Autor: Camila Gamino

Bençãos da Deusa — Minha Retrospectiva RPGística Parte 1: O que rolou em 2020

Retrospectiva RPGística

2020 foi um ano atípico para todo mundo, e pra mim não foi diferente. Meu trabalho virou homeoffice, fiquei de quarentena desde a metade de março, sem ir nem ao supermercado, pois sou grupo de risco. Definitivamente não foi um bom ano de forma geral. Mas foi um ano de muito RPG, MUITO MESMO! Nunca joguei tanto na minha vida, e acho que nunca joguei tantos RPGs diferentes também. Presa em casa, o RPG me ajudou a passar o tempo e a encarar esse período de aflições e insegurança, e vou fazer com vocês uma retrospectiva RPGística desse ano louco.

Janeiro e Fevereiro

As coisas ainda estavam relativamente normais. Aqui em casa, acompanhávamos as notícias de outros países e sabíamos que chegaria aqui. Álcool gel já fazia parte da nossa rotina quando o primeiro infectado foi anunciado. Estava jogando Deadlands e 13ª Era, além do grupo fixo de Tormenta RPG – A Libertação de Valkaria. Chegamos a impedir que uma amiga que voltava da Europa viesse jogar presencialmente em casa. 

Março e Abril

As mesas presenciais viraram todas mesas online. Também recebi o convite do Thiago Rosa para uma mesa de Tormenta Alpha, que obviamente aceitei. O que era para ser uma mesa pessoal, entre amigos, se tornou uma stream semanal no canal da Jambô Editora na Twitch. Joias para Lamashtu se tornou um dos grandes incentivos na minha vida: a mesa incrível composta por Carine Ribeiro, Glauco Lessa, Rafael Pelluso, além de mim e do Thiago, cativou uma galera fiel, toda semana presente nas stream – e fora dela: rendeu ainda a “Guilda dos Fanfiqueiros de Joias”. Era o primeiro aviso de que o RPG começaria a tomar conta de minha vida como nunca antes.

Maio

Depois de assistir uma live com Felipe Della Corte e Thiago falando da Jornada Heroica – que até então eu não estava dando muita bola – entrei em um hype gigantesco. Assim, descobri a Organização Secreta no discord, na época não tão cheia e um espaço delicioso para… hypar. Foi um espaço importante de debate, troca de ideias, enfim. Era o ambiente que eu precisava. Para fechar o mês com chave de ouro, dia 29 saiu a primeira versão final do Tormenta 20. Foi o que me fez sair de dois meses de letargia e “pôr a mão na massa”.

Junho

Já no dia 1º de junho eu jogava minha primeira mesa de Tormenta 20. Eu e um grupo de malucos, liderados pelo Daniel Duran, que topou adaptar “Dia de Tormenta” pro recém saído T20, nos aventuramos neste sistema até então desconhecido. A one-shot virou uma “quadri-shot” e nos divertimos demais conhecendo o sistema juntos. Também acabei organizando um mini evento de aniversário do servidor na mesma semana, e mestrei Tormenta 20 também. Foi o mês em que comecei o meu próprio canal na Twitch, para falar de RPG e afins. Também tive a felicidade de jogar uma one-shot de Sakura Card Captors pra 3d&T que foi resolvida com uma festa ao invés de combate: foi incrível! Finalzinho do mês também criamos um grupo para jogar Apocalipse World, que eu até então desconhecia. Mas os jogos só começaram em julho….

O segundo semestre de 2020 foi ainda mais insano, mas isso eu conto pra vocês no mês que vem. Que vocês tenham um 2021 recheado de RPG, assim como foi o meu 2020, e até janeiro!

Bençãos da Deusa — Aventuras de improviso: o exercício das 3 palavras

3 palavras

Mestrando em sistema de Guilda (se você não sabe o que é, pode ler mais sobre aqui e aqui), me vi diante da seguinte situação: as pessoas estavam lá, disponíveis para jogar naquele mesmo dia ou no dia seguinte, e eu com vontade de mestrar, mas não tinha nenhuma aventura para o nível delas preparada. Então um amigo, durante uma conversa, me pediu 3 palavras aleatórias. Falei qualquer bobagem e ele criou uma aventura na hora, usando aquelas palavras.

