Início

Podcast 150 – Ritmo de festa!!!

Comemorando sem substâncias ilícitas, chegou seu podcast favorito!

Finalmente chegou o esperado episódio! E para celebrar esta incrível marca, nosso elenco completo — J.M. Trevisan, Felipe Della Corte, Thiago Rosa, Glauco Lessa e Camila Gamino — se reuniu em um especial SÓ de respostas às dúvidas dos Conselheiros! É isso mesmo! Um episódio inteiro sanando as mais incríveis e estapafúrdias dúvidas dos nosso ouvintes mais preciosos!

Para baixar, clique no link correspondente com o botão direito e escolha “Salvar como”.

Para ainda mais conteúdo, assine a Dragão Brasil — são mais de 100 páginas de RPG e cultura nerd todos os meses: dragaobrasil.com.br

Conheça nossos livros em: jamboeditora.com.br

Assine a newsletter do Trevisan em: https://buttondown.email/JMTrevisan

Canal de jogos de tabuleiro do Della: https://www.youtube.com/watch?v=9SLXKYbLIlE

Escolinha de Tanna-Toh — Verbo Haver

crase

Olá, caríssimos artonianos! Acomodem-se em seus lugares na Escolinha de Tanna-Toh, e venham comigo sanar dúvidas mais traiçoeiras que devotos de Sszzaas, pois hoje o tema é o verbo haver!

Este verbo vem do latim habere, é usado principalmente com o sentido de ocorrer, ter ou existir e é um verbo irregular, o que significa que sua conjugação é diferente para cada pessoa do discurso (no presente do indicativo, por exemplo: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles hão), além disso, em alguns tempos verbais o radical (a raiz da palavra) muda de “hav-” para “houv-” (havia – houve); e em outros ainda muda para “haj-” (haja).

Claro que isso por si só já seria suficiente para confundir a cabeça da maioria das pessoas, mas a grande questão aqui é que na maioria das vezes em que usamos o verbo haver em uma frase ele é um verbo impessoal.

É o quê?

Isso mesmo, como eu já disse, a maioria das vezes em que usamos o verbo haver em uma frase, ele tem o sentido de ocorrer, ter ou existir (e de alguns outros verbos, como veremos), e nesses casos ele se torna impessoal. Na prática, isso significa que ele não tem sujeito e por isso não será conjugado como os outros verbos, mas ficará sempre na 3ª pessoa do singular (ele).

Vejamos alguns exemplos:

  •  Havia muitos furtos naquela cidade antes da nova capitã da guarda chegar. (ocorreram ou aconteceram)
  •  — Cuidado, aventureiros! Há perigos à espreita em todos os lugares de Arton. (existem)
  •  Naquela época, houve muitas emboscadas na estrada. (ocorreram ou aconteceram)
  •  — Estivemos na cidade há apenas três dias e nossas poções já acabaram! (faz)
  •  — Quando houver oportunidade use sua magia no chefe deles. (tiver)
  •  Havia muitas pessoas no festival de Lena. (estavam presentes ou tinha)

O verbo haver ainda pode atuar como verbo auxiliar, e nesse caso será conjugado normalmente:

  •  O clérigo já havia iniciado a cerimônia.
  •  — Eu havia avisado, senhora, mas não quiseram escutar.
  •  As pessoas haviam dito que aquele guerreiro era invencível.
  •  — Pensávamos que havíamos fugido, mas o monstro nos encontrou.

No entanto, se estiver acompanhado de outro verbo e o verbo haver for o verbo principal, ambos devem ficar na 3ª pessoa do singular (ele):

  •  — Deve haver uma saída deste labirinto!
  •  — Se quiserem terminar o ritual, estejam avisados: pode haver complicações.
  •  — Deve haver uma solução razoável para o problema, caro guarda.

Fora isso, há ainda duas questões que causam dúvidas (ou problemas) nos textos com certa frequência.

A primeira delas é a diferenciação entre “haver” e “a ver”. O verbo haver já foi explicado acima, então resta a explicação de “a ver”. Essa expressão tem o mesmo significado de “estar relacionado” ou que “diz respeito a alguma coisa”. Vejamos alguns exemplos:

  •  — Vou pintar minha armadura de uma cor que tenha mais a ver comigo.
  •  — Querem me prender por quê? Eu não tenho nada a ver com magia!
  •  O elfo andava meio curvado e estava maltrapilho. Não tinha nada a ver com a antiga glória élfica.
  •  — Aquele qareen tem tudo a ver comigo — disse o bardo cheio de malícia.

A segunda questão está relacionada com uma expressão muito comum para começar histórias: “Há muito tempo”. Quando falamos de tempo passado podemos dizer “há muito tempo” ou “muito tempo atrás”. Dizer “há muito tempo atrás” é redundante. Claro que se pode pensar que é uma forma de reforçar a ideia, mas é deselegante. Se houver necessidade de reforçar quanto tempo se passou, existem outras formas. Aqui vão algumas delas:

  •  Há muito, muito tempo…
  •  Há muitíssimo tempo…
  •  Muito tempo atrás, quando o Panteão ainda era jovem… (neste exemplo cabem diversos tipos de comparação, basta escolher algo condizente com o que está escrevendo).

