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Brigada Ligeira Estelar Baú Referencial: Last Hope

O Biopunk para Brigada Ligeira Estelar

Em Brigada Ligeira Estelar, a seção Baú Referencial não traz adaptações de cenário: ele busca ideias e conceitos em outros animes. Assim, desta vez, vamos falar de Last Hope (no original, Juushinki Pandora ou Zhòng Shénjī Pānduōlā). Ela é uma co-produção Nipo-Chinesa de 26 episódios criada pelo veterano Shōji Kawamori (Macross, Macross Plus, Escaflowne) de 2018 e, atualmente, exibida no Brasil pela Netflix. Infelizmente, ela não é tão falada quanto merece.

Na verdade, a decisão de se exibir uma série de 26 episódios em duas partes de 13 tem sua culpa. Por isso, tivemos avaliações meio mornas dos resenhistas ocidentais: a primeira metade investe pesadamente em worldbuilding e desenvolvimento de personagens para, consequentemente, nos catapultar para a segunda. Aliás, é bom prestar bastante atenção: aqui, temos biotecnologia, trans-humanismo… também física espaço-temporal, superposição quântica, evolucionismo — e logo, muita technobabble.

O fim do mundo da última semana.

Bio-pós-Apocalipse

Mas e quanto à história? Para começar, tudo começou em 2031 — a data da Crise de Xianglong, quando um reator quântico explodiu e, assim, deflagrou um processo evolucionário ultra-rápido por todo o mundo. Logo, animais e plantas foram transmutados em seres biomecânicos conhecidos como Brai (Biological Revolutionary of Accelerated Intellect). Por isso, estes devastaram a civilização. Mais tarde, sete anos depois, a cidade central desses eventos tornou-se um dos últimos bastiões da humanidade: Neo Xianglong.

Aqui, entra o personagem principal: o cientista Leon Lau. De fato, ele é um dos responsáveis pelo reator quântico e, por isso, tem a culpa depositada nos ombros por ser o único sobrevivente ali. No entanto, ele voltou com a invenção necessária para proteger a cidade das constantes ameaças dos Brai: o Hyperdrive. Logo, ao instalá-lo em seu veículo e robô de combate pessoal, ele se torna capaz de detê-los. Assim, forma-se um time de pilotos — a Equipe Pandora.

A Equipe Pandora e seus comandantes.

Trabalho em Equipe

Com isso, o sci-fi está ao lado de um grande investimento em personagens: aqui, romances são secundários — o importante é a família*. Assim, os personagens funcionam perfeitamente dentro do conceito de Perfis de Personagem em Brigada Ligeira Estelar. A princípio, Lau é um planejador tático nos moldes de um Reed Richards (Quarteto Fantástico): ele precisa da presteza do resto do time para implementar soluções, por causa do pouco tempo para explicações em crises imediatas.

Da mesma forma, temos uma equipe aonde ninguém fica sobrando — mesmo Chloe, a única da Equipe Pandora a não desempenhar funções de combate, é um excelente exemplo de Coração para o seu grupo de personagens — e assim, mesmo personagens em tese não pertencentes ao time são importantes de algum modo em sua dinâmica (a princesa, e prefeita, Cecile Soo como agregador e, principalmente, o secretário Jay Kun — na prática, um segundo contraponto para Leon Lau).

Essa ainda é uma série com robôs gigantes, apesar de tudo!

Elementos Úteis

Kawamori entende do riscado quando o assunto é humanizar cenários potencialmente pedregosos para o espectador: ele foi o criador da série Macross em 1982 e talvez por produzir para o mercado chinês desta vez, está desobrigado de grandes concessões otaku**. É uma boa história de ficção científica e seu melhor trabalho em muitos anos. Virtualmente é a quarta série Superdimensional jamais feita***. Quais são seus elementos interessantes em destaque?

Ficção Científica Clássica: embora tudo leve aos combates entre veículos transformáveis em robôs contra monstros, tudo passa por soluções científicas.