Achei fantástico e em seguida resolvi tentar: pedi 3 palavras para ele e criei um plot em cima daquelas palavras. Foi uma experiência não só divertida, como também libertadora. Eu sempre digo que não tenho criatividade para pensar em plots para mestrar, e este exercício mostrou que se eu parar por alguns minutos, saem coisas legais. Neste dia, eu mandei os jogadores para a entrada da área de Tormenta de Tiberus usando as palavras batata, peteca e corno. Foi uma mesa tensa que eu adorei mestrar — e espero que os jogadores tenham gostado de jogar, apesar de algum trauma. 

Assim, pedi para alguns amigos 3 palavras enquanto escrevia este texto para mostrar pra vocês como funciona. Desde já, aviso que os plots serão inspirados em Tormenta 20, que é o que estou mestrando no momento.

Macarrão, gaivota e radioatividade

Puristas montaram um laboratório de testes nos limites com Svalas. Estão trabalhando com material radioativo para desenvolver geneticamente novos monstros e atacar o Reinado. Alguma coisa porém saiu errada: após uma explosão, uma gaivota gigante fugiu do laboratório e está aterrorizando as cidades mais próximas, além de roubar toda produção de macarrão dos arredores para se alimentar, principal atividade econômica da região.  

Parábola, inconstitucional e contagem

O Triunvirato de Tiberus tenta ainda manter a ordem e reerguer o que sobrou da cultura minotáurica. Porém, o senador Glabo Varaxus não concorda com o caminho conciliador e antiescravagista para o qual Pérola e Kelskan guiam sua civilização, e planeja um golpe inconstitucional. Ele irá sugerir uma eleição para novos membros e irá alterar a contagem de votos através de sua rede de influência política. Alguns de seus planos foram interceptados, mas não servem como provas porque estão escritos em código, como parábolas. O grupo precisa investigar e juntar provas para evitar que o povo minotáurico mergulhe novamente numa era de escravização.   

Seguro, trabalho e relatório

Um grupo de trabalhadores de uma mina de escavação de pedras preciosas em Trebuck consegue enviar uma mensagem pedindo ajuda. Eles foram contratados para trabalhar na mina com várias garantias, tendo sido assegurado que a maior parte do que fosse encontrado seria deles. Porém, a medida que o tempo foi passando e os relatórios foram mostrando que havia cada vez menos tesouros no lugar, o responsável os escravizou, retirando deles quase tudo que é garimpado. Sob forte vigilância e fracos pelas péssimas condições de trabalho, estas pessoas não têm como escaparem sozinhas. Precisam da ajuda de aventureiros capazes de acabar com este terror. 

Cachoeira, bolo e sertanejo

Os aventureiros são chamados por um nobre em Namalkah para resolver um problema: uma receita de um bolo de família, passado de geração em geração, foi roubada. Para protegê-la, existia uma única cópia. Eles devem investigar, descobrir e encontrar o responsável pelo roubo: uma sereia que se esconde em uma gruta atrás de uma linda cachoeira.  A forma de descobrir onde ela está é através de sua música, uma doce melodia sertaneja. Esta melodia, porém, quando ouvida por muito tempo, ou muito de perto, pode deixar fascinados aqueles de vontade fraca. 

*****

Viram como funciona? Levei cerca de 15 minutos pensando em cada plot. Claro que estes são ideias iniciais e algumas coisas precisarão ser organizadas, mas temos aqui o ponto de partida de várias tramas, pensadas como tipos diferentes de aventuras. No início, pode parecer meio assustador, mas vocês vão perceber que é mais fácil do que parece, e que pode ser muito divertido. Agora mandem mensagens para algum amigo, peçam 3 palavras e se divirtam com o caminho para onde esta aleatoriedade pode levá-los.

Agradecimento especial para Thiago Trot, que além de mandar 3 palavras foi quem me mostrou este método, e para Ricardo Correa, Lucas Felipetto e Diogo Stone, que mandaram 3 palavras para esta matéria.

