Tag : Anime

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Quatro: Cidade do Perigo

Brigada Ligeira Estelar

Anteriormente: nossos pilotos da Brigada Ligeira Estelar concluíram sua passagem pelas luas de Villaverde. Assim, com mais segurança, eles viajam para o planeta Ottokar, para onde transportam uma tecnologia a ser analisada. Entretanto, podem estar com a guarda baixa…

Local: Konya, capital do planeta Ottokar

Situação Prévia:

Os protagonistas chegam à Konya, capital de Ottokar. A seguir, falarão com as autoridades da Brigada Ligeira Estelar e logo após, serão encaminhados a uma base secreta aonde levarão a peça. Porém, eles precisarão caminhar pela cidade — um lugar superpovoado, cujos mercadores oferecem de tudo, não importando a procedência. E lá, não é bom se distrair nas ruas…

Evento:

Um truque simples faz os personagens estacionarem o veículo. Assim, quando se dão conta, a peça é roubada por um mero garoto de rua. Ele conhece cada meandro da cidade e pode pular muros, entrar em vielas e, consequentemente, se ocultar. Entretanto, se alguém acionar a peça, os proscritos podem detectá-la… e teremos uma invasão brutal à cidade. Logo, isso precisa ser impedido — e já!

Todavia, há um adulto comandando esses pequenos ladrões e ele serve a uma organização criminosa, contatando o próprio chefão. Logo a seguir, ao ver o interesse por essa peça, este promove um torneio ilegal com essa tecnologia tão disputada como prêmio. Dessa forma, caso eles invadam o local, o chefe pode decidir eliminar a prova. Portanto, só resta entrar no jogo…

Reviravoltas:

Disputas Internas: alguém da organização está muito interessado no lugar do chefão. Logo, quem sabe ele pretenda assassiná-lo — e sendo bem-sucedido ou não, acusar nossos protagonistas. Mesmo podendo convocar a polícia ou a própria Brigada Ligeira Estelar, é melhor limpar seu nome agora… ou os personagens serão caçados por criminosos por toda a Constelação!

A Gangue do Jogo Sujo: uma gangue menor está interessada na peça — e não gosta nada da presença de hussardos imperiais. Por isso mesmo, quando nossos pilotos estiverem todos avisados, fora de seus robôs, eles atacarão em conjunto. Usarão máscaras e farão isso discretamente: isso é uma quebra de ética entre bandidos e eles podem ser mortos por isso…

Riscos de Segurança: não estamos no grande torneio em Annelise ou em um dos duelos tradicionais do Círculo da Espada. Há um grande ar de improviso nessa arena e tudo pode acontecer  — um holofote gigante caindo em seu robô, fios elétricos desencapados de alta voltagem, vazamentos de água… se o oponente não matá-lo, o próprio local pode fazê-lo!

Epílogo:

A trama pode se estender caso por algum motivo eles não levem a peça — como por exemplo se ela cair nas mãos de outra pessoa e eles precisarem correr atrás. Contudo, caso vocês estejam jogando uma campanha em capítulos, é imperativo que os personagens a resgatem a qualquer custo, caso contrário a trama principal não anda. Porém, se a peça for acionada…

Ideias:

Traga Inimigos Familiares: caso não seja um one-shot, é interessante trazer algum lugar-tenente enfrentado no episódio anterior. Ele pode estar no rastro dos personagens, ter tentado comprar a peça do chefe do crime e agora ser um oponente em duelo!

Ocupe os Jogadores: deixe os protagonistas planejarem suas ações. Participar do torneio, todos eles? Roubar a peça enquanto um ou outro participa dos combates e só então acionar as autoridades para prender todo mundo? Dê agência aos seus jogadores!

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG:

Novamente, o tom narrativo da aventura é de Space Opera. E além das peripécias e reviravoltas de sempre, o gênero sempre teve um aceno ao colorido e exótico. Portanto, capriche na descrição dos ambientes — e, principalmente, dos oponentes. Um ciborgue trans-ciber com quatro braços? Uma mulher misteriosa, cobrindo seu rosto com um véu negro? Um tigre falante e vaidoso, comandante de uma facção criminosa? Não tema o exagero, este é um ambiente para isso!

Apenas lembrem-se: na Space Opera, a “Opera” é importante — as reviravoltas, o lado folhetinesco, o senso de espetáculo — mas o “Space” da equação jamais pode ser esquecido. Lembrem-se da aventura de ficção científica, das máquinas fantásticas em suas mãos, certo?

Divirtam-se.

Episódios Anteriores:

Introdução (AQUI)
01 — O Sinal Desconhecido (AQUI)
02 — Madredeus (AQUI)
03 — A Fortaleza Lunar (AQUI)

Twitter de Brigada Ligeira Estelarhttps://twitter.com/BrigadaEstelar
Blog oficial de Brigada Ligeira Estelar:https://brigadaligeiraestelar.com/
Instagram de Brigada Ligeira Estelar:https://www.instagram.com/brigadaligeiraestelar

Por que ver o Gundam clássico?

The Expanse? Brigada Ligeira Estelar? Todos devem a um clássico!

Brigada Ligeira Estelar. The Expanse RPG. A princípio, parece clickbait. Porém, em uma dessas oportunidades raras, a Netflix estará pondo no ar neste dia 18 os três obrigatórios longas-resumo de Mobile Suit Gundam. Além disso, virá a conclusão de seu grande meta-arco, “Char Contra-Ataca” — e em breve teremos também sua sequência recente, Hathaway’s Flash (o primeiro de uma trilogia, com direito até a trailer oficial). Bem mais do que poderíamos esperar.

Esses filmes marcaram uma revolução na animação japonesa. Assim, como na editora Jambô temos dois RPGs diretamente relacionados aos seus temas, eu simplesmente… precisava falar alguma coisa. Na verdade, só a primeira trilogia já é motivo o suficiente para comemorar. Além disso, já fiz a defesa do gênero mecha antes — muitos por aqui o “odeiam” sem ter uma ideia de sua importância. Logo, vale a pena dizer por que esses filmes merecem ser vistos.

E sim, não estou sendo fanboy. Em primeiro lugar, a chegada oficial desses longas cobre parcialmente os juros de uma dívida histórica para com os fãs veteranos da animação japonesa no Brasil. Vimos Macross em suas duas encarnações: a série original (aqui, “A Guerra das Galáxias”) e seu híbrido estadunidense Robotech. Contudo, se Macross estabeleceu a gramática do gênero como o conhecemos, Gundam nos deu seu abecedário. Portanto, isso não é pouco.

E vamos ter Gundam Hathaway também! Com sorte quem sabe os outros longas aparecem…

Um Pouco de História

A princípio, após a Segunda Grande Guerra, indústria e tecnologia passaram a ser a incutidas na população japonesa como tábua de salvação e chance de futuro. Logo, em determinado momento, houve até uma rejeição às tradições em prol de uma ocidentalização cultural¹ — e assim, nesse contexto, a presença feroz da ficção científica na sua cultura de massas não foi surpresa nenhuma. Obviamente, muitos dos criadores de mangás e de animes eram, também, leitores do gênero.

Porém, enquanto os mangás, durante o período de 1965 a 1975, viveram uma era revolucionária², os animes ainda estavam presos a um paradigma mais infantil. Na verdade, tinham motivos: as indústrias de animação, e de brinquedos, precisavam de competitividade contra o produto estrangeiro³. Nesse contexto, a série Thunderbirds teve um impacto gigantesco no Japão, sendo exibido pela NHK já em 1966: trouxe o gigantismo aliado à uma relação positiva com a tecnologia.

Nada se cria do nada: Thunderbirds foi profundamente influente no Japão.

Animação e Brinquedos

Além disso, os vinte anos do fim da Segunda Guerra Mundial multiplicariam o número de filmes de guerra ao redor do mundo e, por tabela, de… kits de modelismo para um público mais velho. Na verdade, o Japão não tinha a menor vontade de relembrar da derrota. Porém, Thunderbirds salvou a pátria, vendendo muitos modelos no país e até influenciando os criadores locais: prestem atenção na Patrulha Científica de Ultraman, com suas naves, veículos — e longas decolagens.

Contudo, Thunderbirds estabeleceu um novo grau de exigência para as crianças japonesas. Eles mais e mais cobrariam verossimilhança e texturas realistas das máquinas apresentadas. Para piorar, a chegada do homem à Lua em 1969 aumentou o padrão de credibilidade para a ficção científica posterior. Logo, designs cartunescos demais como o Homem de Ferro 28 de Mitsuteru Yokoyama, não eram mais tão aceitáveis — e os quadrinhos já acompanhavam a tendência.

A franquia Ultraman mostra bastante da influência de Thunderbirds.

A Era dos Super Robôs

Assim, com os anos 70, amadureceu a primeira geração de pessoas crescidas sob a influência da televisão desde o nascimento… e consumindo o mesmo tipo de conteúdo de sua infância. Foi este o contexto da explosão dos super-robôs com Mazinger Z (também na Netflix): antes comandados à distância⁴, eles passaram a ser pilotados concomitantemente ao momento no qual a maior parte dos cidadãos japoneses passou a andar de carro (a “motorização”). Parece óbvio?

Mazinger e seus sucessores combinaram três elementos importantes: a ficção científica, mesmo como pano de fundo, o contexto cultural de desenvolvimento, claramente metaforizado pela união entre homem (o piloto) e a máquina (o pilotado)… e um monte de apetrechos prontos para esvaziar o bolso dos pais. A empresa de brinquedos patrocina, o estúdio produz o desenho e a televisão ganha com audiência e anúncios — daí vem toda a magia dos lucros. PORÉM…

Combattler V, Voltes V, Tosho Daimos. Os super-robôs que mudaram o gênero.

