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Baú Referencial – Gundam Wing

Gundam Wing

Um olhar terro… digo, rebelde para suas campanhas de Brigada Ligeira Estelar!

Em Brigada Ligeira Estelar, a seção Baú Referencial não traz adaptações de cenário: ela busca, em outros animes, ideias e conceitos aplicáveis à ambientação. Assim, com a chegada de Gundam 00 à TV Brasileira*, deveríamos falar sobre ela, certo?

Porém, decidi resgatar antes um conteúdo do antigo blog da Jambô: o Baú Referencial de Gundam Wing. Embora ela seja muito divisiva entre o fandom de Gundam no ocidente, ela por muito tempo foi o único Gundam exibido por aqui. Por isso, vamos dar uma olhada:

Embora tenha a franquia Gundam em alta conta, minha relação com Gundam Wing em especial é complicada. Contudo, ela foi a única série Gundam a passear em nossas televisões.

Não se empolguem: raramente você vê todos esses robôs juntos na série.
Na verdade, provavelmente você só os verá como um grupo no final.

Conceitos similares, execuções diferentes

Todavia, não me surpreendi com as reações quando confessei, no Facebook… ser, de certa forma, Relena Peacecraft o estalo criativo por trás da Princesa Adelaide D’Altoughia de Forte Martim, no universo de Brigada Ligeira Estelar.

Primeiro, quis fazer de Adelaide uma princesa capaz de despertar lealdade e protetividade, de acordo com aquele espírito ruritânio do gênero (concomitantemente, recomendo a leitura deste artigo deste artigo).

Não pensei nisso, a princípio, mas Adelaide e Relena partilhavam muitas linhas gerais.

Em segundo lugar, ambas são bem jovens. Em terceiro, trazem consigo os efeitos da morte dos pais legítimos e, consequentemente, de seu alijamento do trono. Portanto, estão sob a mira de inimigos da pior espécie e, dessa maneira, dependem dos heróis como protetores.

Para não me acusarem de implicância: esteticamente a série tem méritos
e é uma ótima referência
visual para Brigada Ligeira Estelar.

Engenharia Reversa

O que faz de Relena um problema e, analogamente, como isso pode ser evitado na Adelaide? A princípio, esta jamais negligenciaria a defesa das próprias causas como Relena — cujas platitudes, consequentemente, lhe custaram um reino.

Prosseguindo, suas perdas temperaram sua personalidade (ela jamais ignorou seu passado). Assim, elas lhe deram a medida do sofrimento das pessoas comuns frente às injustiças.

Portanto, a Princesa-Regente de Forte Martim não pode facilitar para os adversários e dessa forma, mostra sangue nos olhos — “espírito democrático”, em excesso, pode servir apenas para alimentar serpentes no jardim. É impiedosa mas justa. Logo, são personagens distantes entre si.

Eis o ponto: é possível identificar possibilidades em meio a materiais com problemas. “O que eu faria no lugar desses caras?”

Para não me acusarem de implicância II, a Missão: a trilha sonora é matadora.
Use os álbuns Operation 1, 2 e 3 em sua mesa de jogo e confira

O Errado Pode ser Útil?

Gundam Wing realmente tem conceitos ótimos: os personagens principais viajam para Terra como rebeldes infiltrados. Lá, eles deveriam ser confrontados com seus limites éticos e assim, perceber que nosso mundo é tão vítima quanto as colônias.

Contudo, o problema real é a Fundação Romefeller (do qual a OZ é uma extensão militar). Conscientizados, os personagens deveriam se agregar ao redor da Princesa e enfrentar conjuntamente a Romefeller.

Assim, ao restabelecer seu papel de direito, nosso planeta e as colônias poderiam, dessa forma, assinar uma paz mútua e entrar em uma nova era de paz e prosperidade.

Seria uma linha de roteiro funcional. Porém…

Para não me acusarem de implicância III, o Resgate: os robôs da Oz eram legais —
e admito, gosto mais deles do que dos Zakus clássicos. Mas eram só buchas…

Não foi bem assim!

… o simples, o funcional e o linear passaram longe, comprometendo todo esse potencial.

Por causa de uma abordagem estrutural similar à série Samurai Warriors**, os personagens são separados, formando duplas para enfrentar seus inimigos — e assim, quando uma história de verdade parece engrenar e nos interessar, ela é jogada ao ar como um castelo de cartas.

Tudo se desmonta e reinicia o processo, abortando várias linhas de roteiro com potencial de desenvolvimento, sem falar da quantidade anedótica de reviravoltas radicais no status quo.

Os Gundams dessa série estão longe de ser os melhores da franquia,
mas abro uma exceção para o Heavyarms. Esse foi inspirado!

Para Mestres de Brigada Ligeira Estelar

Séries posteriores da franquia tomaram como base conceitos de Wing — mas passados a limpo: Gundam 00 começa bem similar mas há pé e cabeça***. Kudelia Bernstein de Gundam: Iron-­Blooded Orphans soa concreta como Relena Peacecraft jamais soou. Ninguém pode acusar a Sunrise de não aprender com seus erros.

Porttanto, podemos partir do “como poderia ter sido” e encaixá-la em suas campanhas na Constelação do Sabre:

ORGANIZAÇÃO: enviar cinco agentes isolados não-cientes uns dos outros é… estúpido. Imagine a coisa tocando de outra forma — os personagens pertencem a uma milícia conspiratória. Sua organização está plantada em diferentes lugares.

