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Um deus? Pfff! Eu sou abençoado pela sorte!

Dessa vez vou contar a história de um novato que ficou emocionado com a sorte que estava tendo nos dados e decidiu confrontar um deus.

Prontos para mais um causo de RPG?

Sorte de principiante

Todo mundo sabe que a “Sorte de Principiante” é uma constante nas mesas de RPG. Já cheguei a crer que seriam as divindades nerds que dão esse empurrão para ter mais um coitado convertido ao RPG. Depois de um primeiro encontro épico, é quase certo que a pessoa vai querer continuar. Quem não curte uma boa sorte?

Aí descobre que a vida de um RPGista não é tão colorida e poderosa…

Enfim, o novato protagonista desta crônica era um guerreiro (clássico) e, até alcançar o NPC misterioso, havia desfrutado do sabor de vitórias cheias de acertos críticos e narrações memoráveis do mestre.

Os outros na mesa, jogadores já experientes e calejados pelos dados ruins da vida, soltaram o bordão “sorte de principiante” desde o início, mas ainda assim o ego do guerreiro foi esmagando o seu bom senso.

O mestre, velho de mesa que só, não deixou passar essa oportunidade e narrou de forma dramática a chegada de um NPC escondido em uma capa negra e falando com a voz grave.

“O que quer aqui, forasteiro?” perguntou o guerreiro no seu tom mais debochado.

Risos baixos entre aqueles que já sabiam que ia dar merda.

“É intimidação?” retrucou o mestre com um sorriso de quem esconde a malandragem.

“Posso intimidar?” olhinhos brilharam segurando firme o D20.

“Pode tentar”

 

Uma regra não falada entre os jogadores é: Não mate o NPC! Ele pode ser importante! (além de “não mate o mensageiro”)

Animado com o potencial novo alvo, o guerreiro apontou sua espada para o estranho encapuzado e deixou uma ofensa gratuita (quem nunca?).

“Relaxa, cara! Ele pode ser um aliado” um veterano tentou argumentar, mas o guerreiro deu um passo à frente, ignorou o conselho e continuou seu corajoso embate.

O mestre ainda ofereceu outra solução através de diálogo, mas nada adiantou. O novato estava cego pelo brilho dourado do poder de primeiro nível, brandindo a espada que ganhou no kit básico continuou até que os insultos tornaram-se mais corajosos.

O grupo deixou para ver o que ia acontecer, alguns até dando um pouco de corda, outros desacordados esperando a merda acontecer. E ela aconteceu.

O NPC se apresentou como o avatar de um grande deus daquele mundo, que havia ido até lá para presenteá-los com artigos poderosos, mas aquele guerreiro insultava a sua imagem, o desrespeitou e iria receber uma lição.

“Um deus? Pfff! Eu sou abençoado pela sorte!” foi a última fala do guerreiro.

 

E morreu

Brincadeira. Ele não morreu, não, mas tomou um susto danado e que rendeu uma memória engraçada para ele e para o grupo.

E você? Já encarou um NPC importante e se deu mal? Conta aí!

E já tá sabendo que a primeira light novel de 3DeT Victory está em pré-venda? Pois já pode avisar todo mundo, pois Era das Arcas já está entre nós! 

 

Leia as outras Crônicas do RPG aqui.

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Terror do mestre inábil: Mestrar para Crianças

Ilustração dos personagens de Stranger Things em volta de uma mesa de RPG

Olá, aventureiro!

Você já deve ter visto ou ouvido falar sobre aquele jogador que desafia o talento de improviso do mestre indo para cantos não planejados no mapa, insistindo em explorar e investigar lugares sem qualquer ligação com o plot, azucrinando NPC que só estava ali para vender poções… Mas você já viu uma criança jogando RPG?

Hoje a crônica é sobre uma das sessões  ̶q̶u̶a̶s̶e̶ ̶d̶e̶s̶a̶s̶t̶r̶o̶s̶a̶ que mestrei para crianças.

As três aventureiras

Quem me conhece sabe que não curto muito mestrar (na real eu sou o PJ que fica azucrinando o mestre), mas na cidade que morei haviam eventos de RPG na biblioteca municipal e eu adorava participar. 

Se você joga RPG já sabe que é mais fácil conseguir jogador do que mestre, então eu fazia esse sacrifício para apresentar o nosso amado hobby.

Meu sistema favorito para isso é 3D&T (tá sabendo que vem nova edição aí, né?). Simples e moldável, conseguia criar aventuras curtas e dinâmicas em qualquer cenário. Na época eu fazia muitas campanhas no universo de Harry Potter, com mais humor e magia, e isso atraia majoritariamente crianças de até 10 anos.

Em uma dessas aventuras fui apresentada ao mais perigoso e assustador grupo: três amigas de sete anos. 

Quando as crianças não se conhecem a experiência é mais tranquila. Agora, quando tem intimidade…

Pois bem, as campanhas eram planejadas para serem rápidas, até para migrarem e conhecerem outros sistemas no evento em que estávamos. O desafio era simples: Entrar na Floresta da Morte, recuperar um item mágico, lutar contra centauros e retornar ao castelo. Apenas.

Pensei que seria simples, rápido. Só pensei.