Calma, estamos quase lá!

… a maior parte dessas séries era bem… rasa. Na verdade, ninguém as via como algo além de um gigantesco anúncio de brinquedos de vinte e seis minutos. Contudo, isso começou a mudar graças a um tríptico de séries conhecido como A Trilogia do Romance dos Robôs de Nagahama:Combattler V, Voltes V e Tosho Daimos. Assim, elas trouxeram drama, romance e caracterização de personagens para o gênero — e com isso, deram o passo necessário para sua mudança.

Na verdade, ainda havia a busca pela audiência infantil. Contudo, com o cansaço dos super-robôs, surgiu uma margem para experimentação. Assim, um desses criadores-leitores de ficção científica se deixou influenciar por Tropas Estelares, de Robert A. Heinlein… encarando-o, todavia, com o ponto de vista cético de quem viu seu país arrasado por uma guerra⁵. Dessa forma, dois anos se passaram após o furacão mundial de Guerra nas Estrelas e seu efeito indelével na cultura pop…

Aqui começa o Real Robot: Mobile Suit Gundam!

Entra Mobile Suit Gundam

… e ao lado do lendário Patrulha Estelar, ele mudaria para sempre a animação japonesa. Ao invés dos conquistadores intergalácticos “do mal”, enviando um monstro da semana para o seu heroico robô gigante debulhar, tínhamos uma ficção científica militar com ecos de FC hard ecoando, inclusive, as próprias impressões do autor, Yoshiyuki Tomino, sobre a Segunda Guerra Mundial… e com questionamentos sobre o papel de um soldado no conflito⁶.

A princípio, Tomino quis até ir mais longe em Mobile Suit Gundam: trazer armaduras completamente brancas com mais ou menos três metros de altura. Porém, os produtores vetaram: o público estava acostumado a robôs colossais, logo ele não iria aceitar armaduras tão pequenas. Assim, escolheu-se o meio-termo: robôs na faixa dos dezoito ou vinte metros. Dessa forma, tivemos um golpe de sorte: o Gundam ainda era um robô gigante, capaz de grandes feitos.

Calma: o seu Gunpla (modelo articulado de Gundam) NÃO VAI FAZER ISSO.

Animes Não-Infantis não são mais Nicho

Assim como Patrulha Estelar, Gundam não fez sucesso em sua primeira exibição. Mas suas reprises em horários ermos atingiram um público mais velho e a série tinha boa reputação nas revistas especializadas em animação. Foi uma surpresa quando um ano depois do cancelamento, surgiram model kits voltados ao plastimodelismo. E assim, foi o sucesso deles quem bancou uma série de longas-resumo para cinema. Inclusive, são os mesmos que estarão na Netflix.

Tomino fez mais do que editar a série para exibição no cinema. Ele também eliminou todos os aspectos mais infantis residuais na série de televisão. Criou novas cenas. Fez ajustes nos rumos dos personagens. Com isso, as revistas sobre anime se multiplicaram, itens de merchandising passaram a ser dirigidos a um público não necessariamente infantil e o gênero começou a incorporar a ficção científica madura, já nos estertores dos super-robôs⁷.

Sábado, 22/02/1981. É lido o manifesto “Declaração de um novo século de Anime”. Nasce um fandom.

Nasce o Real Robot

Aliás, com Gundam se estabeleceu uma nova trend: o Real Robot. Aqui, entramos no terreno da ficção científica concreta. Gundam se valeu de conceitos científicos sobre exploração espacial difundidos na época e considerados seriamente. Inclusive, os cilindros de O’Neill da série não são, exatamente, uma criação ficcional: era uma proposta real do cientista Gerard O’Neill — e Tomino a encampou sem maquiagens para enfatizar o realismo de seu cenário.

Os robôs passaram a ser como tanques ou caças, fabricados industrialmente. Porém, graças à intervenção dos executivos, eles deixaram de ser “mais um” entre os demais: ainda preservaram as capacidades especiais e mentirosas dos super-robôs, inclusive destacando-se heroicamente. Foi a melhor coisa a ter acontecido — o robô gigante se tornou cool. O realismo se tornou relativo. Aqui cabe uma observação pessoal: isso permitiu a difusão do conceito.

Não pense em realismo. Pense em verossimilhança — e em ser cool.

O Real Robot se Multiplica

O ano de 1981 trouxe o primeiro seguidor do novo conceito: o sisudo e realista Taiyō no Kiba Dougram de Ryosuke Takahashi. Sucesso imediato. Em consequência, os anos de 1982 a 1984 foram um vagalhão — o nosso bom e velho Macross foi um dos primeiros dessa safra. As séries de super-robô remanescentes, inclusive as mais pop e comerciais, abraçaram conceitos de ficção científica mais concretos, com influência clara da literatura do gênero⁹.

Assim, os robôs gigantes foram estabelecidos de vez,como um símbolo icônico para a animação japonesa. A partir daqui, não falarei mais tanto sobre a história do gênero neste artigo. Há motivos: ela é gigantesca. A rigor, basta dizer que ele se confunde com sua evolução, passando pela explosão do mercado de home video (OVA) e se expandindo ao ponto de se tornar um segmento próprio, com inúmeras variantes de subgênero¹⁰ e de possibilidades.

A franquia Gundam se espalhou muito… e o real robot também.

Voltando aos RPGs da Casa

Basicamente, como eu disse na minha defesa ao gênero, o mecha ajudou no amadurecimento da animação japonesa e se não fosse sua cobertura comercial, muitos temas seriam considerados arriscados e não teriam a mesma abertura. Nossos robôs pilotáveis foram corajosos e desbravadores, pavimentando a maturidade da animação japonesa. E voltando ao meu peixe, Brigada Ligeira Estelar — o cenário escrito por mim e publicado pela Jambô — é um tributo a eles.

Brigada Ligeira Estelar, em sua representação dos diferentes aspectos adquiridos ao longo de décadas na animação japonesa de robôs gigantes, não existiria sem esses três longas na grade da Netflix. Aliás, se conceitualmente ele até parece ir mais longe, é porque o gênero foi mais longe: eu apenas o segui para onde ele foi. Mas tudo começou em nosso sistema solar, restrito às leis da física (ou pelo menos, as leis aplicadas textualmente no anime).

Brigada Ligeira Estelar: influência geral do gênero. Nem há como evitar a sombra de Gundam.

Brigada Ligeira Estelar: Tributo e Referência

Brigada Ligeira Estelar NÃO é Gundam, assim como não é Macross nem é Votoms, Five Star Stories, Patlabor ou Code Geass (que não é espacial, mas abraça boa parte dos seus tropos¹¹), porém bebe dessas fontes para criar um cenário aonde todos os elementos delas — e de diferentes outras séries — podem ser selecionados em sua mesa de jogo. Contudo, como Gundam foi a pedra fundamental de tudo, ela pode ser achada até em seus sucessores animados…

… e naturalmente isso se reflete no universo de nobreza e política de nosso cenário. Mas a exibição dos três longas de Gundam na Netflix representam uma oportunidade única para se assistir essa pedra fundacional — ver como o gênero começou. Se nada lhe parecer novidade, é porque todos os animes do gênero exploraram as bases propostas ali. A propósito: por se basear em conceitos reais de exploração espacial propostos à época, ele não está sozinho.

The Expanse RPG: separatismo em colônias espaciais, exploração do sistema solar, uma Terra fascista… Soa familiar?

The Expanse: Paralelos

Vou confessar: quando assisti a série The Expanse pela primeira vez, antes de ler o primeiro livro (publicado no Brasil pela editora Aleph), vi muito do Gundam original ali. Ele opera pelos mesmos princípios estabelecidos por Tomino em seu universo — só não tem robôs gigantes e seu ponto de vista não é militar. Fora isso, está tudo lá: as capacidades mentais especiais (aqui, atingidas através de drogas), a colonização espacial, atritos políticos…

Aliás, não sei se há inspiração direta ou se eles apenas partiram de influências comuns — de acordo com o(s) autor(es)¹² no seu Twitter, “I mean, you come at me with ‘you’re just ripping off Pohl, Heinlein, Le Guin, Bester, and Haldeman’, yeah, I’m going to fully own that.¹³ — porém, pelo menos na série, já tivemos um oficial dizendo “Earthers spirits are weighed down by gravity” — em uma nave chamada Scirocco…¹⁴.

O espaço é perigoso. E isso sempre deve ser lembrado tanto em Expanse RPG quanto em Brigada Ligeira Estelar.

Para fechar por enquanto

É divertido ver artigos como este e conversas na internet, traçando paralelos entre as séries (digite “The Expanse Gundam” no Twitter e divirta-se). Há quem force a barra e enxergue correlação entre os ELS de Gundam 00 e a Protomolécula de Expanse, inclusive. Mas os longas de Gundam também podem ser interessantes para os jogadores do novo RPG: separatistas espaciais, governos terrestres fascistas, política (algo fundamental ao real robot, aliás)…

Mas Gundam tem um bônus: robôs gigantes. Porque tudo, tudo fica mais bacana com robôs gigantes. E os longas ajudam a nos lembrar disso, independentemente se você for um jogador de Brigada Ligeira Estelar ou de The Expanse RPG. Então sente-se em uma poltrona confortável e comece a maratona. São pouco mais de seis horas de filmes animados. Você já assistiu bem mais do que isso de uma tacada só, confesse.

