiro. Há um subgênero de terror, mais especificamente em cinema, que é muitas vezes visto com um certo desdém, mas pode ser uma fonte de aventuras excelentes e inesquecíveis: o trash, ou em bom português terrir.

Esse estilo casa muito bem com públicos mais jovens, crianças mais velhas e jovens adolescentes (entre 11 e 15 anos), mas adultos não o dispensam também. Sabe aqueles filmes de terror como A Coisa e a Pequena Loja de Horrores que a ideia é fazer o efeito especial ruim e arrancam mais gargalhadas que sustos? This is the way.

Respeito é bom e todo mundo gosta

Primeiro é importante ter em mente que, por mais que o seu jogo seja uma história mais leve e intercale elementos de susto e tensão com elementos de comédia (tanto da mais boba como a mais sofisticada), respeite seus jogadores.

Evite piadas de mau gosto, seja um mestre consciente do seu papel na construção da narrativa conjunta. Todo mundo precisa se divertir, e não é divertido ser babaca!

Lembre-se também que é um jogo que vai trabalhar com medos e situações que podem gerar alguns desconfortos, por isso assegure-se que todos na mesa estão confortáveis com o estilo e com os assuntos abordados. O canal do diálogo franco e honesto é muito importante. A diversão de uma pessoa termina ao começar a diversão da outra.

Tomados esses pequenos cuidados, garanto que será muito mais divertido e mais empolgante!

Como eu monto uma aventura de terrir?

Um bom ponto de partida na criação da aventura de terrir é pensar no vilão da história. Tudo vai girar em torno do absurdo dele e de sua capacidade de causar espanto e terror nos personagens. Quanto mais inusitado for, melhor.

Um ogro malvadão com um tique nervoso de recitar receitas de bolos explosivos enquanto luta. Um rei goblin megalomaníaco que crê piamente ser um dragão negro metamorfoseado e obriga todos os seus capangas a usarem um tabardo com o símbolo dele. Uma linda e fofa lebre que na verdade é um monstro sanguinário guardião de uma torre abandonada na Pondsmânia. Um contrabandista de itens amaldiçoados de Vectora que tem o péssimo hábito de recitar poesia élfica errado ao fazer negócios…

Pense com cuidado e determine o que torna o seu vilão deslocado dentro do contexto. O que causará a reação de risos incontidos dos PJs em uma situação tensa. 

O plano sensacional (nem tanto)

 Agora que você tem uma noção do elemento principal da história, é hora de espalhar o absurdo, o caos e o horror a partir dele. Qual o plano do vilão? Por que o conflito com os PJs é eminente?

A temática desse estilo é o absurdo, mas não pese demais a mão para não acabar com uma comédia pastelão em suas mãos. Os planos podem ser megalomaníacos ou simples, mas sempre precisam se equilibrar entre o exagero despropositado e o nervosismo da incerteza.

Lembra do Batman, o primeiro do Tim Burton? Ele bebe bem na fonte do terrir.

O plano do Coringa é fazer com que as pessoas tenham reações fatais a toxinas que ele colocou em produtos simples do uso diário como xampu, sabonete, sabão em pó e pasta de dentes. Se você parar pra pensar, é um absurdo matar alguém de rir e faz menos sentido ainda que se morra rindo ao escovar os dentes.

Mas a incerteza de onde está o veneno, o que é ou não seguro fazer… Isso deixa um ar de sobressalto e paranoia no ar. Ninguém sabe quem será a próxima vítima do Palhaço do Crime, então as pessoas começam a desconfiar de tudo e de todos. Pronto! O caos está instalado e nenhum lugar é seguro. 

Extrapole essa noção para além do lugar comum. Uma chef famosa que decidiu variar o prato principal de seu restaurante badalado em Valkaria em paralelo ao desaparecimento de inúmeros mendigos e animais de estimação de uma área da cidade. O clima de incerteza e perigo iminente deve ser tão palpável quanto o desconforto de jantar no restaurante, ou um passeio à cozinha. 

Faça do fantástico surreal! Trabalhe com a perda ou alteração de percepção dos personagens presos em um labirinto de plantas carnívoras e venenosas enquanto são caçados por frutas bestiais e carnívoras.

Abrace o absurdo dentro da atmosfera de medo e incerteza do terrir! Misturar elementos de horror e de comédia pode ser desafiador a princípio, mas garanto que vale à pena o esforço.

RPG de terror: Mestrando no gênero Slasher

rpg de terror slasher

O que seria montar uma mesa de RPG de terror no gênero slasher? Esse é um gênero de horror bem simples de ser emulado e tem como característica um assassino com algum aspecto sobrenatural que aterroriza e mata os personagens de maneiras horrendas ou cômicas, dependendo do momento.