Por hoje é isso, caríssimos artonianos. Espero que tenham gostado e até a próxima!

Brigada Ligeira Estelar – O Ano Perdido (11)

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Onze: Prisioneiros dos Piratas

Anterior: nossos pilotos da Brigada Ligeira Estelar viajam com uma nave provisória. Agora, eles partem de seu serviço temporário em Zeme e vão para a lua Vesna, em Dabog. Lá, retomarão sua missão. Contudo, sua rota estará movimentada: uma grande nave vinda de Arkady está circulando. Dessa forma, eles talvez precisem fazer uma nova, e inconveniente, interrupção no seu caminho…

Local: Lada (lua do planeta Dabog)

Situação Prévia:

A grande nave de transporte Aelita é, bem, uma banheira velha. Entretanto, ela está trazendo uma carga muito especial: centenas de refugiados do planeta Arkady. A princípio, eles procuram fugir da guerra contra os Proscritos. Para piorar, já não tem muita coisa além da roupa no corpo e pertences pessoais. Assim, eles só querem sair da área invadida e reconstruir suas vidas em lugar seguro.

Evento:

Infortunadamente, suas naves piratas cercam a Aelita para forçá-los a acompanhá-las até a lua Lada. Infelizmente, a nave provisória dos nossos protagonistas não tem porte para enfrentar a ambas. Surpreendentemente, uma estranha lâmina psíquica é projetada, da superfície lunar, contra os personagens. Nesse ínterim, é possível dar conta do recado, e segurar as pontas, até a chegada de ajuda imperial?

Lada é uma lua ainda sob terraformação, mesmo avançada. Caso a Aelita desça nela, os problemas serão piores: em primeiro lugar, o grande chefe desses piratas está construindo uma cidade-refúgio e usa gente abduzida como mão-de-obra. Em segundo, Aelita não foi a primeira nave a ser capturada. Portanto, atacar o local com tudo arriscará a vida dos reféns ali presentes!

Reviravoltas

Por Dentro da Fortaleza: a princípio, o grande problema para um ataque aéreo é discernir quem é pirata e quem é prisioneiro — a circulação de gente ali dentro é muito grande. Para piorar, todos ainda usam trajes espaciais para serviços pesados. Dessa forma, antes de qualquer robô gigante ser usado, vai ser necessária uma missão de infiltração. Contudo, o que pode ser descoberto no seu interior?

A Máquina da Mente: surpreendentemente, a captura de diferentes tecnologias, inclusive proscritas, levou à construção de uma máquina capaz de unir a mente de espers para uso conjunto contra os adversários. Quando é detectado alguém com tais capacidades, ele é dirigido para o local. Geralmente, são crianças ou adolescentes bem jovens… e portanto, é preciso libertá-las.

Mais Duros, mais Fortes: em primeiro lugar, este não é como um enclave de Ottokar e seus robôs não são monstros de Frankenstein mecânicos — eles tomam veículos e naves, ao contrário de escombros. Assim, customizam tudo com o que encontram para fazer deles mais poderosos. Dessa forma, são praticamente uma milícia em formação. Consequentemente, um confronto armado fatalmente causaria uma grande destruição. Como proteger as vítimas?

Epílogo

Ao terminar, supondo que os personagens salvem todos os prisioneiros, será preciso tomar as naves não-destruídas dos piratas para levá-las à lua mais próxima (Dola, já terraformada). Portanto, não será possível fugir da tarefa mas, ao menos, elas estão agradecidas… embora estejam novamente reduzidas à condição de refugiados, esperando uma chance de sair do sistema solar.

Ideias

Beat ‘em up: comparativamente, os personagens passarão mais tempo fora de seus robôs. Logo, todos andarão por corredores, tentarão manter a discrição, mas em algum momento precisarão abrir caminho na base do tiro, porrada e bomba. Portanto, recomendamos mapear tudo.

Mantenha o Crescendo: ao final, recompense os jogadores com um combate robótico espetacular. Caracterize bem os vilões — especialmente o chefe deles, que será o chefão final. Assim, faça seu robô extremamente forte, para todos participarem do último combate.

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

Este semente de aventura é uma Space Opera no seu sentido mais clássico e tradicional — talvez a mais clássica publicada até agora. No cômputo geral, temos todos os pré-requisitos: lados bem definidos (escravistas não merecem perdão), ambientação “exótica” (um mundo em terraformação), super-ciência (a máquina convergindo poderes psíquicos de crianças como uma arma)…

É claro, esse elemento pode ser desenvolvido ao longo de sua trama e somado à tecnologia alienígena misteriosa, caso você queira, tornando-o menos filler — quem sabe uma ameaça final? Portanto, é uma frente de trama interessante a ser desenvolvida.

Divirtam-se.