Até a próxima e, principalmente, divirtam-se.

O espaço é um lugar frio, seja em Expanse ou em Brigada Ligeira Estelar. Certamente o é em Gundam!

NOTAS

¹ Essa rejeição a traços tradicionais de identidade cultural foi relativamente breve — basta olhar séries da época como National Kid, aonde tudo é ocidentalizado e não se vê um quimono. Isso começou a ser revertido ainda nos anos 60 graças a obras como Gegege no Kitaro, transformando o folclore local em algo cool para as gerações posteriores. 
² Foi uma época aonde os novos autores se afastaram da influência de autores clássicos como Tezuka, Ishinomori e Yokoyama. Os quadrinhos juvenis passaram a absorver elementos estéticos e temáticos adultos para deter a migração etária de seus leitores e os quadrinhos adultos passaram a absorver elementos estéticos e temáticos juvenis para impedir um retorno de seus leitores às revistas para garotos. Dessa cozinha nasceu o quadrinho japonês de hoje.

MAIS NOTAS

³ Durante os anos 50 e 60, a indústria de brinquedos se viu competindo com as importações estadunidenses. Robôs e veículos foram a solução: eram angulosos e baseados em formas geométricas, sendo pintados com cores primárias e por isso, sendo bem mais fáceis de se produzir.
⁴ Em séries como Robô Gigante e Homem de Ferro 28, ambos de Mitsuteru Yokoyama, os robôs eram comandados por fedelhos de calças curtas, à distância. É bem fácil correlacionar isso aos brinquedos, aliás.
⁵ Há um contraponto claro à Patrulha Estelar: este serviu como uma espécie de passada de pano espiritual pelas culpas japonesas relacionadas à expansão japonesa no pacífico e à Segunda Grande Guerra, mais evidente no longa-animado que popularizou esses personagens. Contando esse fator, não é difícil enxergar o discurso pacifista de Mobile Suit Gundam como uma reação aos subtextos de direita nacionalista na saga do Cruzador Espacial Yamato.

AINDA MAIS NOTAS

⁶ Gundam sempre apelou para elementos de FC Hard para mascarar seus elementos mais livres (no caso os próprios robôs gigantes). Começando pelas Partículas Minovsky — a desculpa para a existência desses construtos.
⁷ Ao invés do protagonista bravo, heroico e decidido das séries de super-robô, Gundam nos traz um piloto sob estresse de combate e capaz de atos muito falhos. Ironicamente, isso ajudaria a fazer do seu grande adversário — o mascarado Char Aznable, com sua novelesca trama de vingança — uma figura bem mais popular via contraponto…
⁸ É possível ver isso em séries como a Trilogia J9 (Braiger, Baxinger e Sasuraiger), contemporânea demais ao 2010 de Arthur C. Clarke, focando na exploração e colonização do sistema solar, com alguns elementos mais hard, e posteriormente na terraformação das luas de Júpiter (desencadeadas pelo final apoteótico da primeira série J9).

MUITO, MUITO MAIS NOTAS

⁹ Gundam já havia sido influenciado por Heinlein e Macross havia sido influenciado por Inherit the Stars, o primeiro livro da série dos Gigantes, de James P. Hogan (vencedor do prêmio Seiun de melhor livro estrangeiro de ficção científica publicado no Japão, em 1981). Notem que essa relação entre os criadores japoneses e a ficção científica ocidental já é bem anterior: autoras como Moto Hagio foram influenciadas pela New Wave of Science Fiction e o primeiro capítulo de Space Adventure Cobra (1978) é descaradamente chupado de “We Can Remember It for You Wholesale”, o conto de Philip K. Dick no qual o filme “O Vingador do Futuro” se baseou.
¹⁰ Há mechas dentro de praticamente todas as vertentes da ficção científica. Compartilhando este link AQUI para não tornar estas notas maiores ainda. Recomendo a leitura.

ACHARAM QUE ACABOU?

¹¹ Code Geass, espertamente, inverte a equação proposta em Gundam: o protagonista Lelouch é o mascarado e seu principal adversário, Suzaku — veja bem, não o inimigo-chefe, mas o adversário central — tem todo o perfil de protagonista em uma série convencional de Real Robot.
¹² James S. A. Corey, na verdade, é o pseudônimo de uma dupla: Daniel Abraham e Ty Franck.
¹³ Traduzindo, “Eu quero dizer, se você vier para cima de mim com ‘você está apenas chupando (Frederik) Pohl, (Robert A.) Heinlein, (Ursula K.) Le Guin, (Alfred) Bester e (Joe) Haldeman, eu admito totalmente.
¹⁴ Essa frase espelha outra frase famosa, de Gundam — Char Contra-Ataca: “(…) because their souls are weighed down by gravity“. Dita em uma nave chamada Sirocco, isso se torna uma referência ao vilão de Zeta Gundam, Paptimus Sirocco. Não subestimem Gundam, não subestimem os animes de robô gigante.

Twitter de Brigada Ligeira Estelarhttps://twitter.com/BrigadaEstelar
Blog oficial de Brigada Ligeira Estelar: https://brigadaligeiraestelar.com/
Instagram de Brigada Ligeira Estelar: https://www.instagram.com/brigadaligeiraestelar

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido (03)

Brigada Ligeira Estelar

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Três: A Fortaleza Lunar

Anterior: nossos pilotos da Brigada Ligeira Estelar escaparam de Villaverde com uma peça misteriosa de tecnologia alienígena. Agora eles precisam levá-la aonde ela possa ser devidamente analisada!

Local: Base da Frente Lunar de Peleja (Peleja, lua de Villaverde)

Situação Prévia:

Os protagonistas vão pro espaço buscar cobertura da Frente Voluntária de Peleja. Dessa maneira, s inimigos os atacarão ao sair de Villaverde e os voluntários locais irão defendê-los. Na base, quando tudo se acalmar um pouco, eles serão levados a um cassino secreto por alguns desses voluntários para relaxar antes de sua jornada recomeçar. PORÉM…

Evento:

Um grande cruzador auxiliar, não-proscrito, dispara ataques localizados em Peleja. Assim, os personagens precisam voltar à base mas os trilhos são soterrados por um bombardeio. Pedir ajuda denunciará o local e tempo demais se perderá até o caminho ficar livre. Como sair de lá imediatamente e pegar seus robôs gigantes a tempo?

Além disso, aparentemente, os invasores infiltraram apoio operacional no solo antes de invadir a fortaleza. Portanto, eles parecem contar com agentes comuns e quando menos esperamos, eles se revelam e se põem no caminho. Eles querem a peça tanto quanto os proscritos — e consequentemente, estes podem se aproveitar da defesa aberta pelo invasor!

Reviravoltas

Tentações Perigosas: um dos personagens — o mais sujeito a isso — pode ser seduzido no Cassino por uma bela mulher ali presente. Na verdade, ela é uma das agentes do invasor, uma especialista em disfarces e infiltração — e é melhor combatente do que os próprios personagens. Ela sabe como sair dali, mas não vai se deixar capturar facilmente!

Invasão à Base de Peleja: o plano é usar o Cruzador Auxiliar para atrair os pilotos para fora do satélite enquanto os invasores vão buscar a peça. Ninguém está ali para fazer sacrifícios — todos são mercenários ou agentes de infiltração livres com planos de fuga concretos. Dessa maneira, os personagens encontrarão aliados e armas pelos corredores da base.

O Cruzador Auxiliar: Ele não atacará com todas as forças salvo se for cercado… mas dará trabalho aos personagens. Independentemente de conseguirem a peça ou não, ao romper a rede de defesas de Peleja eles atrairão os proscritos — e se aproveitarão disso para fugir enquanto os personagens enfrentam um inimigo pior!

Epílogo

Em qualquer hipótese, as defesas foram comprometidas e duas flotilhas da Brigada Ligeira Estelar estão circundando Peleja para protegê-la dos proscritos enquanto as redes protetoras estão sendo restabelecidas. Essa lua não é mais um lugar seguro por enquanto e os personagens precisarão partir para Ottokar, levando a peça para quem a examine.

Ideias

Introduza seu Vilão… em termos! Caso prefiram tratar esta aventura como um capítulo de uma campanha maior, é interessante introduzir um vilão menor regular. A agente sedutora pode ser uma lugar-tenente do verdadeiro inimigo, por exemplo — nesse caso, deixe-a fugir!

Plante ganchos futuros: como são na maioria mercenários, todos sabem pouco — mas levante informações esparsas: “decidiram nos infiltrar em Peleja após a peça ter sido acionada pela primeira vez”, “outra peça está nas mãos do chefe, é tudo o que sei”, etc.

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

O tom narrativo dessa aventura é de Space Opera. Pense em algo cheio de peripécias e reviravoltas, com uma grande ameaça (os proscritos) no final. Se o mestre quiser jogá-la como um one-shot, faça da peça um mero objeto a ser trazido pelos personagens, sem o contexto da fuga de Villaverde. Nesse caso, o papel do cruzador auxiliar pode ser alterado e ele se tornar a grande ameaça final — ou fazer da possível chegada dos proscritos o grande perigo a ser evitado a qualquer custo!

Além disso… é space opera! Capriche nas descrições lunares e estimule o sense of wonder de se estar em um ambiente espacial! Além disso, dê colorido aos personagens coadjuvantes — e se a agente sedutora se revelar uma espadachim, sempre com um plano B para qualquer situação?

Divirtam-se.

Episódios Anteriores

Introdução (AQUI).