Operação Meteoro: seu plano é mandar cinco agentes isolados, sem informação
da existência um do outro, criando a chance deles se trucidarem? É isso?

Terroristas para sua campanha de Brigada Ligeira Estelar

Por definição, organização significa NPCs de apoio para os jogadores, entre contatos e auxílio prático. Além disso, ao verem os demais pelos meios de comunicação em missões terroristas, cada um identificará os demais como seus colegas e portanto, todos irão se reunir de forma planejada.

Aliás, temos um bom motivo para sua reunião: caso estejam separados, todos serão presas mais fáceis para seus adversários.

CUMPRA SUA MISSÃO (OU NÃO CUMPRA E PAGUE O PREÇO): quando Heero ameaçou Relena de morte****, alguém normal iria correndo para a secretaria do colégio — ou para a polícia. Contudo, qualquer filme de ação nos mostra como mandantes não perdoam assassinos capazes de poupar vítimas e protegê-las a seguir.

Peraí: rasgar bilhetinho, ameaças em público… personagens infiltrados
não deveriam ser discretos ao invés de dar espetáculo?

Seja Lógico

Aliás, se houvesse lógica nessa trama, os demais garotos — também agentes da conspiração, lembram? — deveriam ser seus perseguidores. Caso seus personagens façam algo do tipo, não duvide: mande os demais e envie robôs de combate bem mais perigosos! Como será preciso reunificar o grupo em jogo, talvez o mestre considere cooptar a moça…

PASSE A TESOURA: tentem resumir Gundam Wing em uma só página de Word com 2,0 de espaço. Em seguida, chorem.

Um dos mais graves problemas dessa série é a incapacidade dos roteiristas explorarem um cenário estabelecido com a reviravolta da vez. Dessa forma, o texto não consegue equilibrar seus muitos eventos — e eles inclusive tiveram QUARENTA E NOVE EPISÓDIOS para contar sua história.

Logo, seja organizado. Dê tempo ao tempo nas suas campanhas. Explore novos contextos.

O primeiro dos mil golpes de estado dessa série… e diacho, decida-se, Lady Une:
ou você joga o infeliz de um avião, ou você o executa com um tiro!

Não faça o Golpe de Estado da Semana!

Para impedir a trama de ficar confusa, planeje um número limitado de grandes eventos e reviravoltas em sua campanha — ou, alternativamente, as faça acontecer naturalmente no decorrer dos capítulos. Dessa maneira, faça-os parecerem desenvolvimentos naturais. A propósito, tente dar… agência aos personagens nesses eventos. Caso seja preciso uma nova reviravolta no cenário, a participação deles vai ser importante.

MATILHAS, NÃO LOBOS SOLITÁRIOS: Chang Wu-Fei é um dos protagonistas, mas nem parece — ele é completamente acessório à trama em um grupo sem unidade. Inclsuive no final, em Endless Waltz, Wu-Fei está à parte! Friamente, sua única razão de existir foi impedir um final com dois chefes de fase para Heero Yui. Corte suas aparições e no final, praticamente nada de importante na trama mudará.

Aliás, em termos de comportamento na mesa de jogo, ele é um Edgelord.

Gundam 00: O piloto “estranho”, o cara gente boa mas letal, o frio executor, o tipo
andrógino… todos
expys de Wing. Mas falta um aqui — e com boas razões!

Não Abrace a Falha dos Outros

Dessa forma, se pensarmos nos cinco principais como personagens jogadores, este é um problema astronômico. Neste caso, não há verdadeiramente uma desculpa: personagens assim só funcionam na televisão quando são os protagonistas da própria série — e na verdade, este não é o caso nem em Gundam Wing, nem em uma mesa de jogo! Assim, mantenha o seu grupo bem integrado!

OBJETIVOS, NÃO PLATITUDES: sua campanha não precisa ser uma análise sobre os motivos financeiros por trás das guerras. Porém, motivações e posturas práticas ajudam muito a tornar seu cenário convincente para os jogadores. Sim, falamos do Pacifismo Total de Relena: ele é impossível de ser levado a sério como nos é mostrado. Inclusive, ela teve sua inviabilidade comprovada*****! Os personagens vão lutar por isso?

O Reino de Sanc era um país ou uma academia para moças?
Sim, dá para pescar o arquétipo da Dorothy Catalonia.

Cuidado com seus Coadjuvantes!

Contudo, não adianta nada tratar um cenário de forma convincente se o percebermos através de coadjuvantes questionáveis.

Se a ideia for propor um debate e, ao verbalizar pontos concretos, convencer por tabela os jogadores — ou colocá-los em sua defesa — o Pacifismo Total não ganha nada quando a personagem antitética à Relena, Dorothy Catalonia, contra-argumenta como uma vilãzinha do Capitão Planeta (“Eu amo as guerras…”).

RACIOCINE: Trowa Barton deveria estar se escondendo e se ocultou em… um… circo… aonde dezenas de pessoas o viam todo fim de semana no picadeiro. Embora não tenham ligado para isso na Sunrise, dê um toque ao seu jogador. Ou puxe o seu tapete: mande as autoridades atrás dele!

Divirtam-se… e até a próxima!

Até Mais, pessoal!

