Categoria:Bençãos da Deusa

Bençãos da Deusa — Personagens das Raças e Classes do Tormenta20

O Livro Básico do Tormenta20 trás lindas ilustrações, especialmente para representar suas raças e classes básicas. Estas ilustrações não são apenas artes soltas, são personagens do universo Tormenta. Quem são eles? Em que obra estão? É isto que vou elucidar agora, com os links para encontrar as obras citadas e entre parênteses o tipo de obra.

Esta matéria foi feita com a ajuda da Guilda do Submundo de Valkaria. Não perguntei como chegamos neste assunto, eu não lembro. =D

Raças

Humano:

Vallen – O Inimigo do Mundo – Trilogia: Livro 1 ( Romance)
Drikka – Ledd (Mangá)

Anão:

Golinda – Ledd (Mangá)
Ingram –  O Crânio e o Corvo e O Terceiro Deus– Trilogia: Livros 2 e 3 (Romance)

Dahllan:

Lisandra – Holy Avenger (Mangá)

Elfo:

Gwen: Crônicas da Tormenta 2 (Coletânea de Contos); A Joia da Alma e A Deusa no Labirinto (Romance)
Fren: Dungeon Crawlers (Mangá)

Goblin:

Dok: Cronicas da Tormenta 2 (Coletânea de Contos); A Joia da Alma e A Deusa no Labirinto (Romance)
Gradda: A Flecha de Fogo (Romance)

Lefou:

Asha – Ataque à Khalifor (Livro-jogo)
Ichabod – A Joia da Alma e A Deusa no Labirinto (Romance)

Minotauro:

Artorius – O Inimigo do Mundo e O Crânio e o Corvo – Trilogia: Livro 1 ( Romance)

Qareen:

Kadeen – Guilda do Macaco (Stream)
Niala – O Mundo de Arton (Suplemento para TRPG) e Holy Avenger: Paladina (Mangá)

As demais raças são as extras, que aparecem ilustrações genéricas (apesar da Medusa parecer a Verônica, de A Joia da Alma e A Deusa no Labirinto (Romance)

Classes:

Arcanista:

Ripp: Ledd (Mangá)

Bárbaro:

Klunc: Guilda do Macaco (Stream)

Bardo:

Senomar: O Inimigo do Mundo  e O Terceiro Deus – Trilogia: Livros 2 e 3 (Romance)

Bucaneiro:

Nargom: Guilda do Macaco (Stream)

Caçador:

Enver: Khalifor (Mangá)

Cavaleiro:

Orion Drake: O Crânio e o Corvo e O Terceiro Deus – Trilogia: Livros 2 e 3 (Romance)

Clérigo:

Vanessa Drake: O Crânio e o Corvo e O Terceiro Deus – Trilogia: Livros 2 e 3 (Romance)

Druida:

Oihanna: A Joia da Alma (Romance)

Guerreiro:

Val: 20 Deuses (Mangá)

Inventor:

Marlin: DBride (Mangá)

Ladino:

Leon Galtran: Holy Avenger (Mangá)

Lutador:

Maquius: Ataque a Khalifor (Livro-jogo), A Deusa no Labirinto (Romance) e Crônicas da Tormenta 3 (Coletânea de Contos)

Nobre:

Lady Ayleth: Guilda do Macaco (Stream)

Paladino:

Lothar – Guilda do Macaco (Stream)

E aí, conheciam todos? Alguns são bastante conhecidos, outros um pouco mais estranhos, especialmente para quem está chegando agora. Então é hora de aproveitar a lista e pôr em dia as leituras e streams de Tormenta!

Bençãos da Deusa — Os Deuses de Tormenta20 e os Times de Futebol Brasileiros

tormenta20

Essa é uma matéria que eu nunca imaginei escrever; surgiu de uma piada boba que foi longe demais como muitas coisas na Guilda onde jogo Tormenta20. Começou com um desafio gigante que envolve vencer todas as Masmorras de Valkaria para poder casar. A Momo, o Pitre e o Red chegaram à conclusão de que Khalmyr era torcedor do Fluminense, por causa do “time de advogados” do clube.

Risadas à parte, aí que a piada foi longe: O Pitre e a Momo encomendaram a arte abaixo para usar na Masmorra de Khalmyr. Uma vez pronta, eles não aguentaram esperar e mostraram no chat da Guilda. Foi uma sensação, e começamos a debater qual seria o time de cada deus de Arton. foi quase toda noite nisso, entre debates, pesquisas na internet e muita conversa, até chegarmos a esta lista.

ATENÇÃO: é uma brincadeira apenas, espero que ninguém fique chateado com as colocações.

Khalmyr — Fluminense

Por causa do “time” de advogados do clube, uma vez que sempre apela pra justiça para não cair e acaba conseguindo permanecer na série A no “tapetão”. Khalmyr é o Deus da Justiça e da Ordem. Notem na imagem que ele está tomando uma Skol porque ela “desce redondo”, e “redondo” é simétrico. Meu detalhe preferido é a tatuagem da ex riscada no braço (ele provavelmente tem outra igual no outro braço, escrita de trás pra frente, pra ficar simétrico).

Ilustração feita por Necrose, encomendada por Momo e Pitre.

Allihanna — Palmeiras

Allihanna é a Deusa ligada à natureza em Tormenta20, e não tem um time melhor para representá-la: além da obviedade de ser um time cuja cor principal é verde, como as plantas que a deusa protege, seu mascote é um porco, representando os animais que fazem parte da alçada de Allihanna.

Valkaria — Redbull Bragantino

Assim como Valkária é a Deusa da Ambição e dos Aventureiros, o time chegou na Série A do campeonato se aventurando entre os grandes clubes do futebol brasileiro, já galgando lugar nas primeiras posições da tabela. Ambicioso que só!

Thyatis — Grêmio

Como não podia ser diferente, o Imortal Tricolor, alcunha tirada do hino do clube e usada pela equipe de marketing nos anos 80, sendo posteriormente adotada pela torcida, é de Thyatis, a Fênix da Ressurreição e das Segundas Chances.

Marah — Avaí

O Avaí aparece aqui representando a cidade de Florianópolis — com suas praias onde tudo é paz, amor e putaria. No Brasileiro, o Avaí tá sempre na mesma: sobe, desce, sobe, desce, no mesmo ritmo das ondas que provavelmente embalam as orgias da Deusa da Paz.