Fantasia Científica: o Caos, incorporado ao guarda-chuva quântico da série, é a “ciência tão acima de nós que a vemos como magia”, com verniz místico.

Forte Apache: os Brai (parte animais, parte máquinas e com surtos evolucionários) forçaram a humanidade a viver em… cidades-fortalezas, defendendo-se.

A série ganha elementos aparentemente místicos, mas não é bem assim.

Mais Elementos

Energia Misteriosa: os hyperdrives trazem energia de outras dimensões… e permitem aos robôs evoluírem com elementos de suas contrapartes dimensionais.

Trans-Humanismo: alguns dos humanos da série manifestam elementos biotecnológicos, se tornando alguma outra coisa — e os pilotos estão sob esse risco.

Política Interna: a princesa-prefeita está sob constante bombardeio de inimigos políticos — então a Equipe Pandora tem um papel em sua imagem pública.

A história é também exemplar em sua organização como Kishōtenketsu. Isso explica, inclusive, o motivo pelo qual dividi-la em duas partes… não foi uma boa ideia: em primeiro lugar, temos a apresentação; em segundo, o desenvolvimento; no terceiro, temos uma reviravolta; e no último, temos as amarras finais da trama. A primeira parte de Last Hope corresponde aos dois primeiros atos — daí a divisão não ter funcionado bem. Depois da virada, nada para.

Energias extradimensionais, superposições quânticas… fiu!

E em Brigada Ligeira Estelar?

A princípio, como adicionar esses temas ao universo de Brigada Ligeira Estelar? Há dois mundos particularmente perfeitos para esse fim. O primeiro é Inara, com sua divisão em ilhas e arquipélagos: é possível criar um núcleo de povoamento e de desenvolvimento de tecnologia protegido pela própria Brigada — e sujeito ao ataque dos monstros gigantes da fauna particular deste mundo. Uma ilha como essa também é um alvo para piratas ou terroristas. Ação não faltará!

Mais adequado ainda é Moretz. Ele tem uma cidade perfeita para esse fim: Éden Quatro**** — a última das megalópoles construídas no solo do planeta, envolta em domos de metal transparente. Ela é um centro de pesquisas e vem sendo repovoada gradualmente após sua reconstrução. Moretz, com seu bioma hostil aos humanos e sua fauna perigosa, é um ótimo cenário para experimentos científicos capazes de dar muito errado, exigindo a ação rápida da Brigada.

O cotidiano é importante para equilibrar o lado científico da trama

Inserindo Super-ciência na campanha

A princípio, falamos um pouco disso AQUI, mas vale a pena desenvolver um pouco mais. Primeiro, o fator científico em Last Hope é aplicado na construção de suas bases narrativas, ao estabelecer um mundo hostil para a humanidade… mas as soluções imediatas também passam por elas. É uma camada além do robô com arma especial enfrenta robô com arma mais especial ainda. Portanto, os personagens precisarão usar o cérebro para resolver problemas. Consequentemente, pensamento estratégico é importante.

Logo, fica a nota: um pouco de pesquisa para o mestre é fundamental. Tire um tempo cavucando em websites de divulgação científica em busca de ideias, mas não esqueça de estabelecer pontos fracos. Também não esqueça de garantir acessibilidade a eles pelos jogadores… e um pouco de technobabble é preciso para estabelecer o clima, tanto para definir a ameaça quanto na chave da vitória dos personagens contra ela. Não dá para escapar disso tanto assim.

…mas não se iluda: aqui é robô contra monstro.

Para Terminar

De resto, não é difícil de se entender a necessidade de se explorar as relações mútuas entre os personagens e os seus cotidianos, com elementos cômicos aqui e ali. Leon Lao é brilhante, mas avoado e ridiculamente distraído. Primeiro, Queenie Yo, focada e eficiente, sai do sério por… doces. Segundo, Glen Din está sempre nervoso. Terceiro, Chloe, a irmã adotiva de Leon, recita os artigos de um “contrato familiar” e o aplica a todos na equipe para uni-los por laços… e dá certo!