Notas de Rodapé

* Este Texto foi escrito antes do fim do canal Loading mas a Funimation brasileira anunciou Wing para sua grade em breve.
** Yoroi-Den:
os Cavaleiros do Zodíaco popularizaram este subgênero de heróis com armaduras e golpes especiais, A Sunrise entrou nessa com Samurai Troopers. Como eles encheram os bolsos, aplicaram a fórmula em suas franquias mais famosas, Gundam e Yuusha. Wing é isso.
*** No sentido usado em Brigada Ligeira Estelar — ou seja, forças paramilitares ou organizações terroristas com estrutura militar.
**** Se na minha mesa um personagem ameaça uma moça na frente de suas amigas, eu perguntaria “TEM CERTEZA?” ao jogador.
***** SPOILER: Relena Peacecraft na verdade é uma princesa e seu reino encampa o Pacifismo Total. Contudo, se ela reagir a invasores, será vista como uma hipócrita. Consequentemente, quando ela é atacada, decreta o fim do reino — e dessa forma, provou o ponto de seus inimigos.

DISCLAIMER: New Mobile Report Gundam Wing pertence a Sunrise, Inc. Imagens para fins jornalísticos e divulgacionais.

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Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Quatro: Cidade do Perigo

Brigada Ligeira Estelar

Anteriormente: nossos pilotos da Brigada Ligeira Estelar concluíram sua passagem pelas luas de Villaverde. Assim, com mais segurança, eles viajam para o planeta Ottokar, para onde transportam uma tecnologia a ser analisada. Entretanto, podem estar com a guarda baixa…

Local: Konya, capital do planeta Ottokar

Situação Prévia:

Os protagonistas chegam à Konya, capital de Ottokar. A seguir, falarão com as autoridades da Brigada Ligeira Estelar e logo após, serão encaminhados a uma base secreta aonde levarão a peça. Porém, eles precisarão caminhar pela cidade — um lugar superpovoado, cujos mercadores oferecem de tudo, não importando a procedência. E lá, não é bom se distrair nas ruas…

Evento:

Um truque simples faz os personagens estacionarem o veículo. Assim, quando se dão conta, a peça é roubada por um mero garoto de rua. Ele conhece cada meandro da cidade e pode pular muros, entrar em vielas e, consequentemente, se ocultar. Entretanto, se alguém acionar a peça, os proscritos podem detectá-la… e teremos uma invasão brutal à cidade. Logo, isso precisa ser impedido — e já!

Todavia, há um adulto comandando esses pequenos ladrões e ele serve a uma organização criminosa, contatando o próprio chefão. Logo a seguir, ao ver o interesse por essa peça, este promove um torneio ilegal com essa tecnologia tão disputada como prêmio. Dessa forma, caso eles invadam o local, o chefe pode decidir eliminar a prova. Portanto, só resta entrar no jogo…

Reviravoltas:

Disputas Internas: alguém da organização está muito interessado no lugar do chefão. Logo, quem sabe ele pretenda assassiná-lo — e sendo bem-sucedido ou não, acusar nossos protagonistas. Mesmo podendo convocar a polícia ou a própria Brigada Ligeira Estelar, é melhor limpar seu nome agora… ou os personagens serão caçados por criminosos por toda a Constelação!

A Gangue do Jogo Sujo: uma gangue menor está interessada na peça — e não gosta nada da presença de hussardos imperiais. Por isso mesmo, quando nossos pilotos estiverem todos avisados, fora de seus robôs, eles atacarão em conjunto. Usarão máscaras e farão isso discretamente: isso é uma quebra de ética entre bandidos e eles podem ser mortos por isso…

Riscos de Segurança: não estamos no grande torneio em Annelise ou em um dos duelos tradicionais do Círculo da Espada. Há um grande ar de improviso nessa arena e tudo pode acontecer  — um holofote gigante caindo em seu robô, fios elétricos desencapados de alta voltagem, vazamentos de água… se o oponente não matá-lo, o próprio local pode fazê-lo!

Epílogo:

A trama pode se estender caso por algum motivo eles não levem a peça — como por exemplo se ela cair nas mãos de outra pessoa e eles precisarem correr atrás. Contudo, caso vocês estejam jogando uma campanha em capítulos, é imperativo que os personagens a resgatem a qualquer custo, caso contrário a trama principal não anda. Porém, se a peça for acionada…

Ideias:

Traga Inimigos Familiares: caso não seja um one-shot, é interessante trazer algum lugar-tenente enfrentado no episódio anterior. Ele pode estar no rastro dos personagens, ter tentado comprar a peça do chefe do crime e agora ser um oponente em duelo!

Ocupe os Jogadores: deixe os protagonistas planejarem suas ações. Participar do torneio, todos eles? Roubar a peça enquanto um ou outro participa dos combates e só então acionar as autoridades para prender todo mundo? Dê agência aos seus jogadores!

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG:

Novamente, o tom narrativo da aventura é de Space Opera. E além das peripécias e reviravoltas de sempre, o gênero sempre teve um aceno ao colorido e exótico. Portanto, capriche na descrição dos ambientes — e, principalmente, dos oponentes. Um ciborgue trans-ciber com quatro braços? Uma mulher misteriosa, cobrindo seu rosto com um véu negro? Um tigre falante e vaidoso, comandante de uma facção criminosa? Não tema o exagero, este é um ambiente para isso!

Apenas lembrem-se: na Space Opera, a “Opera” é importante — as reviravoltas, o lado folhetinesco, o senso de espetáculo — mas o “Space” da equação jamais pode ser esquecido. Lembrem-se da aventura de ficção científica, das máquinas fantásticas em suas mãos, certo?

