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Podcast Dragão Brasil 92: Melhor ou mais melhor ainda!

Contratando futebolistas a peso de ouro, chegou seu podcast favorito!

No episódio de hoje, Della gasta fortunas em ovos de páscoa, cai de volta no colo quentinho da Marvel e levanta uma ampla discussão sobre RPGs japoneses. Camila faz uma propagandinha básica de seu tutorial completíssimo sobre Roll20 no site da Jambô, e relata a estreia da Arena de Valkaria e suas andanças por Joias para Lamashtu e Jornada Heroica (porque ALGUÉM precisa falar de RPG nisso aqui!). Enquanto isso, Trevisan luta contra o vício terrível em Football Manager, e termina de ler mais um livro em sua epopeia diária! E obviamente teve tempo para bobagens aleatórias, discussões infrutíferas e respostas às dúvidas dos Conselheiros!

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Créditos
Participantes:
J. M. Trevisan (Twitter | Livros), Felipe Della Corte (Twitter), Camila Gamino (Twitter).
Edição: Adonias Marques (Instagram)

Bençãos da Deusa — Jogando Online: Guia para mestrar no Roll20, Parte 3

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Conforme prometido, vamos para a parte 3 do nosso Guia para mestrar no Roll20! Hoje vamos falar desta linda barra vertical que fica no canto superior esquerdo da sua tela (em verde). Você pode ler a parte 1 aqui e a parte 2 aqui.

Seta

Esta seta abre duas opções: “Selecionar/Mover” (laranja) e “Mover visão” (verde). A maior parte do tempo você estará usando esta seta, e na opção “selecionar/mover”, pois é como você mexe objetos, tokens e outra coisas no mapa. A opção “Mover visão” é para mexer a tela em cima; raramente uso, pois acho mais fácil fazer isso clicando com o botão direito do mouse ao invés de ficar alternando as duas.

Camadas

Aqui que a magia começa. Existem 3 opções de camadas no Roll20 (em vermelho):

“Plano de Fundo” (verde): como diz o nome, é onde fica o fundo da tela, geralmente o mapa, grid ou imagem daquela cena. Para colocar um mapa, basta deixa a opção “Plano de Fundo” selecionada e arrastar de outra pasta para o Roll20. Ali, você faz os ajustes necessários de tamanho.

“Objetos e Tokens” (laranja): é a camada usada pelos jogadores, e você também vai usá-la a maior parte do tempo. É onde ficam os tokens dos jogadores, dos inimigos, NPCs, enfim, tudo que aparece para os jogadores está aqui. Esta é a única camada que eles podem enxergar.

“Camada do Mestre” (roxo): é onde o mestre deixa tudo que somente ele pode ver. Uma marcação, um inimigo escondido pronto para aparece, qualquer coisa que guie o mestre. Posteriormente mostrarei como passar algo da camada do mestre para a camada de Objetos e Tokens.

“Opacidade de sobreposição do MJ” (amarelo): é o quão nítidas ou opacas as coisas que estão na camada do mestre aparecem para você.

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Pincel

A ferramenta Pincel (vermelho) tem uma série de opções que não vou explicar uma a uma, uma vez que são autoexplicativas. Você pode desenhar no mapa, fazer formas geométricas, escrever e uma série de outras coisas. Infelizmente a opção “limpar desenhos” (verde, no final) apaga tudo que tiver sido desenhado no mapa.

Zoom

A Ferramenta zoom (vermelho), como o nome diz, aumenta ou diminui o zoom da tela. Usando a ferramenta pela barra vertical, você escolhe entre os valores fixos. Porém, há uma barra vertical à direita (preto) onde você controla, podendo obter porcentagens de zoom diferentes.

Régua

A ferramenta de Régua (vermelho) é muito usada principalmente durante combates. Serve para medir a distancia entre objetos, personagens, verificar se o ataque ‘pega”. As opções de encaixe (laranja) marcam a partir de que parte do quadrado a régua começa a medir: do centro, do canto ou sem encaixe (o que vale é onde você clicou). As opções de mostrar ou esconder (verde) no geral servem principalmente se o mestre quer medir algo sem que os jogadores vejam. A régua em si (roxo) mostra a distância em medidas e em quadrados. É possível mudar a unidade de medida, falarei disso depois.

Nuvem

A “nuvenzinha” (vermelho) serve para ocultar áreas para os jogadores não verem. No geral, é usado para exploração de lugares. Em “Ocultar áreas” (verde), você esconde as áreas que não quer que os jogadores vejam, assim como em “Revelar áreas” (azul) você mostra as áreas que quer para seus jogadores. Na segunda imagem (seta laranja) mostro como fica a visão da área ocultada (ao redor) e revelada (no centro) pela visão do mestre. Na terceira imagem (seta roxa) mostro a mesma cena, mas do ponto de vista dos jogadores ( token do Pikachu representa um jogador da mesa. Certamente será uma mesa eletrizante xD). Para Ocultar, bem como para Revelar uma área, basta clicar na opção e selecionar o espaço desejado.

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Iniciativa

Este em vermelho é o botão da iniciativa. É a ordem de ações, geralmente em combates. Ao clicar nele, abrirá a caixinha verde. Ali é onde estarão o nome dos personagens e inimigos e suas iniciativas. Dependendo da ficha utilizada, os jogadores podem selecionar seu próprio token e fazer a rolagem pela ficha, e seus nomes e números vão automaticamente para a lista.

Clicando no botão com a engrenagem (rosa) você abre as configurações da Turn Order. A primeira opção é em qual ordem você quer que apareça: ordem decrescente ou crescente (numérica) e ordem A-Z ou Z-A (alfabética). No geral, usamos a ordem Decrescente (do maior número para o menor número).

A segunda opção (laranja) é para adicionar itens à Turn Order. Podem ser os inimigos ou algum jogador que rolou e esqueceu de clicar no seu token antes de rolar. Ali você escreve o nome e clica em “adicionar”. O valor você põe manualmente na própria Turn Order depois que o nome aparecer ali.

O último botão (amarelo) é onde você limpa a Turn Order para um novo combate, todos os nomes e valores são apagados

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Dados

Ao clicar neste botão que tem um d20 (vermelho), você abre este rolador de dados. A primeira opção é a rolagem básica (em verde): você clica no dado que quer rolar e ele rola automaticamente. Na opção avançada (em azul) você pode escolher quantos dados, qual dado e pôr um modificador, tanto positivo quanto negativo. Em baixo ele mostra suas últimas rolagens (em laranja) e você pode clicar em “Re-Roll” para rolá-las novamente sem ter que digitar tudo de novo na parte avançada.

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Por último, temos a interrogação; este é o ícone de ajuda do próprio Roll20, e desta forma não cabe explanar sobre aqui.