Episódio 01 — O Sinal Desconhecido (AQUI)

Episódio 02 — Madredeus (AQUI)

Twitter de Brigada Ligeira Estelarhttps://twitter.com/BrigadaEstelar
Blog oficial de Brigada Ligeira Estelar: https://brigadaligeiraestelar.com/
Instagram de Brigada Ligeira Estelar: https://www.instagram.com/brigadaligeiraestelar

Baú Referencial: Escolha Referências!

Referências para Brigada Ligeira Estelar

BRIGADA LIGEIRA ESTELAR E REFERÊNCIAS ANTES DO JOGO!

Brigada Ligeira Estelar é um cenário de ficção científica com batalhas espaciais e robôs gigantes. Sendo assim, referências são relevantes. A seção Baú Referencial nunca foi um espaço para adaptações de animes: ela sempre foi voltada à incorporação de elementos de outras animações e sua adaptação a um cenário único. No entanto, devido à amplitude de tons e de possibilidades da ambientação, é importante para o mestre estabelecer o tom da campanha…

… mas nem sempre os jogadores terão uma ideia clara do cenário, abrindo a chance de termos grupos desencontrados. E apresentar referências é uma boa ideia para direcionar jogadores. Mas quais filmes ou episódios eu, mestre de jogo, apresentaria para eles antes de mostrar meu livro de RPG pela primeira vez antes de sair montando os personagens? Para facilitar, é interessante saber primeiro quais são seus pilares narrativos e seus tons de campanha.

De modo geral, os pilares não só definem qual vai ser o eixo em torno do qual sua campanha vai se construir, mas também servem para nos dar uma ideia de como os personagens vão se agregar — como forças militares (a Brigada), como uma estrutura de nobreza (o Império) ou como um bando de sobreviventes cuidando da vida (a Margem)… tudo construído sobre uma Base de ficção científica. Quanto aos tons de campanha, nós os conhecemos do livro de cenário.

Um modelo de tabela para selecionar referências em Brigada Ligeira Estelar
Anote referências — veja como elas se ajustam ao seus jogadores.

TONS DE AVENTURA E PILARES NARRATIVOS

Árido, Aventuresco, Heroico, Folhetinesco e Épico. É claro, seus limites podem ser bem difusos e incluir elementos de um e de outro no mesmo pacote pode ter um resultado mais orgânico. Mas é importante para o mestre cuidar dessas coisas ao pensar em suas campanhas, ou mesmo em suas aventuras isoladas. Nos artigos linkados, eu deixei alguns animes de exemplo para cada abordagem. Vê-los não é uma norma. Talvez você prefira outros exemplos tão bons.

Mas o ideal é fazer uma lista e filtrá-la, especialmente porque você não vai assisti-los na íntegra: você vai fazer uma seleção de episódios mais adequada para o perfil de seu grupo. Imagine você mestrando um one-shot após rolar “os protagonistas invadirão (a base de) um contrabandista em uma zona de combate do território espacial mas precisarão lidar com um roubo, enquanto enfrentam um leviatã” em um gerador de sementes de campanha. É bem amplo.

Gundam Age: Referência para pilotos em Brigada Ligeira Estelar
O episódio de Gundam Age é bem introdutório…

COMO SERÁ SUA AVENTURA?

Como é one-shot, para facilitar tempo, você decide que seu pilar estará na Brigada. Você pensa em levar tudo para a ficção científica militar… mas, ao mesmo tempo, esse plot se passa no espaço e tem uma criatura cibernética no meio. Isso berra space opera. Vamos pensar no tom desejado: por via das dúvidas, você estabelece um tom aventuresco por ser mais aberto. É uma aventura espacial simples e talvez nem precise tanto de referências para ajudar…

Hora de escolhas. Em um primeiro momento, você pensou no primeiro episódio de Votoms. Ele é perfeito — mas envolve um roubo em certo momento e você não quer sinalizar esse evento em sua aventura. Além disso, a série tende ao tom árido. Você vai para o campo oposto: Gundam Age, episódio 19. Age tende a acertar justamente quando aposta em uma natureza simples e introdutória — e este episódio cai nesse caso. Primeiro dia de piloto na base. Funciona.

Majestic Prince: Referência para pilotos em Brigada Ligeira Estelar
…mas preferi apelar para Majestic Prince (relevem a cena, por favor).

PROSSEGUINDO A SELEÇÃO

Minha escolha seguinte é Seijuushi Bismark (a versão estadunidense e modificada, Saber Rider, foi exibida por aqui nos anos 80… mas falo do original mesmo), episódios 2 ou 3. Avise os jogadores: é uma série de super-robôs — na verdade pertencem a uma época de transição no gênero — mas desenvolve essa estrutura de equipes em missões avançadas. “Em Brigada é diferente, vocês pilotarão cada um seu robô”. Antigo, mas funciona. Falta algo para fechar…

Pensei imediatamente no longa Gundam F91. Não é tão bom, apesar de muito bem-feito: é a versão resumida de uma série abortada, daí seus problemas, mas apresenta todos os elementos clássicos do gênero. Como eu não queria duas séries Gundam na mesma exibição, troco Gundam Age pelos episódios 01 e 02 de Majestic Prince. Pensei nos episódios 06 e 07 do Macross original, mas a ideia é conectar com o gênero e a idade poderia incomodar alguns jogadores.

Selecione referências para mostrar aos jogadores de Brigada Ligeira Estelar
Escolhendo de acordo com seu grupo e com o tom da aventura.

E ANTES DE JOGAR BRIGADA LIGEIRA ESTELAR…

Agora, fica a pergunta: por quê selecionar episódios específicos? Porque o objetivo não é mostrar uma história. Você quer fazer os jogadores entenderem aonde estão se metendo e há poucas horas para isso. Exibir uma saga inteira desde o primeiro capítulo, esperando seu desenvolvimento para dizer ao que veio, é perda de tempo e pode até dar ideias erradas ao jogador. Melhor ser conclusivo aqui. Se eles gostarem, podem procurar pelo material depois.

Depois dos vídeos, hora de montar fichas: um ás rebelde dos hussardos imperiais, uma batedora daboguita especializada em terreno espacial, outro piloto imperial, bismarckiano, batendo de frente com nosso ás e um corsário, interessado no saque de tudo não-relacionado à missão. Eles irão a um ponto do quadrângulo negro, tomar uma carga contrabandeada em uma estação espacial, mas lá é zona de guerra e os Proscritos podem aparecer a qualquer momento.

Saber Rider: bom exemplo da dinâmica de missões e times em Brigada Ligeira Estelar
Seijuushi Bismark: referência para missões em Brigada Ligeira Estelar.

SÓ PARA FECHAR

Notem, isso não é… obrigatório. Os jogadores não precisarão realmente disso se eles tiverem uma ideia de como tudo funciona. Na verdade, quem precisa fazer algum dever de casa (e se divertir no processo) é o mestre, sempre o mestre. Mas essas exibições de vídeos podem ser divertidas e desarmar os jogadores caso eles cheguem com ideias preconcebidas. Na ponta do lápis, minha lista final deu menos de quatro horas. Prepare os lanches — e se divirta.

E para vocês não acharem que isso se aplica apenas a robôs gigantes ou sci-fi: sabe qual seria minha escolha se eu mestrasse Tormenta Alpha? Nessa ordem, o episódio 01 do OAV de Record of the Lodoss War (“Prólogo da Lenda”), o OAV Wizardry (baseado no jogo homônimo) e o divertidíssimo Dragon Slayer, a Lenda de um Herói (dá para achar dublado no YouTube): veja este últimos ao lado dos amigos — e divirta-se com as zoações. Aproveitem.

Até a próxima.

Gundam F91: um exemplo perfeito de tropos do gênero para Brigada Ligeira Estelar
Como mero exemplo rápido e rasteiro do gênero, Gundam F91 é perfeito!

Twitter de Brigada Ligeira Estelar: https://twitter.com/BrigadaEstelar
Blog oficial de Brigada Ligeira Estelar: https://brigadaligeiraestelar.com/
Instagram de Brigada Ligeira Estelar: https://www.instagram.com/brigadaligeiraestelar

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido (02)

Brigada Ligeira Estelar

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Dois: Madredeus

Anterior:  a Brigada Ligeira Estelar tomou em uma peça misteriosa de tecnologia alienígena similar à do planeta Altona. Além disso, ela indica itens similares em outros pontos da Constelação do Sabre.

Local: Madredeus (Capital Regencial de Villaverde)

Situação Prévia:

A princípio, os personagens trouxeram essa misteriosa peça tecnológica para a base local. Dessa forma, as investidas proscritas para em direção ao local pareceram aumentar, sinalizando sua importância para eles. Logo, é preciso proteger a cidade enquanto não se tira essa peça do planeta. Mas um grande ataque parece se avizinhar…

Evento:

A cidade foi transformada em uma mega-cidade-fortaleza com muralhas concêntricas, cujo centro é a área do palácio regencial. Assim, as baterias em cada muralha parecem defender cada zona interna, debelando invasores a cada etapa — tanto em terra quanto pelo ar.

No entanto, forças proscritas cavam fossos a quilômetros da base. Satélites de ressonância sugerem um ataque subterrâneo. Quimeras voadoras se agregam nessa área — logo as forças de defesa tradicional estarão ocupadas demais com elas, quando os invasores vierem sob o solo!