Divirtam-se.

Episódios Anteriores:

Introdução (AQUI)
01 — O Sinal Desconhecido (AQUI)
02 — Madredeus (AQUI)
03 — A Fortaleza Lunar (AQUI)

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Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido (03)

Brigada Ligeira Estelar

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Três: A Fortaleza Lunar

Anterior: nossos pilotos da Brigada Ligeira Estelar escaparam de Villaverde com uma peça misteriosa de tecnologia alienígena. Agora eles precisam levá-la aonde ela possa ser devidamente analisada!

Local: Base da Frente Lunar de Peleja (Peleja, lua de Villaverde)

Situação Prévia:

Os protagonistas vão pro espaço buscar cobertura da Frente Voluntária de Peleja. Dessa maneira, s inimigos os atacarão ao sair de Villaverde e os voluntários locais irão defendê-los. Na base, quando tudo se acalmar um pouco, eles serão levados a um cassino secreto por alguns desses voluntários para relaxar antes de sua jornada recomeçar. PORÉM…

Evento:

Um grande cruzador auxiliar, não-proscrito, dispara ataques localizados em Peleja. Assim, os personagens precisam voltar à base mas os trilhos são soterrados por um bombardeio. Pedir ajuda denunciará o local e tempo demais se perderá até o caminho ficar livre. Como sair de lá imediatamente e pegar seus robôs gigantes a tempo?

Além disso, aparentemente, os invasores infiltraram apoio operacional no solo antes de invadir a fortaleza. Portanto, eles parecem contar com agentes comuns e quando menos esperamos, eles se revelam e se põem no caminho. Eles querem a peça tanto quanto os proscritos — e consequentemente, estes podem se aproveitar da defesa aberta pelo invasor!

Reviravoltas

Tentações Perigosas: um dos personagens — o mais sujeito a isso — pode ser seduzido no Cassino por uma bela mulher ali presente. Na verdade, ela é uma das agentes do invasor, uma especialista em disfarces e infiltração — e é melhor combatente do que os próprios personagens. Ela sabe como sair dali, mas não vai se deixar capturar facilmente!

Invasão à Base de Peleja: o plano é usar o Cruzador Auxiliar para atrair os pilotos para fora do satélite enquanto os invasores vão buscar a peça. Ninguém está ali para fazer sacrifícios — todos são mercenários ou agentes de infiltração livres com planos de fuga concretos. Dessa maneira, os personagens encontrarão aliados e armas pelos corredores da base.

O Cruzador Auxiliar: Ele não atacará com todas as forças salvo se for cercado… mas dará trabalho aos personagens. Independentemente de conseguirem a peça ou não, ao romper a rede de defesas de Peleja eles atrairão os proscritos — e se aproveitarão disso para fugir enquanto os personagens enfrentam um inimigo pior!

Epílogo

Em qualquer hipótese, as defesas foram comprometidas e duas flotilhas da Brigada Ligeira Estelar estão circundando Peleja para protegê-la dos proscritos enquanto as redes protetoras estão sendo restabelecidas. Essa lua não é mais um lugar seguro por enquanto e os personagens precisarão partir para Ottokar, levando a peça para quem a examine.

Ideias

Introduza seu Vilão… em termos! Caso prefiram tratar esta aventura como um capítulo de uma campanha maior, é interessante introduzir um vilão menor regular. A agente sedutora pode ser uma lugar-tenente do verdadeiro inimigo, por exemplo — nesse caso, deixe-a fugir!

Plante ganchos futuros: como são na maioria mercenários, todos sabem pouco — mas levante informações esparsas: “decidiram nos infiltrar em Peleja após a peça ter sido acionada pela primeira vez”, “outra peça está nas mãos do chefe, é tudo o que sei”, etc.

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

O tom narrativo dessa aventura é de Space Opera. Pense em algo cheio de peripécias e reviravoltas, com uma grande ameaça (os proscritos) no final. Se o mestre quiser jogá-la como um one-shot, faça da peça um mero objeto a ser trazido pelos personagens, sem o contexto da fuga de Villaverde. Nesse caso, o papel do cruzador auxiliar pode ser alterado e ele se tornar a grande ameaça final — ou fazer da possível chegada dos proscritos o grande perigo a ser evitado a qualquer custo!

Além disso… é space opera! Capriche nas descrições lunares e estimule o sense of wonder de se estar em um ambiente espacial! Além disso, dê colorido aos personagens coadjuvantes — e se a agente sedutora se revelar uma espadachim, sempre com um plano B para qualquer situação?

Divirtam-se.

Episódios Anteriores

Introdução (AQUI).

Episódio 01 — O Sinal Desconhecido (AQUI)

Episódio 02 — Madredeus (AQUI)

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Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido (02)

Brigada Ligeira Estelar

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Dois: Madredeus

Anterior:  a Brigada Ligeira Estelar tomou em uma peça misteriosa de tecnologia alienígena similar à do planeta Altona. Além disso, ela indica itens similares em outros pontos da Constelação do Sabre.