(Spoiler: a campanha, que deveria durar uma hora, acabou em quase três)

Curiosas com o meu escudo do mestre (de madeira, todo lindo, com o símbolo das relíquias da morte), elas se aproximaram assim que chegaram. Nunca haviam jogado RPG, apenas ouviram falar na escola. 

Passei uns minutinhos explicando as regras do jogo, fazendo umas gracinhas para mantê-las interessadas e contando a sinopse da campanha para alimentar a curiosidade. E deu certo.

Animadas, arrastaram as cadeiras, pegaram varinhas feitas de papel, rolaram os dados e começaram a escolher qual personagem seriam entre as fichas prontas.

Que a sorte esteja contra você

Comecei a narrar a introdução que eu já havia decorado (uma punição leve por alguma traquinagem feita) a fim de colocá-las na situação que as levaria até a Floresta. 

Ali mesmo já começaria o tormento da mestra inábil.

Diferente do que eu planejava, as meninas decidiram se rebelar contra a punição recebida e começaram a tramar um plano dentro do castelo mesmo. 

Empolgadas, começaram a criar travessuras mágicas contra os professores, incluindo outros alunos (pobres NPCs) e seções do castelo que tentei a todo custo dificultar a entrada com testes.

Mas quem disse que os dados estavam a meu favor? (Novidade)

Sobre improvisar e não surtar

Some o conhecimento delas sobre o cenário, a criatividade em seu auge e minha inabilidade como mestre. O resultado foi: DESASTRE.

Desastre para mim, no caso.

Uma campanha simples na Floresta da Morte se tornou uma exploração no castelo atrás de itens para fazer uma poção de “PUM” (sim, isso que você leu), criá-la e jogar no quarto do zelador que as entregou ao diretor.

Vou confessar que no início eu fiquei muito apavorada, com medo de não conseguir conduzir a história e até tentei forçar a volta ao plano inicial, mas mudei de ideia quando tudo ao redor ficou silencioso e vi as outras mesas olhando para nós.

Éramos a única mesa que preenchia o local com gargalhadas.

RPG é sobre isso, né? Diversão!

Terminamos com o sucesso da missão e elas implorando para que recebessem uma nova punição pelo ocorrido para poderem aprontar mais (talvez eu tenha ficado com medo delas na vida real). Sem muito tempo para continuar e com outras crianças querendo entrar na nossa mesa, propus um duelo de magia.

Passei muito tempo pensando no que eu poderia ter feito para orientar melhor, como manter a ordem das coisas na mesa. Mas será que teria sido tão divertido se eu tivesse conseguido?

Sei das minhas falhas como mestre, mas também sei que acertei demais ao deixar que elas construíssem uma divertida primeira experiência com RPG.


E você já jogou com crianças? Como foi a experiência?

Leia as outras Crônicas do RPG!

Bienal do livro de São Paulo — Conheça a programação

Saiba tudo o que vai rolar de legal no stand da Jambô durante a Bienal do Livro de São Paulo de 2022!

Cronograma da Jambô Editora na Bienal do Livro de SP

02/07

Não apenas um, mas dois lançamentos do Selo Odisseias!

📌 14:00 – Lançamento do livro A Caçadora Púrpura, com presença do autor Felipe Pan.
Em A Caçadora Púrpura, Elly e Quill entram em um universo de complicações políticas e uma sociedade de papéis sociais rígidos.

📌 16:00 – Lançamento do livro Escama de Dragão, com presença da autora Cristiana Sbardella.
Escama de Dragão conta história de Minea, uma feiticeira, e Dorak, um dragão negro em uma aventura pelo perigoso mundo de Nerlian.

 

03/07

📌 14:00 – Presença dos autores do Crônicas da Tormenta, com Vinicius Mendes, Marcela Alban, Emerson Xavier e João Victor Lessa.

09/07

📌 14:00 – Palestra sobre Criação de Mundos, com Leonel Caldela, Affonso Solano e Eduardo Spohr.

📌 19:00 – Sessão de autógrafos com autores do NerdcastRPG: Coleção Cthulhu, com Leonel Caldela, Karen Soarele, Fábio Yabu, Fred Rubim e Guilherme Dei Svaldi (é necessário pegar senha, disponível em breve no site da Bienal do Livro).

📌 20:00 – Palestra sobre NerdcastRPG: Coleção Cthulhu, com Leonel Caldela, Karen Soarele, Fábio Yabu, Fred Rubim e Guilherme Dei Svaldi.

Composta por dois romances, uma graphic novel e um livro-jogo, a NerdcastRPG: Coleção Cthulhu pode ser adquirida no estande da Jambô, na Bienal. Ou aproveite a pré-venda aqui no site!

10/07

📌 Presença de autores de #Tormenta20 no estande ao longo do dia: Leonel Caldela, Guilherme Dei Svaldi, Karen Soarele, Felipe Della Corte e Vinicius Mendes.

📌 17:30 – Palestra sobre Financiamento Coletivo, com Guilherme Dei Svaldi, Karen Soarele, Daniel Lameira, Eduardo Spohr, Marina Avila e e Valquiria Vlad.

Além disso, nosso estande estará lá durante todo o evento, oferecendo o melhor em RPG, literatura fantástica, livros-jogos, cardgames e boardgames. Até lá!