 

 

Bençãos da Deusa — Diferentes maneiras de jogar RPG: Presencial, Online, Texto, Guilda

Diferentes maneiras de jogar RPG

A quarentena fez com que um grande número de RPGistas procurassem diferentes maneiras de jogar RPG. Apesar destes formatos já existirem, ainda eram desconhecidos pra muita gente. Os número divulgados trimestralmente pelo Roll20, uma das maiores plataformas de RPG Online, mostram o imenso crescimento na quantidade de mesas, inclusive no Brasil. Mas quais as diferenças desses formatos?

RPG Presencial

Jogar de forma presencial é obviamente a forma mais antiga e tradicional de se aventurar em mundos de ficção, apesar de muita gente que chegou mais recentemente ao RPG nunca ter jogado desta forma. RPG presencial é reunir o grupo todo (mestre e jogadores) em um mesmo espaço físico para jogarem, rolando dados e usando fichas de personagem em papel, apesar de muita gente também ter “automatizado” estes aspectos, usando aplicativos de rolagem e fichas e livros em PDF pelo celular. É uma forma divertida de se reunir na casa dos amigos. O maior impeditivo é a necessidade de ter pessoas que morem na mesma cidade para jogar.

RPG Online

É a forma que mais cresceu durante a pandemia. Grupos presenciais se transformaram em grupos online, mais gente conheceu e teve mais tempo para jogar estando em casa, popularizando essa forma de jogo. Em geral, para jogar RPG online, você precisa de um grupo, livros, fichas como em um grupo presencial, com a diferença de que as sessões acontecem em ambiente virtual. O grupo faz uma chamada de áudio, com ou sem vídeo, por alguma plataforma de comunicação; algumas já apresentam até a possibilidade de instalação de programas de rolagens de dados, e tudo acontece por ali. Boa parte dos grupo também usa ferramentas para mapas, combates, imagens e rolagem de dados, onde é possível que todos visualizem e organizem as cenas. Assim, é possível jogar com pessoas de qualquer lugar, contando que tenha uma boa conexão com a internet, o que pode ser um problema.

RPG por Texto

RPG por texto é bastante comum desde o início da internet, mas muita gente ainda não conhece. Costuma ser jogado em fóruns ou plataformas e aplicativos de comunicação por texto. Cada jogador descreve por texto suas ações na cena, enquanto o mestre media e descreve as coisas da mesma forma. É mais demorado, pois a partida não está acontecendo simultaneamente para todos, mas é ideal para quem não tem uma boa conexão com a internet ou tempo para se reunir com o grupo. Pode ser um exercício de escrita bem interessante, e as cenas e ações acabam sendo mais detalhadas.

RPG de Guilda

É bem parecido com jogar de forma online, mas tem suas peculiaridades e por isso ganhou destaque aqui. é um grupo geralmente grande de pessoas que estão em um mesmo fórum ou servidor onde cada um tem seu personagem. Os mestres criam missões e quem estiver disponível naquela data e horário se dispõe a jogar aquela aventura, ganhando recompensas e assim evoluindo seu personagem. Cada fórum ou servidor têm suas próprias regras de criação e evolução de personagens e de recompensas. Por ser uma quantidade em geral grande de pessoas (e falo aqui até em centenas), muitas regras originais do jogo escolhido precisam ser adaptadas de modo a funcionar. A grande vantagem é não depender da disponibilidade de todos; mesmo que alguém não possa jogar, provavelmente outro assumirá o lugar, e você pode encaixar as sessões dentro dos seus horários livres.

Existem cada vez mais ferramentas que ajudam na expansão e facilitar o acesso ao hobby. Apesar de serem diferentes maneiras de jogar RPG, todos levam à mesma coisa: se divertir. Agora, é encontrar qual formato fica melhor para você e se aventurar mundos afora.

Bençãos da Deusa — Como começar a mestrar RPG

Como começar a mestrar RPG?

Então você quer mestrar RPG?

Independentemente de ser um jogador veterano que resolveu se aventurar do outro lado do escudo ou de um novato que já começará no meio do RPG cumprindo o papel de mestre, não há o que temer: mestrar é muito mais simples do que parece – além de ser muito divertido!

Nesse artigo, vou dar algumas dicas para quem quer aprender a mestrar sem complicações.