Episódios Anteriores

00 — Introdução (AQUI).
01 — O Sinal Desconhecido (AQUI)
02 — Madredeus (AQUI)
03 — A Fortaleza Lunar (AQUI)
04 — Cidade do Perigo (
AQUI)
05 — O Templo dos Guerreiros (
AQUI)
06 — Zona Devastada (
AQUI)
07 — 0,8 Miligramas por Litro (
AQUI)
08 — Leviatã Ataca! (
AQUI)
09 — Duelo na Área 77 (
AQUI)
10 — O Cio dos Dragões (
AQUI)

Twitter de Brigada Ligeira Estelarhttps://twitter.com/BrigadaEstelar
Blog oficial de Brigada Ligeira Estelar:
https://brigadaligeiraestelar.com/
Instagram de Brigada Ligeira Estelar:
https://www.instagram.com/brigadaligeiraestelar

Bienal do livro de São Paulo — Conheça a programação

Saiba tudo o que vai rolar de legal no stand da Jambô durante a Bienal do Livro de São Paulo de 2022!

Cronograma da Jambô Editora na Bienal do Livro de SP

02/07

Não apenas um, mas dois lançamentos do Selo Odisseias!

📌 14:00 – Lançamento do livro A Caçadora Púrpura, com presença do autor Felipe Pan.
Em A Caçadora Púrpura, Elly e Quill entram em um universo de complicações políticas e uma sociedade de papéis sociais rígidos.

📌 16:00 – Lançamento do livro Escama de Dragão, com presença da autora Cristiana Sbardella.
Escama de Dragão conta história de Minea, uma feiticeira, e Dorak, um dragão negro em uma aventura pelo perigoso mundo de Nerlian.

 

03/07

📌 14:00 – Presença dos autores do Crônicas da Tormenta, com Vinicius Mendes, Marcela Alban, Emerson Xavier e João Victor Lessa.

09/07

📌 14:00 – Palestra sobre Criação de Mundos, com Leonel Caldela, Affonso Solano e Eduardo Spohr.

📌 19:00 – Sessão de autógrafos com autores do NerdcastRPG: Coleção Cthulhu, com Leonel Caldela, Karen Soarele, Fábio Yabu, Fred Rubim e Guilherme Dei Svaldi (é necessário pegar senha, disponível em breve no site da Bienal do Livro).

📌 20:00 – Palestra sobre NerdcastRPG: Coleção Cthulhu, com Leonel Caldela, Karen Soarele, Fábio Yabu, Fred Rubim e Guilherme Dei Svaldi.

Composta por dois romances, uma graphic novel e um livro-jogo, a NerdcastRPG: Coleção Cthulhu pode ser adquirida no estande da Jambô, na Bienal. Ou aproveite a pré-venda aqui no site!

10/07

📌 Presença de autores de #Tormenta20 no estande ao longo do dia: Leonel Caldela, Guilherme Dei Svaldi, Karen Soarele, Felipe Della Corte e Vinicius Mendes.

📌 17:30 – Palestra sobre Financiamento Coletivo, com Guilherme Dei Svaldi, Karen Soarele, Daniel Lameira, Eduardo Spohr, Marina Avila e e Valquiria Vlad.

Além disso, nosso estande estará lá durante todo o evento, oferecendo o melhor em RPG, literatura fantástica, livros-jogos, cardgames e boardgames. Até lá!

Podcast Especial Nerdcast RPG!

Evocando monstros antigos, chegou seu podcast favorito!

Numa edição ímpar e especialíssima, Leonel Caldela e Karen Soarele voltam para se juntar a J.M. Trevisan e Felipe Della Corte numa discussão profunda e divertida sobre a Coleção Cthulhu! Conheça histórias de bastidores da produção deste grande marco nerd! Leonel relata suas pesquisas para os dois romances, A Roda de Deus e O Criador da Morte, enquanto Karen explica como foi criar O Enigma do Sol Oculto, um insano livro-jogo legacy! Lógico que ainda teve muita bobagem no meio, e tempo para responder as dúvidas dos Conselheiros!

Para baixar, clique no link correspondente com o botão direito e escolha “Salvar como”.

Aproveite a pré-venda e adquira sua Coleção Cthulhu: https://jamboeditora.com.br/produto-tag/nerdbooks

Para ainda mais conteúdo, assine a Dragão Brasil — são mais de 100 páginas de RPG e cultura nerd todos os meses: dragaobrasil.com.br

Tormenta20 – A jornada do financiamento coletivo

Olá, apoiadores! Graças a vocês a campanha do Tormenta20 foi o maior financiamento coletivo em sua época. Vocês mostraram a força de uma comunidade e juntos iniciamos uma jornada ainda mais épica para o RPG nacional.

A campanha do T20 abriu caminhos para muitos aventureiros, que passaram a acreditar no poder de suas comunidades e no alcance que isso pode ter a partir de um financiamento coletivo. Esse mérito é de vocês!

Nesta página iremos apresentar tudo o que conseguimos realizar com a campanha e o que ainda está sendo produzido. Se você tiver alguma dúvida, pode complementar a leitura visitando a página do Catarse, onde está tudo registrado.

Recompensas entregues

Livro Básico

Ao longo do financiamento coletivo o conteúdo do livro básico aumentou, com mais raças, classes e aventuras, de acordo com as metas alcançadas! Assim, foi possível entregar: 

  • Livro capa dura, com sobrecapa
  • 407 páginas coloridas em papel couché
  • 17 raças
  • 14 classes
  • 35 origens 
  • Novas regras para perícias, combate e magias
  • História e geografia de Arton, incluindo linha de tempo atualizada e novo mapa
  • Dezenas de instruções originais

Box Herói Épico

Apoiadores deste nível receberam o livro básico dentro de uma caixa rígida personalizada, com mais itens exclusivos: conjunto de dados personalizado, dado do panteão, bloco de fichas e escudo do mestre, além de um pôster-mapa autografado pelos autores.