Comédia nos livros e nas mesas

Olá, Aventureiros!

Estava aqui revisando o vol. 2 da Era das Arcas, light novel de 3DeT Victory (vem aí!), quando me peguei pensando que seria legal falar sobre um gênero tão caótico e divertido e que faz parte dessa história.

Hoje vou trazer um tema diferente que pode (ou não) ser interessante para você: Comédia.

A maioria das minhas obras escritas, publicadas ou não, têm a comédia como um dos gêneros principais. Isso se estende também à algumas personagens que crio nas campanhas de RPG. 

Com isso, quando participo de entrevistas ou rodas de bate-papo sempre tem alguma pergunta relacionada a escolha desse gênero e conselhos de uso. Antes eu respondia que não pensava muito em como utilizar a comédia, que a escolhia por ser mais fácil na hora de desenvolver ou porque me agradava como leitora. 

Até um dia ouvir de um autor que ele admirava quem escrevia comédia, pois fazer alguém rir através de um texto era tão difícil quanto fazer alguém chorar. Foi aqui que percebi que havia uma ferramenta valiosa em minhas mãos que poderia ser usada de forma mais eficiente e com coerência, que eu podia abrilhantar mais as minhas histórias e criar experiências mais divertidas e reflexivas (por que não?) para o leitor.

Como trabalhar com a comédia

Você já parou para analisar como os gêneros são utilizados em uma obra? Em um livro de suspense,  já se pegou compreendendo como a cena é construída para te deixar tenso? De onde o autor parte até que você seja pego de surpresa e seu queixo caia em um romance policial?

Gerar emoções e sentimentos com as palavras pode ser desafiador e precisa de cuidado.

Para conseguir alguma reação do leitor, o autor precisa plantar uma sementinha lá atrás para que floresça lá na frente. Dizer isso é apenas uma ponta do trabalho, se você selecionar sementes ruins, não cuidar bem da terra e esquecer de regar, todo o trabalho poderá ser em vão ou não fará sentido. Entende?

Ou seja, para uma história/personagem ser engraçada, ela precisa ter construção para isso.

Quer dizer que para escrever comédia é necessário uma longa descrição e acontecimentos até chegar no objetivo?

Sim e não. Depende.

Uma boa piada não é longa. Ela precisa de ritmo, gerar curiosidade e surpreender. Uma história de comédia ou personagem parte das mesmas regras, porém precisa de constância e desenvolvimento para não acabar se tornando uma anedota aleatória.

Não fale, mostre

Essa é uma dica clássica de escrita. Se um personagem é engraçado, ele precisa fazer algo engraçado. Simples.

Saber dosar essa característica também faz parte da boa comédia. Imagina que chato aquele personagem que solta uma piada toda vez que abre a boca? Aí o leitor vai estar revirando os olhos ao invés de rir.

Fazer comédia não é apenas colocar piadas no meio do texto, é construir uma cena engraçada.

Aqui a comédia pode ser comparada ao suspense. Pegar o leitor de surpresa, seja com um comentário inesperado ou uma situação rápida e sem aviso, é uma ferramenta muito eficiente. Mas, como o suspense, deve ser usado na hora certa para funcionar.

Bons exemplos de livros de comédia, para exemplificar, são os da trilogia de cinco livros do O Guia do Mochileiro das Galáxias. Os personagens não estão ali para serem alívios cômicos, eles vivem situações que são cômicas. Com diálogos e acontecimentos absurdos, todo o enredo é feito para fazer o leitor rir (e pensar).

Se você já leu, me diga se já não se pegou olhando para o nada e rindo de algo que parecia tão simples, mas que da forma que foi mostrado ficou genial e hilário?

A comédia no RPG

Uma das coisas mais legais no sistema de Tormenta20 é que você consegue criar histórias escatológicas como as do Leonel Caldela, e engraçadas como as do Marcelo Cassaro

Holy Avenger e Paladina são exemplos magníficos de comédia no cenário de Tormenta. Cassaro tem uma forma leve e direta de fazê-la, pontos que me inspiro muito. Sendo apenas um dos recursos usados, a comédia auxilia no desenvolvimento de uma história épica e aventuresca.

E nas mesas não posso deixar de citar a Guilda do Macaco, Fim dos Tempo, Arena de Valkaria. Vai me dizer que nunca deu uma gargalhada com algum NPC engraçadinho, uma fala espontânea, um tomate arremessado?

Fazer o outro rir gera aproximação, deixa o clima mais leve e pode criar as cenas mais memoráveis na mesa.

3DeT Victory

As primeiras light novels estão sendo produzidas e foram escritas por mim e pelo Marcelo Cassaro. Com muita comédia e elementos fantásticos, iremos apresentar um pedaço deste novo cenário e prepará-los para essa nova versão.

Você pode acompanhar algumas mudanças e curiosidades através da Dragão Brasil!


E aí?

Já pensou em criar algo com comédia? Você já usa esse recurso nas suas mesas ou textos?

Aproveita para deixar dúvidas ou contar suas experiências!

Até a próxima!

 

Meu novo vício: Alinhamentos no RPG!

Olá, Aventureiros! Hoje não vou trazer uma crônica específica, mas um desabafo (ou reflexão) sobre um assunto que me martelou um dia desses: ALINHAMENTOS.