Lena — Chapecoense

Lena, a Deusa da Vida, é representada como uma criança, assim como a Chapecoense é um time novinho se comparado aos outros — o clube foi fundado em 1973, e começou a despontar nas competições nacionais há cerca de 10 anos, quando, de forma meteórica, subiu da série D para a Série A em 6 anos.

Aharadak — PAIN Gaming

Nenhum time poderia representar melhor Aharadak — até porquê a PAIN Gaming é um time brasileiro de League of Legendes. Assim como a PAIN, o Deus da Tormenta vive em outra realidade, diferente dos demais deuses.

Megalokk — Mirassol

Assim como Megalokk rivaliza com Allihanna, o Mirassol rivaliza com o Palmeiras; está sempre sendo uma pedra no sapato do time no Paulistão.

Oceano — Náutico

Não apenas o nome do clube remete ao Deus das Águas, suas características também são bem parecidas: ambos deixam seus seguidores aflitos por fazerem absolutamente nada quando precisa. A Batalha dos Aflitos (nome do estádio do Náutico) nunca será esquecida.

Lin-Wu — Sport

O Sport é aquele time que não chega nem perto de ganhar a maioria dos títulos nacionais, mas sempre honra o campeonato atrapalhando os times grandes na busca ao título e fazendo valer sua participação, como preconizado por Lin-Wu, o Deus da Honra.

Arsenal — Vitória da Bahia

Por motivos óbvios, o Deus que prega a vitória acima de tudo não podia ter outro time. A vitória já está no nome!

Thwor — Corinthians

É o time “da galera”, assim como Thwor e seus goblinóides, se multiplicando sem nenhum motivo aparente.

Nimb — Tabajara Futebol Club

Nimb não está nem aí para a competição em si — ele gosta é de ver o caos. E nada mais caótico no futebol brasileiro do que o Tabajara. Inclusive, certeza que o Deus do Caos adora a Vaca.

Hynnin — Cruzeiro

Ninguém mais poderia ocupar este posto a não ser o Cruzeiro, cuja diretoria passou a perna em todo mundo. Hynnin, Deus da Trapaça, tem muito orgulho do seu time.

Sszzaas — Flamengo

Sempre ganhando na trairagem, o Flamengo é o time do coração do Deus da Traição. A cada “ajudinha” da arbitragem, Sszzaas se delicia com sua torcida. Seu maior orgulho, aliás, é uma certa taça de 87 que o Flamengo teima que é sua…

Kallyadranoch — São Paulo

Sendo o time dos burgueses safados cheios de grana, é o time do Deus dos Dragões, sempre louco por bens materiais e cobiça pelo poder. Foi inclusive homenageado por uma das torcidas organizadas, a Dragões da Real.

Tanna-Toh — Ceará

Nossa velhinha sábia não poderia torcer pra outro time que não fosse o Vozão, apelido carinhoso do Ceará por ser o time mais antigo do estado e um dos mais longevos do nordeste.

Wynna — Atlético-MG

Atlético Mineiro é o clube da Deusa da Magia por um motivo muito simples: ganhou sua única Libertadores com o “bruxo” em campo, apelido dado a Ronaldinho Gaúcho na época.  

Tenebra — Botafogo

Certamente a Estrela Solitária tem a torcida da Mãe Noite. E as semelhanças não param por aí: assim como um de seus mais famosos torcedores,  o fandom da Deusa das Trevas também pode ser insuportável.

Azgher — Santos

Tudo que reluz é ouro para o Deus do Sol, e a Era de Ouro do Santos com o Pelé não passou despercebida. Além disso, a rivalidade à época com o Botafogo do Garrincha deixa evidencia a rixa com Tenebra desde tempos imemoráveis.

Bônus — Deuses Caídos

Glórienn — Vasco

Glórienn está viva e vai jogar no time Cruz-maltino. Está acostumada a sempre cair.

Tauron — Portuguesa

Assim como a Lusa, caiu e claramente nunca mais vai voltar.

Ragnar — Internacional

Assim como o Deus da Morte dos Goblinóides, o Colorado sempre vem achando que vai vencer mas morre na praia, além de ser rival de Thyatis.

Keenn — Coritiba

Além de ter como ídolo o jogador Kleber Gladiador, o clube não aceitou o rebaixamento em 2009 e partiu para a porrada, orgulhando o antigo Deus da Guerra.


Agradecimento especial à Guilda do Submundo de Valkária, uma vez que não escolhi os times sozinha: tudo foi amplamente debatido (até demais pra uma piada) e decidido em grupo, e o pessoal me autorizou a transformar em matéria, pois o mundo precisava ver isso! E aí, curtiram? Vocês mudariam algum deles? Contem nos comentários e espero que tenham se divertido lendo!

Bençãos da Deusa — Criando aventuras: Você (não) precisa estar sozinho

RPG em grupo

O trabalho de mestrar no geral é solitário; sentar no computador, abrir seus livros, pensar, ler, anotar, preparar. Algumas vezes as ideias fluem; outras, travamos no meio ou temos um final e não sabemos como chegar até lá ou não temos ideia nem de por onde começar. Aí, começa a bater o desespero com as ideias que não vêm, com o trabalho que não anda, com a mesa que está parada, apenas esperando pela gente para seguir.

Se tem algo que eu descobri é o quanto é incrível não criar sozinho.

Mestrando na Guilda, no final do ano passado, resolvi jogar um Dragão da Tormenta filhote nos personagens de nível 3. Era pra ser uma one shot (como todas as missões da Guilda) e ser resolvida ali, com os aventureiros salvando a vila que os contratou. Os dados, porém, não ajudaram: os jogadores não conseguiam rolar mais do que 7 ou 8, e meu dragãozinho estava prestes a dar um TPK quando um amigo que ouvia a sessão (as missões são abertas para qualquer membro ouvir desde que permaneça com o microfone mutado) me mandou uma mensagem inbox: “por que você não faz o dragão fugir e começa um plot de perseguição a ele?”. Achei a ideia maravilhosa, recém estava começando a mestrar na guilda e não tinha nenhum. O dragão fugiu, eles saíram da caverna abalados, pois agora tinha um Dragão da Tormenta solto por Arton e para por mais peso ainda na derrota, ao chegarem na vila, o dragão tinha gastado seus últimos PM soprando ácido sobre aquela gente, matando e ferindo boa parte da população. Tudo improvisado ali, na hora.