E aí? Conseguiram entender até agora? Com esta parte 3 vocês já pode começar a montar suas mesas no Roll20! Teremos ainda uma parte 4, onde falarei das configurações de mapas e tokens. Por fim, espero que estejam gostando e sigam acompanhando o Guia! Até lá!

Leia também a Parte 1, Parte 2 e os Extras!

Bençãos da Deusa — Jogando Online: Guia para mestrar no Roll20, Parte 2

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Continuando com nosso Guia para mestrar no Roll20, vamos começar a organizar o jogo e entender as ferramentas disponíveis. Você pode ler a Parte 1 aqui e a Parte 3 aqui!

Quando você entra no jogo, essa é a tela que aparece, onde temos dois menus: um vertical à esquerda (em verde) e um horizontal à direita (vermelho).

Hoje eu eu falei do menu horizontal à direita (vermelho):

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Chat

Este primeiro ícone é o “Chat” e leva para o chat de texto e rolagem. É bem simples, pois é apenas isso.

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Biblioteca de Imagens

Este ícone é o “Biblioteca de imagens”; ele é geral. pois toda imagem que você subir para o Roll20 aparecerá em qualquer mesa sua neste botão. Clicando no botão ‘upload’, circulado em vermelho, você abrirá a caixinha ao lado, e basta clicar em ‘choose a file’ para subir as imagens que você quiser. Isso será muito importante, pois é onde estarão todas as imagens que você irá usar na mesa: tokens dos jogadores, dos inimigos, mapas, aliados, enfim, tudo estará armazenado aqui.

Roll20

Diário

Este ícone é o “Diário”: é onde ficarão as fichas do personagens, dos inimigos e cards que você quer mostrar para os jogadores durante o jogo. Clicando no botão “adicionar”, aparecerá o pequeno menu circulado em verde: em “personagens” você adiciona novas fichas de personagem em branco de acordo com o modelo que você escolheu quando criou a mesa (tanto para os jogadores quanto para você usar para os inimigos). Clicando em “panfletos” você adiciona um card onde pode colocar um título, uma imagem, um texto para mostrar aos jogadores e um texto que somente você pode ver. Porém, nenhuma delas é obrigatória, você utiliza o card como quiser. Clicando em “pasta” você adiciona novas pastas para organizar seu material: ‘Characters’ e ‘Handouts’ são duas pastas que já vêm por padrão no Roll20.

Jukebox e Coleção

Sobre o quarto e quinto ícones, respectivamente “Jukebox” (em laranja)  e “Coleção” (em azul) são mais avançados, por tanto não falarei aqui, uma vez que saber usá-los não interfere diretamente no jogo.

Minhas Configurações

O último ícone é “Minhas configurações” (roxo). Vou mostrar algumas que podem ser interessantes para você.

“Reentrar como jogador” (amarelo): Você entra na mesa tendo a visão que seus jogadores terão, sem acesso às ferramentas e camadas do mestre (da qual falarei na próxima parte). É importante para você ver como sua organização está do ponto de vista dos jogadores. Para voltar, no lugar deste botão estará “Reentrar como mestre”.

“Nome de Exibição”: é o nome que parecerá na tela. Lá em cima você pode ver que embaixo, à esquerda, tem um card com meu nome; é o nome que parecerá ali. Especialmente para os jogadores pode ser legal usar o nome dos personagens durante a mesa para facilitar a interação.

“Habilitar dados 3D” e “Rolar dados 3D automaticamente” (verde): marcando estas duas opções, aparecerão dados rolando na tela quando você fizer uma rolagem pelo Roll20.

“Tamanho do player de vídeo/avatar” (vermelho): mostra o tamanho daquele card com nome e foto que falei lá em cima. Dá para deixá-lo  maior, menor ou ‘apenas nomes” que tira a imagem de todos, opção que costuma ajudar a não deixar a tela poluída.

“Quero transmitir para os outros” e “Quero receber dos outros” (azul): o Roll20 tem sistema de voz e vídeo, que não aconselho usarem pois é bem ruim. Toda mesa criada por padrão vem com ambos ativados, então é necessário ir até os dois botões e selecionar em ambos a opção “Nada”.

 

Então, estas são as configurações básicas do menu superior direito horizontal. Espero que tenha ficado claro para vocês, e qualquer dúvida mandem nos comentáriosque eu tentarei responder. Você pode conferir a parte 2 aqui!  Até mais!

Leia também a Parte 1Parte 3 e os Extras!

Podcast Dragão Brasil 91: Quem tem medo de esteira?

Zicando o eletrodoméstico dos outros, chegou seu podcast favorito!

No episódio de hoje, Glauco tenta explicar (sem spoilers) porque Dark é legal, enquanto tentamos enfiar viagens no tempo em RPG sem deixar todo mundo maluco; Felipe Della Corte nos conduz pela ficção científica hardcore de The Expanse em todas as suas mídias (incluindo o RPG que será lançado pela Jambô Editora); E J.M. Trevisan fala sobre Invincible, nova série animada da Amazon, sobre sua jornada pela leitura diária e sobre a época em que usava as calças de um apresentador famoso! E claro, tivemos tempo de soltar bobagens e responder VÁRIAS dúvidas dos Conselheiros!

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J. M. Trevisan (Twitter | Livros), Felipe Della Corte (Twitter), Glauco Lessa (Twitter).
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Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido (02)

Brigada Ligeira Estelar

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Dois: Madredeus

Anterior:  a Brigada Ligeira Estelar tomou em uma peça misteriosa de tecnologia alienígena similar à do planeta Altona. Além disso, ela indica itens similares em outros pontos da Constelação do Sabre.

Local: Madredeus (Capital Regencial de Villaverde)

Situação Prévia:

A princípio, os personagens trouxeram essa misteriosa peça tecnológica para a base local. Dessa forma, as investidas proscritas para em direção ao local pareceram aumentar, sinalizando sua importância para eles. Logo, é preciso proteger a cidade enquanto não se tira essa peça do planeta. Mas um grande ataque parece se avizinhar…

Evento:

A cidade foi transformada em uma mega-cidade-fortaleza com muralhas concêntricas, cujo centro é a área do palácio regencial. Assim, as baterias em cada muralha parecem defender cada zona interna, debelando invasores a cada etapa — tanto em terra quanto pelo ar.

No entanto, forças proscritas cavam fossos a quilômetros da base. Satélites de ressonância sugerem um ataque subterrâneo. Quimeras voadoras se agregam nessa área — logo as forças de defesa tradicional estarão ocupadas demais com elas, quando os invasores vierem sob o solo!

Reviravoltas

Protejam a Peça! Entendendo esse item tecnológico como o motivo da invasão, pode haver quem queira destruí-la — talvez para evitar seu uso pelos proscritos em caso de derrota, talvez esperando pela interrupção e retirada dos ataques. Talvez isso leve a uma escaramuça entre forças imperiais e regenciais… no pior momento!