Sou uma jogadora que preza pelo prazer e diversão na mesa e isso me fez perceber que não costumo construir personagens mais complexos ou com alinhamentos que destoam da minha personalidade. Conseguem compreender?

Para começar eu vou explicar um pouco sobre alinhamentos.

Um alinhamento (ou tendência, como preferir) ajuda na construção da moral e da ética do personagem, ele guia o comportamento e tomadas de decisão. Eles são: Leal e Bondoso, Neutro e Bondoso, Caótico e Bondoso, Leal e Neutro, Neutro, Caótico e Neutro, Leal e Maligno, Neutro e Maligno, Caótico e Maligno. 

É obrigatório escolher um alinhamento? Não! Ter ou não um alinhamento estabelecido não interfere nas regras, como dito são apenas mais detalhes a serem colocados na construção de seu personagem.

Agora voltando ao meu dilema:

Jogando uma mesa de Blood Hunter decidi sair dessa zona confortável e criar uma personagem que fosse caótica e neutra. Achei que seria interessante, não só para jogo como também para construção de uma personagem no âmbito literário. 

Ela é forte, egoísta, impulsiva, entediada. Tem um grande objetivo, mas não permite que seja controlada ou que receba ordens, mesmo que em troca possa ser auxiliada. E isso está sendo um mega desafio!

E aprendizado.

Em toda situação que eu agiria naturalmente, tomando a decisão mais “aceitável”, tenho que parar e torcer meu cérebro para agir e pensar diferente. É como sentir uma dor gostosa, sabe? Satisfatória. O melhor de tudo é ter um grupo em que posso confiar e que se diverte com a minha personagem, sem gerar atritos pessoais. (Isso seria terrível).

E mais uma vez vejo o quanto RPG enriquece nossa mente. Tudo ganhou mais profundidade, tenho mais preocupação com certos pontos que antes não tinha e quero me aventurar mais.

Quebrei um dos meus maiores medos que era ser uma personagem detestável se não fosse boazinha, mas consegui criar alguém carismático e memorável.

Quem sabe não parto para a malignidade numa próxima oportunidade? (Muahahahahhaha)

Agora me diga sobre você:

  • Prefere jogar com ou sem alinhamento estabelecido?
  • Já passou pelo mesmo dilema e preferiu o conforto de um alinhamento bondoso?
  • Gosta de se aventurar e já criou personagens incríveis usando alinhamento como aliado de background?
  • Qual o alinhamento mais curte usar?

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Acompanhe a Arena de Valkaria (venha jogar tomates e votar nos seus favoritos!), toda quarta-feira às 20h, na Twitch da Jambô!

Crônicas do RPG — Uma breve aventura de amor

Olá, aventureiro do amor!

Me diga: Você já se apaixonou na mesa de RPG?

Digo, seu personagem! (não vamos nos comprometer aqui, né?)

A crônica que trago hoje não se passou comigo, mas com uma das pessoas que compartilhou sua história no Twitter.

Deixe todo sangue, morte e destruição de lado e contemple a magia do amor *faíscas*

Esta é a história de amor de Vontura e Calespec.

Cabeça de Tarrasque ao molho madeira

Ok, esqueça o papo de não haver sangue, morte e destruição.

A expedição partiria para derrotar um tarrasque ― apenas ― que ameaça uma região. Vontura, guerreira experiente e calejada pelas inúmeras batalhas vividas, comandava um dos pelotões que enfrentaria o monstro.

Já era um grupo que vinha de batalhas anteriores, velhos amigos que confiavam suas vidas uns aos outros.

Exceto um.

Calespec, o elfo desgarrado de seu povo e exímio curandeiro, foi o último a compor o círculo de confiança da capitã Vontura. Confiança que quase não sobreviveu ao primeiro diálogo entre eles.

O jeito descomprometido de Calespec com o grupo deixava Vontura irritada e insegura quanto a estratégia que utilizaria. Eles precisavam confiar que o healer apareceria quando precisassem.

Uma ameaça acompanhada de um dedo trêmulo de raiva pareceu o suficiente para deixar o elfo ciente de que ele seria caçado se os deixasse na mão.

“Sua vida está gravada em meu destino”

A frase saída num gracejo maroto foi uma das últimas lembranças antes de Vontura ficar inconsciente.

Duas vidas e um destino

Não haviam gritos e nem fagulhas de magias voando acima de seu corpo. Achava que deveria ouvir ou ver algo, mesmo que estivesse tudo confuso.

“Opa! Não se levante ainda, madame.”

“Onde estou?”

“Viva. Descanse.”

Vontura deitou a cabeça novamente e sentiu o corpo sendo envolto numa quentura bem-vinda. Era magia de cura.

Sorriu e ouviu o riso daquele que era apenas uma silhueta em sua vista turva.

“Elfo? Não fugiu?”

“Como eu poderia? Eu disse que…”

“Minha vida estava gravada em seu destino.”

Além dos dados

Bonitinhos, né? Mas o romance não rolou ali na mesa não. Calespec era apenas um convidado daquela mesa, não voltaria na próxima sessão, mas sua presença ficou marcada.