Alguns dias depois, este mesmo amigo perguntou se eu ia tratar especificamente sobre como cultista de nível tão baixo conseguiram “fazer” um dragão da Tormenta, pois ele tinha tido uma ideia. Dali, decidimos seguir o plot juntos, debatendo a história, as missões, as ameaças. Foi uma das experiências mais legais que eu tive jogando RPG. A troca de ideia enriqueceu a história de uma forma incrível. Quando um travava, o outro aparecia com uma ideia ótima que fazia tudo se encaixar. O plot acompanhou boa parte dos jogadores até o nível 15/17 (as missões na guilda pegam 3 níveis) e terminou de forma incrível e emocionante, fazendo a gente chorar, os jogadores chorarem, quem tava ouvindo a última missão chorar. Nada disso teria sido tão foda se não fosse o trabalho criativo compartilhado.

Dessa experiência, ficou um costume muito importante e que me acompanha até hoje: compartilhar o que eu estou planejando com alguém. Cada missão, cada aventura, cada monstro que eu crio, eu compartilho com um ou mais amigos que também jogam. Falo do que eu estou pensando, do que eu pretendo, quais minhas ideias e dificuldades, e assim o que antes ficaria trancado e talvez engavetado por muito tempo começa a tomar forma, ou mesmo uma aventura que eu já tinha planejado fica ainda melhor.

O trabalho de preparação do mestre não precisa ser solitário. Demorei um pouco para entender que precisar de ajuda não me faz menos mestre nem menos criativa, e todos ganham com isso. Nós ganhamos tempo e nos estressamos menos pensando em soluções que não vêm, os jogadores ganham uma aventura muito mais rica, os amigos com quem conversamos ganham novas ideias. Pode parecer estranho num primeiro momento, pois não estamos acostumados a isso, mas depois de experimentar este tipo de troca, não sei mais trabalhar de outra forma. Mesmo que eu já saiba o que fazer, peguei gosto por compartilhar minhas ideias com amigos e ver o que eles têm a dizer, a acrescentar, a questionar.

Como muito bem dito pelo amigo com quem dividi o plot citado acima, Thiago Trot: “RPG foi feito pra ser jogado em grupo. Os jogadores vão estar em grupo e vão ser 4-6 pessoas jogando juntas e pensando juntas ‘contra’ você. Pq você tem q jogar ‘sozinho’? Quanto mais mentes pensando no desafio, melhor ele fica e todos se divertem”. Claro, quando falamos “contra, é força de expressão: RPG é um jogo de construção coletiva. Mas esta construção coletiva pode começar muito antes do grupo se reunir, e envolver outras pessoas. É mais leve, mais divertido, mais eficiente.

Mesmo que pareça estranho num primeiro momento, tentem. Eu tive a sorte de conhecer um grupo de pessoas que faz dessa prática um exercício constante de colaboração, e só tenho a agradecer por isso, pois além de me ajudar quando preciso, me deixou mais confiante. E se vocês já têm este costume, contem nos comentários como funciona pra vocês.  Chega de quebrar a cabeça sozinhos.

RPG em grupo
Não seja um Shinji, aceite ajuda e mestre RPG “em grupo”

Quer continuar sua aventura? Aqui temos mais artigos sobre formas de jogar RPG em grupo

Comunidades de Tormenta no Discord
Diferentes maneiras de jogar RPG
Como começar a mestrar

Bençãos da Deusa — Como seria se casar com os deuses do Panteão de Tormenta20?

Panteão

Fui desafiada a imaginar como seria se casar com cada um dos deuses do Panteão de Tormenta20, e óbvio que aceitei, pois ninguém melhor que a maior casadeira RPGística de toda Arton pra isso! Então, vamos lá — por ordem alfabética para não nos perdermos! (ATENÇÃO: para maiores de 18 anos. ATENÇÃO [2]: e pode conter spoilers de mudanças recentes no cenário)

Aharadak

Um dos mais novos deuses a compor o Panteão, casar com Aharadak pode ser um paraíso fetichista; afinal, todos estes braços, bocas e tentáculos podem servir pra muito mais do que devorar a realidade de Arton, não é?

Allihanna

Pense nesta possibilidade apenas se você também for um animalzinho.

Arsenal

O mais novo integrante do Panteão, por baixo daquela máscara esconde um homão da porra. Ele não parece muito preocupado em casar, a não ser que você seja uma arma sagrada ou de destruição em massa. Se esse é seu objetivo, pense bem na construção da sua próxima ficha.

Azgher

O Deus-Sol parece se importar muito com todos ao seu redor, então a bondade faria parte constante desta relação. E com a intensidade que sua luz brilha, um bom bronzeado seria constante também.

Hynnin

O engraçadão que quer sempre pregar uma peça em todo mundo, obviamente não pouparia nem quem se casasse com ele. Ou você entra na brincadeira e vive se divertindo assim, ou você vai pedir o divórcio rapidinho.

Kallyadranoch

Um dos deuses mais gostosos de Arton, sorte de quem conquistar este coração. Mas lembre-se sempre de que ele é o maior, o melhor, o mais poderoso e incrível ser que já pisou no mundo, senão a briga vai ser feia. Dragões costumam ter o ego muito frágil.

Khalmyr

O casamento “perfeitinho”. Tudo sempre estará bem, em equilíbrio, organizado, estável, como deve ser. Você pode esperar muito carinho e amor, mas não espere surpresas, reviravoltas nem nada que fuja da rotina. Aqui é só o equivalente ao “papai e mamãe”.

Lena

Nem pense nisso. Lena é uma criança.

Lin-Wu

O deus da honra com certeza seria fiel a quem estivesse ao seu lado. Porém, poderia ser um pouco rude às vezes e ter dificuldade de lidar com falhas – ou o que ele julgar uma falha. Mas sempre tentará conciliar as coisas com uma conversa – a não ser que se sinta desonrado ou traído. Aí, não tem mais volta.

Marah

O casamento perfeito entre paz e putaria. Nada de brigas, discussões bobas, intrigas… Somente amor, paz e muita agarração. Afinal, para Marah, quem transa não tem tempo pra guerra.

Megalokk

Você tem certeza que quer se casar com, literalmente, um monstro?

Nimb

Provavelmente Nimb nem vai notar que está casado, então vai ser uma loucura total. Não dá nem pra tentar prever como seria um “casamento” desses.

