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Bençãos da Deusa — Diferentes maneiras de jogar RPG: Presencial, Online, Texto, Guilda

Diferentes maneiras de jogar RPG

A quarentena fez com que um grande número de RPGistas procurassem diferentes maneiras de jogar RPG. Apesar destes formatos já existirem, ainda eram desconhecidos pra muita gente. Os número divulgados trimestralmente pelo Roll20, uma das maiores plataformas de RPG Online, mostram o imenso crescimento na quantidade de mesas, inclusive no Brasil. Mas quais as diferenças desses formatos?

RPG Presencial

Jogar de forma presencial é obviamente a forma mais antiga e tradicional de se aventurar em mundos de ficção, apesar de muita gente que chegou mais recentemente ao RPG nunca ter jogado desta forma. RPG presencial é reunir o grupo todo (mestre e jogadores) em um mesmo espaço físico para jogarem, rolando dados e usando fichas de personagem em papel, apesar de muita gente também ter “automatizado” estes aspectos, usando aplicativos de rolagem e fichas e livros em PDF pelo celular. É uma forma divertida de se reunir na casa dos amigos. O maior impeditivo é a necessidade de ter pessoas que morem na mesma cidade para jogar.

RPG Online

É a forma que mais cresceu durante a pandemia. Grupos presenciais se transformaram em grupos online, mais gente conheceu e teve mais tempo para jogar estando em casa, popularizando essa forma de jogo. Em geral, para jogar RPG online, você precisa de um grupo, livros, fichas como em um grupo presencial, com a diferença de que as sessões acontecem em ambiente virtual. O grupo faz uma chamada de áudio, com ou sem vídeo, por alguma plataforma de comunicação; algumas já apresentam até a possibilidade de instalação de programas de rolagens de dados, e tudo acontece por ali. Boa parte dos grupo também usa ferramentas para mapas, combates, imagens e rolagem de dados, onde é possível que todos visualizem e organizem as cenas. Assim, é possível jogar com pessoas de qualquer lugar, contando que tenha uma boa conexão com a internet, o que pode ser um problema.

RPG por Texto

RPG por texto é bastante comum desde o início da internet, mas muita gente ainda não conhece. Costuma ser jogado em fóruns ou plataformas e aplicativos de comunicação por texto. Cada jogador descreve por texto suas ações na cena, enquanto o mestre media e descreve as coisas da mesma forma. É mais demorado, pois a partida não está acontecendo simultaneamente para todos, mas é ideal para quem não tem uma boa conexão com a internet ou tempo para se reunir com o grupo. Pode ser um exercício de escrita bem interessante, e as cenas e ações acabam sendo mais detalhadas.

RPG de Guilda

É bem parecido com jogar de forma online, mas tem suas peculiaridades e por isso ganhou destaque aqui. é um grupo geralmente grande de pessoas que estão em um mesmo fórum ou servidor onde cada um tem seu personagem. Os mestres criam missões e quem estiver disponível naquela data e horário se dispõe a jogar aquela aventura, ganhando recompensas e assim evoluindo seu personagem. Cada fórum ou servidor têm suas próprias regras de criação e evolução de personagens e de recompensas. Por ser uma quantidade em geral grande de pessoas (e falo aqui até em centenas), muitas regras originais do jogo escolhido precisam ser adaptadas de modo a funcionar. A grande vantagem é não depender da disponibilidade de todos; mesmo que alguém não possa jogar, provavelmente outro assumirá o lugar, e você pode encaixar as sessões dentro dos seus horários livres.

Existem cada vez mais ferramentas que ajudam na expansão e facilitar o acesso ao hobby. Apesar de serem diferentes maneiras de jogar RPG, todos levam à mesma coisa: se divertir. Agora, é encontrar qual formato fica melhor para você e se aventurar mundos afora.

Kiki, Personagem de Katiucha Barcelos

fim dos tempos

E vamos a mais uma ficha de Fim dos Tempos! Hoje temos Kiki, personagem de Katiucha Barcelos

Fim dos Tempos é a primeira campanha canônica de Tormenta20. É mestrada por Leonel Caldela e pode ser acompanhada ao vivo e de graça, toda quinta-feira às 20 horas, no canal da Jambô no Twitch. Mas o que seria uma “campanha canônica?” Isso quer dizer que tudo o que acontece faz parte da história oficial de Tormenta, tanto quanto os livros. Por isso, é uma grande oportunidade de acompanhar novas histórias de Arton acontecendo bem na sua frente enquanto interage com os jogadores pelo chat. Quem não conseguir acompanhar ao vivo, pode assistir a qualquer momento pelo Twitch, se for assinante, ou pelo canal do Youtube da editora.