Local: Madredeus (Capital Regencial de Villaverde)

Situação Prévia:

A princípio, os personagens trouxeram essa misteriosa peça tecnológica para a base local. Dessa forma, as investidas proscritas para em direção ao local pareceram aumentar, sinalizando sua importância para eles. Logo, é preciso proteger a cidade enquanto não se tira essa peça do planeta. Mas um grande ataque parece se avizinhar…

Evento:

A cidade foi transformada em uma mega-cidade-fortaleza com muralhas concêntricas, cujo centro é a área do palácio regencial. Assim, as baterias em cada muralha parecem defender cada zona interna, debelando invasores a cada etapa — tanto em terra quanto pelo ar.

No entanto, forças proscritas cavam fossos a quilômetros da base. Satélites de ressonância sugerem um ataque subterrâneo. Quimeras voadoras se agregam nessa área — logo as forças de defesa tradicional estarão ocupadas demais com elas, quando os invasores vierem sob o solo!

Reviravoltas

Protejam a Peça! Entendendo esse item tecnológico como o motivo da invasão, pode haver quem queira destruí-la — talvez para evitar seu uso pelos proscritos em caso de derrota, talvez esperando pela interrupção e retirada dos ataques. Talvez isso leve a uma escaramuça entre forças imperiais e regenciais… no pior momento!

Homem de Verdade! Há um plano de evacuação da família regencial em caso de ataque proscrito à capital. O grande problema é o príncipe-regente Mathias Merino. Ele é uma figura cheia de brios, logo prefere liderar seus homens até o fim ao invés de fugir em caso de invasão. Como protegê-lo nessas condições?

Fuga! A única solução é levar a peça para fora do planeta… e, principalmente, longe da frente proscrita. Contudo, a invasão à Madredeus não vai parar por isso. Logo, como fazê-lo sem deixar as forças do Sabre — e os habitantes da capital — à mercê do inimigo?

Epílogo

De qualquer forma, os personagens precisarão sair do planeta e levar a peça aonde possa ser estudada e decifrada. Caso você use esta como uma aventura fechada, eles podem sair do planeta em uma nave e levá-la para fora da Ponta do Sabre. Caso contrário, o próximo passo é a base lunar da Brigada na lua de Peleja.

Ideias

Use a Geografia! Madredeus foi construída na bacia de um rio. Assim, será possível desviar a água e inundar os túneis? Talvez usar outro recurso a seu favor? Tudo depende do mestre!

Estimule soluções criativas! Essa ainda é uma aventura de ficção científica. Logo, pode haver uma saída científica ou tecnológica contra o invasor. Então, se algum personagem for o cérebro da equipe, é o seu momento para brilhar.

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

O tom narrativo dessa aventura é de Ficção Científica Militar. Se o mestre quiser jogá-la como um one-shot, é possível transformar a peça em um mero MacGuffin, chegando à base protegida pelos personagens. Mas é possível remover a peça e transformar tudo em uma invasão em estado bruto e assim, nesse caso, uma das complicações — a possibilidade de destruí-la — nem tem motivo para acontecer.

Além disso, é extremamente recomendado consultar as regras de Combate em Massa nas páginas 32 e 33 de Belonave Supernova, Vol. 1. Os Eventos Dramáticos podem servir de inspiração. Contudo, como esta batalha é planetária e não espacial, nem todas as sugestões se aplicam.

Divirtam-se.

Episódios Anteriores

Introdução (AQUI).

Episódio 01 — O Sinal Desconhecido (AQUI)

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A Brigada das Rosas de Annelise

Intrigas e duelos para suas campanhas de Brigada Ligeira Estelar!

A Brigada Ligeira Estelar mudou a constelação. Assim, muitos se alistaram por seu apelo. Isso incluiu tanto homens quanto mulheres. Por isso, em mundos aonde elas não tinham direito a pilotar em combate, acendeu-se um sinal vermelho. No planeta Viskey foi criada a Brigada das Cerejeiras para deter a evasão feminina mas, refletindo a competição cultural de egos entre Viskey e Annelise, a Brigada das Rosas do Planeta Annelise surgiu como uma maneira de “não ficar para trás”.

Em primeiro lugar, ambas são brigadas cerimoniais: nesses mundos, as mulheres sofrem restrições em funções militares. Por causa disso seria de se esperar certa solidariedade mútua. Porém, as Rosas abraçam seu papel por se encantarem com ele.

Quanto às Cerejeiras, elas se sentem traídas por não entrarem em combate. Assim, temos uma fonte de atritos quando essas guardas se encontram. Em segundo lugar, isso não faz delas inofensivas: em Annelise, a esgrima é vista como expressão de beleza e arte. Sendo assim, há espaço para aparecer e brilhar, fazendo da guarda um atrativo para moças de baixo status social.

Dessa forma, elas orbitarão ambientes VIP aos quais elas jamais poderiam sonhar em ter acesso. Resumindo, glamour é a chave.

Preparem-se para garotas duelando aos montes!

Grandes Egos e Lâminas Afiadas

Há muitas moças que sonham com as Rosas. Se pensarmos bem, há algo subversivo nisso. É uma chance de mobilidade social. Basta pilotar robôs gigantes e empunhar espadas ao invés de se tornarem boas damas. Por isso há muita rivalidade. Geralmente, as moças pertencem a um desses perfis:

As Três Correntes Principais:

  • Pavões: jovens nobres duelistas. Pavoneiam-se com seu talento e estilo com armas e robôs e isso não é diferente do comportamento de rapazes da nobreza. Tendem a ser orgulhosas e por conta da fundadora da guarda ser um pavão, talvez se sintam privilegiadas;
  • Cisnes: meninas de classe baixa em geral, geralmente interessadas em contatos com as grandes donzelas da corte. Essa é uma forma de se destacar… e talvez subir na vida. Elas são bastante dedicadas. Por causa disso podem fazer muitos amigos;
  • Codornizes:  não disputam terreno com ninguém. Diferentemente das Pavões e Cisnes, tem muito senso grupal. Defendem-se de intrigas com jogo de cintura e costumam se ajudar caso alguma delas torne-se vítima das demais correntes. Geralmente fazem carreira na guarda.