Metas estendidas

As metas estendidas contemplaram todos os apoiadores. As metas de raças e classes extras foram incluídas no livro, descrito acima. As outras foram enviadas gratuitamente, em versão digital, para os apoiadores de nível “Aventureiro” ou superior, e em versão física para os apoiadores “Lenda de Arton”. Apoiadores que não eram Lenda de Arton poderiam adquirir esses acessórios de forma avulsa, como “add-on” de recompensa.

Aventuras inéditas: livro Jornada Heroica: Coração de Rubi, com seis aventuras prontas, unidas por uma trama central. A primeira campanha de Tormenta20, que leva os personagens do 1º ao 20º nível.

Mapas de batalha: dois pôsteres-mapas com 56x84cm, cada um com dois mapas de batalha coloridos (um de cada lado).

Tokens: 36 buttons metálicos com 2,5cm de diâmetro com uma ilustração colorida, usados para representar personagens e inimigos nos mapas de batalha.

Baralho de Magias: 224 cartas em formato “tarot” (70x121mm), contendo todas as magias de Tormenta20 e as condições que os personagens podem sofrer. Além de facilitar a vida de personagens conjuradores, o baralho pode ser usado para gerar poções e pergaminhos aleatórios.

Baralho de Aventuras: 56 cartas nos mesmos moldes do Baralho de Magias para a geração aleatória de aventuras. A ferramenta ideal para ajudar os mestres a criarem suas histórias. 

Fichas estilizadas: quatro fichas personalizadas e ilustradas pelo artista Bruno Prosaiko. Cada uma é uma obra de arte!

Baralho de Personagens: traz 56 cartas contendo ilustrações e descrições das Raças, Classes, Origens e Deuses do jogo! O Baralho facilita a construção de personagens, Além de poder ser usado para a construção de NPCs aleatórios e o que mais você inventar.

Conjunto de dados: conjunto de dados completo (d4, d6, d8, d10, d12, d20 e d%) e comemorativo, personalizado para Tormenta20. Incluiu um brinde único: o dado do Panteão, um d20 em tamanho especial, com os símbolos dos 20 deuses maiores nas faces.

Outros add-ons disponíveis na campanha: dice bag e escudo do mestre.

Suporte Roll20: o suporte para o Roll20, com ficha oficial de T20, foi realizado conforme combinado durante o financiamento coletivo. Mas esse projeto ganhou um novo fôlego. Graças à comunidade, Tormenta20 tornou-se oficialmente o RPG mais jogado na plataforma dentro do Brasil, e um dos 10 mais jogados no mundo inteiro! Desde o último trimestre de 2021, estamos trabalhando em conjunto com o Roll20 para oferecer a experiência completa do T20 em português e inglês dentro da plataforma. Estamos fazendo história juntos e esse é o primeiro passo para a Tormenta expandir seus horizontes pelo mundo.

App Tormenta20: além de ser um rolador de dados, o app tem a funcionalidade de criar personagens de forma fácil e rápida, gerando um arquivo em formato PDF para impressão. O app já está disponível, mas será atualizado com mais funcionalidades!

Iniciativa T20: com essa meta abrimos o mundo de Arton para a comunidade, criando uma plataforma para  a publicação e venda de livros digitais de Tormenta feitos por fãs. É possível usar o cenário e os personagens para criar histórias e as regras de Tormenta20 para criar suplementos de RPG. Os materiais devem ser enviados para a Jambô, por meio deste formulário, onde passarão por análise. Aqueles aprovados serão publicados e vendidos em formato digital, com a seguinte divisão da receita: 60% para o autor, 30% para a manutenção da plataforma e 10% para a manutenção da marca. Tormenta só chegou até aqui por causa da comunidade. Alcançando esta meta, retribuímos o favor.

Aqui você pode conferir o que já foi publicado, no momento desta postagem são 18 títulos. Estamos aprimorando o processo de análise do conteúdo para acelerar as publicações do material que está sendo enviado. Garantimos que todas as obras serão lidas e avaliadas. Esse é um projeto grande e importante para nós, estamos fazendo com cuidado e aprendendo durante o processo.

Recompensas em produção

Curta metragem: o curta metragem live action de Tormenta, com roteiro dos criadores do cenário e direção de Fernando Sanches, está em produção. O roteiro está em fase de tratamento entre os roteiristas e o diretor.

Enfrentamos adversidades durante a pandemia, o que causou o atraso. Com isso, outros projetos surgiram para os envolvidos com a produção, mas já retomamos os trabalhos e o curta metragem está ganhando forma. 

Não se preocupe, pois os valores arrecadados durante o financiamento coletivo foram reservados para suas finalidades e a hora do live action de Tormenta está chegando!

Mesa dos criadores: essa foi a meta estendida da nossa campanha de financiamento coletivo de pré-venda do Tormenta20, que você pode conferir aqui. Como vocês podem imaginar, conciliar a agenda dos cinco criadores de Tormenta não é nada fácil. Além disso, é preciso criar uma aventura que conecte os personagens que foram escolhidos na votação do público!