Oceano

Mais um deus delicioso que é impossível resistir. Mas, talvez por sua natureza aquática, o que ele faz de melhor é: nada. Ele nunca vai tomar a iniciativa, nunca vai fazer uma surpresa, nunca vai lembrar de fazer nada sem que você peça. Vai estar sempre lá, lindo e pleno, mas só isso.

Sszzaas

Preciso dizer que o mínimo que te espera num casamento desses é traição? Se ele não tentar matar você já será lucro.

Tanna-Toh

Uma senhorinha meio sinistra, mas que será sempre uma ótima companhia para uma bom papo e um chá. Assunto nunca vai faltar, mas talvez seja chato conviver com alguém que sabe absolutamente TUDO – e nunca vai deixar você falar, porque ela já sabe o que quer que você queira contar.

Tenebra

A gótica suave do Panteão é um pedaço de mal caminho – às vezes no sentido literal. Extremamente sensual, cair em suas graças pode ser uma benção, mas a qualquer momento você pode ser descartado: apesar de abençoar todos os seres renegados da noite, sua maior preocupação é ela mesma – e aparentemente, ela se enjoa fácil.

Thwor

Mais um novato no Panteão, o deus duyshidakk já faz sucesso entre os seus – já virou deus tendo uma penca de filhos. Mas é preciso provar seu valor e estar ao seu lado na luta pelo “mundo como deve ser”. E não deixe que os destinos de vocês se afastem no Akzath, senão o final não vai ser feliz. 

Thyatis

Se você descobrir como casar com uma fênix de fogo, me avisa.

Valkaria

Ela não vai querer casar com você – e nem com ninguém. Mas que dá vontade, dá, né?

Wynna

Praticamente três em uma, casar com Wynna parece ser uma felicidade imensa! Talvez seja um pouco difícil acompanhar seu ritmo, pois a deusa da magia parece não parar nunca. O maior problema vai ser a concorrência: essa gata – ou essas gatas? – são praticamente unanimidade, e pelo menos metade de Arton vai querer disputar o amor de Wynna com você.

 

E aí o que acharam? Com qual destas divindades vocês preferem casar? Não deixem de me contar nos comentários, e dizerem o motivo! E que vocês sejam muito feliz com a divindade que escolherem — se for possível!

Bençãos da Deusa — Ficha da Fadinha de Prata: Uma NPC medalhista para sua mesa de T20

rayssa leal

Na madrugada desta segunda-feira tivemos a final do Skate Street, modalidade estreante nas Olimpíadas de Tóquio. O Brasil foi representado pela atleta Rayssa Leal, de apenas 13 anos, que conquistou a medalha de prata em uma disputa emocionante que parou o país em plena madrugada. A medalhista olímpica mais nova da história do país ganhou notoriedade em 2015, com então 7 anos, ao fazer um heelflip vestida de fada no pátio da escola que foi filmado e postado nas redes, sendo compartilhado inclusive pelo ídolo do skate Tony Hawk.

Em homenagem à Fadinha que conquistou não apenas a medalha olímpica, mas o coração do Brasil e do mundo, trouxemos ela para sua mesa de Tormenta 20, em versão ameaça e aliado especial, com arte por Ana Carolina Gonçalves!
Você também pode baixar aqui a ficha em PDF, em adaptação por Diogo Almeida.

rayssa leal

FADINHA DE PRATA         ND 13

Espírito 20, Minúsculo
Iniciativa +22, Percepção +16, visão no escuro.
Defesa  28; Fort +20, Ref +22, Von +16, cura acelerada 10, imunidade a paralisia e dano de impacto.
Pontos de Vida 140
Deslocamento 9m (6q), voo 12m (8q)
Pontos de Mana 30
Corpo a corpo shape +9 (1d10+6).
Voo Indomável (Movimento, 1PM) A Fadinha de Prata pode invocar uma espécie de shape sob os pés e aumentar seu deslocamento de voo para 18m (12q). Caso necessário, o item pode ser utilizado para ataque corpo a corpo (vide acima).
Sopro de Prata (Padrão, 3PM) Um sopro prateado em cone curto. Criaturas na área sofrem 12d12 pontos de dano de essência (Ref CD 24 reduz o dano à metade).
Dança da Fadinha (Padrão, 2PM) A Fadinha de Prata pode fascinar todas as criaturas a sua escolha em alcance curto. Todos devem fazer um teste (Von CD 24). As criaturas que falharam ficam fascinadas enquanto a Fadinha de Prata sustentar a habilidade (como se fosse uma magia sustentada).
Atributos For 8, Des 22, Con 14, Int 14, Sab 10, Car 18
Perícias Acrobacia +22, Diplomacia +20
Tesouro Dobro.

 

ALIADO ESPECIAL: FADINHA DE PRATA

A Fadinha de Prata inspira quem estiver ao seu lado. Iniciante: você recebem um bônus de +2 em testes de perícia (inclusive luta e pontaria) e dano. Veterano: aumenta o bônus para +4. Mestre: aumenta o bônus para +6 e você recebe uma ação de movimento extra por turno.

Bençãos da Deusa — Jogando Online: Guia para mestrar no Roll20, Parte 2

roll20

Continuando com nosso Guia para mestrar no Roll20, vamos começar a organizar o jogo e entender as ferramentas disponíveis. Você pode ler a Parte 1 aqui e a Parte 3 aqui!

Quando você entra no jogo, essa é a tela que aparece, onde temos dois menus: um vertical à esquerda (em verde) e um horizontal à direita (vermelho).

Hoje eu eu falei do menu horizontal à direita (vermelho):

Roll20

Chat

Este primeiro ícone é o “Chat” e leva para o chat de texto e rolagem. É bem simples, pois é apenas isso.

Roll20

Biblioteca de Imagens

Este ícone é o “Biblioteca de imagens”; ele é geral. pois toda imagem que você subir para o Roll20 aparecerá em qualquer mesa sua neste botão. Clicando no botão ‘upload’, circulado em vermelho, você abrirá a caixinha ao lado, e basta clicar em ‘choose a file’ para subir as imagens que você quiser. Isso será muito importante, pois é onde estarão todas as imagens que você irá usar na mesa: tokens dos jogadores, dos inimigos, mapas, aliados, enfim, tudo estará armazenado aqui.