Por isso, somos estimulados a gostar dos personagens. Consequentemente, esse senso de humor ajuda a equilibrar o peso de tanta física quântica e biotecnologia. Assim, estimule os jogadores a adquirirem algum traço meio caricato. Quem sabe um personagem glutão? Ou, quem sabe também, um sujeito ridiculamente zen? É claro, quando as coisas ficarem sérias é hora de se tratá-las como tal. Mas entre uma crise a ser resolvida e outra? Um pouco de leveza não faz nenhum mal.

Até a próxima!

Ao final da série, você vai estar gostando dessa turma toda.

Notas:

* O Episódio 7 ironiza isso. O único romance concreto da série é entre um dos personagens e uma mulher já morta.
** Shōji Kawamori nos últimos anos trabalhou em séries como AKB0048 e deu uma guinada mais idol à franquia Macross a partir de Macross Frontier.Last Hope é uma espécie de retorno às obras mais sci-fi dos seus primeiros anos de carreira.
*** O Bloco Superdimensional (Chō Jikū Series) foi uma série de animações de real robot produzidas pela Tatsunoko e não-relacionadas entre si mas tematicamente ligadas (o “superdimensional” aparece com significados e contextos diferentes). Foram três séries: Superdimensional Fortress Macross (esse dispensa apresentações), Superdimensional Century Orguss e Superdimensional Cavalry Southern Cross — este o único da Tatsunoko sem o dedo do estúdio Big West… e uma bomba que aniquilou a linha. O elemento “Superdimensional” está bem claro em Last Hope.

Nota Extra:

**** Originalmente Éden Zero. Infelizmente, os japoneses fizeram uma série quase homônima (não é preciso ir muito longe para chegar lá) e embora eu tenha vindo primeiro, nenhum de nós quer advogados nipônicos em nossos calcanhares. Por isso o retcon.
ADENDO EXTRA: na nota de rodapé sobre as séries Superdimensionais, esqueci da menção sobre Robotech — assim, incluindo duas delas, a primeira e a última, removendo Orguss do meio e encaixando Genesis Climber Mospeada (cujas naves e robôs são bem similares aos de Macross) no seu lugar. Tudo isso para lembrar: Southern Cross foi uma maçaroca tão grande que os japoneses, ao assistirem a versão editada estadunidense, enviaram elogios aos responsáveis por Robotech por terem tornado-a assistível. Portanto, isso diz tudo, não?

DISCLAIMER: Last Hope/Juushinki Pandora/Zhòng Shénjī Pānduōlā é propriedade da Satelight, Inc. Imagens para fins divulgacionais ou jornalísticos.

Brigada Ligeira Estelar: Nomenclaturas Úteis

Elementos Astronáuticos para sua campanha de Brigada Ligeira Estelar!

“As naves restantes da Brigada Ligeira Estelar não estão respondendo?”
“Não, e não podemos executar o hipersalto agora! Estamos no meio do Cinturão de Kuiper do sistema e qualquer movimento poderá nos fazer trombar com um OCK de porte perigoso!”
“Tenente Fusilli, qual o eixo para o próximo hipersalto?”
“23x.78y.–27z, capitão!”
“Altere para 27z positivo, tenente.”
“Mas capitão, isso pode nos fazer bater de frente com uma zona densa da Heliopausa!”
“Ele tem razão, capitão. No momento, estamos com os escudos danificados. Dessa maneira, serão 49.427 ºC…”
“E o ambiente interestelar é –10.000 °C no local, imediato. Isso vai causar variação de densidade coronal. Nós podemos lidar com isso. Entretanto, estamos cercados por duas naves da TIAMAT e um deles tem um canhão de plasma pronto para nos vaporizar. De resto, plasma por plasma, lá teremos mais chance.”