Reviravoltas

Protejam a Peça! Entendendo esse item tecnológico como o motivo da invasão, pode haver quem queira destruí-la — talvez para evitar seu uso pelos proscritos em caso de derrota, talvez esperando pela interrupção e retirada dos ataques. Talvez isso leve a uma escaramuça entre forças imperiais e regenciais… no pior momento!

Homem de Verdade! Há um plano de evacuação da família regencial em caso de ataque proscrito à capital. O grande problema é o príncipe-regente Mathias Merino. Ele é uma figura cheia de brios, logo prefere liderar seus homens até o fim ao invés de fugir em caso de invasão. Como protegê-lo nessas condições?

Fuga! A única solução é levar a peça para fora do planeta… e, principalmente, longe da frente proscrita. Contudo, a invasão à Madredeus não vai parar por isso. Logo, como fazê-lo sem deixar as forças do Sabre — e os habitantes da capital — à mercê do inimigo?

Epílogo

De qualquer forma, os personagens precisarão sair do planeta e levar a peça aonde possa ser estudada e decifrada. Caso você use esta como uma aventura fechada, eles podem sair do planeta em uma nave e levá-la para fora da Ponta do Sabre. Caso contrário, o próximo passo é a base lunar da Brigada na lua de Peleja.

Ideias

Use a Geografia! Madredeus foi construída na bacia de um rio. Assim, será possível desviar a água e inundar os túneis? Talvez usar outro recurso a seu favor? Tudo depende do mestre!

Estimule soluções criativas! Essa ainda é uma aventura de ficção científica. Logo, pode haver uma saída científica ou tecnológica contra o invasor. Então, se algum personagem for o cérebro da equipe, é o seu momento para brilhar.

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

O tom narrativo dessa aventura é de Ficção Científica Militar. Se o mestre quiser jogá-la como um one-shot, é possível transformar a peça em um mero MacGuffin, chegando à base protegida pelos personagens. Mas é possível remover a peça e transformar tudo em uma invasão em estado bruto e assim, nesse caso, uma das complicações — a possibilidade de destruí-la — nem tem motivo para acontecer.

Além disso, é extremamente recomendado consultar as regras de Combate em Massa nas páginas 32 e 33 de Belonave Supernova, Vol. 1. Os Eventos Dramáticos podem servir de inspiração. Contudo, como esta batalha é planetária e não espacial, nem todas as sugestões se aplicam.

Divirtam-se.

Episódios Anteriores

Introdução (AQUI).

Episódio 01 — O Sinal Desconhecido (AQUI)

Twitter de Brigada Ligeira Estelar: https://twitter.com/BrigadaEstelar
Blog oficial de Brigada Ligeira Estelar: https://brigadaligeiraestelar.com/

Instagram de Brigada Ligeira Estelar: https://www.instagram.com/brigadaligeiraestelar

A Brigada das Rosas de Annelise

Intrigas e duelos para suas campanhas de Brigada Ligeira Estelar!

A Brigada Ligeira Estelar mudou a constelação. Assim, muitos se alistaram por seu apelo. Isso incluiu tanto homens quanto mulheres. Por isso, em mundos aonde elas não tinham direito a pilotar em combate, acendeu-se um sinal vermelho. No planeta Viskey foi criada a Brigada das Cerejeiras para deter a evasão feminina mas, refletindo a competição cultural de egos entre Viskey e Annelise, a Brigada das Rosas do Planeta Annelise surgiu como uma maneira de “não ficar para trás”.

Em primeiro lugar, ambas são brigadas cerimoniais: nesses mundos, as mulheres sofrem restrições em funções militares. Por causa disso seria de se esperar certa solidariedade mútua. Porém, as Rosas abraçam seu papel por se encantarem com ele.

Quanto às Cerejeiras, elas se sentem traídas por não entrarem em combate. Assim, temos uma fonte de atritos quando essas guardas se encontram. Em segundo lugar, isso não faz delas inofensivas: em Annelise, a esgrima é vista como expressão de beleza e arte. Sendo assim, há espaço para aparecer e brilhar, fazendo da guarda um atrativo para moças de baixo status social.

Dessa forma, elas orbitarão ambientes VIP aos quais elas jamais poderiam sonhar em ter acesso. Resumindo, glamour é a chave.

Preparem-se para garotas duelando aos montes!

Grandes Egos e Lâminas Afiadas

Há muitas moças que sonham com as Rosas. Se pensarmos bem, há algo subversivo nisso. É uma chance de mobilidade social. Basta pilotar robôs gigantes e empunhar espadas ao invés de se tornarem boas damas. Por isso há muita rivalidade. Geralmente, as moças pertencem a um desses perfis:

As Três Correntes Principais:

  • Pavões: jovens nobres duelistas. Pavoneiam-se com seu talento e estilo com armas e robôs e isso não é diferente do comportamento de rapazes da nobreza. Tendem a ser orgulhosas e por conta da fundadora da guarda ser um pavão, talvez se sintam privilegiadas;
  • Cisnes: meninas de classe baixa em geral, geralmente interessadas em contatos com as grandes donzelas da corte. Essa é uma forma de se destacar… e talvez subir na vida. Elas são bastante dedicadas. Por causa disso podem fazer muitos amigos;
  • Codornizes:  não disputam terreno com ninguém. Diferentemente das Pavões e Cisnes, tem muito senso grupal. Defendem-se de intrigas com jogo de cintura e costumam se ajudar caso alguma delas torne-se vítima das demais correntes. Geralmente fazem carreira na guarda.

Cada Pavão, Cisne ou Codorniz se encaixa nessa dinâmica. Elas não chegam a ser facções em si: temperamentos, identificações ou preconceitos mútuos podem variar bastante.

Soukou no Strain: boa referência dessa dinâmica entre pilotos femininas.

Espadas e Construtos

A fundadora da Brigada das Rosas é O pavão: a Princesa Christina Alsace Berlioz de Esterházy von Montenuovo. Muitos vêem nela os extremos de sua herança: dos Berlioz, a obsessão pelos holofotes. Dos Alsace, a paixão pela esgrima. Christina modelou sua guarda com mãos de ferro.

As chances de interação com a Brigada Ligeira Estelar são boas: elas acompanham donzelas nobres. Dessa maneira, elas podem se meter em encrencas. Assim, pense na mocinha de um mangá para meninas interessada em se alçar à alta sociedade… só que pela via das armas.

Mecanicamente, peguem primeiro o kit Oficial Hussardo da Brigada das Cerejeiras (Constelação do Sabre Vol.2, páginas 78-79). Em seguida, troquem o Patrono (Regência de Annelise). Divirtam-se e até a próxima!

Só para ter um robô gigante duelando.

Revue Starlight, Soukou no Strain e Star Driver são propriedades da Bushiroad, Happinet (e Studio Fantasia) e do Studio Bones. Arte do topo por Israel de Oliveira.

Twitter de Brigada Ligeira Estelar: https://twitter.com/BrigadaEstelar
Blog oficial de Brigada Ligeira Estelar: https://brigadaligeiraestelar.com/

Instagram de Brigada Ligeira Estelar: https://www.instagram.com/brigadaligeiraestelar

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido – Episódio Um: O Sinal Desconhecido!

Brigada Ligeira Estelar

Local: Base da Brigada Ligeira Estelar em Gardênia (Planeta Villaverde).

Situação Prévia

No começo, Gardênia era um sítio arqueológico antes da invasão proscrita. Por isso, os donos de terra procuravam tomar aquele terreno vazio e se livrar dos arqueólogos. Depois, a invasão proscrita expulsou a todos, exceto pesquisadores corajosos e alguns grileiros. Consequentemente, uma base da Brigada Ligeira Estelar foi instalada.

Evento

Foi encontrado um item tecnológico em perfeito estado com mais de cinco mil anos, anterior à chegada humana na constelação. Desse modo, quando ela emitiu um sinal, proscritos e jagunços apareceram.

Quando os senhores de terra souberam, eles apostaram no eventual sumiço dos proscritos caso a peça seja destruída. Por isso, tentaram subornar as autoridades locais e não se intimidam com a presença da Brigada Ligeira Estelar. Logo, times hussardos foram montados para protegê-la. E sendo assim, adivinhem qual será o time do próximo turno…

Reviravoltas

Falsos Proscritos! Interessados em destruir a peça (ou revendê-la para colecionadores de outros planetas) enviarão um exército de jagunços — e a ordem é não deixar testemunhas! Por isso, eles se passarão por proscritos, usando tecnologia roubada dos campos de batalha!

Proscritos de Verdade! Os proscritos, discretamente, esperarão a luta entre os protagonistas e os jagunços… porque eles tem o dobro de poder de fogo em relação aos falsos proscritos!

Fuga! Talvez a peça seja o mais importante e ela em nenhuma hipótese deva cair nas mãos do inimigo. Porém, há arqueólogos e jagunços na área. Dessa forma, o time precisa levar a peça… e as forças de defesa estão ocupadas com o invasor. Sendo assim, os protagonistas irão salvá-los, desafiando suas ordens?

Epílogo

Os personagens a todo custo devem entregar a peça aos seus superiores em lugar seguro e assim, conectada com computadores em rede, ela será identificada como… tecnologia alienígena do planeta Altona — e de grande alcance: seu sinal detectou tecnologias similares em toda a Constelação. Por isso, os personagens ganharão tepeques novos. Eles seguirão esse rastro imediatamente (se ninguém o fizer, os Proscritos provavelmente o farão) ou voltarão à frente de combate?