Homem de Verdade! Há um plano de evacuação da família regencial em caso de ataque proscrito à capital. O grande problema é o príncipe-regente Mathias Merino. Ele é uma figura cheia de brios, logo prefere liderar seus homens até o fim ao invés de fugir em caso de invasão. Como protegê-lo nessas condições?

Fuga! A única solução é levar a peça para fora do planeta… e, principalmente, longe da frente proscrita. Contudo, a invasão à Madredeus não vai parar por isso. Logo, como fazê-lo sem deixar as forças do Sabre — e os habitantes da capital — à mercê do inimigo?

Epílogo

De qualquer forma, os personagens precisarão sair do planeta e levar a peça aonde possa ser estudada e decifrada. Caso você use esta como uma aventura fechada, eles podem sair do planeta em uma nave e levá-la para fora da Ponta do Sabre. Caso contrário, o próximo passo é a base lunar da Brigada na lua de Peleja.

Ideias

Use a Geografia! Madredeus foi construída na bacia de um rio. Assim, será possível desviar a água e inundar os túneis? Talvez usar outro recurso a seu favor? Tudo depende do mestre!

Estimule soluções criativas! Essa ainda é uma aventura de ficção científica. Logo, pode haver uma saída científica ou tecnológica contra o invasor. Então, se algum personagem for o cérebro da equipe, é o seu momento para brilhar.

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

O tom narrativo dessa aventura é de Ficção Científica Militar. Se o mestre quiser jogá-la como um one-shot, é possível transformar a peça em um mero MacGuffin, chegando à base protegida pelos personagens. Mas é possível remover a peça e transformar tudo em uma invasão em estado bruto e assim, nesse caso, uma das complicações — a possibilidade de destruí-la — nem tem motivo para acontecer.

Além disso, é extremamente recomendado consultar as regras de Combate em Massa nas páginas 32 e 33 de Belonave Supernova, Vol. 1. Os Eventos Dramáticos podem servir de inspiração. Contudo, como esta batalha é planetária e não espacial, nem todas as sugestões se aplicam.

Divirtam-se.

Episódios Anteriores

Introdução (AQUI).

Episódio 01 — O Sinal Desconhecido (AQUI)

Twitter de Brigada Ligeira Estelar: https://twitter.com/BrigadaEstelar
Blog oficial de Brigada Ligeira Estelar: https://brigadaligeiraestelar.com/

Instagram de Brigada Ligeira Estelar: https://www.instagram.com/brigadaligeiraestelar

Bençãos da Deusa — Jogando Online: Guia para mestrar no Roll20, Parte 1

Roll20

Se jogar RPG online já era uma tendência antes da quarentena, depois do começo do isolamento se tornou a substituta das mesas presenciais de vez. Mas apesar da popularidade e da impossibilidade de mesas presenciais neste período, narrar assim ainda assusta muita gente, principalmente quanto à plataforma de jogo. Por isso, fiz esse guia para mestrar no Roll20! Não vou abordar ferramentas complexas, apenas as mais simples — que já são chatinhas o suficiente — e que constam na conta gratuita do site. E será um guia “ilustrado”, com prints das telas para que seja mais fácil acompanhar!

Aqui você encontra a Parte 2 e aqui a Parte 3!

Conta no Roll20

Para começar, é necessário ter uma conta no Roll20. O cadastro é feito da mesma forma que a maioria dos sites, então não abordarei este passo-a-passo aqui. Acessem o site aqui e criem uma conta. Se você já joga ou jogou pelo Roll20, não é necessário fazer uma conta nova: a conta para jogar e mestrar é a mesma.

Criando a “mesa”

Aqui começa o trabalho do mestre. Na Tela inicial vai aparece “Jogos Recentes” e ao lado duas opções: “criar novo jogo” e “encontrar grupo”. Abaixo estarão listadas as mesas que você já joga ou um convite para começar a jogar caso seja seu primeiro acesso. Clique em “Criar No Jogo”.

Print da Tela inicial do Roll20 mostrando onde clicar

Aqui começa efetivamente a criação da mesa. Você vai dar um nome ao jogo (como mostra a seta verde) e pode escolher a ficha que será usada (como mostra a seta roxa). Se o jogo que você vai mestrar não tiver uma ficha no Roll20, você pode usar uma ficha parecida ou deixar selecionado “nenhum”, que criará um documento para você mesmo colocar os atributos que precisar. Ao selecionar uma ficha existente, aparecerá uma miniatura dela abaixo para que você confira se é esta mesmo que procura. Como exemplo, selecionei a ficha de Tormenta20 que está disponível no Roll20. Depois disso, só clicar no botão azul abaixo do nome da mesa dizendo “Estou pronto. Crie o Jogo!”, circulado em laranja.

Sua mesa está criada!

Primeiras configurações

Está será a tela inicial toda vez que você e seus jogadores entrarem na mesa. Aqui você pode selecionar uma imagem para ilustrar a mesa (seta laranja). É opcional, mas fica muito mais legal e mais fácil encontrar a mesa na sua lista de mesas depois. Clicando em “Iniciar Jogo” (circulado em azul) você entra na mesa de jogo propriamente dita, mas aqui ainda temos coisas para ver: É aqui que você convida seus jogadores. Na lateral direita, abaixa do seu nome e foto, tem um botão roxo dizendo “Convidar” (circulado de verde). Ali aparecerão quantos jogadores e quem eles são depois de aceitarem o convite.

Aqui, é hora de convidar os amigos: a maneira mais fácil, para mim, é copiando o link da sala e enviando para eles. assim que eles clicarem no link, oficialmente farão parte da sua mesa.

E este é o primeiro passo para mestrar no Roll20, espero que tenham acompanhado. Ficou com alguma dúvida até aqui? Pergunta nos comentários! Vocês podem ler a Parte 2, a Parte 3 e os Extras!

Podcast Dragão Brasil 90: Clube do Livro do Della!

Compenetrado em seu devido cantinho, chegou seu podcast favorito!

No episódio de hoje, Karen Soarele está de volta, com as peripécias do mestrado, a evolução do livro-jogo do Jovem Nerd e dicas dos famosos joguinhos pra jogar de casalzinho fofinho (nhoim); Felipe Della Corte ignora a felicidade de seu aniversário aristocrático (inserir cornetinha), e destila seu ódio por pessoas que decidem fazer coisas individuais em grupo (?); e J.M. Trevisan se gaba de ter lido sete livros num período de tempo curtíssimo, além de pincelar opiniões sobre Space Sweepers e Peaky Blinders! Obviamente sobrou algum tempo para besteiras, e respostas para as dúvidas dos Conselheiros!