Ah, agora também temos versões de todas as fichas com uma fonte alternativa, em uma versão de legibilidade mais acessível!

Sem mais demora, aqui vai o perfil e a ficha de Kiki, com arte oficial por Samuel Marcelino.

Kiki

Kiki, a medusa barda

Kir’zanaath cresceu com sua mãe e sua tia, numa casa de livros e música. Contudo, era ainda muito nova quando a paixão de sua mãe pelos livros virou uma estranha obsessão. Ela escrevia sem cessar, treinava a filha, fazia com que Kiki estudasse, decorasse conhecimentos e histórias. O mínimo erro era motivo de recriminações. O aprendizado passou a ser uma prisão. Um dia, sem que a criança entendesse o que estava acontecendo, elas saíram de casa, numa fuga desesperada. Foram acossadas por homens estranhos que as chamavam de monstros. Kiki foi aprisionada num navio pirata. Nunca soube o que aconteceu com sua família.

Não sabe quanto tempo se passou na escuridão até que alguém a libertou. Um homem gentil a levou a Nova Malpetrim, onde ela passou a viver numa taverna que a empregou, com um casal que a criou como se fosse filha.

Mesmo ela sendo uma medusa e eles humanos.

Kiki finalmente saiu ao mundo para criar suas próprias histórias, viver suas próprias aventuras. Não aguenta ficar parada, não aguenta o escuro e a solidão. Quer viver intensamente… Porque talvez o que aconteceu com sua mãe possa também acontecer com ela.

Ficha de Kiki

Ficha com fonte alternativa

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Karen Soarele é finalista do 62º Prêmio Jabuti com romance ambientado em Tormenta

Nesta quinta-feira (22) foram anunciados os finalistas da 62ª edição do Prêmio Jabuti, o mais tradicional prêmio literário do país. A autora Karen Soarele é finalista na categoria Romance de Entretenimento, com o livro A Deusa no Labirinto, publicado pela Jambô Editora.

A Deusa no Labirinto é um romance de fantasia épica que mescla inspirações da era medieval com o antigo Império Romano. Ambientado em Tormenta, o maior universo de fantasia do Brasil, narra a revolução das elfas e humanas mantidas escravas no reino dos minotauros, em um contexto de magia abundante e presença de entidades divinas impactando na vida dos mortais. Lançado na Bienal do Livro Rio 2019, o livro é finalista do Prêmio AGES, do Prêmio LeBlanc e do Prêmio Jabuti.

Karen Soarele

Karen Soarele tem 32 anos, nasceu em Assaí-PR e cresceu em Campo Grande-MS, cidade na qual iniciou sua carreira literária. Morou por três anos em Halifax, Canadá, e desde 2018 fixou-se em Porto Alegre. É graduada em Publicidade e Propaganda pela Uniderp-Anhanguera e mestranda em Escrita Criativa na PUCRS.

Karen é autora de seis romances de literatura fantástica: Línguas de Fogo, Tempestade de Areia, A Rainha da Primavera e A Canção das Estrelas (independentes), A Joia da Alma e A Deusa no Labirinto (Jambô Editora), além de diversos contos em antologias. Além da carreira literária, atua como Gerente de Marketing da Jambô, onde foi responsável pela comunicação da campanha de financiamento coletivo Tormenta20, que bateu o recorde nacional em 2019, tendo levantado quase R$ 2 milhões no Catarse.

A Deusa no Labirinto

No oeste do mundo conhecido, o Império de Tauron se ergue supremo.

Em uma terra onde os fortes oprimem os fracos com a justificativa de protegê-los, elfas e humanas são mantidas escravas nos haréns dos minotauros. Assim determina a lei do império, concebida conforme a lei divina do Touro em Chamas.

Ninguém se opõe. Nem os senhores, satisfeitos com o poder acumulado, nem os servos, doutrinados a obedecer. Os outros reinos, temerosos das legiões táuricas, se acovardam. Os deuses, indolentes, apenas assistem à miséria dos mortais. Todos fecham os olhos para a perversidade da escravidão. Chegou a hora de fazer algo a respeito.

Em A Deusa no LabirintoKaren Soarele (A Joia da Alma) aborda a mais controversa das sociedades de Arton. Um farol de paz e progresso em um mundo selvagem, a civilização táurica alcançou a glória, mas a um custo terrível. Quando uma elfa decide agir contra este regime, desencadeia eventos que irão mudar para sempre o Império de Tauron, o Reinado de Arton e o próprio Panteão.

Mais informações

Para mais informações, confira os links da autora aqui.

Podcast Dragão Brasil 71: Clube do TPK!