Um bicho de sete cabeças

Você pode ter visto algumas pessoas falando que mestrar é um ato sublime que exige todo o seu ser para divertir os jogadores, e que é tarefa para poucos escolhidos, mas eu te digo: isso é balela.

Mestrar é fazer parte do jogo e se divertir junto com todos, mas de uma maneira diferente. Não é preciso nenhuma habilidade especial pra mestrar RPG.

Ok, vou nessa! O que eu preciso para mestrar RPG?

Vamos partir da ideia de que você já tem um grupo de RPG (não tem? existem vários grupos nas redes sociais ávidos por um mestre).

Primeiro vocês vão escolher o que vão jogar. Conversem e decidam qual vai ser o sistema e cenário utilizados. Não sabe a diferença entre sistema e cenário? Eu explico isso no post Como começar a jogar RPG.

Enfim, a ideia é que seja algo que todos curtam, incluindo você. Você não está lá para servir ao grupo, e sim para se divertir junto com eles, então precisa ser algo do seu interesse também.

Montando a aventura de RPG

Com tudo escolhido, é hora de montar uma aventura. Se você tem uma ideia de história, é hora de colocar no papel – ou na tela – essa história.

Ela precisa ter uma certa estrutura, ou seja, você terá que pensar em como os jogadores vão chegar em cada parte da história de forma que faça sentido. Pode parecer difícil num primeiro momento, mas é uma questão de prática.

Uma ideia muito boa para mestres iniciantes – e eu uso muito até hoje – é usar aventuras prontas.

Em geral, a maioria dos sistemas e cenários têm suplementos ou aventuras introdutórias prontas. Como o nome já diz, elas vêm prontinhas para serem narradas, com a história já escrita, os inimigos e desafios já determinados e um objetivo final já definido.

São muito práticas, especialmente quando se está começando, pois assim é possível prestar atenção em outras coisas durante a sessão de jogo. Não tenha medo de usar e abusar de aventuras prontas.

O sistema do jogo

Claro que você precisa conhecer alguma coisa do sistema que vai mestrar, mas não precisa decorar tudo.

O mestre não tem obrigação de saber todo o livro de regras. Entenda o funcionamento básico do jogo e o resto você e o grupo vão aprendendo juntos enquanto jogam.

Ninguém vai morrer se pararem para conferir uma regra no meio da sessão ou descobrir no encontro seguinte que estavam usando uma regra errada.

Mudanças acontecem… O tempo todo!

Você pode tentar prever todos os caminhos que os jogadores podem tomar, a aventura pronta provavelmente vai trazer várias opções de acordo com o que o grupo resolver seguir, mas a grande graça do RPG é isso: é impossível prever todas as possibilidades, porque num jogo de RPG elas são infinitas.

O limite é a criatividade.

Em algum momento, os jogadores vão fazer algo que você não previu. Ou vão tomar um caminho inesperado, ou vão tentar uma ideia que você nem imaginou ser possível. Não tenha medo de deixá-los fazer o que você não pensou.

E também não tenha medo de dizer “pessoal, eu não pensei no que fazer nessa situação, então vamos fazer um intervalo/encerrar por hoje pra eu me organizar”. Você não precisa ter resposta pra tudo.

Mas eu vi numa live….

Para encerrar, esse é um ponto muito importante: não se compare com outras pessoas. Cada um tem seu jeito, seu estilo, suas experiências.

Lives de RPG são um caso ainda mais à parte: ali também tem o show para quem está assistindo. Não é errado, mas é diferente de jogar com seus amigos. Você pode se inspirar em alguma coisa que você viu e gostou, mas não tente imitar.

Descubra a forma de mestrar que funciona com você.

As sete cabeças do monstro… Pera, cadê o monstro?

Esse monstro na verdade é um gatinho muito fofinho e divertido, que até pode dar uns sustos às vezes, mas não é ameaçador.

Ficar nervoso é normal, a gente quer que tudo saia o melhor possível e todos se divirtam, então não se preocupe. Um amigo meu que joga RPG há muitos e muitos anos me disse uma vez que o dia que ele perder esse frio na barriga antes de mestrar ele para de jogar, pois é porque perdeu a graça.