Roll20

Diário

Este ícone é o “Diário”: é onde ficarão as fichas do personagens, dos inimigos e cards que você quer mostrar para os jogadores durante o jogo. Clicando no botão “adicionar”, aparecerá o pequeno menu circulado em verde: em “personagens” você adiciona novas fichas de personagem em branco de acordo com o modelo que você escolheu quando criou a mesa (tanto para os jogadores quanto para você usar para os inimigos). Clicando em “panfletos” você adiciona um card onde pode colocar um título, uma imagem, um texto para mostrar aos jogadores e um texto que somente você pode ver. Porém, nenhuma delas é obrigatória, você utiliza o card como quiser. Clicando em “pasta” você adiciona novas pastas para organizar seu material: ‘Characters’ e ‘Handouts’ são duas pastas que já vêm por padrão no Roll20.

Jukebox e Coleção

Sobre o quarto e quinto ícones, respectivamente “Jukebox” (em laranja)  e “Coleção” (em azul) são mais avançados, por tanto não falarei aqui, uma vez que saber usá-los não interfere diretamente no jogo.

Minhas Configurações

O último ícone é “Minhas configurações” (roxo). Vou mostrar algumas que podem ser interessantes para você.

“Reentrar como jogador” (amarelo): Você entra na mesa tendo a visão que seus jogadores terão, sem acesso às ferramentas e camadas do mestre (da qual falarei na próxima parte). É importante para você ver como sua organização está do ponto de vista dos jogadores. Para voltar, no lugar deste botão estará “Reentrar como mestre”.

“Nome de Exibição”: é o nome que parecerá na tela. Lá em cima você pode ver que embaixo, à esquerda, tem um card com meu nome; é o nome que parecerá ali. Especialmente para os jogadores pode ser legal usar o nome dos personagens durante a mesa para facilitar a interação.

“Habilitar dados 3D” e “Rolar dados 3D automaticamente” (verde): marcando estas duas opções, aparecerão dados rolando na tela quando você fizer uma rolagem pelo Roll20.

“Tamanho do player de vídeo/avatar” (vermelho): mostra o tamanho daquele card com nome e foto que falei lá em cima. Dá para deixá-lo  maior, menor ou ‘apenas nomes” que tira a imagem de todos, opção que costuma ajudar a não deixar a tela poluída.

“Quero transmitir para os outros” e “Quero receber dos outros” (azul): o Roll20 tem sistema de voz e vídeo, que não aconselho usarem pois é bem ruim. Toda mesa criada por padrão vem com ambos ativados, então é necessário ir até os dois botões e selecionar em ambos a opção “Nada”.

 

Então, estas são as configurações básicas do menu superior direito horizontal. Espero que tenha ficado claro para vocês, e qualquer dúvida mandem nos comentáriosque eu tentarei responder. Você pode conferir a parte 2 aqui!  Até mais!

Leia também a Parte 1Parte 3 e os Extras!

Bençãos da Deusa — Jogando Online: Guia para mestrar no Roll20, Parte 1

Roll20

Se jogar RPG online já era uma tendência antes da quarentena, depois do começo do isolamento se tornou a substituta das mesas presenciais de vez. Mas apesar da popularidade e da impossibilidade de mesas presenciais neste período, narrar assim ainda assusta muita gente, principalmente quanto à plataforma de jogo. Por isso, fiz esse guia para mestrar no Roll20! Não vou abordar ferramentas complexas, apenas as mais simples — que já são chatinhas o suficiente — e que constam na conta gratuita do site. E será um guia “ilustrado”, com prints das telas para que seja mais fácil acompanhar!

Aqui você encontra a Parte 2 e aqui a Parte 3!

Conta no Roll20

Para começar, é necessário ter uma conta no Roll20. O cadastro é feito da mesma forma que a maioria dos sites, então não abordarei este passo-a-passo aqui. Acessem o site aqui e criem uma conta. Se você já joga ou jogou pelo Roll20, não é necessário fazer uma conta nova: a conta para jogar e mestrar é a mesma.

Criando a “mesa”

Aqui começa o trabalho do mestre. Na Tela inicial vai aparece “Jogos Recentes” e ao lado duas opções: “criar novo jogo” e “encontrar grupo”. Abaixo estarão listadas as mesas que você já joga ou um convite para começar a jogar caso seja seu primeiro acesso. Clique em “Criar No Jogo”.

Print da Tela inicial do Roll20 mostrando onde clicar

Aqui começa efetivamente a criação da mesa. Você vai dar um nome ao jogo (como mostra a seta verde) e pode escolher a ficha que será usada (como mostra a seta roxa). Se o jogo que você vai mestrar não tiver uma ficha no Roll20, você pode usar uma ficha parecida ou deixar selecionado “nenhum”, que criará um documento para você mesmo colocar os atributos que precisar. Ao selecionar uma ficha existente, aparecerá uma miniatura dela abaixo para que você confira se é esta mesmo que procura. Como exemplo, selecionei a ficha de Tormenta20 que está disponível no Roll20. Depois disso, só clicar no botão azul abaixo do nome da mesa dizendo “Estou pronto. Crie o Jogo!”, circulado em laranja.

Sua mesa está criada!

Primeiras configurações

Está será a tela inicial toda vez que você e seus jogadores entrarem na mesa. Aqui você pode selecionar uma imagem para ilustrar a mesa (seta laranja). É opcional, mas fica muito mais legal e mais fácil encontrar a mesa na sua lista de mesas depois. Clicando em “Iniciar Jogo” (circulado em azul) você entra na mesa de jogo propriamente dita, mas aqui ainda temos coisas para ver: É aqui que você convida seus jogadores. Na lateral direita, abaixa do seu nome e foto, tem um botão roxo dizendo “Convidar” (circulado de verde). Ali aparecerão quantos jogadores e quem eles são depois de aceitarem o convite.

Aqui, é hora de convidar os amigos: a maneira mais fácil, para mim, é copiando o link da sala e enviando para eles. assim que eles clicarem no link, oficialmente farão parte da sua mesa.

E este é o primeiro passo para mestrar no Roll20, espero que tenham acompanhado. Ficou com alguma dúvida até aqui? Pergunta nos comentários! Vocês podem ler a Parte 2, a Parte 3 e os Extras!

Bençãos da Deusa — Novos jogos: vencendo o medo de encarar o desconhecido

novos jogos

Se perguntar pra qualquer jogador de RPG, praticamente todos vão ter um RPG preferido: aquele jogo que vocês domina as regras, conhece a lore à fundo, debate com os amigos. Eu também tenho o meu, que no momento é Tormenta20, que acompanho e amo desde que era um cenário sem sistema próprio. 