Role inciativa, pois hoje o podcast da Dragão Brasil está de matar!

Leonel Caldela revela um dos grandes pesares de sua vida de mestre e narra com detalhes escatológicos alguns dos TPKs sofridos por seus grupos de jogo; Rafa Dei Svaldi conta sobre suas contribuições como consultor de tragédias na aventura Fim dos Tempos e nos dá a receita de seu novo drink favorito que serviria facilmente como combustível de foguete; Felipe Della Corte fala um pouco mais sobre o design dos encontros da Jornada Heroica e das peripécias de seu grupo de jogo em Arton quando ele ainda era um jovem inocente; enquanto Camila Gamino chora a perda de seus personagens queridos em situações tragicômicas e tenta não sucumbir aos encantos do clube dos mestres malvados! Nas dúvidas dos Conselheiros, dicas de como lidar com a morte e ressurreição de personagens, principalmente por conta de acidentes de percurso durante aventuras…

Para escutar, clique no player acima.

Para baixar, clique no link correspondente com o botão direito e escolha “Salvar como”.

Para ainda mais conteúdo, assine a Dragão Brasil. Assim, receberá mais de 100 páginas de RPG e cultura nerd todos os meses: dragaobrasil.com.br

Twtich da Jambô: twitch.tv/jamboeditora

Créditos
Participantes:
Camila Gamino (Twitter), Leonel Caldela (Twitter | Livros), Felipe Della Corte (Twitter ),
Edição: Adonias Marques (Instagram | Portfólio)

Rexthor, Personagem de Rex

fim dos tempos

Hoje tem Fim dos Tempos! A campanha canônica, ou seja, que faz parte da história oficial de Tormenta, é mestrada por Leonel Caldela e está chegando ao sexto episódio. O esquenta de hoje conta com a ficha de Rextor, o bárbaro jogado por Rex!

Fim dos Tempos pode ser assistido toda quinta-feira, às 20 horas, ao vivo e de graça pelo Twitch da Jambô. Assim, dá para interagir com o pessoal da mesa em tempo real pelo chat. Quem não conseguir acompanhar ao vivo, tem acesso aos episódios a qualquer momento se for assinante da plataforma, ou pelo canal oficial do Youtube da editora.

Confira logo abaixo o perfil e ficha de Rexthor, personagem de Rex, com arte oficial por Samuel Marcelino!

Rexthor

Rexthor, o humano bárbaro

Nascido nos Ermos Púrpuras, o jovem Rexthor era um aprendiz de guerreiro e caçador cuja liberdade foi tirada por magia. Os magos dizimaram sua aldeia e levaram-no para suas masmorras, no odiado Reino da Magia, o local chamado Wynlla. Em Wynlla, Rexthor foi aprisionado junto a outros guerreiros de várias partes do mundo. Ouviu histórias sobre o resto de Arton apenas através desses homens e mulheres, sem conhecer nada com os próprios olhos. Sofreu experimentos e viu seu corpo ser infundido com substâncias desconhecidas. Os magos diziam que eles não eram pessoas de verdade porque não eram “abençoados por Wynna” e os colocavam para lutar em suas arenas, para seu divertimento. Uma dessas arenas em especial era a mais terrível: o Abismo, uma masmorra onde o gladiador deveria sobreviver a um labirinto cheio de armadilhas.

Um dia, uma mulher misteriosa fez uma aposta com o mestre de Rexthor. Se o jovem gladiador sobrevivesse ao Abismo, seria libertado. Uma aposta que não fazia sentido, mas por alguma razão o mago concordou. Rexthor nunca viu a mulher, apenas ouviu sua voz. Mas foi ela que conquistou sua liberdade, pois ele achou um túnel de saída do Abismo que ninguém jamais notara. E emergiu muito longe de Wynlla, perto das Colinas Centrais de Zakharov.

Um devoto da sorte, Rexthor confia das “Deusas” da Sorte, do Azar e do Caos. Ele sabe que, quando tudo parece pior, elas estão do seu lado.

Ficha de Rexthor

Ficha com fonte alternativa

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Elessa, a amaldiçoada paladina de Thyatis

Thyatis

A história que irei contar hoje é cheia de terror, mistério e… mortos-vivos.

Tudo começou quando decidi que não iria jogar de ranger ou druida. Sairia da minha zona de conforto e pegaria uma classe mais “agressiva” em batalha, trocaria o arco por uma espada e teria que levar penalidade em locomoção por usar armadura. Delícia.