Uma mensagem corajosa da jogadora o parabenizando e agradecendo pelo apoio e uma resposta tímida e surpresa.

“Se você quiser, podemos marcar uma mesa depois que as provas acabarem”

“Eu adoraria”


Você tem uma história parecida? Conta pra mim!

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Como (quase) matar um grupo novato

Olá, aventureiros!

Depois de me recuperar dessa virada de ano com muita poção restauradora, voltei com mais uma crônica fresquinha de RPG! Prontos? 

Novos aventureiros

Eu jogo RPG há mais de 15 anos e não me lembrava qual havia sido a última vez que joguei com um grupo quase todo iniciante. Particularmente amo ver pessoas novas se empolgando meio inseguras com a criação de personagens, tentando entender os cálculos de ataque e defesa, comprando um monte de coisa inútil… ai, ai. 

Bom, indo ao ponto, entrei em um grupo praticamente todo iniciante, até mesmo o mestre (mostrando que não precisa fazer curso para mestrar cof cof). A premissa da campanha era que tínhamos que derrotar um tirano chamado Jaire LePurse (cof cof again).

Todos criaram seus backgrounds e eu escolhi jogar como aggelus paladina de Azgher (visto que ninguém ali tinha poder de cura e eu gosto de dar porrada também). 

Como já devem ter percebido nas outras crônicas, não sou muito contida nas mesas que jogo, então decidi que ficaria na minha, não sairia tomando iniciativa para deixar o pessoal jogar sem sentir pressão.

Iniciativa é questão de sorte

A aventura foi indo, o pessoal novato foi parecendo se esquecer do objetivo principal e se embrenhando em quests menores. Nada contra fazer missões secundárias, até é legal demais para entrosar o grupo e conseguir itens, mas eu sentia que os jogadores estavam esquecendo o objetivo de cada de seus personagens e tive medo de que acabassem “esfriando”, então decidi agir. 

Mas só um pouquinho.

O mestre disse que teria um torneio realizado pelo LePurse para limpar a sua imagem diante dos outros nobres da região, e ele nos deu duas opções:

1 – Treinar e ganhar itens

2 – Ir direto para o torneio

Eu, ansiosa que sou e vendo o povo querendo treinar, puxei todo mundo para o torneio. No caminho fui pensando em como poderia criar uma situação de conflito que não matasse todo mundo. Decidimos ir disfarçados e participar do torneio enquanto obtinha informações internas.

Então o pior aconteceu: um dos jogadores tirou um dado baixo e foi barrado pelos guardas.

O outro jogador não sabia o que fazer para salvá-lo e eu tive que agir. Sem pensar, claro.

Menti para salvar o companheiro.

Perdi meus PM.

Conseguimos nos inscrever no torneio e percebi que, mais uma vez, o pessoal estava esquecendo do objetivo principal da campanha e focando em ganhar o torneio.

Nesse ponto eu já tinha desistido de ficar apenas observando.

Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço

Então eu fiz o que todo maluco que joga RPG faria (faria sim!): Meti o louco, tirei o disfarce e apontei o dedo para o Jaire no meio de uma justa.

“Seu facista de merda!” não falei isso, mas foi quase “A gente vai te derrubar”.

Usei a exposição que Jaire achou que o protegeria para atacá-lo. Meus companheiros ficaram pálidos (na mesa e no torneio). O mestre arregalou os olhos.

E joguei tudo para o alto.

Meus companheiros queriam fugir, eu disse para eles ficarem onde estavam, no meio do povo, porque o Jaire não nos atacaria na frente de todo mundo. Comecei a falar com todos os NPCs presentes (a maioria cavaleiros devotos de Khalmyr kkkkk) e fui fazendo teste de diplomacia para angariar um exército. (Um trabalhão para o mestre hahahaha).

Jaire, o tirano que tínhamos que derrotar, conseguiu se sair bem na diplomacia e teve a oportunidade de nos atacar nas sombras. 

Então temos uma batalha com:

  • A paladina sem PM e com uma arma que dá 1D6 de dano;
  • Um caçador bêbado e quase sem flechas (porque ficou tentando ganhar o torneio de arco e flechas, perdeu e foi afogar as mágoas);
  • Um ladino que só queria invadir e roubar a casa do LePurse;
  • Um mago recém ressuscitado.

Eu queria contar o que acontece depois, mas ainda está acontecendo.

Podemos todos morrer no próximo encontro? Sim. Me arrependo? Um pouco, nem deixei os bichinhos pegarem umas poções de cura kkkkrying. Mas adorei já botar todo mundo no olho do furacão até mesmo o mestre . É o meu jeitinho.

Fique ligado com o desfecho dessa campanha nas próximas Crônicas.

***

Mas fala ai: Já jogou com um grupo iniciante? Como foi?

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Se não pode com a Tormenta…

Quem é (quase) vivo sempre aparece! Após combater a tormenta de cada dia, estou aqui para trazer mais uma crônica que aconteceu comigo em uma mesa de Tormenta.

Apresento essa sessão como “O dia em que fui corrompida pela Tormenta, joguei fora todo o desenvolvimento de 19 níveis e me juntei ao inimigo”. 

Vamos do início.