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J. M. Trevisan (Twitter | Livros), Felipe Della Corte (Twitter), Karen Soarele (Twitter | Livros).
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Quer nova aventuras de livros-jogos? Pegue O Talismã da Morte e vá para FF 23!

livros-jogos

Se tem algo que eu tive várias chances de ver com meus próprios olhos ao longo deste um ano e alguns meses na Jambô, é o grande amor que o público de livros-jogos tem pela linha. Seja vendendo as edições nos eventos presenciais antes da pandemia ou acompanhando as mensagens enviadas pra gente pelas redes, sempre tem alguém querendo saber qual o próximo título, procurando uma edição já lançada ou uma nova versão de quanto a série ainda era publicada como Aventuras Fantásticas, tanto para completar a coleção quanto para iniciar os filhos no mundo das nerdices.

A Jambô se apodera do Fighting Fantasy 23: Talismã da Morte

Depois de ter traduzido um dos títulos da linha Fighting Fantasy, O Porto do Perigo, e a obra de Jonathan Green inspirada no clássico de Lewis Carroll, Alice no País dos Pesadelos, comecei a trabalhar nos próximos livros-jogos para lançar em 2020. Dessa vez, fomos atrás da uma versão física de um dos volumes mais antigos. E foi assim que Talisman of Death caiu em nossas mãos.

Não se assustem o estado do livro. Esse esquartejamento foi necessário para que o Matheus Tietbohl digitalizasse todas as ilustrações originais, que vão estar na edição traduzida que vai chegar até vocês. E vão separando os os dados e se preparando psicologicamente para sua aventura acabar aqui, porque o material está passando pela revisão final por João Paulo Simões Vilas Boas e irá para a gráfica ainda em março! A arte da capa ficou por conta de Henrique DLD, e também fazem parte do projeto gráfico Dan Ramos e Ana Carolina Gonçalves, responsáveis pelo lettering do lançamento, que vai estar disponível aqui no site com o nome O Talismã da Morte, já em pré-venda! Abaixo, vocês podem dar a primeira olhada na capa.

E sobre o que é esse tal Talismã da Morte?

Neste volume, você assume o papel de uma pessoa comum que é transportada pelos deuses para o mundo mágico de Orbe, onde ganha habilidades de herói e a missão de recuperar o Talismã da Morte antes que os servos da Morte se apropriem dele e destruam toda a vida. E não, isso não é spoiler, é literalmente o primeiro parágrafo da história do livro.

Mas esse não é o único lançamento planejado de Fighting Fantasy para 2021. Como uma imagem fala mais do que mil palavras…

FF 24 — A Lenda de Zagor sai ainda em 2021!

Legal! Mas e quem queria reimpressão de livros-jogos anteriores?

Planejamos quatro reimpressões para 2021, e os arquivos também já estão com o João Paulo Simões Vilas Boas para ganharem uma nova revisão. O primeiro da fila será Fighting Fantasy 01: O Feiticeiro da Montanha de Fogo, seguido de Retorno à Montanha de Fogo, A Cripta do Feiticeiro e Criatura Selvagem respectivamente, com os dois últimos ganhando um novo projeto gráfico.

Gosto de Fighting Fantasy, mas queria tentar livros-jogos diferentes. Vai ter?

Sim! Além da série Fighting Fantasy, vamos expandir nossa linha de livros jogos com novos títulos. A série Lobo Solitário, criada por Joe Dever, que chegou aqui no Brasil originalmente nos anos 90, vai ganhar uma nova tradução pela Jambô. E o primeiro volume vai ser lançado ainda em 2021! Também estamos trabalhando em outro dos livros-jogos de Jonathan Green inspirados em um clássico da literatura infantil.

Como podem ver, estamos com trabalhando com toda a ENERGIA e HABILIDADE pra que os fãs de livros-jogos possam morrer bastante de forma trágica quando os dados não colaborarem viver um monte de aventuras em 2021. E todos nós estamos muito ansiosos pra esse material ficar pronto logo e chegar até cada um de vocês.

FF 23 — O Talismã da Morte já está em pré-venda no site da Jambô.

Podcast Dragão Brasil 89: Me deixa eu te amar com Post-it

Sem risadas forçadas de fundo, chegou seu podcast favorito!

No episódio de hoje, Felipe Della Corte continua sua cruzada de ódio no entretenimento, desfilando as razões pelas quais filmes para a família deviam ser exterminados da face da Terra; Camila Gamino volta ao podcast depois de uma breve passagem pelo departamento médico, e nos atualiza sobre as três (eu disse TRÊS) mesas da Jornada Heroica; por fim, J.M. Trevisan disserta sobre os vídeos de Friends sem claque (aquelas risadas no fundo) que o Della comentou na edição passada, e nos mostra Damn Fine Story, um livro muito legal sobre escrita (com mais uma rodada de porrada em quem dá spoilers). Obviamente houve tempo para bobagens e respostas para as dúvidas dos nossos estimados Conselheiros da Dragão Brasil!

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Balbúrdia Narrativa — O universo além da mesa: um pouco sobre construção de mundo

construção de mundo

Eis que no ano de 2020 o caos e a desgraça reinava não apenas no planeta inteiro, mas também dentro da cabeça de cada pessoa que conseguiu se isolar para cumprir com o básico da sobrevivência humana. Comigo não foi diferente. Faculdade trancada, desempregado e contato social próximo a zero por ter voltado a morar na casa dos meus pais enquanto eles se retiravam para um sítio da família a 10km do sinal de celular mais próximo. Como refúgio pro desespero da insanidade mental, resolvi me afogar em RPG, chegando a participar de onze mesas frequentes, jogando quatro e mestrando sete. Um pouco de mais, talvez.

Porém, tendo que planejar tantas sessões em tão pouco tempo, em alguns momentos de devaneio me deparei com uma verdade bem óbvia quando se para pra pensar: toda história, seja uma campanha de RPG, um romance, filme ou qualquer outra narrativa, é apenas uma série de acontecimentos que aquele mundo ficcional permitiu que acontecesse dentro de suas regras e possibilidades. Vamos falar um pouco sobre construção de mundo.

Construção de mundo: Os mecanismos por trás de cada história

Claro que, ao escrever um livro cuja história seja ambientada em um cenário autoral, quem escreve determina quais são as leis que irão reger aquele universo, para que então a história possa fazer sentido ali dentro. As varinhas mágicas do mundo de Harry Potter, por exemplo, são um elemento fundamental na construção de mundo, pois uma das “leis” deste universo é os bruxos se utilizarem destes artefatos para facilitar a canalização de feitiços. Porém, se J.K. Rowling, na época em que ainda agia como uma pessoa sã, enquanto ainda desenhava o primeiro livro da saga, tivesse determinado que os bruxos não se equipavam de varinhas, mas sim de cajados mágicos, isto não seria apenas uma mudança estética na história de Harry e companhia, mas sim uma mudança impactante em todo o mundo da magia.