Se eu dissesse que demorei para decidir que classe eu jogaria, estaria mentindo. Desde que li sobre o Paladino de Thyatis eu soube que eu queria ser imortal (insira aqui uma risada maligna). Criei minha primeira e, por enquanto, última paladina. Elessa. Num resumo grosseiro ela era de Tamu-ra, fugiu da Tormenta numa aventura marítima que quase a matou afogada, teve uma revelação em sua quase morte e acabou virando uma devota do deus da ressurreição e da profecia.

A paladina de Thyatis

Para quem não tem muita familiaridade, um paladino de Thyatis, além de outros poderes concedidos, também tem a dádiva de voltar a vida quando morto. Isso, porém, não o torna invencível. Há a Morte Verdadeira, algo que tirará, definitivamente, a vida do devoto e que só poderá ser revelada (pelo sumo sacerdote ou pelo próprio deus) após uma missão ser cumprida. E a Morte Verdadeira pode ser com qualquer coisa! Picada de abelha, envenenamento por uma planta minúscula, afogar com a própria saliva, ser decapitado pelo Arsenal…

Voltando, eu estava bem feliz. Ia de peito aberto nas batalhas, fazia meus discursos regados de moral e bons costumes, movia meus cabelos lisos e negros dramaticamente a cada “espadada” bem dada. Tudo ia bem e acabaria bem se o mestre não fosse um projeto de Leonel Caldela. No nosso grupo havia um mago. Este jogador era preguiçoso e não montou um background decente para a sua personagem. O mestre sorriu com as várias possibilidades na frente dele.

Não vou contar tudo o que aconteceu, pois isso dá outra história, mas resumindo: o coitado estava todo estropiado, careca (cabelo era motivo de orgulho para ele) e cheio das maldições. Até cortei os meus belos cabelos de tamuraniana e ofereci para meu pobre companheiro calvo. Ou seja, o mestre não perdoava. Aparentemente a minha imortalidade era dádiva demais, então ele conseguiu amaldiçoar a minha paladina de Thyatis.

As desvantagens de ser “imortal”

Agora tire as crianças da sala, a coisa vai ficar sinistra: Toda vez que a Elessa morria, eu tinha que jogar um D6 para ver quantas rodadas ela ficaria como ZUMBI. Nesse estado não havia amigo ou inimigo. Quem estivesse na frente dela levaria porrada sem dó, sem piedade. Não podia falar, não podia escolher qual arma usar, não podia escolher o alvo ou se preferia não atacar. Ela virava uma máquina maluca de matar. A pele ficava verde, os olhos sem vida e opacos não miravam em lugar nenhum, o corpo curvado se jogava para cima de quem estivesse mais perto. Numa dessas eu quase matei uns companheiros. Os diálogos eram mais ou menos assim:

— Juro que não queria cortar seu braço, desculpa!
— Você ainda consegue andar? Desculpa!
— Ouch! Não era para tirar esse 20 contra meus parça. Segura as tripas aí que já eu te curo.

Meus companheiros resmungavam e batia a cabeça na mesa toda vez que eu chegava perto da morte. O mestre, rei da sadismo, gargalhava. Eu chegava a ver ele tremendo de excitação! Era monstruoso, grotesco, infame! Confesso, eu adorava… Não fazia muita questão de me curar durante a batalha e ia completamente alucinada com a espada em mãos.

Moral da história: Sair da zona de conforto pode render os momentos mais insanos, imprevisíveis e divertidos numa campanha. E não há mal nenhum em mudar algumas regras para ajudar o jogo à dinâmica do grupo. 

E você? Tem alguma história engraçada de quando saiu da zona de conforto na mesa? Conta para a gente nos comentários!

PS: Nunca chegamos ao fim da campanha, então irá viver como eu, sem saber qual seria a Morte Verdadeira de Elessa.
Durmam com isso, crianças.

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Quer demonstrar sua devoção por Thyatis? Confira a Medalha dos Deuses do Deus da ressurreição e da profecia

Crônica do RPG: Quando o suporte do grupo decide atacar primeiro e perguntar depois

Assista Fim dos Tempos, uma mesa canônica por Leonel Caldela

Arius Gorgonius Dubitatius, Personagem de Guilherme Dei Svaldi

fim dos tempos

O episódio 5 de Fim dos Tempos já está em nosso canal do Youtube! E para colocar vocês no clima do massacr… digo, da aventura, trazemos a ficha de Arius Gorgonius Dubitatius, o personagem de Guilherme Dei Svaldi!

Fim dos Tempos é uma mesa canônica de Tormenta20. Isso quer dizer que aquilo que for jogado vai fazer parte da história oficial de Arton, tanto quanto qualquer romance ou quadrinho oficial. O mestre é o temível Leonel Caldela, um dos criadores de Tormenta e narrador de RPG sanguinário, impedido apenas por Nimb de matar todos os personagens jogadores.