Não se preocupe, os Deuses estão movimentando suas peças e a mesa vai sair! A previsão é iniciar em agosto de 2022, fique ligado em nossas redes para mais novidades.

Recompensa para apoios Lenda de Arton: O nome de seu personagem citado, imortalizado nas páginas de Tormenta: foram 185 apoios neste nível e muitos personagens já estão no Tormenta20. Aqueles que não apareceram no livro básico virão no Atlas ou no Ameaças de Arton. Assim, todas as Lendas estarão nas páginas de Tormenta!

Mini-Meta: Artista Convidado: essa meta também está em produção e será disponibilizada para todos, com previsão para julho de 2022. Vamos convidar artistas consagrados para que mostrem a visão deles do mundo de Arton e de seus personagens. As artes serão disponibilizadas para serem usadas como fundos de tela por todos os apoiadores.


Este post será atualizado e divulgado de forma recorrente nos nossos canais de comunicação. Nos acompanhe nas redes sociais para mais informações.

Podcast 149 – Duplo Evento!

Esgotando os livros do estande, chegou seu podcast favorito!

No episódio de hoje, Felipe Della Corte, Thiago Rosa e Vinicius Mendes falam sobre o final de semana de eventos em São Paulo! Vini conta como foi a divertidíssima POC Con, evento que celebra autores, ilustradores, cosplayers e nerds LGBTQIA+, e nos contou sobre a inusitada experiência de ver drag kings vestidos de personagens de JoJo dançando ao som de Glória Groove. Thiago conta como foi levantar e desmontar o estande da Jambo no retorno do Diversão Offline, em sua maior edição da história, com direito a fila de duas horas na entrada! Della aproveitou para ficar de olho nos protótipos e jogos indies e conta um pouco mais sobre o VEM AÍ na editora. Claro, com espaço para responder todas as perguntas dos conselheiros!

Para baixar, clique no link correspondente com o botão direito e escolha “Salvar como”.

Para ainda mais conteúdo, assine a Dragão Brasil — são mais de 100 páginas de RPG e cultura nerd todos os meses: dragaobrasil.com.br

Conheça nossos livros em: jamboeditora.com.br

Fighting Fantasy — O retorno de dois clássicos repaginados e mais!

fighting fantasy

Aqui na Jambô a gente sabe que os livros-jogos da linha Fighting Fantasy, de Steve Jackson e Ian Livingstone (ou Aventuras Fantásticas nos anos 90) tem fãs bem apaixonados. Por isso mesmo, sempre que temos alguma novidade sobre a série, ficamos super empolgados pra compartilhar com vocês!

Dessa vez, temos dois grandes relançamentos: FF06 — A Cripta do Feiticeiro e FF04 — Criatura Selvagem ganharam novas revisões, capas novas e agora tem o mesmo projeto gráfico do resto da linha, pra deixar qualquer colecionador feliz ao ver as lombadas todas combinando na estante.

Fighting Fantasy 06 — A Cripta do Feiticeiro

Neste volume, o herói-leitor precisa vencer o terrível feiticeiro do título, Razaak! É considerado por muitos como um dos FFs mais difíceis já lançados, sendo até mesmo apelidado de “o Dark Souls dos FF” pelos fãs. A primeira edição deste título pela Jambô foi lançada em outubro de 2010 e uma reimpressão era bastante pedida pelo público.

Quebrando a tradição de retratar Razaak na capa, essa edição conta com uma belíssima arte do Henrique DLD retratando um dos terríveis monstros que podem fazer sua aventura acabar aqui.

Você encontra A Cripta do Feiticeiro na loja da Jambô.

criatura selvagem

Fighting Fantasy 04 — Criatura Selvagem

Esse foi um título interessante de trabalhar. Em Criatura Selvagem, o leitor-herói assume o papel da criatura do título, dominada por instinto e incapaz de entender linguagem humana. Por causa disso, durante uma boa parte do livro as falas de outros personagens são escritas em códigos. E todos eles tiveram que ser decifrados e recodificados na hora da nova revisão, um trabalhão hercúleo desempenhado com cuidado e maestria por Hermann Schweitzer.

Criatura Selvagem está neste exato momento na gráfica e deve estar a venda até o final de junho e na Bienal do Livro de São Paulo! A nova arte da capa foi feita pelo incrível Samuel Marcelino.

criatura selvagem

A Cripta do Vampiro e o futuro da linha…

Os fãs de Fighting Fantasy ainda podem esperar por mais novidades da linha em 2022! Neste momento estamos trabalhando em A Cripta do Vampiro, um dos clássicos da série ainda nos anos 90, com uma nova tradução e projeto gráfico da Jambô! Além disso, três outros títulos inéditos estão sendo traduzidos neste exato momento, todos programados para serem lançados ainda neste ano.

No que depender da gente, em 2022 não vão faltar aventuras! 😀

Comédia nos livros e nas mesas

Olá, Aventureiros!

Estava aqui revisando o vol. 2 da Era das Arcas, light novel de 3DeT Victory (vem aí!), quando me peguei pensando que seria legal falar sobre um gênero tão caótico e divertido e que faz parte dessa história.

