Ally e as 6 cabeças: Como uma caçadora quase matou o grupo todo lutando contra uma hidra
Compartilhe este conteúdo:
Era uma vez uma jogadora que estava cansada de sair de sua zona de conforto e lutar corpo a corpo com espadas e adagas. Ela queria sentir a sensação imaginária da corda de seu arco, a musculatura intangível tremendo ao puxá-la após posicionar uma flecha, a brisa irreal que triunfa com o tiro certeiro. A pose da caçadora.
A antiga caçadora volta às origens
A caçadora em questão era eu (surpresa). Acostumada a jogar com um arco longo e ter os animais como aliados, tinha deixado de lado aquela ideia de tentar jogar com outras classes e voltei às raízes de arqueira.
Com o T20 e decidi que não usaria mais as raças que comumente escolhia (humano, elfo) e criei a minha caçadora. Maravilhosa com cobras albinas na cabeça, origem de batedora numa guilda de caçadores. Eu tinha pouca inteligência, mas uma pontaria que olha…
Caçadores apelões e ficha apelona
Fui convidada para uma mesa em que o pessoal já estava no nível 13. Vou te falar que nunca cheguei nem perto disso, sempre morria antes ou acabava a campanha. Fui bonecar com uma felicidade.
Lendo todas as raças, decidi pela medusa: imponente, mística, arrebatadora. Já tinha a personagem perfeita na minha cabeça, mas precisava rolar os dados para distribuir nos atributos e vocês sabem como Nimb adora tirar uma com a nossa sorte.
Tirei um 18. O resto… Pelo menos eu tinha boa Destreza.
Peguei umas habilidades de classe incríveis: Ambidestria para atirar com as duas mãos, saque rápido para não gastar ação de movimento, disparo rápido para poder atacar duas vezes na mesma rodada… Ainda podia contar com os companheiros de equipe que aumentavam pontos de ataque e dano.
Burrinha e tudo, mas com um coração gigante, minha medusa Ally apareceu mostrando para que veio. Sua primeira grande batalha então foi contra uma hidra. E vocês sabem como se mata uma, né?
Corta uma e nascem duas
Já adianto que terminei a sessão quase morta e matando um de meus companheiros.
Meus tiros eram fatais. Meus dados não eram barrados por defesa alguma. Eu era um monstro naquela mesa. Acertei tooodos os ataques, cortando cabeças a rodo com uma única flecha.
Eu sabia que tinha que queimar o pescoço da criatura depois de cortada a cabeça. Eu juro que sabia. Tanto que usei uma de minhas bombas para cauterizar os dois pescoços decaptados na primeira rodada.
Até acabarem as bombas…
Tinha ainda um inventor no grupo e deixamos ele encarregado de cauterizar os pescoços que íamos cortando, estava tudo dando certo até que eu não percebi em que terreno estávamos.
Com dois críticos SENSACIONAIS – devo ressaltar – cortei as 3 últimas cabeças e o monstrão caiu no lago…
Lago…
Todos estavam felizes! Quase dancei com a minha quase vitória. Só faltava cauterizar e não tinha como errar com a hidra ali desacordada.
Mas fogo não pega em água. Não se você não tirar um acerto crítico.
Nasceram SEIS CABEÇAS. SEEEEEEEEEIS. Ao invés de ter apenas cortado duas e deixado cauterizar para depois cortar a última e dar um FATALITY, tive que me aparecer com minhas habilidades incríveis de caçadora.
Nesse meio tempo fomos atacados, quase morri. O amigo clérigo me curou e ficou sem mana, não conseguiu se defender dos ataques da hidra e morreu.
Restou ao inventor fazer alguma coisa — uma ação que podia ter dado muuuuito errado — e derrotou a hidra.
Queria dar um final digno dizendo que voltamos vitoriosos, mas vou saber só no próximo encontro. Talvez eu volte para contar o desfecho da aventura.
1 COMENTÁRIO