Calma! Brigada Ligeira Estelar, a menos que vocês queiram, não precisa ser um cenário de ficção científica hard, aonde tudo precisa ser furiosamente preciso e, dessa forma, ligado aos mais profundos cânones da ciência. Dessa forma, se algo não o diverte, simplifique ou omita sem culpa. Porém, cenários futuristas precisam de verossimilhança. Informação científica ajuda. Contudo, não é preciso ser especialista: basta saber o mínimo para dominar o technobabble*!

Território virtualmente infinito. Preparem-se.

No Território Espacial

Cinturão de Kuiper: tem esse nome por conta de seu equivalente no sistema solar original de onde veio a humanidade. A rigor, é uma espécie de pia da cozinha dos sistemas solares. De modo geral, fica localizado em geral na área externa às zonas habitáveis, depois dos gigantes gasosos (caso um sistema os tenha). No cinturão, há milhares de pequenos corpos celestes (OCKObjeto do Cinturão de Kuiper), com formação similar aos cometas. Assim, como eles estão longe do calor solar, não volatizam seus gelos.

Portanto, tais objetos não tem cauda por isso.

Planetas-Anões também se localizam no cinturão.

Eles orbitam sua estrela à distância, em meio ao frio intenso e às trevas.

Elongação: ângulo entre um corpo celeste e outro em sua órbita (por exemplo: um planeta e uma estrela, um satélite e um planeta…).

Heliopausa: o limite final entre um sistema solar e o espaço interestelar. Costuma demarcar as jurisdições de um sistema no Império — inclusive os limites para fora da Constelação. De forma simples, é uma espécie de bolha de plasma acumulando material expelido pelo Sol ao longo de sua existência. Por ser composta de ondas de massa coronal, temos uma elevação considerável da temperatura durante sua passagem. Contudo, essa “bolha” apresenta vazamentos e irregularidades.

Assim, há variações na densidade do plasma da Heliopausa. Não é nada capaz de danificar gravemente uma belonave.

Todavia, é mais conveniente sair através de suas áreas menos densas para evitar potenciais problemas.

Zero Gravidade existe. Precaução é necessária.

O que a Brigada Ligeira Estelar pode encontrar?

Nuvem de Oort: um aglomerado de planetesimais (corpos de gelo formados durante a formação do sistema solar) localizado nos extremos de seu sistema de origem. São como uma nuvem de gelo e poeira cósmica cercando esfericamente o sistema, sem grande influência da gravidade de uma estrela.

Por essa razão, movimentos da galáxia influenciam a nuvem.

A propósito, isso também vale para estrelas distantes.

Dessa maneira, muitas vezes, eles permitem a entrada de vários corpos indesejados em um sistema solar. Assim, cometas originários de outras estrelas tendem a ser puxados justamente por essa nuvem, inclusive.

Assim, cálculos de hipersalto precisam levar em conta os objetos da Nuvem de Oort.

Paralaxe: Mudança de posição de um corpo celeste ao ser visto de uma localização diferente, estabelecendo um recálculo de distâncias. Por essa razão, todo hipersalto leva esse elemento em conta (navegadores espaciais sofrem!).

Parsec: Unidade astronômica de distância. Corresponde a 30,9 trilhões de quilômetros ou 3.216 anos-luz (paralaxe anual de um segundo de arco). Os hipersaltos das naves constelares e os buracos de minhoca proscritos cobrem bem essas jornadas — caso contrário, elas durariam séculos!

Hipersalto: sem ele, não se pode alcançar o universo.

Distâncias, Locais e Limites

Pontos Lagrange: um ponto intermediário entre os sistemas orbitais de dois diferentes corpos celestes aonde um anula o outro. Assim, nenhum objeto vai ser atraído para sua esfera.

Pontos Lagrange são ótimos para a instalação de satélites e estações espaciais.

Porém, é comum encontrar asteroides e outros objetos celestes em Pontos Lagrange.

Nesse caso, esses lugares são chamados de Pontos Troianos (e é comum chamar os asteroides em questão de Asteroides Troianos, inclusive). Por isso, como eles precedem ou seguem sempre a mesma órbita de um planeta… não há risco de colisão. Dessa maneira, instalar uma estação espacial nessas áreas tende a ser um padrão seguro no espaço.