Vocês podem assistir Fim dos Tempos ao vivo e de graça toda quinta-feira, às 20 horas, no Twitch da Jambô. Esse é o jeito mais divertido, já que dá para interagir com o pessoal da mesa pelo chat em tempo real (e é um método à prova de spoilers). Quem não conseguir assistir ao vivo, ainda assim pode assistir a qualquer momento no Twitch, se for assinante, ou depois pelo canal do Youtube da Jambô!

Agora vamos ao que interessa: perfil e ficha de Arius, personagem de Guilherme Dei Svaldi, com arte oficial por Samuel Marcelino!

Arius Gorgonius Dubitatius

Arius Gorgonius Dubitatius, o minotauro nobre

Primogênito de uma família tradicional do Império de Tauron, Arius nasceu para um futuro glorioso. Ou, ao menos, era isso que o pai dele, o Senador Glavus, esperava. Mas o velho minotauro não contava com a natureza do filho — em uma nação de conquistadores e tiranos, Arius tinha a mente de um filósofo e a alma de um poeta.

Como podemos nos considerar protetores dos mais fracos se não garantimos a eles sequer a liberdade?” questionava o jovem… Questionamentos que envergonhavam Glavus perante outros políticos e generais.

No ano em que Arius deveria ingressar nas legiões, Tiberus já enfrentava a pior ameaça de sua história: a própria Tormenta. Glavus sabia que o filho, mais interessado em estudar do que em lutar, não sobreviveria aos demônios aberrantes. Então, usou sua influência para fazer com que ele fosse alocado a uma legião longínqua, a XIV da Grande Savana, nas fronteiras do Império. Um posto sem honra alguma, mas um no qual o filho ficaria seguro… E não traria vergonha à família.

Quando o serviço militar de Arius terminou, ele não voltou para Tiberus. Em vez disso, partiu em busca daquilo que sempre quis —conhecimento. Na região das Colinas Centrais, o jovem minotauro espera encontrar a chave para destruir a Tormenta. Só voltará para o lar de sua família quando puder provar para seu pai que a força não é a única forma de poder.

Apesar de vir de família rica, Arius carrega consigo apenas seu antigo equipamento militar e alguns pergaminhos místicos — último presente de seu tutor, o escravo élfico Luriel. Carrega também a vergonha de ser herdeiro de uma família culpada de escravidão… E crimes ainda piores.

Ficha de Arius Gorgonius Dubitatius

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Como narrar em um evento de RPG

evento de rpg

Narrar em um evento de RPG é uma ótima oportunidade para quem busca melhorar suas habilidades como mestre, testar um sistema diferente ou apenas fazer novos companheiros de aventuras. Entretanto, existem algumas diferenças a se considerar quando nos preparamos para narrar em um evento, comparado a um jogo que narraríamos para nossos amigos.

Neste artigo, eu vou dar algumas dicas para você se preparar e narrar em eventos sem preocupações.

Leve personagens prontos

Antes de mais nada, em um evento de RPG normalmente não há tempo suficiente para criar fichas de personagem, portanto sempre leve personagens prontos. Procure criar de cinco a sete opções de personagens, de acordo com os principais arquétipos do cenário do jogo, e explique em poucas palavras o conceito de cada um.

Claro, você pode apenas montar a ficha numericamente e deixar lacunas para serem preenchidas pelo jogador do personagem – como nome, gênero, personalidade, histórico, etc. Entretanto, assuma que você pode receber pessoas que nunca jogaram RPG antes, então tente dar alguma dica de como interpretar cada personagem, seja listando algum detalhe do histórico dele ou algum traço de sua personalidade.

Da mesma forma, é importante que as fichas sejam simples e que contenham todas as informações sobre poderes e habilidades do personagem. Isso vai ajudar seus jogadores a entenderem que opções de ações têm e agilizar as resoluções durante o jogo.

Explique o jogo rapidamente

Seus jogadores podem ser novatos no hobby ou apenas novatos no sistema que você vai narrar, portanto, antes de começar, dê uma breve explicação sobre o jogo. É importante que essa explicação seja apenas o suficiente para entender o básico do sistema e do cenário, sem entrar em minúcias de regras.

Por exemplo, “Os personagens são aventureiros em um mundo de fantasia em busca de fama e riquezas. Quando eles fazem alguma coisa arriscada, vocês rolam um dado de 20 lados, somam um bônus e tentam tirar um resultado maior que um valor de dificuldade.”

Deixe para explicar o resto no decorrer do jogo, à medida em que for precisando. Também explique brevemente o que cada personagem faz. Não se preocupe em detalhar cada mecânica agora, dizer que um personagem pode curar o grupo e que o outro pode conjurar uma bola de fogo é o suficiente.