Ideias

A Peça é Útil? Caso um jogadores acione a peça pela primeira vez, ela indicará os núcleos de energia de cada quimera (a posição interna desses núcleos não é fixa). Dessa forma, caberá aos jogadores lidarem de forma útil com essa informação e usarem-na para destruir os Proscritos — tanto os verdadeiros quanto os falsos restantes, caso estes não se unam aos heróis em combate.

Construa seus Personagens! Independentemente de ser tratado como um one-shot ou como um começo de campanha, este é um Episódio Um. Assim, é interessante dar um momento para cada jogador antes da ação começar e desse modo, definir seu papel em uma dinâmica de grupo. Não é preciso apelar para coincidências ou reviravoltas para reuni-los.

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

Este é um primeiro episódio de campanha: a intenção é reunir os protagonistas e lhes dar uma missão de longo prazo. Dessa forma, talvez a natureza particular da peça motive o envio urgente de um andro-ginóide, com especializações úteis, do planeta Saumenkar. É muito conveniente ter também um ou mais pilotos da Brigada Ligeira Estelar no time.

Assim sendo, é possível também usar o resgate para agregar personagens jogadores. Desse modo, um arqueólogo pode ajudá-los a lidar com essa tecnologia — e um jagunço é um adendo ao poder de fogo.

Divirtam-se.

Episódios Anteriores

Confira a introdução aqui.

Twitter de Brigada Ligeira Estelar: https://twitter.com/BrigadaEstelar
Blog oficial de Brigada Ligeira Estelar: https://brigadaligeiraestelar.com/
Instagram de Brigada Ligeira Estelar: https://www.instagram.com/brigadaligeiraestelar

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido (00)

Brigada Ligeira Estelar

Uma jornada pela Constelação do Sabre para a Brigada Ligeira Estelar!

Em Brigada Ligeira Estelar, eu vejo muitas pessoas tentando iniciar campanhas com o suplemento Belonave Supernova — uma campanha longa de vinte e seis episódios, no espírito clássico do gênero — mas faltam materiais mais episódicos e aventuras prontas mais simples para quem está chegando.

Por outro lado, muita gente queria uma história que envolvesse a constelação como um todo. Nem teria como oferecer isso e ao mesmo tempo fazer uma história coesa em apenas 26 episódios.

O conceito desta seção regular contorna isso tudo.

O que é o Ano Perdido?

Essa ideia surgiu quando pensei em uma história que cobrisse um ano inteiro da constelação — o “ano perdido” de 1864 C.E. (“Calendário Estelar”), entre o final de Batalha dos Três Mundos (1863 C.E.) e o novo Brigada Ligeira Estelar RPG (1865 C.E.).

Esse período será parcialmente coberto por elementos aqui e ali (como o vindouro romance), mas essa ideia me levou a uma lembrança: o padrão das séries mais antigas era de 52 episódios semanais, não de 26 — ou de 13 — como nos dias de hoje. Um ano, em suma.

Como elas se mantinham dessa forma? Simples, elas eram episódicas.

Obras como Esquadrão do Espaço, Comando Dolbuck e Saber Rider tinham um ponto de partida e um ponto de chegada. No entanto, em seu bojo, contavam várias histórias fechadas e, eventualmente, mini-arcos. Assistimos algumas dessas séries no Brasil.

Para dar coesão a tudo, essas séries tinham “episódios chave” que alteravam ligeiramente o cenário (ou a vida dos personagens) apenas para dar um sopro de ar fresco antes que a repetição cobrasse seu preço. Assim, o status era apenas alterado pontualmente — em geral, no meio da série — para gerar uma nova rotina e manter a bola rolando.

Isso é extremamente funcional para RPG — mais do que aparenta.

One-Shots ou Campanhas em Brigada Ligeira Estelar

Aplicando esse conceito estrutural, teremos uma história contada por várias aventuras fechadas que podem ser “destacadas” do conjunto. Você não precisa jogar a campanha toda para aproveitar o material.

Se o mestre quiser fazer uma campanha localizada em um dos lugares citados, pode tirá-la do contexto da campanha geral e jogar em eventos ou em aventuras fechadas. É possível enxugar e aumentar a campanha, alterar a ordem de seus eventos, ou estender a passagem em um planeta com suas próprias aventuras.

A ideia é trazer sementes de aventuras, fechadas em sua maioria, que podem ser encadeadas pela trama OU NÃO.

A trama não passa de uma linha tênue de ligação que dá sentido ao conjunto caso se queira jogar tudo como uma campanha. Isso era MUITO a cara dos animes da primeira metade dos anos 80.

O “Ano Perdido” será escrito dessa forma, com sementes de aventura autossuficientes, salvo no começo, no final e em certos pontos — sua função é dar um eixo de continuidade caso se queira transformá-la em uma série contínua, com alguma coesão narrativa.

Você pode começar de uma vez!

Mas por que através de sementes de aventura ao invés de uma aventura completa, com as devidas estatísticas?

Justamente por estarmos ainda em suspenso.

Por um lado, não há sentido em postar um material com as regras do Brigada Ligeira Estelar Alpha quando, em algum momento, esse conteúdo vai ser atropelado pelo novo conjunto de regras.

Por outro, não há como introduzir ainda o sistema de Brigada Ligeira Estelar — ele ainda está sob edição. Então, esta é a melhor solução.

Os jogadores podem começar sua campanha no Alpha. Caso o livro seja lançado durante o seu decorrer, é só atualizar os dados com o novo grupo. Ou usar suas aventuras.

Enfim, vamos viajar em uma longa jornada através da constelação.

Até lá e aproveitem a viagem.

Twitter de Brigada Ligeira Estelar: https://twitter.com/BrigadaEstelar
Blog oficial de Brigada Ligeira Estelar: https://brigadaligeiraestelar.com/
Instagram de Brigada Ligeira Estelar: https://www.instagram.com/brigadaligeiraestelar

ARTES:: Wal Souza e Eudetenis

Baú Referencial: Muv-Luv Alternative

Os horrores da Invasão Beta para Brigada Ligeira Estelar

Em Brigada Ligeira Estelar, a seção Baú Referencial não traz adaptações de cenário — ele busca, em outros animes, ideias e conceitos aplicáveis à ambientação.

E a franquia Muv-Luv Alternative vive um bom momento em particular para isso: enquanto lá fora foi anunciada uma nova animação para 2021 (Muv-Luv Alternative: The Animation), por aqui temos um de seus derivados sendo exibido em TV aberta: Scharzesmarken, na Rede Brasil.

Tendo em conta as origens do cenário, não deixa de ser surpreendente: tudo nasceu como um mero… eroge (ou seja, um jogo erótico) escolar. Mas conseguiu uma surpreendente migração para o mainstream.

E quem não conhece a série deve estar achando que perdi o juízo.

Como Assim… Eroge?

A primeira série — Muv-Luv Extra — era um simulador de romance escolar aonde o protagonista se envolveria com várias meninas. Contudo, a cada jogo novo, ele pularia para outra linha de tempo alternativa.

No segundo jogo — Muv-Luv Unlimited — ele cairia em um cenário de história alternativa com invasores alienígenas e robôs gigantes. Mas, para surpresa geral, eles chamaram a atenção de um público maior.

Assim, foram feitas versões dos jogos sem cenas de sexo — e veio Muv-Luv Alternative, ambientada nessa linha de tempo nova, tornando-se uma franquia de mecha bem sólida por si só.

Hoje, Muv-Luv Alternative nos traz mangás, light novels, um RPG com dois suplementos até agora, dois animes (Muv-Luv Alternative: Total Eclipse e o citado Schwarzesmarken) — e, claro, videogames.

O Mundo de Muv-Luv Alternative

Uma raça monstruosa — os BETA — foi avistada em Marte em 1958, chegando à Lua em 1967… e à Terra em 1973, sabe-se lá como.

Aparentemente eles não são uma raça inteligente mas, sim, uma espécie de praga cósmica — se multiplicando como formigas e destruindo tudo pelo caminho.

Agora a humanidade está à beira da extinção, dependendo de pilotos de robôs gigantes para tentar virar a mesa. No entanto, a maior ameaça pode não ser os monstros — mas os próprios interesses políticos e militares humanos…

Para piorar, a Guerra Fria não acabou.

Em Total Eclipse, acompanhamos um grupo de pilotos de provas trabalhando para desenvolver um equipamento experimental capaz de mudar os rumos da guerra. Já em Schwarzesmarken, acompanhamos a linha de frente em uma Alemanha Oriental (mal-)escrita como se fosse uma extensão da Alemanha Nazista.

E em Brigada Ligeira Estelar?

Temos duas possibilidades aqui. A primeira, e mais óbvia, é a frente Proscrita.

É presente tanto em Total Eclipse quanto em Schwarzesmarken. Claramente é uma Ficção Científica Militar de tom árido (recomendamos uma olhada aqui e aqui), aonde os personagens podem ter mortes horríveis e golpes de misericórdia podem ser uma bênção.

Uma abordagem funcional é enxergar os Proscritos como se fosse uma força da anti-natureza, existindo apenas para matar e destruir. O suplemento Arquivos do Sabre pode ajudar nesse sentido.

Há referências úteis nesse sentido. Por exemplo, os Zygoteanos do cult A Odisseia da Metamorfose, de Jim Starlin: eles invadem mundos para explorá-los e abandoná-los, deixando-os sem vida.

A Campanha do Lado Sombrio

A segunda possibilidade é uma campanha nos moldes de Scwarzesmarken.

Nela, vocês não são necessariamente maus, mas trabalham para forças sombrias e estão sujeitos à suas intrigas e decisões mal-intencionadas. Por exemplo, imaginem um esquadrão de pilotos novatos da Guarda Regencial de Tarso com o cérebro formatado pelo discurso supremacista local.