Transformar um objeto simples e pequeno, que poderia ser facilmente guardado em um bolso discreto do casaco, em um pedaço de madeira maior do que um aluno calouro definitivamente acarretaria em cenas e situações completamente diferentes das que já lemos e assistimos, desde o momento em que Harry é escolhido pelo cajado forjado com pena de fênix em uma loja do Beco Diagonal, até o momento em que o cajado dos cajados é retirado das mãos do velho e frio professor Dumbledore. O que quero dizer com tudo isso é que todas as histórias necessitam de elementos que façam parte daquele mundo para que possam funcionar.

RPG também é uma forma de contar história

Agora, transportando esta ideia para dentro de uma campanha de RPG, lugar onde a narrativa é desenvolvida coletivamente com os seus protagonistas, quando o narrador conhece bem o suficiente os elementos do cenário, não necessariamente do mundo todo, mas apenas da região em que estão os personagens, o desenrolar da trama – e do improviso – se torna muito mais natural. Claro que o mestre não precisa saber quem foi o bisavô materno do padeiro da vila, mas o fato de existir um padeiro na vila já é um elemento que pode ser desenvolvido dentro do jogo.

Os elementos que gosto de definir na construção de mundo são a geografia, cultura, economia, costumes, religião e política da região em que os personagens irão se aventurar. E isso não é tão complicado assim.

Vou pular direto para um exemplo tirado de uma mesa que narrei no sistema Tormenta 20, ambientada em Arton.

O grupo havia partido da nação de Deheon e estava viajando a cavalo rumo ao reino de Fortuna para se encontrar com um aristocrata que havia lhes enviado uma proposta de trabalho, viagem esta que levaria pouco mais de três semanas. Eu sabia que a sessão — ou sessões — em que os jogadores passariam na estrada não teria um impacto considerável na campanha como um todo, sem grandes conflitos com vilões ou viradas de trama — a não ser que uma sequência inglória de erros críticos tirasse a vida de alguém —, mas não estava muito inclinado a resumir uma jornada de quase um mês a eventos aleatórios, rolagens banais ou simplesmente com “passou um mês e vocês chegaram”.

Conhecendo o mundo da sua mesa de RPG

Ao término da sessão anterior, o grupo havia decidido viajar pelo interior do continente, região mais rochosa e fria devido à proximidade com as nevadas Montanhas Uivantes, de terreno acidentado e árduo (geografia). Por ser uma terra desolada e com pouca diversidade de fauna e flora, decidi que o ofício mais comum dos moradores locais seria a extração de minérios em pedreiras e em minas de ferro (cultura), tornando a exportação destes materiais o principal comércio dali (economia). Por viverem em uma área tão desolada, afastada das principais rotas de viagem, normalmente os moradores não enxergavam estrangeiros com bons olhos (costumes).

As crenças na região eram variadas, mas pouquíssimas das civilizações erguiam altares. A maior exceção era uma cidadezinha habitada principalmente por humanos e anões, chamada Rocha de Grís, que possuía uma humilde igreja de Allihanna (religião). Por fim, a alta-sacerdotisa de Rocha de Grís fazia questão de lembrar a todos que a pedra e o metal também eram frutos da terra, e que a prospecção excessiva destes frutos poderia trazer consequências severas, ao mesmo tempo em que o líder da guilda dos comerciantes da cidade estava tensionando seu relacionamento com a igreja, pois as palavras da clériga deixavam os mineradores receosos e atrapalhava seus negócios (política).

A primeira parte da construção de mundo está pronta. Isto era tudo o que eu havia preparado e, com isto estabelecido, tornou-se prático desenvolver o restante da sessão a partir da curiosidade e ações dos jogadores.

Que entrem os jogadores!

Depois de passarem por testes de Sobrevivência e Cavalgar para se guiarem através de colinas pedregosas e fugirem de uma avalanche ao terem falhado nestes testes, chegaram a Rocha de Grís em um fim de tarde nebuloso. Percebendo olhares desconfiados em todo canto, a feiticeira sugeriu reabastecer os mantimentos e partir em seguida para que não causassem problemas, mas eu não queria que isso acontecesse, pois chegariam rápido demais ao objetivo final da viagem. Então, fiz um jovem pupilo de Allihanna e um minerador discutirem ferrenhamente diante das vistas do grupo, discussão essa que terminou com o nariz quebrado do minerador e a fuga do rapaz. Havia um druida de Allihanna entre os membros do grupo, e eu sabia que este conflito despertaria seu interesse. Prontamente os demais integrantes foram convencidos de que precisavam entender melhor o que estava acontecendo.

Encontraram-se tanto com a alta-sacerdotisa quanto com o líder da guilda, conversaram com alguns trabalhadores das minas e comerciantes. Descobriram que o jovem que havia quebrado o nariz do minerador era um recém-órfão temperamental e que, ao ser interrogado, inventei que ele havia agido daquela maneira pois tinha sido acusando de ter sabotado um carregamento de minério de ferro, trabalho que ele afirmava ter sido feito por demônios da ferrugem que amaldiçoavam o ferro em nome de Allihanna. Decidiram examinar o carregamento e encontraram o metal completamente apodrecido.

A construção de mundo no RPG é coletiva

O ladino sugeriu que a culpa poderia ser da sacerdotisa. Eu não havia pensado nisso, mas achei uma ótima ideia. A partir daquele momento, ela se tornou a culpada. Agora, quem decidiu inspecionar o carregamento foi a feiticeira, que rapidamente detectou rastros de magia na ferrugem. Interrogaram a clériga, mas não conseguiram prova alguma. Porém, durante a madrugada, o ladino desconfiado invadiu os seus aposentos e, com um lindo crítico em Investigação, encontrou as ferramentas para conjurar um milagre de transmutação que permitia alterar as características de qualquer metal, inclusive oxidá-lo até tornar-se pó.

Com as provas em mãos, viram-se diante de um dilema: acreditavam que a alta-sacerdotisa não era maligna, apenas via-se em posição de proteger aquela terra da influência pesada da civilização, e não seria facilmente coagida a abandonar este plano, ao mesmo tempo que sabiam que expô-la aos cidadãos e ao líder da guilda significaria seu exílio, prisão ou morte.

Depois de uns quinze minutos discutindo as possibilidades, decidiram entregar as provas para a própria sacerdotisa, alertá-la sobre os riscos que ela e seus pupilos corriam por seus atos imprudentes e deram as costas para a cidade. O grupo acabou percebendo que a trama de Rocha de Grís não era uma questão de bem e mau, certo e errado, e seria impossível resolver esta situação de maneira simples, ainda mais levando em consideração que haviam um compromisso importante dentro de poucos dias em um reino vizinho e que ninguém que habitava aquelas ruas de pedra cinzenta confiava minimamente em forasteiros.