Hoje vou trazer um tema diferente que pode (ou não) ser interessante para você: Comédia.

A maioria das minhas obras escritas, publicadas ou não, têm a comédia como um dos gêneros principais. Isso se estende também à algumas personagens que crio nas campanhas de RPG. 

Com isso, quando participo de entrevistas ou rodas de bate-papo sempre tem alguma pergunta relacionada a escolha desse gênero e conselhos de uso. Antes eu respondia que não pensava muito em como utilizar a comédia, que a escolhia por ser mais fácil na hora de desenvolver ou porque me agradava como leitora. 

Até um dia ouvir de um autor que ele admirava quem escrevia comédia, pois fazer alguém rir através de um texto era tão difícil quanto fazer alguém chorar. Foi aqui que percebi que havia uma ferramenta valiosa em minhas mãos que poderia ser usada de forma mais eficiente e com coerência, que eu podia abrilhantar mais as minhas histórias e criar experiências mais divertidas e reflexivas (por que não?) para o leitor.

Como trabalhar com a comédia

Você já parou para analisar como os gêneros são utilizados em uma obra? Em um livro de suspense,  já se pegou compreendendo como a cena é construída para te deixar tenso? De onde o autor parte até que você seja pego de surpresa e seu queixo caia em um romance policial?

Gerar emoções e sentimentos com as palavras pode ser desafiador e precisa de cuidado.

Para conseguir alguma reação do leitor, o autor precisa plantar uma sementinha lá atrás para que floresça lá na frente. Dizer isso é apenas uma ponta do trabalho, se você selecionar sementes ruins, não cuidar bem da terra e esquecer de regar, todo o trabalho poderá ser em vão ou não fará sentido. Entende?

Ou seja, para uma história/personagem ser engraçada, ela precisa ter construção para isso.

Quer dizer que para escrever comédia é necessário uma longa descrição e acontecimentos até chegar no objetivo?

Sim e não. Depende.

Uma boa piada não é longa. Ela precisa de ritmo, gerar curiosidade e surpreender. Uma história de comédia ou personagem parte das mesmas regras, porém precisa de constância e desenvolvimento para não acabar se tornando uma anedota aleatória.

Não fale, mostre

Essa é uma dica clássica de escrita. Se um personagem é engraçado, ele precisa fazer algo engraçado. Simples.

Saber dosar essa característica também faz parte da boa comédia. Imagina que chato aquele personagem que solta uma piada toda vez que abre a boca? Aí o leitor vai estar revirando os olhos ao invés de rir.

Fazer comédia não é apenas colocar piadas no meio do texto, é construir uma cena engraçada.

Aqui a comédia pode ser comparada ao suspense. Pegar o leitor de surpresa, seja com um comentário inesperado ou uma situação rápida e sem aviso, é uma ferramenta muito eficiente. Mas, como o suspense, deve ser usado na hora certa para funcionar.

Bons exemplos de livros de comédia, para exemplificar, são os da trilogia de cinco livros do O Guia do Mochileiro das Galáxias. Os personagens não estão ali para serem alívios cômicos, eles vivem situações que são cômicas. Com diálogos e acontecimentos absurdos, todo o enredo é feito para fazer o leitor rir (e pensar).

Se você já leu, me diga se já não se pegou olhando para o nada e rindo de algo que parecia tão simples, mas que da forma que foi mostrado ficou genial e hilário?

A comédia no RPG

Uma das coisas mais legais no sistema de Tormenta20 é que você consegue criar histórias escatológicas como as do Leonel Caldela, e engraçadas como as do Marcelo Cassaro

Holy Avenger e Paladina são exemplos magníficos de comédia no cenário de Tormenta. Cassaro tem uma forma leve e direta de fazê-la, pontos que me inspiro muito. Sendo apenas um dos recursos usados, a comédia auxilia no desenvolvimento de uma história épica e aventuresca.

E nas mesas não posso deixar de citar a Guilda do Macaco, Fim dos Tempo, Arena de Valkaria. Vai me dizer que nunca deu uma gargalhada com algum NPC engraçadinho, uma fala espontânea, um tomate arremessado?

Fazer o outro rir gera aproximação, deixa o clima mais leve e pode criar as cenas mais memoráveis na mesa.

3DeT Victory

As primeiras light novels estão sendo produzidas e foram escritas por mim e pelo Marcelo Cassaro. Com muita comédia e elementos fantásticos, iremos apresentar um pedaço deste novo cenário e prepará-los para essa nova versão.

Você pode acompanhar algumas mudanças e curiosidades através da Dragão Brasil!


E aí?

Já pensou em criar algo com comédia? Você já usa esse recurso nas suas mesas ou textos?

Aproveita para deixar dúvidas ou contar suas experiências!

Até a próxima!

 

Podcast 148 – Chega de férias!

Contando frame em jogo de lutinha, chegou seu podcast favorito!

No episódio de hoje, J.M. Trevisan, Felipe Della Corte e Thiago Rosa
comentam um pouco sobre Stanley Parable, joguinhos viciantes de celular, a nova temporada de Love, Death + Robots, o prazer otimista de Ted Lasso e a evolução de Street Fighter (agora que o 6 foi anunciado). Também deu tempo do Thiago dar suas impressões sobre o RPG de mesa de Avatar (o desenho, não o filme) e de todo mundo falar muita bobagem!
*excepcionalmente não tivemos as dúvidas dos Conselheiros, mas elas voltam semana que vem!