Quem sabe, em um “gesto político de boa vontade”, eles sejam cedidos para a frente proscrita.

Mas e se isso na verdade tiver sido feito com o objetivo de encobrir um plano de espionagem e roubo de tecnologia inimiga com as bênçãos do empresariado tarsiano?

Dessa forma, temos tudo: personagens bois-de-piranha, superiores nada confiáveis e a certeza de se estar trabalhando com os vilões e nada poder fazer.

Por último: eu não poderia ser honesto com o material sem abordar esse aspecto…

Seja Sexy!

Apesar do reposicionamento da marca, originalmente Muv-Luv era um eroge e assim, alguns desses elementos se tornaram parte de sua identidade.

Dessa forma, temos o motivo de termos muito mais mulheres do que homens nos esquadrões. Ou dos trajes de pilotos serem colantes e tão… reveladores quanto aos atributos físicos de cada um.

Lembrem-se então: personagens jovens, bonitos e com os hormônios borbulhando são obrigatórios. As tramoias de bastidores se confundem com as tensões sexuais. Jogos narrativos como Monsterhearts podem emprestar ideias para essa dinâmica na mesa de 3D&T.

No entanto isso ainda é uma campanha de robôs, com muitos combates. Não deixem isso se tornar um Eroge na mesa de jogo — mas se vocês preferirem assim, não temos nada a ver com isso e já não é mais assunto nosso…

Até a próxima!

Twitter de Brigada Ligeira Estelar: https://twitter.com/BrigadaEstelar
Blog oficial de Brigada Ligeira Estelar: https://brigadaligeiraestelar.com/

Instagram de Brigada Ligeira Estelar: https://www.instagram.com/brigadaligeiraestelar

Baú Referencial: Super Robot Wars OG

O EXAGERO TOTAL PARA SUA CAMPANHA DE BRIGADA LIGEIRA ESTELAR!

Brigada Ligeira Estelar é um cenário de ficção científica com batalhas espaciais e robôs gigantes. Sendo assim, Referências são relevantes. A seção Baú Referencial nunca foi um espaço para adaptações de animes, realmente: ela sempre foi voltada à elementos de outras animações e sua adaptação ao cenário. Uma ambientação pode ser fruto de várias influências mas, apesar de tudo, precisa de identidade própria, caso contrário se tornará um Frankenstein temático.

Mas e quando a graça é jogar tudo no liquidificador e mandar ver?

Robôs gigantes! Ataques especiais com nomes gritados em combate! YAY!

Super Robot Wars Original Generation (SWROG, para encurtar): The Inspector não tem pé nem cabeça, mas é divertidíssimo e as batalhas são ótimas — cortesia de um especialista no assunto, Masami Obari.

A série é continuação do menos inspirado SWROG: Divine Wars e é baseada na linha homônima de videogames — e esta por sua vez é uma espécie de spin-off da série Super Robot Wars tradicional, famosa por reunir personagens de diferentes séries animadas para saírem no tapa entre si. Se você quer ver um Gundam peitando um Valkyrie de Macross, SWR é sua pedida.

SWROG faz basicamente a mesma coisa, mas com personagens da casa em um universo próprio, uma linha de tempo compreensível e algum desenvolvimento lógico de eventos.

De uma forma simples, o universo de SWROG pode ser definido em “e se pudéssemos transformar a mistureba dos jogos normais de SRW em um universo minimamente coerente? Por esse motivo, não se espantem com similaridades suspeitas. Quando os personagens não são derivativos, são arquétipos quase em estado bruto. Nenhum deles deveria ser confundido com um ser humano, mas isso é parte da graça.

Ah, já falei do exagero?

Tapem os olhos das crianças na sala: é MECHA PORN, gente!

VALE-TUDO DE VERDADE!

Ninguém assiste SWROG: The Inspector pelo roteiro. Aqui, todos os clichês estão no volume máximo: robôs com designs absurdos, discursos melodramáticos em cabines de piloto, ataques especiais dignos de um mangá de luta da Shonen Jump, vilões maniqueístas (no Episódio 02 um vilão diz: “Você quer evitar mortes desnecessárias de civis, eu sei mas o problema é que ADORO mortes desnecessárias de civis… BWAHAHAHA!!!”), reviravoltas que exigem suspensão de descrença…

Infelizmente, essa série também pode ser bem caótica para quem chega — e conta pontos para isso a sua quantidade imensa de personagens e robôs. Se eu fosse escolher um episódio à parte, seriam o 7 e o 10: mostram os protagonistas da história em uma missão para retomar um reino tomado por terroristas.

Para o jogador de BRIGADA LIGEIRA ESTELAR RPG, aqui tem de tudo: princesas valentes com poderes psíquicos, discursos (prestem atenção na Princesa Shine — ela é um exemplo perfeito de nobre leal entre os protagonistas), vilões maquiavélicos… o mestre pode pensar em uma campanha no teor de Gundam mas, provavelmente, seus jogadores vão deixá-la parecida é com isso!

Mas e se falarmos em abrirmos a porteira de BRIGADA LIGEIRA ESTELAR para o nível de ação, octanagem e absurdo de um SRWOG: The Inspector?

”Em Brigada Ligeira Estelar O QUÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ??????!!!!!”

ADAPTANDO PARA BRIGADA LIGEIRA ESTELAR

Por incrível que pareça, isso é perfeito para Brigada Ligeira Estelar Alpha. O sistema foi feito justamente para esse grau de exagero, fazendo de personagens com menos níveis de poder um tanto limitados dentro de seu espectro de características.

Nesses termos, essa série é um exemplo perfeito do tom “Uh-Huuuuu!!!” de campanha (rebatizado de Épico na atual versão)! Se você por algum motivo não quiser fazer a migração de sistema quando o novo livro vier, monte personagens com doze pontos, deixe os robôs ainda mais poderosos, libere os tepeques e siga em frente!

“Ah, mas eu vou precisar de ameaças à altura para os personagens”… Ora, vocês tem os Proscritos e a Tiamat só para começar! E vocês lembram, sem spoilers, do chefe final em Belonave Supernova? Pensem nisso!

No entanto, em BRIGADA LIGEIRA ESTELAR RPG a coisa vai mudar. O sistema foi pensado para retratar de forma eficiente o gênero como o vemos nas telas — e aumentar o nível das pontuações dos robôs é apenas o começo. Vamos a uma série de sugestões para subir o tom de sua campanha, não importando a versão!

”Minha espada é maior do que a sua!”

OVER THE TOP!!!

Mais Duro, Melhor, Mais Rápido, Mais Forte: aumentar o valor das características dos robôs é o primeiro e mais óbvio passo. Isso não faz deles apenas mais poderosos em si — aumenta também o espaço de customização para seus tepeques. Com isso, você pode fazer combinações mais poderosas e com mais implementos — deixe os combos à solta em nome desse espírito! apenas lembre-se de colocar o mesmo nível de poder nas mãos dos oponentes. E falando nisso…

Personalização é Tudo: o mestre não deveria se incomodar em soltar os jogadores… porque a regra do cool é soberana! Uma solução para ajustar tais níveis de poder ao cenário seria fazer seus protagonistas membros de uma unidade de elite muito especial. Racionalizações justificariam sua existência facilmente: “estamos testando novas tecnologias com os Andro-Ginóides” ou “Depois de estudar a tecnologia proscrita, vamos reproduzi-la com nossos recursos”. 

Ameaças são Enormes: obviamente, para existirem unidades como essas, os protagonistas precisam enfrentar encrencas acima das possibilidades normais. Uma cidade fortaleza flutuante se transforma em robô gigante, causando devastação em seu mundo? Leviatãs começaram a formar cardumes no espaço e atacar planetas? Exércitos Defendróides estão construindo uma Esfera de Dyson ao redor de uma estrela, começando a resfriar os mundos ao redor?

”Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia.”

SEM MEDO DO ABSURDO

Pseudo-Ciência: vamos ser diretos — SWROG é um vale-tudo. O “Real Robot” nunca teve uma linha tão delimitada assim em relação ao “Super Robot”, mas aqui eles forçam a amizade… e em alguns momentos específicos eles patinam perigosamente perto do místico. Para encaixar isso no Sabre sem transformar tudo em baderna, o jeito é apelar para a pseudo-ciência das histórias em quadrinhos de super-heróis.

Use termos sem sentido quando analisados friamente (“quântico” é uma palavrinha mágica nessas horas, acreditem), mas convincentes em um primeiro momento por passarem uma falsa impressão científica. Configuradores são personagens coadjuvantes perfeitos para se manter por perto, podem acreditar.

Robôs Gigantes do Zodíaco: pense Shōnen de luta. Isso mesmo. Os protagonistas não precisam de energias misteriosas como o ki, o chakra, o cosmo ou o que for para manifestarem técnicas absurdas — mas o tratamento da tecnologia chega quase lá. É bom lembrar que a série é baseada em um videogame aonde robôs se estapeiam. É interessante notar que os protagonistas também agem, muitas vezes, como se este fosse um “mangazinho de porrada…”

”MORRA, SEIYA!!!!”

UM TOQUE PARA OS JOGADORES DE BRIGADA LIGEIRA ESTELAR

Entre no espírito da coisa — é pegar ou largar, sem meio-termo.