Unidade Astronômica (UA): 149.597.870 km, correspondente à distância entre a Terra e o Sol. Contudo, mesmo após tantos séculos de diáspora terrestre pelo universo, ela continua a ser usada para fins práticos — pelo menos, na Constelação do Sabre.

Fumaça no espaço é licença poética, por favor.

Grandes Medidas

Unidade Astronômica Terra-Lunar (UTL): corresponde a 384.400 km. O valor é baseado na distância entre o mundo original da humanidade, a Terra, e seu satélite. De modo geral, essa medida é utilizada para medir distâncias espaciais relativamente curtas.

Porém, sua maior importância nos dias de hoje é jurisdicional: o Espaço Vital de um mundo-principado tem seus limites determinados em UTLs.

Zona Vital: corresponde à área de um sistema solar na qual a água se manifesta de forma natural em estado líquido. Próxima demais de sua estrela, ela evapora. Longe demais, ela congela. Mundos habitáveis em um sistema solar precisam estar dentro dessa área. Não confundir com Espaço Vital**.

Grandes Belonaves precisam sobreviver aos objetos celestes no caminho.

Para os Jogadores de Brigada Ligeira Estelar

A UTL e o Espaço Vital são as únicas dessas nomenclaturas criadas para o cenário — e dessa forma, esta última nem conta para este assunto, certo? Assim, por favor, não me deixem ser responsável por vocês passarem vergonha na frente daquela astrônoma bonitinha (ou daquele astrônomo com pinta, dependendo de seus gostos). De resto, perceberam como boa parte do jargão é alienígena para quem chega agora? Dessa forma, quem lê pouco liga: é possível intuir algum sentido no meio de tudo. Portanto, isso basta. 

Estamos apresentando alguns elementos potencialmente úteis para mestres interessados em dificultar as coisas para os jogadores. Dessa maneira, para quem quiser soltar um pouco de colorido técnico em meio às cenas de combate espacial. Porém, lembrem-se sempre: isso pode ou não ser usado em jogo. Escalas de tempo e distância ficam a critério do mestre e dias de viagem sempre podem ser resumidos a “após dias de hipersaltos alternados com horas tediosas de manobras em meio a eventuais cinturões de asteroides, vocês chegaram ao seu destino.” Fiquem tranquilos.

Até a próxima.

Avante!

 

NOTAS:

* Technobabble é basicamente aquele jargão pseudo-científico-tecnológico usado em filmes e seriados de ficção científica para parecer fazer sentido e assim gerar uma impressão de ciência legítima sem exigir conhecimento concreto dos roteiristas. A propósito, AQUI (para anglófonos) temos um gerador de technobabble para inspirar mestres e jogadores. Assim, liquem no link e divirtam-se.

** O Espaço Vital é uma qualificação legal, considerado uma área soberana dos mundos regenciais, apesar da circulação da Brigada Ligeira Estelar e das naves da Marinha Estelar serem permitidas por lei, sem restrições. Dessa forma, elas são o braço vigilante da Aliança Imperial sobre seus mundos, afinal. Portanto, entende-se a área entre um planeta-principado e 3,7 UTLs (1.422.280 após seu satélite mais distante). Novamente, portanto, as forças imperiais (a Marinha Estelar e a Brigada Ligeira Estelar) tem livre circulação nessa fronteira.

Todavia, a preferência é das frotas locais (exceto em caso de emergência ou de intervenção). Dessa forma, elas devem apenas alterar seu curso e seguir adiante ao seu destino.

Contudo, se as forças imperiais farejarem irregularidades, tudo muda.

Hipersaltos são legalmente proibidos dentro de uma Espaço Vital a um mínimo de 2 UTLs de qualquer ambiente minimamente povoado, sendo assim a punição muito severa. Portanto, é uma questão de segurança, para a nave e para qualquer planeta, podem acreditar.

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