Claro que você pode ir atrás de dicas, textos e vídeos para melhorar ou fazer coisas diferentes, mas isso não é o fundamental nesse primeiro momento. Mestre, veja o que funciona e o que não funciona. Esse é o essencial para começar. No final das contas, são você e seus amigos se divertindo e contando uma história juntos.

Bençãos da Deusa — Como começar a jogar RPG

COMO COMEÇAR A JOGAR RPG?

Você pode ter descoberto esse novo mundo por acaso. Caiu em uma stream na internet ou viu alguém falando sobre isso em alguma rede social. Pode ser que seus amigos joguem e falem disso o tempo todo, ou alguém que você conheça tenha comentado e despertado seu interesse. De alguma maneira, você conheceu o RPG. Se interessou, gostou, quer saber mais, quer jogar. Mas como começar?

Em um primeiro momento pode parecer difícil, mas começar a jogar RPG é muito, muito fácil, e eu vou te mostrar!

O que é RPG

RPG é a sigla pra Role-Playing Game, ou Jogo de Interpretação de Personagens em tradução livre. É um jogo onde cada participante assume o papel de um personagem dentro de uma história, com suas próprias habilidades e personalidade, e juntos vivenciam esta história, que é narrada por um outro jogador e delimitada por um conjunto de regras, onde algumas coisas são definidas através de rolagens de dados. Mas obviamente não é isso que você quer saber, não é? Vamos para o que interessa!

O que você precisa para começar a jogar RPG

Você precisa de um grupo

RPG é um jogo coletivo, então você precisa de um grupo de pessoas dispostas a jogar. Uma destas pessoas vai ser o Mestre, a pessoa que conduz o jogo, enquanto os outros serão personagens, os protagonistas da história.

Você precisa de um cenário

O cenário é o mundo onde o jogo se passa. Você pode usar um cenário pronto ou pode inventar o seu com seus amigos. O cenário vai dizer basicamente onde o jogo acontece, como aquele mundo funciona, de onde os personagens vieram e quais seus objetivos.

Você precisa de um sistema

O sistema determina as regras do jogo. É o conjunto de diretrizes que vai dizer o que cada personagem pode ou não fazer, poderes, habilidades, no que ele é bom e no que ele é ruim. Quando rolamos dados, nos baseamos no sistema.

Sistema X Cenário

Boa parte dos jogos de RPG já vêm com sistema e cenário juntos. Isso quer dizer que você tem as duas coisas em um lugar só, e que aquele sistema foi desenvolvido para funcionar com aquele cenário.

Você precisa de dados de RPG

A grande maioria de jogos de RPG utilizam dados para determinar uma parte dos acontecimentos na história, como combates e testes de habilidades. Cada sistema de RPG utiliza um dado ou conjunto de dados diferentes. Você pode ter dados físicos ou utilizar aplicativos para rolar os dados.

Você precisa de um local para jogar

RPG pode ser jogado tanto presencial quanto virtualmente. No presencial, o grupo se reúne em algum lugar – geralmente na casa de alguém – para jogar. No virtual, o grupo se reúne através da internet, em uma chamada por aplicativo ou programa de voz/vídeo. O formato da sua mesa depende da disponibilidade dos jogadores, onde eles moram e de que forma fica melhor para todos. No momento, a indicação é jogar virtualmente e ficar cada um em sua casa, por questão de saúde.

E o que mais?

Claro que existem muitas outras ferramentas, mas elas são um plus no jogo e não algo essencial. Com o tempo você pode ir aprendendo como usá-las, mas neste início o ideal é que o foco seja o jogo em si. Depois de escolhidos o cenário e sistema, todos devem ler para saberem as regras do jogo e como funciona o universo escolhido. Ninguém precisa decorar as regras, mas todos devem ter uma ideia de como o jogo escolhido funciona.

Vocês também devem determinar quem será o mestre, o jogador que irá conduzir a aventura e inventar os plots da história a ser vivida. A história como um todo é construída por todos durante o jogo, mas de forma geral o mestre é o responsável por organizar a aventura, controlar inimigos e criar os problemas que os personagens devem resolver. Com tudo isso resolvido, é só montar os personagens dos demais jogadores e começar a jogar.

Viu? É facinho! Então junte seus amigos, prepare suas armas e magias e seja bem-vindo ao universo do RPG!