Tudo começou lá no nível 1… brincadeira. Entrei no grupo já no nível 13 e fomos até o 20. Minha personagem, a Ally, era uma medusa caçadora, origem de batedora, super bem humorada, inocente e, muito diferente do que acontecia na Arena de Valkaria, eu tirava muito acerto crítico.

É sério! Juro por Nimb!

Diante do background que criei a Tormenta era minha maior inimiga. Tudo o que fosse relacionado à ela me enchia de fúria e eu tomava iniciativa sem planejar ou seguir o plano dos companheiros.

Ok, estávamos finalmente no nivel 19. Eu nuuuunca havia chegado tão longe com uma personagem e estava empolgada. Com todas as informações obtidas até ali sabíamos que encontraríamos um exército de lefeus, então montamos o nosso próprio. 

Coitados dos aldeões e aventureiros que aceitaram a empreitada. Todos morreram.

(kkkkkcrying)

A imagem da Tormenta.

Feche os olhos (mentira, senão você não consegue ler) e imagine comigo:

Um deserto com dunas. Pequenos montes aqui e ali por toda uma vastidão de nada. Em alguns cantos vê-se montes de algo ainda indescritível, e animais que se arrastam acostumados com aquele ambiente. 

Agora transforme o deserto num vermelho puro; as dunas em montes vivos que pulsam como grandes corações, cheio de veias grossas e tenebrosas que correm por baixo dos seus pés levando sangue malcheiroso para alimentar aquilo que era indescritível; Vendo mais de perto percebe que o amontoada irrigada de sangue podre são partes humanoides fundidas e — quase — vivas. 

E os animais rasteiros? Lefeu. Lefeu em todo lugar. Tudo era lefeu.

A visão era aterradora, mas impressionante. 

A trilha sonora, a narração do mestre, o silêncio na mesa.

Eles tinham que seguir até um castelo para destruírem o que estivesse alimentando todo aquele horror. Com a morte dos NPCs que nos ajudavam, o grupo quis recuar, mas a Ally não.

Eu sentia que um mal maior que aquilo nos aguardava, mas recuar só daria mais tempo para corromper ainda mais aquele mundo. Já que havíamos chegado até ali, recuar não era mais uma opção.

Sozinha, corri enfrentando as garras que surgiam do chão para agarrá-la, decepava partes podres de lefeus e se sujava com o sangue putrefato.

“Eles não nos deram uma chance. Eu não darei a eles.”

O grupo me seguiu e conseguimos, através de magia, alcançar o castelo. Já estávamos cientes que a batalha seria dura, mas acabamos encontrando o que mais temíamos.

Com uma passagem que levava até outro lugar viram a grandeza de um deus poderoso com nossos próprios olhos.

Aharadak estava ali — imagine aqui a nossa cara quando o mestre narrou isso — e assim Ally foi corrompida. 

(Sim, me ferrei nos testes de vontade).

Toda a jovialidade, alegria e espontaneidade foram trocados por tentáculos que saiam de pescoço e retorciam suas feições, e uma cólera que tomou todo o seu coração.

E então o nível 20.

Lembro da reação do mestre quando o informei sobre o que eu queria. Ele ficou surpreso, mas conseguimos fazer algo que mudaria tudo.

Ally, já toda ferrada se transformando em lefeu, fez o que nenhum dos seus companheiros imaginou: Ela se agachou e aceitou o poder de Aharadak, virou sua devota.

Ela não lutaria contra a sua própria transformação, não brandiria sua besta com palavras obscenas contra o deus, mas respeitaria sua grandeza e o seu poder.

Aceitando o seu fim e vendo como única forma de manter seus companheiros vivos, Ally se sacrificou. Sendo literalmente engolida por Aharadak, ela deu uma chance para que seu grupo conseguisse derrotá-lo.

Era para o final ser engraçadinho, mas foi me batendo uma bad enquanto escrevia e me lembrando da Ally (kkkcrying mais uma vez). E nisso eu fecho essa crônica refletindo sobre a intensidade do que vivemos, como sentimos emoções reais em um mundo de faz-de-conta.

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E já adquiriu o seu Crônicas da Tormenta Vol.3? Clique aqui e não fique sem esse livrão lindo.


Arte por Ricardo Mango

O roubo do Manuscrito Secreto — Precisamos da sua ajuda!

o roubo do manuscrito secreto

Estamos com um problema no escritório da Jambô! Apesar do nosso sistema de segurança de ponta — é preciso ceder uma amostra de DNA sempre que passar pelas portas lacradas por magia arcana poderosíssima — alguém conseguiu adentrar nossos domínios e esse grande desastre aconteceu: o roubo do Manuscrito Secreto!

Estamos investigando cuidadosamente quem foi este larápio, mas talvez nossos esforços não sejam suficientes. Vamos precisar que você nos ajude a descobrir o que pode ter acontecido e qual o paradeiro do manuscrito.  Nosso time de Especialistas na Proteção de Manuscritos Super Secretos conseguiu, a partir de precisas análises investigativas, encontrar uma lista com 16 possíveis culpados.

Estamos interrogando toda a equipe e anunciaremos nossas descobertas nas redes sociais. No nosso Twitter, Instagram e Facebook vocês terão acesso às dicas, e cada uma delas eliminará um ou mais suspeitos. Você pode nos ajudar apontando nos comentários da postagem ou deste post quem não poderia estar envolvido no crime de acordo com a dica do dia. Dessa forma, e com a sua ajuda, acreditamos poder solucionar o roubo do Manuscrito Secreto.

