A Fera de Balteraz: aventura e domínio em Ghanor RPG
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Olá!
Na Guilda do RPG de hoje, eu falei sobre os domínios de A Lenda de Ghanor RPG. Primeiramente, abordei o funcionamento básico dessa mecânica, que permite a um jogador utilizar ações de governar no tempo entre aventuras (veja Interlúdio, A Lenda de Ghanor RPG, página 231). Além disso, comentei como gosto dessa parte de domínios por permitir linkar aventuras e sagas que acontecem em um primeiro momento, com algum jogador se tornando Regente dessa região, posteriormente.
Se quiser assistir ao programa, é só clicar aqui. Vários comentários no chat, inclusive, trouxeram ideias interessantes.
Além disso, no programa dei o exemplo de uma ideia de aventura em Ghanor. Quando a escrevi, planejei justamente em uma aventura cujas conclusões pudessem deixar um domínio vago e, quem sabe, algum jogador poderia se tornar um Regente.
Abaixo a proposta de aventura e detalhes sobre possíveis acontecimentos possíveis. Sempre cabe lembrar: os rumos da aventura e dos acontecimentos depende também da ação dos personagens e decisão dos jogadores. É possível que tome rumos completamente diferente, e não há problema nisso.
No final, a ficha de domínio detalhada, para caso algum jogador assuma como regente de Balteraz.
Aventura: A Fera de Balteraz
Inspirado nos filmes O Dragão e o Feiticeiro e Pacto dos Lobos, essa aventura apresenta uma região que está sendo assolada por algum monstro terrível e misterioso. Pessoas foram mortas, animais foram trucidados, mas poucos detalhes se sabe sobre a fera que assola a região. As ações do governante local, Sellitor, o Barão de Balteraz, não têm sido o suficiente para encontrar ou eliminar a fera. Chegando na região, os personagens podem tomar para si a missão de acabar com a fera!
Parte 1: a cidade de Balteraz
A região que circunda a cidade de Balteraz está sendo assolada por um terrível monstro. Em diversos ataques nos último ano, a fera matou alguns aldeões e animais de criação. O Barão tem empregado forças para derrotar a Fera de Balteraz, mas nada foi o bastante para eliminar a criatura.
Essa parte de aventura consiste no grupo de aventureiros chegando na região e descobrindo detalhes do que está acontecendo. Além das informações acima, ao conversar com a população local, os personagens podem descobrir que os habitantes estão sofrendo com o aumento de impostos do Barão. Apesar dos impostos no baronato já serem altos, como o Regente está tendo gastos para empregar seus soldados de milícia em missões de rastrear e enfrentar a fera, precisou aumentou ainda mais os impostos.
Caso conversem com o próprio Barão, ele e o seu conselheiro, Gadalukz, reiteram as dificuldades de descobrir sobre o mosntro, e como têm tentado rastreá-lo. Dependendo de como for a conversa, os personagens podem perceber que tanto o Barão quanto o conselheiro parecem ter intenções escusas.
Parte 2: o Covil da Fera
Após colher informações sobre o modus operandi do monstro com os aldeões (testes de Investigação), o grupo se embrenha na floresta para chegar até o covil. Esse trajeto pode exigir testes de Sobrevivência, além de encontros com outras criaturas menores, como feras selvagens da floresta (lobos ou javalis), o Lorag (pág. 258), a Aranha Gigante (pág. 243) ou o Vinhame (pág. 263).
Por fim, o grupo encontrará o covil e enfrentará a fera.
Qual é o monstro fica a critério do mestre. A depender do nível do grupo, pode ser uma Fera-Pântano (ND 9, pág. 251) ou um Gigante Predador (ND, pág. 253. Uma vez que o mestre decida qual á a criatura que está assolando a região, as pesquisas anteriores que os personagens realizaram fornecerão informações. Se a Fera de Balteraz for um Gigante Predador, por exemplo, os aldeões da cidada poderão dizer que é algum tipo de gigante, ou ao menos que é um bípede. Na floresta os rastros que encontrarão indicarão pegadas de um humanoide gigante, e por aí vai.
Uma vez no covil da criatura, espera-se que os personagens confrontem e consigam derrotá-la!
Parte 3: A Marionete Monstruosa
Retornando para a cidade, ainda na floresta, os personagens são atacados pelo conselheiro Gadalukz! Ele se revela um feiticeiro e, aproveitando que os heróis estarão feridos e com recuros gastos ao enfrentar a fera, espera derrotá-los com facilidade.
Caso derrotem o feiticeiro, o Barão confessará que tem usado o monstro para amedrontar os plebeus e justificar aumento de impostos! Quando a fera apareceu, Gadalukz conseguiu dominá-la, o que fez Sellitor pensar em utilizar o monstro como uma ferramenta de domínio!
Desfecho
Os personagens podem depor o Barão tirano. Acordos com ele ou outras possibilidades são possíveis, mas fica claro que ele tanto evitou derrotar de vez o monstro, quando o podia, quando usar a criatura para explorar mais seus súditos.
Com o poder vago, seria possível que um dos personagens se torne o nove Regente (conforme explicado no tópico Tornando-se Regente, pág. 288), herdando o domínio com a ficha abaixo detalhada.
Domínio: O baronato de Balteraz
Nome do domínio: Balteraz.
Regente: Barão Selittor de Balteraz
Nível: 4 (baronato).
Terreno: planície.
Corte: Comum (um conselheiro).
Manutenção: 3LO.
Popularidade: Sellitor, antigo regente, era Impopular.
Personagem que adquira o domínio será Popular ou Adorado.
Fortificação: +5
Tesouro: 9 LO
Construções: Cadafalso, campo de treinamento, capela, castelo, corte de lei, estátua do barão, fazenda feira, masmorra, taverna, torre de vigia.
Unidades Militares: milícia (10 soldados).
O que mais pode vir
Quando um personagem conquista um domínio e se torna seu regente, ele recebe um título como Barão ou Conde? Se torna um vassalo de um nobre maior, precisa escolher um suserano?
Como funcionam as regras de intitulação medievais e como isso pode ser aplicado no universo de Ghanor?
Além de Nobiliarquia ter sido minha área de estudo acadêmico durante alguns anos, acho incrível quando conseguimos incorporar essas questões históricas e sociais a um universo de fantasia.
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