Use bem o seu tempo

Outra grande diferença tem a ver com a limitação da duração do jogo. Em um evento de RPG, normalmente só podemos narrar one-shots, ou seja: uma aventura com começo, meio e fim em uma única sessão, com duração de três a quatro horas. Portanto, dê preferência a aventuras curtas e descomplicadas, em que os jogadores não tenham dificuldade de entender qual é o objetivo.

Além disso, não tenha medo de apressar o ritmo se o jogo chegar a impasses. Pergunte como cada jogador deseja abordar a situação e peça uma decisão do grupo, resolvendo a cena e cortando para o próximo momento. O seu objetivo é que todos saiam da mesa tendo experimentado uma história completa, portanto pense em quais cenas poderiam ser encurtadas ou removidas, caso necessário. Aventuras mais estruturadas, do tipo “railroad”, são as mais indicadas nessa situação.

Jogue com segurança

Você provavelmente não conhecerá as pessoas que jogarão na sua mesa – e talvez elas não se conheçam entre si. Portanto, ferramentas e atitudes que buscam manter o jogo um espaço seguro são ainda mais importantes em um evento de RPG.

Primeiramente, evite utilizar temas sensíveis, que possam deixar seus jogadores desconfortáveis. Representações de machismo, racismo e homofobia devem sempre ser evitadas. Além disso, tortura e descrições extremas de violências devem ser tratadas com cuidado. Sempre inclua um aviso sobre potenciais temas sensíveis na divulgação de sua mesa e a classificação indicativa apropriada.

Entretanto, as pessoas têm diferentes experiências e é impossível saber que tópicos em particular são incômodos para os seus jogadores. Uma boa ferramenta para se utilizar nesse caso, é a Carta X, do John Stavropoulos.

Pegue um cartão em branco (ou um pedaço de papel), desenhe um X bem visível e coloque-o no meio da mesa. Explique aos jogadores que, se alguma coisa desconfortável ocorrer durante o jogo, eles podem tocar ou levantar o cartão, sem precisar dar nenhum tipo de explicação. Caso isso aconteça, modifique a cena que acabou de ocorrer ou avance para o próximo momento.

Em jogos online, ao invés de usar um cartão, você pode orientar os jogadores a sinalizarem um “X” com os braços, se estiverem usando vídeo, ou enviar um “X” no chat de texto. Não esqueça que você também pode usar a Carta X se os jogadores fizerem algo que faça você se sentir desconfortável!

Divirta-se!

Por fim, relaxe a aproveite a experiência. Lembre-se que RPG é uma conversa e que todos estão ali para se divertir. Dê espaço para que os jogadores explorem seus personagens e não tenha medo de seguir com as sugestões e ideias deles.

Ao narrar em um evento de RPG, além de contribuir para a divulgação do hobby, você conhece diversas pessoas que lhe apresentarão novas perspectivas sobre jogar e narrar. Apenas vá preparado, seja paciente e fique de olho na duração da mesa e no bem-estar de seus jogadores. Bons jogos!

Podcast Dragão Brasil 70: Bom dia, The Boys! Vocês são Divinity!

Podcast Dragão Brasil 70: Bom dia, The Boys! Vocês são Divinity!

Chegou o seu podcast mal-assombrado favorito! No episódio de hoje, Felipe Della Corte lista os gatilhos de “Bom dia, Verônica”, enquanto Leonel Caldela conta bastidores da campanha Fim dos Tempos, Karen Soarele compara Outward com Divinity e Vinicius Mendes lança a enquete: a cena mais satisfatória de The Boys é a mesma na série e na HQ? Além disso, nas dúvidas dos conselheiros, saiba detalhes da Jornada Heróica — o livro de campanha oficial do #Tormenta20 — e seja assediado pelos fãs!

Para baixar, clique no link correspondente com o botão direito e em seguida escolha “Salvar como”.

Para ainda mais conteúdo, assine a Dragão Brasil. Assim, receberá mais de 100 páginas de RPG e cultura nerd todos os meses: dragaobrasil.com.br

Links citados no episódio “Bom dia, The Boys! Vocês são Divinity!”:

Livros recomendados pela equipe da Jambô:

Créditos do podcast
Participantes:
Felipe Della Corte (Twitter ), Karen Soarele (Twitter | Livros), Leonel Caldela (Twitter | Livros), Vinicius Mendes (Facebook | Livros).
Edição: Adonias Marques (Instagram | Portfólio)

Aylarianna Purpúrea, Personagem de Karen Soarele

fim dos tempos

Hoje é quinta-feira, dia de Fim dos Tempos! Para os aventureiros que estavam pegando tesouros em uma masmorra sem sinal de internet e não ficaram sabendo, Fim dos Tempos é a primeira campanha canônica de Tormenta20, ou seja, é uma mesa de RPG que vai fazer parte da história oficial de Tormenta, assim como os livros e quadrinhos. Vocês podem assistir à mesa toda quinta-feira, às 20 horas, ao vivo e de graça, no Twitch da Jambô Editora, que é o melhor jeito, já que dá para interagir com o pessoal da mesa ao vivo. Assinantes do Twitch podem assistir depois a qualquer momento, e todos os episódios estão sendo publicados também no canal oficial do Youtube da Jambô.