Mas ter um RPG do coração não é motivo para eu não querer conhecer outras coisas, pelo contrário: eu AMO conhecer novos sistemas, novos mundos, novas concepções de jogo. 

Saindo de um sistema para outro

O maior medo que eu percebo é com sair de um jogo que você domina para outro completamente diferente. Não precisa ser assim, você pode procurar outros jogos no mesmo estilo para experimentar, cuja base é a mesma. Existem vários jogos que usam o sistema d20 como base, vários jogos que se baseiam em Apocalypse World, e assim por diante. Se você sente medo de aprender um sistema completamente diferente, comece explorando os “vizinhos”. As regras não serão iguais, mas provavelmente seguirão a mesma lógica, o que torna mais fácil de aprender.

Extrapolando os limites

Eu gosto de conhecer coisas diferentes do que costumo jogar. Pode ser um pouco assustador não dominar aquele conjunto de regras, mas é muito divertido aprender algo completamente fora do meu habitual. Pegar um novo livro, começar a ler, entender como funciona, debater com os amigos do grupo. Ano passado conheci Apocalipse World, ninguém do grupo nunca tinha jogado, nem o mestre, e foi uma delícia ir descobrindo o jogo com todo mundo. A sensação de descobrir algo novo, se abrir pra testar e aprender coisas novas é ótima! Não tenha medo de se jogar em algo que é o oposto do que você costuma fazer, nem que seja pra descobrir que realmente não gosta.

Como eu faço isso?

Lendo o livro. Muitos de nós vêm de uma época onde RPG era passado praticamente por tradição oral, por não ter acesso aos livros originais. Hoje, eles estão aí, há um clique de distância. Leia, procure mesas pra assistir, teste com os amigos. É assim que se aprende um novo jogo. Eu faço parte da organização de um evento de RPG gratuito e costumo dizer que é um lugar excelente para testar novos jogos. 

Joguei coisas novas, mas e meu jogo preferido?

Seu jogo preferido só tem a ganhar quando você se abre para novas experiências. Você conhece coisas diferentes que pode incorporar na sua mesa e enriquecer o jogo. Novas mecânicas, novas histórias, novas dinâmicas: tudo que você gostou de outros jogos podem fazer parte da sua mesa de RPG, assim como coisas que você não curtiu te levam a refletir sobre o que acontece no seu jogo. 

Eu estou feliz só com meu jogo preferido, e aí?

E não tem problema. Cada um joga o que quiser, ninguém é obrigado a jogar outras coisas se não tem vontade. É apenas um incentivo pra quem tem alguma vontade e acaba desistindo por ficar com medo.

Jogar RPG é um hobby, tem que ser divertido. Mas se abra para novas opções, novos jogos, novas experiências e você pode se surpreender com o resultado. 

 

Bençãos da Deusa — Minha Retrospectiva RPGística Parte 2: O que rolou em 2020

Voltando então com a segunda parte da Minha Retrospectiva RPGística de 2020!

Julho 

A Jornada RPGística começou neste mês. A mesa de Apocalipse World começou mais devagar, todos estávamos conhecendo o sistema pela primeira vez, mas fomos deslanchando à medida que jogávamos.

O jogo é incrível e o grupo foi se acertando muito bem! Também começamos uma mesa de Avatar (o de verdade, de dobradores elementais) usando um sistema chamada “Legend of the Elements” com o Matheus, a Vic, O Gabriel e a Dani, meu grupo anterior de 13ª Era..

Depois de ninguém ser o Avatar, decidi que seria eu, e assim surgiu minha dobradora do ar que odeia ser o Avatar.

Tive o prazer de começar a jogar uma stream de Skyfall RPFG no canal do Mestre Pedrok, Rota Final, que contou com a participação de Leandro Ramos e Caíro Mainier, do “Choque de Cultura”, e foi muito divertido!

Também comecei a mestrar uma one-shot que viraria uma mini-aventura em Solaris, reino de Azgher, como presente para o Daniel, aventura esta montada em live.

Além de tudo isso, também começamos nossa mesa de “Garotas Mágicas na Academia Arcana de Arton”, inspirados pela mesa de Sakura Card Captors lá atrás, e o grupo de Avatar resolveu jogar TAMBÉM Magical Fury, um sistema de garotas mágicas – mas não garotas mágicas fofinhas, uma coisa mais estilo Madoka Magica.

Agosto

Neste mês começamos “Lágrimas Para a Dragoa Rainha“, primeira stream oficial de Tormenta 20, no canal do Mestre Pedrok, na qual tive o prazer de jogar. Mestrada pelo Guilherme e jogada por mim, Pedrok, Trevisan, Karen, Cassaro e Leonel, foi uma experiência maravilhosa!

As demais mesas seguiam firmes e fortes semanalmente, e eu já estava pirando para encaixar tudo.

Setembro

Aqui que a coisa desandou de vez. Depois do último episódio de “Lágrimas Para a Dragoa Rainha”, adaptei a mesma personagem para A Guilda do Submundo de Valkaria, uma Guilda de Tormenta 20.

Achei que ia jogar uma vez que outra, e uma semana depois já estava jogando todos os dias lá, além de jogar minhas próprias mesas fora da Guilda. Conheci lá um pessoal incrível, que passaria a fazer parte da minha vida dali pra frente de uma forma muito especial.

Como vocês podem notar, o número de grupos e mesas só aumentava, não diminuía.

Outubro e Novembro

Foi uma loucura! Entre setembro e outubro, eu chegava a jogar entre 12 e 14 mesas de RPG em uma semana. Eu realmente exagerei. Além de jogar na guilda, comecei a mestrar lá também.

E foi o mês do meu aniversário, comemorado com uma live muito especial.

Como se não bastasse o tanto que jogávamos na Guilda, montamos mais grupos de RPG fora dela. Nós tínhamos um grupo entre o pessoal de ND alto no whatsapp que formamos para organizar a encomenda de uma arte com os personagens, e acabou virando um grupo de conversa de amigos.

Junta um bando de viciado em RPG que passa o dia falando de regra, dá nisso. Eu entrei em dois, um com todo  nosso grupo (o mestre mais dez jogadores, a ideia é se revezar em grupos de 5) mestrada pelo Reik, e outra com alguns de nós mestrada pelo Will.