Logo abaixo, temos a lista de suspeitos. Contamos com você!

O Roubo do Manuscrito Secreto — Suspeitos

fotos de Mestre PedroK, Leonel Caldela, Marcela Alban, Felipe Della Corte, Mari Zumbach, Camila Gamino, Silvia Sala, Marcelo Cassaro, JM Trevisan, Karen Soarele, Schaeppi, Elisa Guimarães, Guilherme Dei Svaldi, Thiago Rosa, Ana das redes e Dan Ramos

 

O Roubo do Manuscrito Secreto — Pistas

Pista 1: Aconteceu outro crime no mesmo dia! O Glauco foi morto em outro canto distante da cidade. Quem quer que tenha cometido essa atrocidade, não poderia estar na Jambô no dia do roubo.

 Pista 2: Nossos termômetros mágicos registraram 10 ºC no dia e os paraibanos da equipe estavam muito empacotados para cometer um crime desses.

 

 

 

 

 

 

 

 

Arena de Valkaria — Princesa Nádia e Kessedi são os campeões!

Que venham os vencedores! Depois de emocionantes semanas de combate incansável, a Arena de Valkaria tem seus primeiros campeões: Princesa Nádia e Kessedi! A dupla esteve na dianteira durante todo o campeonato, e com duas vitórias seguidas na final contra Beldade e Raul, encerram a temporada de 2021 com seus nomes escritos na história do torneio!

Mas ainda não acabou: na próxima semana, todos os participantes da Arena de Valkaria se reunem novamente para lavar roupa suja conversar sobre essa disputa emocionante!

O que é a Arena de Valkaria?

Vamos ser bem sinceros: Muita gente gosta de RPG pra montar um personagem e sair descendo a porrada em tudo o que quiser precisar. Honrando a legião de combeiros safados jogadores empenhados em tirar o maior proveito possível de suas fichas, criamos a Arena de Valkaria! Essa stream apresentada por Felipe Della Corte e transmitida toda quarta-feira, às 20 horas, ao vivo no Twitch da Jambô é uma rinha de combeiro competição entre quatro duplas com o objetivo de derrotar o inimigo e conquistar ouro, glória e o amor da torcida!

Aqui no blog da Jambô, a partir desta semana, pode pode acompanhar como andam as lutas na Arena e ficar de olho na maior competição que Arton já viu. Para facilitar sua vida, este post vai ser atualizado toda semana com os últimos resultados e todo o histórico de combates até o momento. Lembrando também que você pode acompanhar os episódios passados completos da Arena de Valkaria pelo canal de Youtube da Jambô.

Grande Final

Princesa Nádia e Kessedi 2 x 0 Beldade e Raul

Placar geral da temporada

  1. Princesa Nádia e Kessedi (4 vitórias, 3 finalizações)
  2. Beldade e Raul (3 vitórias, 1 finalização)
  3. Rakko Strukk e Sharak-Tur (3 vitórias)
  4. Werna e Lica (2 vitórias, 1 finalização)

GRANDE FINAL 1 — 15 DE SETEMBRO

Princesa Nádia e Kessedi X Beldade e Raul

08 DE SETEMBRO

Princesa Nádia e Kessedi X Werna e Lica

01 DE SETEMBRO

Beldade e Raul X Princesa Nádia e Kessedi

25 DE AGOSTO

Rakko Strukk e Sharak-Tur X Beldade e Raul

19 DE AGOSTO

Rakko Strukk e Sharak-Tur X Werna e Lica

12 DE AGOSTO

Werna e Lica X Beldade e Raul

4 DE AGOSTO

Princesa Nádia e Kessedi X Rakko Strukk e Sharak-Tur

14 DE JUlHO

Princesa Nádia e Kessedi X Beldade e Raul

30 DE JUNHO

Rakko Strukk e Sharak-Tur X Werna e Lica

23 DE JUNHO

Princesa Nádia e Kessedi X Rakko Strukk e Sharak-Tur

16 DE JUNHO

Werna e Lica X Beldade e Raul

09 DE JUNHO

Princesa Nádia e Kessedi X Werna e Lica

02 DE JUNHO

Rakko Strukk e Sharak-Tur X Beldade e Raul

 

 

Arena de Valkaria

Toda quarta-feira, às 20 horas, no Twitch da Jambô

Crônicas da Tormenta Volume 3 — Leia trechos de todos os contos da antologia

Crônicas da Tormenta volume 3

Crônicas da Tormenta Volume 3 é o primeiro lançamento de literatura dentro do universo de Tormenta depois do recordista T20. O livro, que já tá em pré-venda aqui na nossa loja, reúne 19 escritores, entre veteranos e novatos, pra contar histórias que se passam em Arton. Este também é um lançamento bastante especial por ter marcado a primeira vez que novos autores escrevem histórias para Tormenta a partir de um concurso, fazendo assim com que seis nomes façam suas primeiras participações em um material oficial.