SWROG: The Inspector não é nem de longe uma obra-prima do gênero e nem pretende ser. Ela é só um mero produto de divulgação, voltado para agradar seus fãs e trazer novos consumidores para seu produto no processo. Em suma, ele é desconcertantemente honesto — mais do que vários animes que pregam contra a guerra mas vivem de sua glamourização. Sim, vocês sabem para quem estou apontando esse dedo.

Então eu só posso recomendar a aceitação dessa honestidade caso vocês queiram encampar essa abordagem: não pensem em backgrounds imensos e repletos de coadjuvantes, mantenham o senso de perspectiva e aceitem a canastrice generalizada! O clichê é seu amigo! Em suma, divirtam-se.

Mas não é este o motivo pelo qual estamos aqui?

Até a próxima.

Twitter de Brigada Ligeira Estelar: https://twitter.com/BrigadaEstelar
Blog oficial de Brigada Ligeira Estelar: https://brigadaligeiraestelar.com/

Instagram de Brigada Ligeira Estelar: https://www.instagram.com/brigadaligeiraestelar

Brigada Ligeira Estelar — Uma Reapresentação

Seja bem-vindo a essa saga espacial!

Essa é para você, entrando neste website pela primeira vez, provavelmente atraído pelo monumental sucesso do crowdfunding do Tormenta 20 e esperando anões, elfos, dragões, cava… não, você não encontrará isso nesse texto. CALMA, não vá embora agora. Não vai ter bolo, mas teremos naves espaciais, impérios interestelares, jovens pilotos… e robôs gigantes com espadas de energia e lança-mísseis. Sejam bem vindos ao universo de BRIGADA LIGEIRA ESTELAR.

Tal ambientação para 3D&T Alpha foi lançada em Novembro de 2011 pela Jambô Editora e, de lá para cá, vem sendo o cenário com mais suplementos para essa linha. Agora, Brigada Ligeira Estelar irá ser o primeiro OGL do sistema, sendo reinventado em vários aspectos. É um recomeço não tão diferente de quando o próprio Tormenta, nascido multi-sistema em 1999 mas voltado preferencialmente para o 3D&T (sistema da casa à época), migrou para o D20 em 2003.

Assim como as animações japonesas de ficção científica refletem as variantes do gênero em si (a space opera, o pós-cyber, o cyberpunk, qualquer um), o cenário também o faz, pulverizando-os em diferentes mundos. Você quer ser um ás indomável em meio a uma guerra espacial? Ou prefere vagar com um robô feito de refugo em um cenário devastado, enfrentando tiranos? Quem sabe, deseja ser um policial em uma cidade tecnológica? Tudo isso é possível aqui.

https://www.youtube.com/watch?v=n0XpnyKKLMU

Tudo isso pode ser feito em seus jogos!

Vilões… e heróis!

O cenário evoluiu muito nestes nove anos. Quando foi criado, tomou como inspiração as clássicas animações japonesas de ficção científica, notadamente space operas como Patrulha Estelar, Gundam e Macross (Robotech)… e essa ainda é sua pedra fundamental. Mas esses subgêneros são um braço da própria ficção científica e, pouco a pouco, Brigada Ligeira Estelar absorveu e referenciou diferentes faces do gênero como um todo, pulverizados na ambientação.

Brigada, hoje, tem seis livros, uma conta oficial de Twitter e um blog do próprio autor focado em apoio para o mestre de jogo. No blog da Jambô, eu me dedicarei a expansões para o cânone — introduzindo personagens e locações novos. Além disso, a seção Baú Referencial (adaptando elementos de outras mídias para Brigada) também voltará. Mas vamos falar um pouco da ambientação?

O lar de suas aventuras é a Constelação do Sabre — um conjunto de vários sistemas solares com quase cem mundos. Dezenove desses planetas são (ou foram tornados) propícios para a presença humana mas a terraformação pode expandir esse número e, enquanto esse processo de séculos não é concluído em outros locais, há colônias espaciais tanto nas órbitas de corpos celestes quanto em superfícies inviáveis à vida (estas são conhecidas como áreas mascon).

A Constelação é também o lar de um grande império espacial — mais formalmente, a Aliança Imperial do Sabre. Isolados após séculos de guerras, ondas colonialistas e uma idade das trevas conhecida como o Grande Vazio (do qual pouco se sabe mas seu legado periodicamente ressurge de formas explosivas), a formação do Império em tese estabilizou as relações entre esses mundos, embora a intriga corra solta… mas nada os preparou para a tragédia a seguir.

 

O que é a Brigada Ligeira Estelar?

O isolamento foi rompido através de uma invasão interestelar comandada pelas forças conhecidas como Proscritos. Nada se sabia deles à época, mas gradualmente a verdade vem vindo à tona: são um povo brutal, avesso à empatia, culturalmente obcecado pelo individualismo (ao ponto de nenhum robô ou veículo seu ser igual ao outro), especializado em consumir ao máximo os recursos dos lugares por onde passam até nada restar… e dependentes de tecnologia.

A Brigada Ligeira Estelar é a principal frente contra os invasores Proscritos. Eles são algo além de uma mera divisão de assalto com robôs gigantes e carregam consigo um ativo simbólico. Foram criados pelo fundador da Aliança, Silas Falconeri, para representar o seu ideário e proteger as pessoas comuns da Constelação — tanto de ameaças espaciais ou insurreições quanto dos abusos da própria nobreza contra o povo. Isso fez dela odiada pelas elites.

Para criar paralelos simples de entender, os Pilotos Hussardos da Brigada Ligeira Estelar são em muito como mosqueteiros do espaço ou, caso você consuma fantasia medieval, como as ordens de cavaleiros heróicos (videm os Cavaleiros de Solamnia em Dragonlance ou os Envoys do RPG Blue Rose). Eles podem tanto pilotar robôs gigantes em frentes de batalha quanto desbaratar conspirações de nobreza e salvando o Império de traições. Mas não são os únicos.

Os personagens também podem se estruturar em guardas de cavaleiros a serviço de um nobre, ou se unir a uma tropa de mercenários, ou se alistar em um corpo de voluntários contra a invasão proscrita, ou formar um esquadrão de caçadores de recompensas, ou se juntar a uma nave de corsários espaciais (ou piratas espaciais, caso você não se incomode em ser perseguido pelas autoridades)… há várias opções, em campanhas que podem ir do heróico ao sombrio.

 

Os caminhos da aventura

Agora você vai perguntar: “mas se um livro novo vai sair, vale a pena encarar os livros antigos?” — e a resposta é “sim”. O primeiro livro, o suplemento de cenário Brigada Ligeira Estelar (daqui para frente o chamaremos de Brigada Ligeira Estelar Alpha para diferenciá-lo do futuro Brigada Ligeira Estelar RPG) nos traz os conceitos mais básicos do cenário. Enquanto o novo livro não vem, você vai precisar dele para aproveitar os demais suplementos.

O segundo livro a obter é o Arquivos do Sabre. Embora ele tenha sido o sexto a ser publicado, engloba a grande maioria dos artigos responsáveis pelo desenvolvimento do cenário no antigo site da Jambô, devidamente agrupados por tema e atualizados. Basicamente funciona como um livro do mestre, detalhando o funcionamento das forças militares e da nobreza… além de apresentar ameaças, inimigos e coadjuvantes. É o livro mais focado em regras opcionais.

Em seguida temos os fundamentais dois volumes de A Constelação do Sabre. Eles cumprem para Brigada Ligeira Estelar Alpha o mesmo papel dos clássicos suplementos do Reinado para Tormenta: apresentam os dezenove mundos principais do cenário (antes da inclusão posterior de Dabog e Saumenkar na lista), mais a “fronteira espacial”, além de detalhar as principais casas de nobreza de cada planeta, introduzir coadjuvantes… e trazer ideias para campanhas.

Por fim, novamente em dois volumes, o primeiro suplemento de campanha para 3D&T — Belonave Supernova. A ideia é trazer o espírito de um anime do gênero para sua mesa de jogo em uma campanha de vinte e seis sessões, com consequências para o futuro do cenário. Talvez seja o material mais ambicioso publicado para Brigada Ligeira Estelar Alpha. Não é uma campanha fácil e a morte de personagens jogadores é uma sombra constante. Mas faz parte do drama.

 

O futuro de Brigada Ligeira Estelar

Agora teremos um novo Brigada Ligeira Estelar RPG. Muitas mudanças foram baseadas nas experiência de jogo registradas ao longo desses anos. Dois dados, ao invés de um. Modificações nas características e na construção de personagens em geral. Rolagem contra dificuldade — apenas resultados maiores. A inclusão de andróides como “raça” jogável (aqui, andro-ginóides), atendendo a um pedido constante dos jogadores. Robôs personalizáveis desde o começo.

E o espírito do cenário continua o mesmo: vocês tem algo importante a proteger — gente amada, um futuro, um ideal… — e por esse algo, você está disposto a lutar. O universo ao seu redor pode até ser cinzento mas essa é a razão pelo qual ele precisa de heróis.

Se você é um leitor ou jogador das antigas, obrigado pela lealdade. Se você estiver entrando agora, seja bem-vindo. Vai ser bom estar aqui de novo regularmente.

Até a próxima.

Imagem de topo: Wellington Reis. Capas, na ordem apresentada, por Roberta Pares Massenssini, Israel de Oliveira, Eudetenis e Simone Beatriz.

Twitter de Brigada Ligeira Estelar: https://twitter.com/BrigadaEstelar
Blog oficial de Brigada Ligeira Estelar: https://brigadaligeiraestelar.com/

Instagram de Brigada Ligeira Estelar: https://www.instagram.com/brigadaligeiraestelar/