Dezembro

Dezembro é um mês complicado naturalmente. O ritmo das mesas diminuiu – e na verdade eu precisava disso. Porém, ainda joguei direto, mas passei a evitar jogar duas mesas num dia só.

Algumas mesas entraram em hiato. Comecei a jogar o delicioso Mouse Guard em stream da Editora Retropunk. Tá bom assim, né? Não! Porque saíram as primeiras aventuras da Jornada Heroica, campanha completa de Tormenta 20 do nível 1 ao 20.

E eu me comprometi mestrar a Jornada Heroica. Não para um. Não para dois. para TRÊS grupos diferentes. E são grupos completamente diferentes mesmo,

Foi um ano atípico e pesado pra todos mundo, mas o RPG foi minha muleta, minha salvação. O motivo de eu não ter pirado durante este período difícil. Em alguns momentos passei dos limites, mas a gente vai aprendendo a dosar as coisas.

Espero que 2021 seja um ano melhor para todos nós, e que ainda tenha muito RPG. Afinal, RPG nunca é demais.

Bençãos da Deusa — Minha Retrospectiva RPGística Parte 1: O que rolou em 2020

Retrospectiva RPGística

2020 foi um ano atípico para todo mundo, e pra mim não foi diferente. Meu trabalho virou homeoffice, fiquei de quarentena desde a metade de março, sem ir nem ao supermercado, pois sou grupo de risco. Definitivamente não foi um bom ano de forma geral. Mas foi um ano de muito RPG, MUITO MESMO! Nunca joguei tanto na minha vida, e acho que nunca joguei tantos RPGs diferentes também. Presa em casa, o RPG me ajudou a passar o tempo e a encarar esse período de aflições e insegurança, e vou fazer com vocês uma retrospectiva RPGística desse ano louco.

Janeiro e Fevereiro

As coisas ainda estavam relativamente normais. Aqui em casa, acompanhávamos as notícias de outros países e sabíamos que chegaria aqui. Álcool gel já fazia parte da nossa rotina quando o primeiro infectado foi anunciado. Estava jogando Deadlands e 13ª Era, além do grupo fixo de Tormenta RPG – A Libertação de Valkaria. Chegamos a impedir que uma amiga que voltava da Europa viesse jogar presencialmente em casa. 

Março e Abril

As mesas presenciais viraram todas mesas online. Também recebi o convite do Thiago Rosa para uma mesa de Tormenta Alpha, que obviamente aceitei. O que era para ser uma mesa pessoal, entre amigos, se tornou uma stream semanal no canal da Jambô Editora na Twitch. Joias para Lamashtu se tornou um dos grandes incentivos na minha vida: a mesa incrível composta por Carine Ribeiro, Glauco Lessa, Rafael Pelluso, além de mim e do Thiago, cativou uma galera fiel, toda semana presente nas stream – e fora dela: rendeu ainda a “Guilda dos Fanfiqueiros de Joias”. Era o primeiro aviso de que o RPG começaria a tomar conta de minha vida como nunca antes.

Maio

Depois de assistir uma live com Felipe Della Corte e Thiago falando da Jornada Heroica – que até então eu não estava dando muita bola – entrei em um hype gigantesco. Assim, descobri a Organização Secreta no discord, na época não tão cheia e um espaço delicioso para… hypar. Foi um espaço importante de debate, troca de ideias, enfim. Era o ambiente que eu precisava. Para fechar o mês com chave de ouro, dia 29 saiu a primeira versão final do Tormenta 20. Foi o que me fez sair de dois meses de letargia e “pôr a mão na massa”.

Junho

Já no dia 1º de junho eu jogava minha primeira mesa de Tormenta 20. Eu e um grupo de malucos, liderados pelo Daniel Duran, que topou adaptar “Dia de Tormenta” pro recém saído T20, nos aventuramos neste sistema até então desconhecido. A one-shot virou uma “quadri-shot” e nos divertimos demais conhecendo o sistema juntos. Também acabei organizando um mini evento de aniversário do servidor na mesma semana, e mestrei Tormenta 20 também. Foi o mês em que comecei o meu próprio canal na Twitch, para falar de RPG e afins. Também tive a felicidade de jogar uma one-shot de Sakura Card Captors pra 3d&T que foi resolvida com uma festa ao invés de combate: foi incrível! Finalzinho do mês também criamos um grupo para jogar Apocalipse World, que eu até então desconhecia. Mas os jogos só começaram em julho….

O segundo semestre de 2020 foi ainda mais insano, mas isso eu conto pra vocês no mês que vem. Que vocês tenham um 2021 recheado de RPG, assim como foi o meu 2020, e até janeiro!

Bençãos da Deusa — Aventuras de improviso: o exercício das 3 palavras

3 palavras

Mestrando em sistema de Guilda (se você não sabe o que é, pode ler mais sobre aqui e aqui), me vi diante da seguinte situação: as pessoas estavam lá, disponíveis para jogar naquele mesmo dia ou no dia seguinte, e eu com vontade de mestrar, mas não tinha nenhuma aventura para o nível delas preparada. Então um amigo, durante uma conversa, me pediu 3 palavras aleatórias. Falei qualquer bobagem e ele criou uma aventura na hora, usando aquelas palavras.

Achei fantástico e em seguida resolvi tentar: pedi 3 palavras para ele e criei um plot em cima daquelas palavras. Foi uma experiência não só divertida, como também libertadora. Eu sempre digo que não tenho criatividade para pensar em plots para mestrar, e este exercício mostrou que se eu parar por alguns minutos, saem coisas legais. Neste dia, eu mandei os jogadores para a entrada da área de Tormenta de Tiberus usando as palavras batata, peteca e corno. Foi uma mesa tensa que eu adorei mestrar — e espero que os jogadores tenham gostado de jogar, apesar de algum trauma. 

Assim, pedi para alguns amigos 3 palavras enquanto escrevia este texto para mostrar pra vocês como funciona. Desde já, aviso que os plots serão inspirados em Tormenta 20, que é o que estou mestrando no momento.

Macarrão, gaivota e radioatividade

Puristas montaram um laboratório de testes nos limites com Svalas. Estão trabalhando com material radioativo para desenvolver geneticamente novos monstros e atacar o Reinado. Alguma coisa porém saiu errada: após uma explosão, uma gaivota gigante fugiu do laboratório e está aterrorizando as cidades mais próximas, além de roubar toda produção de macarrão dos arredores para se alimentar, principal atividade econômica da região.  