capa de crônicas da tormenta volume3

Crônicas da Tormenta Volume 3: Quem volta…

Como um material oficial de literatura passado em Arton, é claro que o Crônicas 3 traz histórias de diversos nomes conhecidos. Quatro dos criadores do cenário, Guilherme Dei Svaldi, J.M. Trevisan, Leonel Caldela e Marcelo Cassaro aparecem nas páginas do livro com histórias sobre a Guerra Artoniana, Tapista pós-A Deusa no Labirinto e até mesmo uma narrativa inédita sobre eventos ancestrais a cerca de um infame (e querido pelos leitores) clérigo da guerra. E falando em A Deusa no Labirinto, Karen Soarele também está de volta com um conto inédito! Outros escritores conhecidos do público, seja por participarem dos Crônicas 1 e 2, lançado livros-jogos dentro do universo ou por estar todos os meses na Dragão Brasil têm histórias inéditas: Ana Cristina Rodrigues, Bruno Schlatter, Davide Di Benedetto, Leonel Domingos, Lucas Borne, Marlon Teske e Remo Disconzi reforçam o time de veteranos neste lançamento.

E quem chega

Como dito antes, seis dos autores de Crônicas da Tormenta Volume 3 foram escolhidos por um concurso aberto a todos que quisessem colaborar com o cenário. E foi assim que Carlos Alberto Xavier Gonçalves, Emerson Xavier, Francine Cândido, J.V. Teixeira, João Victor Lessa e Marcela Alban dão seus primeiros passos em Arton com histórias que trazem novas visões sobre este universo. Além deles, eu, Vinicius Mendes, fui organizador do livro e também faço minha estreia escrevendo ficção em Tormenta!

Ficou curioso pra saber como está o livro? Logo abaixo você encontra uma série de imagens por Ana Carolina Gonçalves com trechos de cada um dos contos de Crônicas da Tormenta Volume 3, que você encontra em pré-venda por aqui!

 

CPI das fichas: O dia em que o guerreiro caiu

guerreiro

Quem assiste a Arena de Valkaria já deve ter visto/ouvido sobre CPI de ficha. Basicamente, é uma correção para ver se está tudo certinho, tudo bem calculado e afins. Longe de mim querer ganhar vantagem no RPG, mas essa crônica fala exatamente sobre isso.

Essa aqui foi enviada por um amigo querido e sofro toda vez que escuto. 

Sofro para não rir.

Prontos para mais uma crônica de RPG?

Era uma vez…

Grupo jogando junto há um tempo, nível 15. Todos bem equipados, fortes, harmonizados marcialmente (importante), mas o protagonista dessa história, um guerreiro humano, tinha um segredo: Ele não sabia matemática.

Bom, essa é a desculpa, mas todos sabemos qual a real.

A lenda viva

O cara era o orgulho do grupo, o terror do mestre, o matador de Tarrasque… Esse ainda não tinha matado, mas a fama veio na campanha.

O grupo todo sabia que não teria TPK nos encontros, era só deixar o guerreiro se preparar que a pancada seria forte. 

Glórias, glórias e mais glórias. 

Mas havia uma pessoa no grupo que estava encucado com todo aquele poder.

CPI das fichas

Era sexta a noite, o esperto jogador chegou todo pimpão na casa que iriam virar a noite jogando. Porém, seu sorriso foi se esvaindo quando encontrou o mestre com as fichas na mão e o pessoal justificando cada ponto.

Um suor frio desceu por sua têmpora, seus joelhos tremeram e a certeza da derrota o acertou pela primeira vez.

“Deixa eu ver a sua ficha, fulano. Para colocar uns monstros mais ameaçadores.”

O sorriso do mestre foi a sua ruína total.

Ele até tentou dar uma ajustada antes, mas quando se insiste na mentira ela pode acabar virando verdade. Ou acaba esquecendo os valores certos e acaba se perdendo na farsa.

O negócio é que ele tinha subido demais a sua defesa, o seu bônus de ataque, margem de ameaça, multiplicador de crítico… Usava poderes que nem tinha direito! 

Foi um caos.

A revolta do mestre

A justificativa dada foi: Não sabia calcular direito. Não entendia as regras. Esqueceu de colocar as penalidades…

O mestre ficou P da vida. Levou cerca de duas horas corrigindo a ficha e mais uma só de zoação antes de começarem a jogar.

O guerreiro quase chorou com os valores corretos na ficha. Não sabia nem como iria jogar sem os poderes que ele estava acostumado. 

Os amigos, depois que pararam de rir, ficaram preocupados.

O mestre continuou com o planejado, para medir o grupo.

E preciso dizer que o TPK veio?

 

No fim ele disse que acabou se divertindo e o mestre não levou para o pessoal. O grupo foi se adequando e as aventuras ficaram mais emocionantes, sem a certeza de que acabariam vivos no final. 

Conselho do jogador: Se tem uma coisa que todos gostamos é dessa emoção no RPG, então não estrague isso sendo um “espertão”. 

Conselho do Della: LEIA O LIVRO!

 

Tem uma história no RPG que você queira que eu conte aqui? Pode me enviar pelo Twitter ou Instagram! Aproveita e já me segue 😉

Outras crônicas de RPG aqui.

A Arena de Valkaria é toda quarta às 20h00, lá no canal da Twitch da Jambô.