Para baixar, clique no link correspondente com o botão direito e escolha “Salvar como”.

Para ainda mais conteúdo, assine a Dragão Brasil — são mais de 100 páginas de RPG e cultura nerd todos os meses: dragaobrasil.com.br

Conheça nossos livros em: jamboeditora.com.br

Assine a newsletter do Trevisan em: https://buttondown.email/JMTrevisan

Canal de jogos de tabuleiro do Della: https://www.youtube.com/watch?v=9SLXKYbLIlE

 

twitch.tv/jamboeditora

Créditos
Participantes:
J. M. Trevisan (Twitter | Livros), Felipe Della Corte (Twitter), Glauco Lessa (Twitter).
Edição: Adonias Marques (Instagram)

Arrepios — Negrinho

horror pós-apocaliptico

Boas-vindas a mais um conto da coluna Arrepios. O quanto do nosso folclore está hoje em alta na literatura nacional? Muitas séries, livros e canais sobre o assunto vem crescendo com o aumento pelo interesse em nossa cultura, contando e recontando histórias fantásticas e completamente diferentes uma das outras como só um país continental poderia criar. Mas, e se uma dessas histórias tivesse um final diferente, digamos, aterrorizante? Bons arrepios…


O chicote cortava o ar com uma velocidade tão alta que o rompimento da barreira do som fazia o ouvido zumbir. Semelhante a uma dama que, desnudada de suas inibições, se abre e deixa a pele à mercê dos desejos carnais, cada corte que se abria nas costas do negrinho fazia o fazendeiro urrar de prazer. O sorriso no rosto só desapareceu depois que as chicotadas não mais provocavam o efeito esperado.

O fazendeiro, não satisfeito com as profundas lacerações que seus golpes infringiram ao garoto, chutou as costelas visivelmente demarcadas pela fina camada de pele, expressão da fome, até escutar os ossos se quebrando.

— Vais aprender a não perder mais meus cavalos — ameaçou, cuspindo no menino. — Preto desgraçado, tu vais morrer! — E o arrastou pelas pernas até um formigueiro próximo. 

Acompanhado de indiferença e um cigarro de palha, observou as formigas atacarem os machucados. Famintas, penetravam os orifícios descobertos e se embrenhavam no cabelo crespo e volumoso. 

Percebendo que a morte abraçava o alvo de seu desgosto, o fazendeiro dirigiu-se para o casarão no meio dos milhares de hectares, onde predominava a criação de gado. A porta, centralizada com os batentes em azul, combinava com o branco encardido das paredes.

Pegou sua cuia e despejou a água quente na erva moída. Apreciou o chimarrão como um guerreiro romano gozava o sucesso de uma sangrenta batalha, mas, ao contrário de coragem e honra, essa foi uma vitória obtida brandindo a espada da covardia.

Atenta ao fogão, de costas, sua esposa preparava algo para comerem. Aproximou-se de sua orelha para provocá-la, mas o corpo dela tremeu em uma risada infantil e traiçoeira. Virando-a depressa, percebeu estar segurando o negrinho. Ele sorria como se estivesse em paz.

— Bah, tchê, tu não morres? — balbuciou confuso. O corpo fraco e raquítico não exibia qualquer vestígio de ferimento.

Apanhou a faca sobre a pia e golpeou o menino. A cada vez que afundava a lâmina na carne vulnerável, um sentimento de vingança e prazer o invadia, fazendo seus pelos arrepiarem.

Olhou para o rosto do menino e, debaixo de todo aquele sangue, ainda enxergou o mesmo sorriso pacífico que o irritava. 

— Vamos ver o que tu podes fazer sem cabeça — disse, logo cortando o pescoço do negrinho.

A faca rasgou os músculos, cortou artérias e encontrou resistência nos ossos, mas a ira motivava o fazendeiro. Ergueu a cabeça decapitada e começou a rir. 

— Esta fazenda é minha e preto nenhum vai me desafiar! — E encarou o rosto ensanguentado em sua mão.

Deixou a cabeça cair e a chutou para longe ao perceber que o sorriso ainda estava ali. Mesmo sem alguns dentes, com os olhos esfaqueados e parte do nariz arrancado, aqueles lábios ainda irradiavam paz. Aquilo o estava enlouquecendo.

Arfando em revolta, o fazendeiro sentiu-se vingado por fazer o negrinho pagar com a vida a audácia de vestir as roupas de sua esposa, a única pessoa por quem nutria sentimentos. Naquele momento, a voz do seu capitão do mato soou da porta:

— Sinhozinho, vosmecê me disculpa incomoda, mas achei esse negrinho joga… — E um grito de pavor escapou do astuto sujeito, considerado um dos mais brutais da fazenda. Ele olhou para o corpo decapitado no chão, banhado em sangue, e se voltou para seu patrão de pé com a camisa tingida de vermelho.

O estancieiro, percebendo o negrinho nos braços do capitão do mato, se desesperou. Segura o choro para não se deixar ver em um momento de fraqueza, mas a vontade é de esbanjar o medo que cobre todos os seus ossos. 