O mundo ganha vida própria

A sessão terminou com os personagens se sentindo impotentes por não terem conseguido ajudar pessoas necessitadas, e com os jogadores reflexivos por compreenderem que nem todo problema se soluciona com aço e magia.

No início daquela sessão, tudo o que eu sabia era a geografia, cultura, economia, costumes, religião e política da região de Rocha de Grís. No final, tínhamos uma cidade muito interessante que o grupo ainda cogita retornar alguns níveis mais tarde para tentar, mais uma vez, prestar seus serviços à comunidade.

É muitíssimo importante ressaltar uma coisa que eu acredito ser essencial em qualquer mesa de RPG, mas obrigatória para que Rocha de Grís pudesse ter se desenvolvido desta forma em uma única sessão: a imersão dos jogadores dentro da narrativa e a vontade de, através da perspectiva dos seus personagens, explorar aquele universo. O RPG é, como disse anteriormente, uma narrativa formada coletivamente, e não apenas entregue pronta pelas mãos do mestre. Não é diferente com a construção de mundo, e o desenvolvimento de Rocha de Grís só aconteceu por que os jogadores tiveram curiosidade.

Para encerrar, é sempre bom considerar a possibilidade do grupo ter visto a briga entre o jovem e o minerador, respirado fundo e falado: “Dane-se, vamos ignorar tudo isso e continuar cavalgando em linha reta até o nosso objetivo”, e então metade do meu planejamento teria sido jogado para a patente sem descarga. Bem, caso isso tivesse acontecido, gostaria de lembrar que o Capítulo 7 do manual do Tormenta20 apresenta uma gama bem interessante de criaturas que poderiam dar cabo do grupo inteiro. E não seria um grande infortúnio se por acaso cada monstro aparecesse com dois ou três níveis a mais…

Minha primeira personagem: Donzela indefesa? Aqui não!

Olá, aventureiro! Pronto para conhecer mais uma personagem minha?

Espero que esteja jogando muito RPG e criando histórias fantásticas nestes tempos sombrios. Se você está precisando de um incentivo ou inspiração para se aventurar, aconselho que leia alguns artigos aqui do blog sobre o assunto. Tem muita informação legal que pode enriquecer demais seus conhecimentos RPGísticos!

Pensando sobre a contribuição positiva que o RPG está dando na minha vida nesta pandemia, voltei às origens e lembrei da primeira vez que joguei.

Aula de Artes para quê? Para fazer arte!

Tinha 16 anos, era aula de Artes e eu não estava muito interessada (Não façam isso, crianças. Prestem atenção nas aulas!). Vi dois colegas jogando num cantinho e fui de intrometida perguntar “O que estão fazendo?”

Em minutos eu já tinha uma ficha pronta: filha do deus Apolo, semideusa e arqueira. O sistema era bem simples, mas a história era super complexa e cheia de inimigos poderosos.

 Lembro que meu poder vinha do sol (obviamente) e fui aprendendo a usar isso a meu favor nas campanhas. Então, ao entender a lógica do jogo fui crescendo, crescendo, upando e me divertindo.

Cada vez que nos reuníamos eu queria tentar algo diferente. Abusar da criatividade para criar cenas cada vez mais épicas e sentir aquela sensação de estar sendo uma heroína.

Até que entrou um NPC que seria recorrente.

Algo de errado não está certo…

De alguma forma, a minha personagem caia em situações cada vez mais impossíveis de sair. Sem sol para lhe dar poder ou contra um inimigo que apenas aquele NPC tinha poder para lutar contra.

Minha personagem se tornou a donzela indefesa.

Esse NPC tinha um background que o empurrava para ser par romântico da minha personagem. Estava sempre por perto, cantando e tentando ser lisonjeiro. Uma vez que deixei a narrativa seguir assim e nunca mais consegui me livrar.

Toda vez a minha personagem chegava perto da morte e eu já esperava o belo e poderoso herói vir me salvar. O mestre parecia se divertir mais jogando com esse NPC do que mestrando em si. Mas só ele estava se divertindo.

A situação estava chata. Eu não queria mais jogar, mas tinha medo de acabar atrapalhando a mesa ou algo similar. Não queria ser um estorvo e isso continuou por tempos.

Mas você acha que eu nunca reclamei? Que ficava passiva diante disso? De forma alguma! Mais de uma vez tentei explicar que estava chato ficar esperando o herói ir me salvar, mas de nada adiantava. Nas campanhas, eu apoiava o queixo na mão e dizia já cansada: “Não se preocupem, o fulano já tá chega para salvar todo mundo.” 

Porém, um dia, a minha personagem rompeu com esse fulano sem motivo algum. “Um absurdo”, dizia o mestre, “ele era tão foda!” 

Me revoltei mesmo. 

Donzela Indefesa? Essa personagem não me cabe

Fiz o que eu queria. Ignorava o que o NPC tentava me falar, mas ele continuava atrás de mim. Até que tive uma DR dentro do jogo, gritando para que ele me deixasse em paz. Que deixasse eu trilhar o meu caminho sozinha. 

Contudo, os dados me ajudaram muito (quando o mestre não estava muito a fim). 

Lembro bem dessa cena. Estava presa num calabouço escuro, tinha apenas mais uma flecha e todas as respostas para as perguntas “bobas” que fiz. 

“Tá chovendo? Nublado?”

“Esse calabouço é feito do que? Todo ele? A flecha que tenho atravessa?”

Perguntei se tirasse um crítico eu poderia quebrar uma parede com o tiro. O mestre disse que sim.

Tirei um acerto crítico, mas invés da parede, mirei no teto (que era do mesmo material) e arrebentei. Então narrei que o sol entrou, já que o dia não estava nublado, e pude usar o poder de semideusa filha de Apolo (ponto que estava esquecido depois de tudo). 

Finalizei o Final Boss com um brilho solar que batia contra o poder das trevas dele. Não tinha como tirar essa glória de mim, da minha personagem.

Nunca mais joguei com esse mestre. Não foi divertido.

Desculpem pela falta de comédia dessa vez, mas é que às vezes não tem graça mesmo.

Aventuras Breves 01 – O Ataque dos Goblins

aventuras breves

Olá, leitor! Para todos aqueles que querem participar de eventos de RPG como narrador (de preferência por plataformas como o Discord e o Roll20 durante a pandemia), mas que não sabem por onde começar, estaremos postando todo mês aqui no blog aventuras do tamanho certo para essas situações, as Aventuras Breves.

As aventuras possuem fichas prontas para seus jogadores, úteis para quem nunca fez uma ficha ou para imprimir para eventos. Outra opção legal para jogadores é usar o Baralho de Personagens para criar os personagens para essa aventura. Sem mais delongas, vamos começar!