Parábola, inconstitucional e contagem

O Triunvirato de Tiberus tenta ainda manter a ordem e reerguer o que sobrou da cultura minotáurica. Porém, o senador Glabo Varaxus não concorda com o caminho conciliador e antiescravagista para o qual Pérola e Kelskan guiam sua civilização, e planeja um golpe inconstitucional. Ele irá sugerir uma eleição para novos membros e irá alterar a contagem de votos através de sua rede de influência política. Alguns de seus planos foram interceptados, mas não servem como provas porque estão escritos em código, como parábolas. O grupo precisa investigar e juntar provas para evitar que o povo minotáurico mergulhe novamente numa era de escravização.   

Seguro, trabalho e relatório

Um grupo de trabalhadores de uma mina de escavação de pedras preciosas em Trebuck consegue enviar uma mensagem pedindo ajuda. Eles foram contratados para trabalhar na mina com várias garantias, tendo sido assegurado que a maior parte do que fosse encontrado seria deles. Porém, a medida que o tempo foi passando e os relatórios foram mostrando que havia cada vez menos tesouros no lugar, o responsável os escravizou, retirando deles quase tudo que é garimpado. Sob forte vigilância e fracos pelas péssimas condições de trabalho, estas pessoas não têm como escaparem sozinhas. Precisam da ajuda de aventureiros capazes de acabar com este terror. 

Cachoeira, bolo e sertanejo

Os aventureiros são chamados por um nobre em Namalkah para resolver um problema: uma receita de um bolo de família, passado de geração em geração, foi roubada. Para protegê-la, existia uma única cópia. Eles devem investigar, descobrir e encontrar o responsável pelo roubo: uma sereia que se esconde em uma gruta atrás de uma linda cachoeira.  A forma de descobrir onde ela está é através de sua música, uma doce melodia sertaneja. Esta melodia, porém, quando ouvida por muito tempo, ou muito de perto, pode deixar fascinados aqueles de vontade fraca. 

*****

Viram como funciona? Levei cerca de 15 minutos pensando em cada plot. Claro que estes são ideias iniciais e algumas coisas precisarão ser organizadas, mas temos aqui o ponto de partida de várias tramas, pensadas como tipos diferentes de aventuras. No início, pode parecer meio assustador, mas vocês vão perceber que é mais fácil do que parece, e que pode ser muito divertido. Agora mandem mensagens para algum amigo, peçam 3 palavras e se divirtam com o caminho para onde esta aleatoriedade pode levá-los.

Agradecimento especial para Thiago Trot, que além de mandar 3 palavras foi quem me mostrou este método, e para Ricardo Correa, Lucas Felipetto e Diogo Stone, que mandaram 3 palavras para esta matéria.

 

 

Bençãos da Deusa — Diferentes maneiras de jogar RPG: Presencial, Online, Texto, Guilda

Diferentes maneiras de jogar RPG

A quarentena fez com que um grande número de RPGistas procurassem diferentes maneiras de jogar RPG. Apesar destes formatos já existirem, ainda eram desconhecidos pra muita gente. Os número divulgados trimestralmente pelo Roll20, uma das maiores plataformas de RPG Online, mostram o imenso crescimento na quantidade de mesas, inclusive no Brasil. Mas quais as diferenças desses formatos?

RPG Presencial

Jogar de forma presencial é obviamente a forma mais antiga e tradicional de se aventurar em mundos de ficção, apesar de muita gente que chegou mais recentemente ao RPG nunca ter jogado desta forma. RPG presencial é reunir o grupo todo (mestre e jogadores) em um mesmo espaço físico para jogarem, rolando dados e usando fichas de personagem em papel, apesar de muita gente também ter “automatizado” estes aspectos, usando aplicativos de rolagem e fichas e livros em PDF pelo celular. É uma forma divertida de se reunir na casa dos amigos. O maior impeditivo é a necessidade de ter pessoas que morem na mesma cidade para jogar.

RPG Online

É a forma que mais cresceu durante a pandemia. Grupos presenciais se transformaram em grupos online, mais gente conheceu e teve mais tempo para jogar estando em casa, popularizando essa forma de jogo. Em geral, para jogar RPG online, você precisa de um grupo, livros, fichas como em um grupo presencial, com a diferença de que as sessões acontecem em ambiente virtual. O grupo faz uma chamada de áudio, com ou sem vídeo, por alguma plataforma de comunicação; algumas já apresentam até a possibilidade de instalação de programas de rolagens de dados, e tudo acontece por ali. Boa parte dos grupo também usa ferramentas para mapas, combates, imagens e rolagem de dados, onde é possível que todos visualizem e organizem as cenas. Assim, é possível jogar com pessoas de qualquer lugar, contando que tenha uma boa conexão com a internet, o que pode ser um problema.

RPG por Texto

RPG por texto é bastante comum desde o início da internet, mas muita gente ainda não conhece. Costuma ser jogado em fóruns ou plataformas e aplicativos de comunicação por texto. Cada jogador descreve por texto suas ações na cena, enquanto o mestre media e descreve as coisas da mesma forma. É mais demorado, pois a partida não está acontecendo simultaneamente para todos, mas é ideal para quem não tem uma boa conexão com a internet ou tempo para se reunir com o grupo. Pode ser um exercício de escrita bem interessante, e as cenas e ações acabam sendo mais detalhadas.

RPG de Guilda

É bem parecido com jogar de forma online, mas tem suas peculiaridades e por isso ganhou destaque aqui. é um grupo geralmente grande de pessoas que estão em um mesmo fórum ou servidor onde cada um tem seu personagem. Os mestres criam missões e quem estiver disponível naquela data e horário se dispõe a jogar aquela aventura, ganhando recompensas e assim evoluindo seu personagem. Cada fórum ou servidor têm suas próprias regras de criação e evolução de personagens e de recompensas. Por ser uma quantidade em geral grande de pessoas (e falo aqui até em centenas), muitas regras originais do jogo escolhido precisam ser adaptadas de modo a funcionar. A grande vantagem é não depender da disponibilidade de todos; mesmo que alguém não possa jogar, provavelmente outro assumirá o lugar, e você pode encaixar as sessões dentro dos seus horários livres.

Existem cada vez mais ferramentas que ajudam na expansão e facilitar o acesso ao hobby. Apesar de serem diferentes maneiras de jogar RPG, todos levam à mesma coisa: se divertir. Agora, é encontrar qual formato fica melhor para você e se aventurar mundos afora.