O menino estava novamente sem qualquer marca de chicote, a cabeça colada ao corpo. Apesar de desfalecido, ainda era possível sentir a energia boa que emanava dele. 

No chão da cozinha, então, o estancieiro encontrou as pernas brancas de varizes marcadas saindo do vestido. Assustado, começou a tatear o chão à procura da cabeça. O ambiente de repente foi iluminado por velas, que pareciam traçar o caminho. Seguindo-as, a quase indistinguível face de sua esposa o aguardava.

Erguendo a cabeça dela e a abraçando, olha para o capitão do mato que, descrente da situação, ainda segurava o garoto. O fazendeiro pegou a faca com a qual matou a esposa e posiciona a lâmina sobre o próprio peito. 

Antes de aplicar o golpe que o livraria da melancolia de matar o único facho de luz que seu sombrio coração enxergava, desceu os olhos até o rosto do negrinho nos braços do imóvel capitão do mato. O garoto abriu lentamente as pálpebras e, encarando o profundo da alma do estancieiro, soltou seu sorriso mais doce.

A Jornada da Mestra — O Poder da Amizade

O trabalho do mestre parece ser solitário. Estamos sempre atrás das cortinas, arquitetamos planos maléficos e vivemos como Pink e o Cérebro. Nosso momento de glória chega durante a sessão quando, sozinhos, enfrentamos os jogadores e suas ideias de caráter duvidoso. Mas essa jornada precisa mesmo ser solitária?

Pegue isso, é perigoso ir sozinho

It's dangerous to go alone! Take this: O livro básico de regras de Tormenta20
Leiam o livro, crianças.

Além do livro básico, meu maior aliado nessa aventura é um amigo mestre em período sabático. Ele atua como a minha plateia nas sessões, faz comentários no meu privado e também surge com dicas preciosas. Todos os perrengues pelos quais eu passo ele já me contou sobre. Foi ele quem sugeriu a maravilhosa ideia de debuff num dos jogadores, o qual havia cortado a própria mão para ativar um mecanismo. Foi divertido ver o bardo não conseguir tocar, para mim pelo menos.

Essa troca, além de agregar ao meu repertório de ideias malignas, me ajudou com a compreensão do meu papel como mestre. Sobretudo em questões fora do jogo, como conflitos e dúvidas em relação a condução dos jogadores em determinados momentos: o abençoado que não lê o livro, o jogador que não presta atenção na narração, uma picuinha que surge do nada, etc.

Essas conversas me fizeram perceber como alguns perrengues são comuns (eu não estou sozinha!) e me ajudaram a tomar um rumo na vida – só no RPG porque na vida real eu continuo sem saber o que estou fazendo. Perceber como outro mestre lida com os problemas fez com que meus horizontes se abrissem para um caminho menos doloroso para o TPK.

Não é Pokemon, mas dá pra trocar figurinha

Outras conversas edificantes surgiram com a minha cunhada. Ela não mestra, e atua como a clériga oficial de cinco maníacos, mas me fez perceber até onde a malícia, e a loucura, de um jogador pode ir (spoiler: não há limites). Além disso, consigo ter uma ideia de como os mestres dela lidam com esses períodos de balbúrdia.

Essas experiências formam uma grande bolota de informações e eu as filtro para utilizá-las como trampolim na minha própria jornada. Uma coisa é ler um capítulo – bem escrito – sobre o Mestre, outra é vivenciar a loucura e entender que você não está sozinho nesse buraco de caos.

O caminho do mestre não precisa ser solitário porque há uma categoria inteira com o mesmo objetivo: destruir os sonhos e esperanças dos jogadores. Uma visão externa te ajuda a ver as questões por outro ângulo, em especial com um mestre que já passou pelos mesmos perrengues. E, é claro, cada mesa é única, com suas particularidades e etc., mas muitos comportamentos se repetem, sobretudo quando você lida com iniciantes.

Eu queria, mas não sou o Gandalf

Podemos, mais uma vez, bater na tecla de que o mestre não é um ser iluminado o qual desceu dos céus, solitário, para semear a dor e a discórdia. Ele não precisa ser um mago eremita porque há amigos nesse caminho, prontos para nos auxiliar com o poder da amizade maligna.

Discutir com colegas sobre a jornada do TPK também nos ajuda a sair um pouco da esfera das livestreams, onde as coisas são mais emperequetadas para o público – vamos deixar claro que essa humilde camponesa é a favor da livestream. Assim entramos no campo do RPG moleque, onde vale tudo: de dedo no olho à mordida na orelha.

Perceber os perrengues alheios nos tira da esfera solitária. Podemos sempre contar com aquela mãozinha amiga: conselhos sobre atitudes, ideias para massacrar o coração dos aventureiros ou uma simples conversa de bar sobre as peripécias dos jogadores. Se há uma coisa que os animes nos ensinaram é que o Poder da Amizade é imbatível.

A comunidade está aí para isso. Se já existe uma solução para o seu problema, não complique a sua vida, converse com um colega, ou exponha suas dores na internet, porque ela foi feita para duas coisas: vídeos de animais fofinhos e reclamação.

Não se esqueça de beber água e comer frutas.

Até a próxima!