Cada Pavão, Cisne ou Codorniz se encaixa nessa dinâmica. Elas não chegam a ser facções em si: temperamentos, identificações ou preconceitos mútuos podem variar bastante.

Soukou no Strain: boa referência dessa dinâmica entre pilotos femininas.

Espadas e Construtos

A fundadora da Brigada das Rosas é O pavão: a Princesa Christina Alsace Berlioz de Esterházy von Montenuovo. Muitos vêem nela os extremos de sua herança: dos Berlioz, a obsessão pelos holofotes. Dos Alsace, a paixão pela esgrima. Christina modelou sua guarda com mãos de ferro.

As chances de interação com a Brigada Ligeira Estelar são boas: elas acompanham donzelas nobres. Dessa maneira, elas podem se meter em encrencas. Assim, pense na mocinha de um mangá para meninas interessada em se alçar à alta sociedade… só que pela via das armas.

Mecanicamente, peguem primeiro o kit Oficial Hussardo da Brigada das Cerejeiras (Constelação do Sabre Vol.2, páginas 78-79). Em seguida, troquem o Patrono (Regência de Annelise). Divirtam-se e até a próxima!

Só para ter um robô gigante duelando.

Revue Starlight, Soukou no Strain e Star Driver são propriedades da Bushiroad, Happinet (e Studio Fantasia) e do Studio Bones. Arte do topo por Israel de Oliveira.

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Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido – Episódio Um: O Sinal Desconhecido!

Brigada Ligeira Estelar

Local: Base da Brigada Ligeira Estelar em Gardênia (Planeta Villaverde).

Situação Prévia

No começo, Gardênia era um sítio arqueológico antes da invasão proscrita. Por isso, os donos de terra procuravam tomar aquele terreno vazio e se livrar dos arqueólogos. Depois, a invasão proscrita expulsou a todos, exceto pesquisadores corajosos e alguns grileiros. Consequentemente, uma base da Brigada Ligeira Estelar foi instalada.

Evento

Foi encontrado um item tecnológico em perfeito estado com mais de cinco mil anos, anterior à chegada humana na constelação. Desse modo, quando ela emitiu um sinal, proscritos e jagunços apareceram.

Quando os senhores de terra souberam, eles apostaram no eventual sumiço dos proscritos caso a peça seja destruída. Por isso, tentaram subornar as autoridades locais e não se intimidam com a presença da Brigada Ligeira Estelar. Logo, times hussardos foram montados para protegê-la. E sendo assim, adivinhem qual será o time do próximo turno…

Reviravoltas

Falsos Proscritos! Interessados em destruir a peça (ou revendê-la para colecionadores de outros planetas) enviarão um exército de jagunços — e a ordem é não deixar testemunhas! Por isso, eles se passarão por proscritos, usando tecnologia roubada dos campos de batalha!

Proscritos de Verdade! Os proscritos, discretamente, esperarão a luta entre os protagonistas e os jagunços… porque eles tem o dobro de poder de fogo em relação aos falsos proscritos!

Fuga! Talvez a peça seja o mais importante e ela em nenhuma hipótese deva cair nas mãos do inimigo. Porém, há arqueólogos e jagunços na área. Dessa forma, o time precisa levar a peça… e as forças de defesa estão ocupadas com o invasor. Sendo assim, os protagonistas irão salvá-los, desafiando suas ordens?

Epílogo

Os personagens a todo custo devem entregar a peça aos seus superiores em lugar seguro e assim, conectada com computadores em rede, ela será identificada como… tecnologia alienígena do planeta Altona — e de grande alcance: seu sinal detectou tecnologias similares em toda a Constelação. Por isso, os personagens ganharão tepeques novos. Eles seguirão esse rastro imediatamente (se ninguém o fizer, os Proscritos provavelmente o farão) ou voltarão à frente de combate?

Ideias

A Peça é Útil? Caso um jogadores acione a peça pela primeira vez, ela indicará os núcleos de energia de cada quimera (a posição interna desses núcleos não é fixa). Dessa forma, caberá aos jogadores lidarem de forma útil com essa informação e usarem-na para destruir os Proscritos — tanto os verdadeiros quanto os falsos restantes, caso estes não se unam aos heróis em combate.

Construa seus Personagens! Independentemente de ser tratado como um one-shot ou como um começo de campanha, este é um Episódio Um. Assim, é interessante dar um momento para cada jogador antes da ação começar e desse modo, definir seu papel em uma dinâmica de grupo. Não é preciso apelar para coincidências ou reviravoltas para reuni-los.

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

Este é um primeiro episódio de campanha: a intenção é reunir os protagonistas e lhes dar uma missão de longo prazo. Dessa forma, talvez a natureza particular da peça motive o envio urgente de um andro-ginóide, com especializações úteis, do planeta Saumenkar. É muito conveniente ter também um ou mais pilotos da Brigada Ligeira Estelar no time.

