HEXATOMBE: Impressões do primeiro episódio!
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ATENÇÃO: o texto abaixo contém spoilers do Episódio 1 de HEXATOMBE, nova stream de Ordem Paranormal. Prossiga por sua conta e risco!
Tudo começa pelo sangue.
Mas será que ele também pode ser o nosso fim?
HEXATOMBE, o tão aguardado terceiro spin-off de Ordem Paranormal, estreou neste sábado (25/10) e com ele fomos instantaneamente imersos no que de longe é a maior produção da série até o momento. O primeiro episódio uniu tudo o que tínhamos visto de inovação em Ordem até então, e com uma dose ainda maior de “o que está acontecendo?”, pergunta essa que colocou os players em um oceano vermelho de dúvidas (que se tornou ainda mais profundo quando eles descobriram que iriam se conectar com os personagens, e não criá-los)!
Bagi e Cereaw abrem o episódio disputando pela conexão de Jae-Yoon e, com a vitória da player veterana, algumas perguntas se formaram na minha cabeça: “isso é a marca se conectando ao killer? Algum agente da ordem? Talvez os dois!?”. Em seguida, após essa tensa introdução, um batimento abafado ecoa na imensidão, rompendo com o silêncio. O som de um coração batendo, preso em um caixão acorrentado. Cinco criaturas despertam sem saber quem são, e todas sentem o mesmo chamado e o mesmo medo. O caixão pulsa, pedindo para ser aberto, enquanto uma voz na mente das criaturas sussurra: “não abra”.

Entre ecos de dor e confusão, a realidade começa a se reconstruir. Jonas Aguiar (Cereaw) desperta primeiro, um delegado com mais de trinta anos que alcançou sua ascensão na esquecida cidade de Inquisidor do Vale. Tentando investigar sua própria vida, ele não lembra de nada anterior ao cheiro de café e do som de um carro se aproximando. Pouco tempo depois, uma colega (que talvez seja mais importante do que pensamos) o convoca para ir a São Paulo. Um caso urgente. Um suspeito misterioso.
— Aqui, já vale um breve parênteses para falar sobre o tabletop criado especialmente para Ordem, algo que já tinha sido comentado pelo próprio Cellbit em sua newsletter em julho deste ano. A nova ferramenta parece estar dando uma liberdade muito maior para gravar takes mais imersivos e ilustrar de forma muito mais clara as ações dos jogadores! —
Em outro ponto, Dalmo Magno (Abelha) acorda em um escritório luxuoso, cercado por lembranças de uma família perfeita. Mas, sob o verniz corporativo da empresa Trans Muller, ele esconde um segredo hediondo: uma sala vermelha trancada atrás de um quadro com a imagem de um mergulhador. Ali, o ar cheira a ferrugem e carne. Correntes, ganchos e crânios compõem o altar da sua glória. Seu caminho agora é traçado por uma mensagem que o chama para o Hotel Yoon. Teria ele se tornado o Colosso apenas por poder? Ele busca algo a mais? O bem de sua família e, principalmente, de sua filha é uma motivação ou um custo a se pagar?

Enquanto isso, Kemi (Beamom), a jovem killer inédita dessa temporada, desperta em um apartamento degradado, cercado por bandagens e armadilhas. Cada canto do lugar carrega a paranoia de quem vive caçando e sendo caçada. Ela também perdeu suas memórias, mas, ao investigar, descobre que deveria ter eliminado um alvo e, por falhar, terá que arcar com o custo que agora bate na porta de forma ameaçadora.
Mesmo tendo alguma relação com os outros killers, Kemi foi capturada pela ordem antes dos acontecimentos de Natal Macabro. O quão antes ainda está em aberto, o que pode ser bem interessante! Ela parece ser a mais profissional do grupo, apesar de ter menos poder, seja em influência (em comparação a um delegado que está acima de qualquer suspeita) ou dinheiro (visto a herança de Jae e o escritório de Dalmo).
No mesmo instante, em um quarto de hotel, Jae-Yoon (Bagi) saboreia o gosto metálico do sangue que vai se perdendo em sua mente, se tornando adocicado como um bom (e caro) vinho. Jae encontra mensagens em seu celular, enviadas por nomes que ele não reconhece: Aguiar, Dalmo e K. Algo os conecta, mesmo que ele não saiba exatamente o que. Todos sentem a mesma pressão nas veias, como se o sangue tentasse escapar do corpo. Sem respostas, um homem que diz ser seu motorista chega de forma estranha em um ônibus sem passageiros.