A campanha é mestrada pela criatura mais perigosa de Arton, mais que a própria Tormenta, Leonel Caldela. Ou seja, provavelmente os jogadores vão ter que fazer mais de uma ficha cada um. E falando em ficha, para vocês irem entrando no clima, hoje começamos uma série de posts com cada uma delas aqui no blog, ou pelo menos, aquelas usadas pelas vítim… digo, jogadores. A primeira é a de Ayla, personagem de Karen Soarele, acompanhando também a arte oficial por Samuel Marcelino!

Aylarianna Purpúrea, a sílfide arcanista

Aylarianna Purpúrea — ou apenas Ayla, para os chegados — é uma fadinha pequena e delicada, que cansou de ser menosprezada por seu tamanho e decidiu transformar sua aparência inofensiva em seu maior trunfo. Com a habilidade de manipular ingredientes alquímicos e manipular os compradores na hora da negociação, tornou-se uma caixeira-viajante. Ela fabrica itens como ácidos, bálsamos e venenos, que são de verdade. Funcionam. Porém, também faz elixir de crescer cabelo, poção de sumir verruga, panacéia para todos os males… Esses não funcionam, mas dão um bom dinheiro.

Em algum momento, um cliente insatisfeito cometeu a audácia de levantar acusações sobre o comércio altamente legítimo e bem conceituado de Ayla. Sem opções, ela teve que se esconder. Assim, fugiu para as Colinas Centrais, onde procura por um herói grande, forte e ingênuo, que acredite em sua inocência e seja capaz de protegê-la. Ayla está sempre em busca de mordomia, de comer bem e de ser tratada como uma fada nobre, preciosa e mágica.

Ficha de Aylarianna Purpúrea

Fim dos Tempos: ficha de Aylarianna Purpúrea

Ficha com fonte alternativa

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Flor de Sangue: O terror do nosso cotidiano

flor de sangue

As histórias de terror só podem acontecer fora do Brasil? Era esse tipo de pergunta que pairava nesta cabeça quando era adolescente. Todos aqueles que amam narrativas de terror sabem que uma grande parte delas não aconteciam em território nacional. Parece até  que essas histórias só podem acontecer nas ruas frias e com neblinas de Londres ou em cidadezinhas nos Estados Unidos. Fica longe do imaginário coletivo de que seriais killers podem viver entre nós: os brasileiros. O leitor já está habituado com esses cenários. Mas o que aconteceria se em uma cidade de São Paulo vivesse uma personagem psicopata e outra extremamente talentosa com a pintura? Apresento a vocês Flor de Sangue, romance de estreia de Waldir L. Santos.

Flor de Sangue: Uma história sobre pessoas

O livro traz para o leitor algo que eu realmente gosto: personagens bem trabalhados. Personagens, para essa pessoa que vos fala, são peças fundamentais dentro de qualquer narrativa. “Ah! Mas isso é o que todo mundo fala e diz mesmo”, sim, mas excelentes ideias de roteiros não se sustentam com personagens mal trabalhados, já personagens profundos podem salvar um roteiro. Percebem a diferença? De certa forma é a personagem que fisga o leitor e isso pode ser sentido em Flor de Sangue.

Primeiro, é necessário atentar-se ao fato que as personagens centrais do livro são apresentadas em dois desdobramentos de leitura: um yin yang; uma dicotomia.  Se por um lado se acompanha uma personagem ácida, egoísta e extremamente bela, que busca sempre o melhor para a sua própria vida, por outro lado acompanhamos alguém esforçado, talentoso e humilde (e não no sentido de submisso, mas sim de alguém que conhece suas próprias limitações e é modesto). Uma personagem é a escuridão e a outra a luz. As duas figuras se completam e deixam o leitor na penumbra. O leitor fica preso nessa nuance cinza, uma vez que é muito difícil aceitar que também pode existir escuridão dentro de você.