Assim sendo, é possível também usar o resgate para agregar personagens jogadores. Desse modo, um arqueólogo pode ajudá-los a lidar com essa tecnologia — e um jagunço é um adendo ao poder de fogo.

Divirtam-se.

Episódios Anteriores

Confira a introdução aqui.

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Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido (00)

Brigada Ligeira Estelar

Uma jornada pela Constelação do Sabre para a Brigada Ligeira Estelar!

Em Brigada Ligeira Estelar, eu vejo muitas pessoas tentando iniciar campanhas com o suplemento Belonave Supernova — uma campanha longa de vinte e seis episódios, no espírito clássico do gênero — mas faltam materiais mais episódicos e aventuras prontas mais simples para quem está chegando.

Por outro lado, muita gente queria uma história que envolvesse a constelação como um todo. Nem teria como oferecer isso e ao mesmo tempo fazer uma história coesa em apenas 26 episódios.

O conceito desta seção regular contorna isso tudo.

O que é o Ano Perdido?

Essa ideia surgiu quando pensei em uma história que cobrisse um ano inteiro da constelação — o “ano perdido” de 1864 C.E. (“Calendário Estelar”), entre o final de Batalha dos Três Mundos (1863 C.E.) e o novo Brigada Ligeira Estelar RPG (1865 C.E.).

Esse período será parcialmente coberto por elementos aqui e ali (como o vindouro romance), mas essa ideia me levou a uma lembrança: o padrão das séries mais antigas era de 52 episódios semanais, não de 26 — ou de 13 — como nos dias de hoje. Um ano, em suma.

Como elas se mantinham dessa forma? Simples, elas eram episódicas.

Obras como Esquadrão do Espaço, Comando Dolbuck e Saber Rider tinham um ponto de partida e um ponto de chegada. No entanto, em seu bojo, contavam várias histórias fechadas e, eventualmente, mini-arcos. Assistimos algumas dessas séries no Brasil.

Para dar coesão a tudo, essas séries tinham “episódios chave” que alteravam ligeiramente o cenário (ou a vida dos personagens) apenas para dar um sopro de ar fresco antes que a repetição cobrasse seu preço. Assim, o status era apenas alterado pontualmente — em geral, no meio da série — para gerar uma nova rotina e manter a bola rolando.

Isso é extremamente funcional para RPG — mais do que aparenta.

One-Shots ou Campanhas em Brigada Ligeira Estelar

Aplicando esse conceito estrutural, teremos uma história contada por várias aventuras fechadas que podem ser “destacadas” do conjunto. Você não precisa jogar a campanha toda para aproveitar o material.

Se o mestre quiser fazer uma campanha localizada em um dos lugares citados, pode tirá-la do contexto da campanha geral e jogar em eventos ou em aventuras fechadas. É possível enxugar e aumentar a campanha, alterar a ordem de seus eventos, ou estender a passagem em um planeta com suas próprias aventuras.

A ideia é trazer sementes de aventuras, fechadas em sua maioria, que podem ser encadeadas pela trama OU NÃO.

A trama não passa de uma linha tênue de ligação que dá sentido ao conjunto caso se queira jogar tudo como uma campanha. Isso era MUITO a cara dos animes da primeira metade dos anos 80.

O “Ano Perdido” será escrito dessa forma, com sementes de aventura autossuficientes, salvo no começo, no final e em certos pontos — sua função é dar um eixo de continuidade caso se queira transformá-la em uma série contínua, com alguma coesão narrativa.

Você pode começar de uma vez!

Mas por que através de sementes de aventura ao invés de uma aventura completa, com as devidas estatísticas?

Justamente por estarmos ainda em suspenso.

Por um lado, não há sentido em postar um material com as regras do Brigada Ligeira Estelar Alpha quando, em algum momento, esse conteúdo vai ser atropelado pelo novo conjunto de regras.

Por outro, não há como introduzir ainda o sistema de Brigada Ligeira Estelar — ele ainda está sob edição. Então, esta é a melhor solução.

Os jogadores podem começar sua campanha no Alpha. Caso o livro seja lançado durante o seu decorrer, é só atualizar os dados com o novo grupo. Ou usar suas aventuras.

Enfim, vamos viajar em uma longa jornada através da constelação.

Até lá e aproveitem a viagem.

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ARTES:: Wal Souza e Eudetenis

Brigada Ligeira Estelar — Uma Reapresentação

Seja bem-vindo a essa saga espacial!

Essa é para você, entrando neste website pela primeira vez, provavelmente atraído pelo monumental sucesso do crowdfunding do Tormenta 20 e esperando anões, elfos, dragões, cava… não, você não encontrará isso nesse texto. CALMA, não vá embora agora. Não vai ter bolo, mas teremos naves espaciais, impérios interestelares, jovens pilotos… e robôs gigantes com espadas de energia e lança-mísseis. Sejam bem vindos ao universo de BRIGADA LIGEIRA ESTELAR.

Tal ambientação para 3D&T Alpha foi lançada em Novembro de 2011 pela Jambô Editora e, de lá para cá, vem sendo o cenário com mais suplementos para essa linha. Agora, Brigada Ligeira Estelar irá ser o primeiro OGL do sistema, sendo reinventado em vários aspectos. É um recomeço não tão diferente de quando o próprio Tormenta, nascido multi-sistema em 1999 mas voltado preferencialmente para o 3D&T (sistema da casa à época), migrou para o D20 em 2003.

