Escolinha de Tanna-Toh — Termos que confundem Vol. 2

Escolinha de Tanna-Toh — Termos que confundem Vol. 2

Três folhas de papel antigo sobrepostos e com textos de letras antigas escritas

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Olá, caríssimos artonianos! Como estão enfrentando a chegada do frio do inverno? Espero que todos aqueles agasalhados, mas principalmente quem não estiver, sintam-se à vontade e entrem, aproveitem para ler o tema deste mês enquanto se esquentam nas salas da Escolinha de Tanna-Toh que estão todas bem aquecidas e aconchegantes.

Este mês vamos falar de alguns deslizes comuns que todos já vimos (ou até cometemos!) por aí, em geral por falta de atenção, pressa e, em alguns casos, pura confusão.

Mais ou Mas

Talvez o mais comum de se ver por aí, muitas pessoas confundem por causa da sonoridade. No entanto, é fácil lembrar a diferença.

O termo “mas” é uma palavra com o mesmo valor de porém, todavia, contudo. Serve para transmitir a ideia de oposição ou limitação. Vejamos os exemplos:

  • Queria tomar gorad, mas estou sem tibares para comprar.
  • Preciso de uma armadura melhor, mas as melhores são muito caras.

Já o termo “mais” é usado para dar a ideia de maior quantidade ou intensidade e também é usado para acréscimo e adição, sendo o antônimo de “menos”.

  • Uma armadura completa é mais cara do que uma couraça.
  • A armadura mais o escudo fornecem uma boa proteção.

Aonde e Onde

Esses dois advérbios talvez sejam os campeões da lista de hoje, pois ambos são usados para indicar a ideia de lugar.

“Aonde” só deve ser usado quando o verbo pedir preposição, ou seja, for um verbo indireto; e em orações que dão ideia de movimento.

  • Vou aonde você for.
  • Aonde o bardo vai?

O termo “onde” é usado quando não há movimento.

  • Não sei onde fica o palácio.
  • Poderia me dizer onde posso comprar poções nesta vila?

Agente e A Gente

Outra dupla clássica, distinguida apenas por um espaço.

O termo “agente” é um substantivo, pode se referir a uma profissão ou a quem é responsável por um determinada ação.

  • O agente da coroa dormiu na estalagem mais famosa da cidade.
  • O zumbi foi o agente transmissor da maldição.

A locução “a gente”, por outro lado, substitui o pronome “nós”, mas deve ser conjugado na terceira pessoa do singular (ele).

  • A gente vai até a torre do lich.
  • A gente quase perdeu a batalha.

Mal e Mau

Embora estes dois possam causar muita confusão (afinal têm o mesmo som!), existe uma forma bem simples de diferenciá-los.

Mal opõe-se a bem, e mau opõe-se a bom. Deste modo, sempre que estiver em dúvida sobre eles, basta trocar o termo por “bom” ou “bem”.

  • Esta espada foi mal feita. (Em oposição: Esta espada foi bem feita.)
  • Aquele homem foi um mau prefeito para a vila. (Em oposição: Aquele homem foi um bom prefeito para a vila.)

Perca e Perda

A última dupla do texto de hoje também é causadora de uma confusão bastante popular.

O termo “perca” é uma flexão do verbo perder em alguns tempos verbais da 1ª e da 3ª pessoa.

  • Espero que o grupo não perca tempo e vá direto para a floresta.
  • Querem que eu perca a esperança!

O termo “perda” é um substantivo, quer dizer privar (deixar de ter, excluir) de algo ou alguém.

  • A perda do clérigo foi um golpe duro demais para o grupo.
  • As perdas daquela luta foram pequenas.

 

Sei que alguns desses termos podem ser óbvios para alguns, mas com certeza não são para todos, e como um sábio disse uma vez: “Às vezes o óbvio precisa ser dito!”.

Espero que tenham gostado, e até a próxima!