Se enxergando na escuridão

Durante a leitura, pode-se negar que faria muito do que a personagem feminina fez, contudo se você, enquanto leitor, trouxer as atitudes dela para fora das páginas, mesmo não realizando os mesmos atos na mesma intensidade, alguma coisa acabaria por fazer. “Como assim?! Eu jamais agiria como ela!”, pode pensar, mas convido a fazer um pequeno exercício de olhar para si mesmo. Sendo honesto consigo mesmo, poderá encontrar algum  momento em que agiu para conseguir ser beneficiado. Encontrará algo simples, como uma pequena mentira para faltar ao trabalho depois de uma bebedeira, ou alguma desculpa dada a um professor para fazer uma prova simplesmente por não ter estudado. Se vasculhar direito em sua memória, vai encontrar algo que te deixe envergonhado demais para assumir em voz alta e essa, meus caros, é a nossa escuridão interior; é nesse ponto que se aproximamos dessa personagem em Flor de Sangue.

Flor de Sangue: Uma história sobre uma cidade

A escolha de São Paulo como palco completa a relação entre essas duas personagens e revela muito de nós mesmos: leitores brasileiros. Nascemos e crescemos em um país no qual a maioria de nós precisa ralar, ralar muito mesmo, para conseguir alguma coisa. A maioria de nós não nasceu em berço de ouro e precisa ficar presos feito sardinhas em transportes públicos percorrendo longas distâncias para se chegar ao trabalho. E fora a jornada dupla de ter que estudar no período noturno com o sonho de conseguir pelo menos um espaço debaixo da sombra. Nesse sentido, a cidade de São Paulo nos mostra a sua face como toda metrópole: é preciso ser forte para sobreviver e às vezes sentimos muito medo de nosso próprio destino se perguntando se conseguiremos um amanhã melhor para as nossas ínfimas vidas.

O espectro do terror em Flor de Sangue está nesses dois pilares: as duas personagens dicotômicas e a cidade. O livro te leva para o mais perto de todo o tipo de violência que acontece todos os dias em grandes metrópoles: estupro, vícios, corrupção, a falta do básico… E esse é o nosso eterno pesadelo e terror nessa terra que parece perecer cada vez mais todos os dias.

Fim dos Tempos: As fanarts do primeiro episódio

fim dos tempos

A campanha canônica Fim dos Tempos, mestrada por Leonel Caldela e exibida ao vivo no Twitch da Jambô Editora e depois no canal do Youtube está indo de vento em popa. E como era de se esperar, a comunidade de Tormenta está dando um show com sua participação! Hoje nós separamos alguns fanarts incríveis baseados na mesa e compilados das redes sociais.

As fanarts de Fim dos Tempos

O Éder Gil (@EderHQ) retratou Aylarianna, a sílfide feiticeira espertinha interpreta por Karen Soarele em 360º nesse gif que você pode ver logo abaixo. De acordo com ele, ainda tem mais coisa por vir, e já estamos bem curiosos.

Amanda Dassié (@corvogro) desenhou esta página de quadrinho com interação de Aylarianna e Arius, o minotauro nobre de Guilherme Dei Svaldi. A Amanda já colocou até mais fanart de Fim dos Tempos no feed dela!

O Gabriel (@Aurash_III) retratou a mesma cena com Aylarianna e Arius. É bem legal ver que ele publicou uma foto do caderno de desenhos dele (que deve estar cheio neste “tintubro”).

E por fim, temos o Gustavo (@Gustavo_MF_) com o gladiador humano Rextor, personagem de Rex, e mais uma vez, Aylarianna, em estilo de pixel art!

Nós gostamos muito de ver as artes que vocês tem feito para Fim dos Tempos, então não se esqueçam de marcar o perfil da Jambô e a hashtag #Tormenta20 quando forem publicar nas redes.

Como assistir Fim dos Tempos

Fim dos Tempos, a mesa canônica de Tormenta20 mestrada por Leonel Caldela, vai ao ar toda quinta-feira, às 20 horas. Você pode acompanhar a aventura ao vivo e de graça pela Twitch da Jambô Editora, o melhor jeito de todos porque dá para interagir com o pessoal da mesa pelo chat. Os assinantes da Twitch podem assistir os vídeos a hora em que quiserem, mas se você não for assinante e perdeu a mesa ao vivo, não se preocupe: todos os episódios estão sendo disponibilizados no canal de Youtube da Jambô!

Nos vemos com mais novidades e um episódio novo na quinta-feira!

Veja também

Fim dos Tempos: Uma campanha de Leonel Caldela

Mais fanarts de Fim dos Tempos

Fichas de Fim dos Tempos

Aylarianna Purpúrea

Arius Gorgonius Dubitatius

Rexthor 

Kiki

Ignis Crae