Vamos seguir o exemplo da icônica série de filmes de John Carpenter: Halloween, cujo protagonista é o assassino em série Michael Meyers, e estreou o segmento de filmes de assassinos (slasher).

Nos filmes do tipo, o vilão é virtualmente indestrutível e consegue achar suas vítimas e alcançá-las não importando quão bem se escondam ou fujam. Ele é uma força inevitável e imparável. Exceto por algo muito específico que é deduzido ao longo da perseguição.

Montando uma sessão zero misteriosa

Um recurso bom para criar o clima correto na mesa de terror é o desconhecimento. Os personagens de um filme de terror não sabem que estão em um filme de terror, naturalmente. Mas quando passamos esse raciocínio para o RPG ele não pode ser facilmente aplicado, afinal, os jogadores querem ter alguma noção do tipo de aventura que jogarão.

Minha sugestão nesse caso é: se puder, mantenha o mistério sobre o estilo de jogo que será narrado. Se isso não for possível, tente não entregar que será uma sessão de rpg de terror no gênero slasher. Assim, se o gênero do jogo não for segredo pelo menos o estilo continuará sendo.

Se você não conhece bem os jogadores ou pretende mestrar em algum evento para desconhecidos, minha sugestão é que você utilize a classificação indicativa: proibido para menores de 16 anos, aplique um dos vários modelos formulário de consentimento para os jogadores, que é fácil achar na internet, e use a mecânica da carta x.

Lembrando sempre que o jogo só é divertido se for divertido para todos, e a diversão de um termina quando a do outro começa. Sejamos bons mestres conscientes.

Construindo o ponto de partida

O melhor efeito de uma boa sessão de horror nasce do choque de expectativa. Quando tudo que os personagens/ jogadores conhecem ou esperam simplesmente não vale e eles são arremessados direto ao desconhecido desprevenidos.

Para que isso funcione bem, primeiro é preciso construir um espaço comum e natural crível e confortável. Determine os arredores da ação com detalhes. Invista em NPCs cativantes, com nome, personalidade e algum cacoete que faça com que sejam facilmente identificados. Todos lembram do velho dos repolhos de Avatar, a lenda de Aang. Pense em alguma característica marcante para o NPC e invista nela sem medo.

Tudo que puder dar consistência ao cenário em que os PJs estão inseridos: lugares acolhedores, lojas, o que deixar o cenário mais vivo e crível. Não é preciso se demorar muito nessa parte, mas é importante não queimar essa etapa porque assim o efeito de contradição será mais poderoso.

Definindo o grande vilão

O sucesso de uma boa sessão de RPG de terror no gênero slasher é um vilão bem montado.

Pense com calma em que tipo de vilão você quer. Tipos manipuladores, arquitetos com planos mirabolantes não encaixam muito bem nessa premissa. Sugiro que pense mais em criaturas que tenham alguma característica particular. Uma gárgula com algum poder de teleporte, um hobgoblin que seja invulnerável a danos físicos, um humano canibal que seja incapaz de morrer até que seja decapitado. Imagine sem amarras, esse é o ponto alto da estruturação do seu jogo.

Nesse ponto a concepção do vilão é mais importante que as regras, elabore o conceito e depois pense em combos e como montar a ficha dele. E lembre-se de uma coisa: você é o mestre, quem vai determinar onde você pode ou não burlar as regras na construção do vilão é você. Seus jogadores não precisam saber os pormenores, eles vão jogar contigo pela experiência de jogo e não para saber o dano de uma gárgula de 4 braços.

Mas mesmo que seu vilão seja virtualmente indestrutível, é necessário que você inclua uma fraqueza, ou uma forma de derrotá-lo. As melhores formas, nesse caso, são as não tradicionais. Isso vai causar um choque de adrenalina em seus jogadores, e tirar os advogados de regras de tempo. Imagine só, acabar com todos os PVs do vilão e ele simplesmente se reerguer? Arrepio e descrença na certa.

Faça os jogadores raciocinarem fora da caixa para obter êxito. Talvez a resposta seja um simples punhado de sal arremessado nas feridas da criatura, ou fazer com que ela veja seu reflexo. Plante pequenas pistas ao longo da jornada dos PJs para que eles consigam decifrar a charada.

Preparando o caminho, entrando no clima

Criar o clima adequado de tensão é uma das coisas mais complicadas ao se narrar jogos com a temática de terror. Afinal, todos estão confortáveis em suas casas (pandemia, né, gente), com seus fones de ouvido, as luzes acesas e bebendo uma Coquinha gelada. Ou seja, relaxados e seguros. Enquanto os personagens estão em situações bem mais estressantes e medonhas.