Por fim, nas sombras de uma cela suja e isolada, Labirinto (Calígrafo) risca as paredes com seu próprio sangue, desenhando um grande símbolo, o mesmo que carrega gravado em suas cicatrizes. Ele não sabe quem é, apenas que o labirinto dentro dele nunca teve fim. Quando Aguiar chega ao local, é revelada a relação entre os dois.
Pelas mensagens no celular de Jae, o careca/Labirinto parece ser o elo entre eles, com X e o Mutilador Noturno tendo alguma intimidade maior, mas sendo o ocultista aquele que detém mais conhecimento sobre tudo que está acontecendo.
Sem nem se dar conta, os cinco killers vão se conectando entre si, seja por um chamado urgente, um GPS misterioso ou um rastro de sangue que parece ter consciência própria. E, em cada encontro, algo inesperado acontece.
“O tempo para.
Os músculos travam.
O sangue escorre e rasteja pelo chão em uma direção única.
Algo está chamando.”
Assim, o grupo se encontra diante de um portão trancado e marcado por um escudo com asas (que é estranhamente familiar para todos). Invadindo o local, é possível ver que, no centro, há cinco caixões acorrentados, dispostos como em um ritual. Quando Labirinto se aproxima, uma escolha é feita e o quarto caixão se abre. Lá dentro, há uma criatura feita de tudo o que sobrou de alguém, mas sem forma, sem alma e sem destino. Um ser Anulado.

O caos começa! Jae se esconde nas sombras, Kemi dispara com precisão letal, Aguiar empunha seu machado e Dalmo avança com as mãos cobertas por suas manoplas, lutando contra o horror que tenta engoli-los. Labirinto, tomado por um transe, desenha símbolos e invoca forças que nem ele entende. O Anulado urra, tentando se reconstruir, mas, em frente ao Colosso, qualquer esforço é em vão. A criatura acaba sendo partida ao meio pelo assassino, que confia em seus punhos como suas maiores armas!
Por um instante, os killers pensaram que acabou. Mas, então, na porta do galpão, duas figuras os observam, Aaron e Agatha (essa última está com um novo visual muito foda). O clima feliz é cortado pela surpresa do conhecimento quando Agatha explica que, ao matar o Anulado, um dos cinco irá morrer.

Esse primeiro episódio já mostra muito potencial, principalmente em seus temas únicos! Os assassinos são introduzidos de forma solitária, cada um com uma narração distinta que faz referência a um dos cinco sentidos, mostrando que, mesmo diferentes, eles são parte de um todo. A interação entre os players demora, e boa parte do episódio serve para levantar dúvidas, seja para a ordem, para a sociedade ou suas famílias. Quem são essas pessoas? Quem irá morrer? O que eles ganham com isso?
Bem… essas perguntas, mesmo sem respostas, adicionam novas camadas a cada personagem! Com o ciclo se fechando e uma Calamidade: Parte 2 cada vez mais próxima, as referências às temporadas passadas se tornam mais constantes, como o retorno de Elizabella, a policial da primeira temporada, e de Jeremias, o morador de rua que o fandom chegou a teorizar ser Kian durante Desconjuração.
Esses pequenos fanservices não estão ali por acaso. Enquanto outros spin-offs exploraram o universo de Ordem Paranormal por caminhos paralelos, este último parece seguir em direção oposta: unificar tudo em um último ato antes do fim. Um fechamento que não só conecta os fios soltos da narrativa, mas também celebra a história que trouxe todos até aqui!
Por fim, como fã-muito-fã de Ordem, estou muito ansioso para o próximo episódio e para ver o desenvolvimento de todos esses mistérios! Também estou muito feliz com esse espacinho que recebi aqui no blog da firma para poder compartilhar meus pensamentos com você, que é fã assim como eu e leu até o final.
Até a próxima!
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