Você também pode baixar a aventura em PDF aqui, em adaptação por Diogo Almeida.

O Ataque dos Goblins

Os personagens são heróis iniciantes, contratados por um autoridade local, seja um prefeito ou nobre, de uma de milhares de vilas espalhadas por Arton. A tarefa é simples: rastrear um grupo de goblins assaltantes que vem fazendo roubos. Porém, em Arton, goblins são muito mais do que monstros.

Ataque dos Goblins é uma aventura para 4 personagens de 1º nível, mas pode ser adaptada para um encontro de baixo nível. A aventura introduz elementos importantes do Tormenta20, como os povos duyshidakk, testes estendidos e a mecânica de aliados. Ao final, os personagens alcançam o 2º nível.

Resumo de O Ataque dos Goblins

Movidos pela fome e escassez, um bando de goblins fez morada em uma mata fechada próxima a uma vila. Pela posição vantajosa, em uma caverna na lateral de um morro, o auto imposto líder Raxx, um hobgoblin, passou a organizar os assaltos, mesmo que nem todos os membros do grupo concordem. Os que não concordam, ele exila.

Os aventureiros começam na floresta à noite, após o primeiro dia de investigação. Os personagens serão atacados por lobos e goblins durante a noite, e a partir desse momento, poderão rastrear eles através da mata. Encontrando o morro aonde fica o esconderijo, enfrentarão Raxx e seus lobos, mas poderão contar com a ajuda de Gogo, uma goblin engenhoqueira. Porém, após a vitória, o que os personagens farão sobre os outros goblins?

Cena 1 – Emboscada Atrapalhada

Os personagens, já tendo sido contratados para lidar com o problema, e já tiveram um dia de buscas, sem sucesso. A vila que os contratou está a meio dia de viagem e os personagens já passaram o dia inteiro procurando algo. Eles tem duas opções principais: fazer um acampamento para passarem a noite ou retornarem à vila contratante. Independente da decisão, serão atacados quando estiverem com a guarda baixa.

Peça testes opostos de Percepção contra a Furtividade dos Goblins Salteadores (na dúvida, considere um teste de Percepção, CD 14). Caso falhem, ficam surpreendidos e o combate se inicia. Os goblins estão acompanhados de alguns lobos domesticados.

Criaturas. Goblins Salteadores x3 (Tormenta20, p. 288) e Lobos x2 (Tormenta20, p. 278).

Se dois goblins caírem, seja mortos ou apenas inconscientes, o terceiro fugirá, mas os lobos combatem até a morte. Caso os jogadores achem que esse é todo o grupo, peça deles um teste de Inteligência, CD 10, para eles entenderem que esse grupo eram apenas capangas, pois as descrições falavam de um grupo bem maior. Independente do que façam, não serão importunados mais naquela noite.

Cena 2 – Procurar e Destruir

Preferencialmente no dia seguinte, os personagens devem procurar o caminho até o esconderijo dos goblins. Esse momento é um teste estendido, podendo-se usar as perícias Investigação e Sobrevivência, essas com CD 18, ou Percepção CD 20, e são necessários 3 sucessos para encontrar o paredão que leva ao esconderijo. Entretanto, em caso de falha total (Tormenta20, p. 214), serão atacados por 2 lobos (se um dos goblins salteadores da cena 1 escapou, ele também aparece)  e zeram a contagem de sucessos, ou seja, voltam a precisar de 3 para encontrar o esconderijo.

Caso tentem rastrear à noite, personagens sem visão no escuro sofrerão uma penalidade de -2 nos testes, mesmo que possuam tochas (mas se possuírem tochas, personagens com visão na penumbra não sofrem penalidade). Se em algum momento os personagens capturarem um dos goblins salteadores, ele tentará atrapalhar o grupo a todo momento, impondo também uma penalidade de -2 no teste. Contudo, esse goblin pode ser convencido a auxiliar os personagens, seja através de meios mágicos, tal qual a magia Enfeitiçar, ou com testes de Diplomacia, entretanto, Intimidação não possui qualquer efeito nele.

Logo após conseguirem os 3 sucessos, estarão de frente ao paredão que leva à caverna onde os goblins se escondem. Olhando para cima, verão uma plataforma natural, à 9 metros do chão, que pode ser alcançada com testes de Atletismo, CD 15. Enquanto escalam, ouvem o som de uma confusão.

Cena 3 – À Beira do Abismo

Os sons que ouvem são a voz ríspida de um guerreiro hobgoblin. Na frente dele, dentro da caverna, uma pequena multidão de goblins se encontra amontoada na entrada da caverna. Entretanto, quase todos ali são crianças, idosos ou inaptos demais para lutar, estão chorando com medo em seus olhos. Embaixo do pé do guerreiro, encontra-se uma pequenina goblin, com instrumentos exóticos, amarrada. Raxx, o hobgoblin, fala:

“Se não fosse por mim, vocês ainda estariam sendo atacados como peste por aventureiros! E vocês planejam contra mim? Vergonha! Vocês não são duyshudakk! E essa imprestável aqui vai servir de exemplo!”

Ainda que tentem ser furtivos, os goblins amedrontados da caverna se assustam ao vê-los, chamando a atenção do hobgoblin. Este gira nos calcanhares e assovia, chamando 2 lobos.

Criatura. Raxx, Hobgoblin Soldado (Tormenta20, p. 289) e Lobos x2 (Tormenta20, p. 278).

Logo que o combate se inicia, a goblin no chão começa a gritar: “Solta eu! Solta eu! Gogo ajuda vocês! Raxx é babacão! Ajuda eu que eu ajudo!”. Gogo, uma goblin inventora, se debate no chão, libertá-la requer uma ação de rodada completa, mas se assim o fizerem ela passará a ser uma Aliada Destruidora, causando dano de eletricidade com suas engenhocas. Os outros goblins, entretanto, não reagem de qualquer forma além de se encolherem de medo.

Epílogo – Vencemos! E agora?

Se os personagens tiverem libertado Gogo, seja durante o combate ou após, ela explica que o responsável pelos assaltos era Raxx, ela e os outros só queriam sobreviver e aceitaram o comando dele. Porém, agora que estão livres, ela pede ajuda aos jogadores, pois muitos deles precisam de comida e remédios. Mas como a vila irá encarar os goblins? Talvez alguém tenha perdido um parente em um dos ataques a caravanas e seja veementemente contra integrar os goblins à cidade. Sejam quais forem os desafios que o futuro guarde, hoje os personagens foram vitoriosos e avançam para o nível 2!

Personagens Prontos para Ataque dos Goblins

Elfa Arcanista (Maga) 1, Estudiosa.