Uma boa ideia é começar a criar o clima aos poucos. Colocando-os no dentro do mundo de jogo idealizado por você. Não precisa se prender em longas explicações e descrições dignas de Tolkien, porque nesse caso, é mais provável que eles se distraiam com outras coisas ou percam o interesse. O ideal é que você descreva tudo de uma forma mais sucinta dando mais ênfase a um ou outro ponto. Imagine a cena, o local, mas limite-se a descrever aquilo que te chama atenção ao pensar nisso. Por exemplo, ao descrever uma floresta, ao invés de se ater aos tipos de árvores, a iluminação e mais detalhes, prese pelo que chamaria a atenção: é uma floresta densa, com árvores próximas, bem úmida e fria, estranhamente, um cheiro de pão fresco enche o ar.

Resolvido, você já situou os jogadores no local, e criou um elemento que chama a atenção, impulsionou a curiosidade deles com um elemento deslocado do lugar comum.

Uma trilha sonora assustadora

Uma ferramenta muito útil é o uso de trilha sonora para o jogo. A música certa deixa o ambiente muito mais preparado e ajuda a todos estarem prestando atenção juntos. Barulhos de fundo como corujas, grilos, pequenos rosnados, unhas arranhando, são facilmente achados no Youtube com uma pesquisa. E você pode deixar uma playlist salva especialmente para esse fim.

Outro bom uso para a trilha sonora é quando ela se torna o aviso de que algo sinistro está acontecendo. Lembra daquele barulho estranho de Silent Hill ao ser ouvido já deixava todo mundo sentado à beira da cadeira, prestando atenção em cada movimento, com o coração disparado? Você pode conseguir algo semelhante em sua mesa de jogo. E isso é maravilhosamente divertido!

Minimizando conversas paralelas

Tente limitar as conversas paralelas para não desconcentrar a todos e assim perder o foco do jogo. Um bom truque é ao invés de pedir silêncio, cortar o papo paralelo com algum som ou música, ou algum acontecimento dentro de jogo, por mais bobo que seja – uma garçonete esbarrando no ombro de alguém; só isso já vai trazer os jogadores de volta ao mundo de jogo.

Se os jogadores já se conhecem há tempos, são amigos ou só são tagarelas mesmo. Antes do jogo, quando todos estiverem reunidos conceda 30 minutos de “gramado dos pensamentos aleatórios”. Alguns minutos para conversar sobre o último episódio da série favorita, perguntar como vai a vida e rir um pouco. É uma forma de diminuir as interrupções durante o jogo para comentários sobre o último jogo do Brasileirão da semana. As interrupções são mais frequentes quando o único encontro do grupo se dá nas sessões de RPG.

Construindo o clímax

Lembrando que estamos construindo uma sessão de RPG de terror no gênero slasher, outra característica marcante é que o vilão e os mocinhos (PJs) se confrontarão no clímax da história, no final. Até então, mesmo que haja algum confronto, ele deve ser parcial, sempre sendo interrompido por algum agente externo. Assim, a expectativa vai crescer e tornará o final mais dramático e assustador.

Ao longo da história, vá, aos poucos, mostrando os NPCs com quem os PJs tiveram contato vão morrendo um a um. No começo, eles podem ser encontrados já mortos, ou melhor ainda, pedaços dos corpos mutilados deles podem ser achados. Explore todos os sentidos dos personagens nesses momentos de descoberta macabros, não só o que eles veem, mas o odor que sentem e o que podem sentir. Por exemplo, ao entrar no estábulo, um dos personagens pode pisar em falso em algo macio e escorregar, ao recuperar o equilíbrio, pode descobrir que pisou em uma mão humana decepada. Isso vai causar um misto de surpresa e urgência, demonstrando a seriedade da situação.

Lendas locais sobre o vilão podem ser surradas à medida que pessoas e/ou animais morrem.

Em direção ao confronto final

Até mesmo alguns NPCs podem ser mortos diante dos PJs (não precisa ser muito gráfico) que assistem sem poder fazer nada para salvá-los. Coloque algum empecilho intransponível em algum ponto, se eles forem testemunhas, porque assim o sentimento de frustração se somará a aura de mistério e desconforto que você já conseguiu criar, fazendo crescer a expectativa para o clímax da história.

Outro recurso narrativo muito eficaz é não mostrar o vilão por inteiro antes do confronto final. Alguns olhares de relance, descrições conflituosas dos locais, tudo para não deixar explícito facilmente quem é o vilão e sua verdadeira natureza. O desconhecido causa muito mais medo que o conhecido. Quando os PJs souberem exatamente com o que estão tratando já estarão envolvidos no combate final. Encoraje suposições e teorias malucas. Quanto mais longe da verdade, maior será o impacto do confronto.

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Espero que essas linhas tenham sido úteis para vocês e possam dar boas ideias como se divertir em uma sessão de RPG de terror no gênero slasher. Se vocês quiserem dar sugestões de temas ligados a horror e jogadores e mestres veteranos, podem deixar a sugestão no meu twitter @Elisagen. Até a próxima!