Defesa 14, Fort -1, Ref +6, Von +2.
Pontos de Vida 7.
Pontos de Mana 13.
Deslocamento 12m (8q).
Ataque à Distância. Arco curto +4 (1d6, x3, alcance médio).
Atributos. For 8, Des 18, Con 8, Int 22, Sab 10, Car 10.
Perícias. Misticismo +10, Vontade +2, Conhecimento +8, Reflexos +6, Iniciativa +6, Percepção +4, Ofício (Escriba) +8, Acrobacia +6, Furtividade +6, Guerra +8.
Habilidades. Raça: Graça de Glórienn, Herança Feérica, Sentidos Élficos; Origem: Palpite Fundamentado; Classe: Caminho do Arcanista (Mago).
Caminho do Arcanista (Mago). Você só pode lançar magias memorizadas; suas outras magias não podem ser lançadas, mesmo que você tenha pontos de mana para tal. Para memorizar magias, você precisa estudar seu grimório por uma hora. Quando faz isso, escolhe metade das magias que conhece (no caso, 2). Essas serão suas magias memorizadas. Você pode memorizar magias uma vez por dia. Caso não possa estudar, não poderá trocar suas magias memorizadas.
Magias Conhecidas. 1º – Seta Infalível de Talude*, Armadura Arcana*, Visão Mística, Conjurar Monstro. CD 16.
Equipamento. Uma mochila, um saco de dormir e um traje de viajante, arco curto, T$ 4d6, livro aprimorado (+2 Misticismo), 3 livros comuns.
*Opções de magias memorizadas.

Opcional – Devota de Wynna.
Poder Concedido. Benção do Mana: +3 PMs.
Obrigações & Restrições. Ainda que a magia jamais possa ser negada para quem a busca, devotos de Wynna devem praticar a bondade e a generosidade de sua deusa, jamais recusando um pedido de ajuda. Além disso, devotos de Wynna são proibidos de matar seres mágicos (elfos, qareen, sílfides e outros a critério do mestre) e conjuradores arcanos.

Anã Guerreira 1, Soldada.

Defesa 17, Fort +8, Ref -1, Von +1.
Pontos de Vida 29.
Pontos de Mana 3.
Deslocamento 6m (4q).
Ataque Corpo-a-Corpo. Machado Anão +7 (1d10+3, x3).
Ataque à Distância. Machadinha +1 (1d6+3, x3, alcance curto).
Atributos. For 16, Des 8, Con 22, Int 10, Sab 12, Car 8.
Perícias. Atletismo +5, Fortitude +8, Guerra +2, Luta +5, Ofício (Armeiro) +2.
Habilidades. Raça: Conhecimento das Rochas, Devagar e Sempre, Duro como Pedra. Origem: Encouraçado. Classe: Ataque Especial.
Ataque Especial (1 PM). Quando faz um ataque, você pode gastar 1 PM para receber +4 no teste de ataque ou na rolagem de dano. Você pode dividir os bônus igualmente.
Equipamento. Uma mochila, um saco de dormir e um traje de viajante, machado anão, escudo leve, brunea, machadinha, uniforme militar, insígnia do seu exército, T$ 4d6.

Opcional – Devota de Khalmyr.
Poder Concedido. Espada Justiceira (1 PM): sua arma de corpo a corpo de corte recebe +1 em testes de ataque e rolagens de dano até o fim da cena.
Obrigações & Restrições. Devotos de Khalmyr não podem recusar pedidos de ajuda feitos por pessoas inocentes. Também devem cumprir as ordens de superiores na hierarquia da igreja (qualquer devoto do Deus da Justiça de nível maior) e só podem usar itens mágicos criados por devotos do mesmo deus.

Humana Clériga de Valkaria 1, Acólita.

Defesa 18, Fort +4, Ref +0, Von +9.
Pontos de Vida 18.
Pontos de Mana 11.
Deslocamento 6m (4q).
Ataque Corpo-a-Corpo. Maça +5 (1d8+2).
Atributos. For 14, Des 10, Con 14, Int 10, Sab 20, Car 12.
Perícias. Religião +7, Vontade +9, Luta +4, Fortitude +4, Cura +7, Intuição +7.
Habilidades. Raça: Versátil (Encouraçado). Origem: Vontade de Ferro. Classe: Devoto de Valkaria. Poderes Concedidos: Armas da Ambição, Coragem Total, Liberdade Divina.
Obrigações & Restrições. Devotos de Valkaria são proibidos de fixar moradia em um mesmo lugar, não podendo permanecer mais de 2d10+10 dias na mesma cidade (ou vila, aldeia, povoado…) ou 1d4+2 meses no mesmo reino. Eles também são proibidos de se casar ou formar qualquer união estável.
Magias Conhecidas. 1º – Escudo da Fé, Curar Ferimentos, Arma Mágica. CD 15.
Equipamento. Uma mochila, um saco de dormir e um traje de viajante, maça, brunea, escudo leve, símbolo sagrado, traje de sacerdo

Lefou Ladina 1, Pivete.

Defesa 18.
Pontos de Vida 14.
Pontos de Mana 3.
Deslocamento 9m (6q).
Ataque Corpo-a-Corpo. Adaga +7 (1d4, 19).
Ataque à Distância. Arco Curto +7 (1d6, x3, médio) ou Adaga +7 (1d4, 19, curto).
Atributo. For 10, Des 20, Con 14, Int 16, Sab 10, Car 8.
Perícias. Ladinagem +7, Reflexos +7, Atletismo +2, Iniciativa +9, Investigação +5, Conhecimento +5, Luta +2, Pontaria +7, Acrobacia +7, Pilotagem +7, Furtividade +9, Fortitude +4, Misticismo +5, Percepção +2.
Habilidades. Raça: Cria da Tormenta, Deformidade. Origem: Quebra Galho. Classe: Ataque Furtivo, Especialista.
Ataque Furtivo. Uma vez por rodada, quando atinge um alvo desprevenido com um ataque corpo a corpo ou em alcance curto, ou um alvo que esteja flanqueando, você causa 1d6 pontos de dano adicional.
Especialista. Ao fazer um teste de Furtividade, Iniciativa ou Reflexos, você pode gastar 1 PM para dobrar seu bônus de treinamento.
Equipamento. Uma mochila, um saco de dormir e um traje de viajante, couro batido, adaga, arco curto, T$ 4d6, kit de ladrão, traje de plebeu, um animal urbano (como um cão, gato, rato ou pombo).

Opcional – Devota de Nimb.
Poder Concedido. Sorte dos Loucos (1 PM): role novamente um teste recém realizado. Se ainda assim falhar no teste, você perde 1d6 PM.
Obrigações & Restrições. Devotos de Nimb sofrem –5 em testes de perícias baseadas em Carisma, pois são sempre considerados loucos. Além disso, no início de cada cena de ação, role 1d6. Com um resultado 1, você fica confuso até o fim da cena.

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