Assim como as animações japonesas de ficção científica refletem as variantes do gênero em si (a space opera, o pós-cyber, o cyberpunk, qualquer um), o cenário também o faz, pulverizando-os em diferentes mundos. Você quer ser um ás indomável em meio a uma guerra espacial? Ou prefere vagar com um robô feito de refugo em um cenário devastado, enfrentando tiranos? Quem sabe, deseja ser um policial em uma cidade tecnológica? Tudo isso é possível aqui.

https://www.youtube.com/watch?v=n0XpnyKKLMU

Tudo isso pode ser feito em seus jogos!

Vilões… e heróis!

O cenário evoluiu muito nestes nove anos. Quando foi criado, tomou como inspiração as clássicas animações japonesas de ficção científica, notadamente space operas como Patrulha Estelar, Gundam e Macross (Robotech)… e essa ainda é sua pedra fundamental. Mas esses subgêneros são um braço da própria ficção científica e, pouco a pouco, Brigada Ligeira Estelar absorveu e referenciou diferentes faces do gênero como um todo, pulverizados na ambientação.

Brigada, hoje, tem seis livros, uma conta oficial de Twitter e um blog do próprio autor focado em apoio para o mestre de jogo. No blog da Jambô, eu me dedicarei a expansões para o cânone — introduzindo personagens e locações novos. Além disso, a seção Baú Referencial (adaptando elementos de outras mídias para Brigada) também voltará. Mas vamos falar um pouco da ambientação?

O lar de suas aventuras é a Constelação do Sabre — um conjunto de vários sistemas solares com quase cem mundos. Dezenove desses planetas são (ou foram tornados) propícios para a presença humana mas a terraformação pode expandir esse número e, enquanto esse processo de séculos não é concluído em outros locais, há colônias espaciais tanto nas órbitas de corpos celestes quanto em superfícies inviáveis à vida (estas são conhecidas como áreas mascon).

A Constelação é também o lar de um grande império espacial — mais formalmente, a Aliança Imperial do Sabre. Isolados após séculos de guerras, ondas colonialistas e uma idade das trevas conhecida como o Grande Vazio (do qual pouco se sabe mas seu legado periodicamente ressurge de formas explosivas), a formação do Império em tese estabilizou as relações entre esses mundos, embora a intriga corra solta… mas nada os preparou para a tragédia a seguir.

 

O que é a Brigada Ligeira Estelar?

O isolamento foi rompido através de uma invasão interestelar comandada pelas forças conhecidas como Proscritos. Nada se sabia deles à época, mas gradualmente a verdade vem vindo à tona: são um povo brutal, avesso à empatia, culturalmente obcecado pelo individualismo (ao ponto de nenhum robô ou veículo seu ser igual ao outro), especializado em consumir ao máximo os recursos dos lugares por onde passam até nada restar… e dependentes de tecnologia.

A Brigada Ligeira Estelar é a principal frente contra os invasores Proscritos. Eles são algo além de uma mera divisão de assalto com robôs gigantes e carregam consigo um ativo simbólico. Foram criados pelo fundador da Aliança, Silas Falconeri, para representar o seu ideário e proteger as pessoas comuns da Constelação — tanto de ameaças espaciais ou insurreições quanto dos abusos da própria nobreza contra o povo. Isso fez dela odiada pelas elites.

Para criar paralelos simples de entender, os Pilotos Hussardos da Brigada Ligeira Estelar são em muito como mosqueteiros do espaço ou, caso você consuma fantasia medieval, como as ordens de cavaleiros heróicos (videm os Cavaleiros de Solamnia em Dragonlance ou os Envoys do RPG Blue Rose). Eles podem tanto pilotar robôs gigantes em frentes de batalha quanto desbaratar conspirações de nobreza e salvando o Império de traições. Mas não são os únicos.

Os personagens também podem se estruturar em guardas de cavaleiros a serviço de um nobre, ou se unir a uma tropa de mercenários, ou se alistar em um corpo de voluntários contra a invasão proscrita, ou formar um esquadrão de caçadores de recompensas, ou se juntar a uma nave de corsários espaciais (ou piratas espaciais, caso você não se incomode em ser perseguido pelas autoridades)… há várias opções, em campanhas que podem ir do heróico ao sombrio.

 

Os caminhos da aventura

Agora você vai perguntar: “mas se um livro novo vai sair, vale a pena encarar os livros antigos?” — e a resposta é “sim”. O primeiro livro, o suplemento de cenário Brigada Ligeira Estelar (daqui para frente o chamaremos de Brigada Ligeira Estelar Alpha para diferenciá-lo do futuro Brigada Ligeira Estelar RPG) nos traz os conceitos mais básicos do cenário. Enquanto o novo livro não vem, você vai precisar dele para aproveitar os demais suplementos.

O segundo livro a obter é o Arquivos do Sabre. Embora ele tenha sido o sexto a ser publicado, engloba a grande maioria dos artigos responsáveis pelo desenvolvimento do cenário no antigo site da Jambô, devidamente agrupados por tema e atualizados. Basicamente funciona como um livro do mestre, detalhando o funcionamento das forças militares e da nobreza… além de apresentar ameaças, inimigos e coadjuvantes. É o livro mais focado em regras opcionais.

Em seguida temos os fundamentais dois volumes de A Constelação do Sabre. Eles cumprem para Brigada Ligeira Estelar Alpha o mesmo papel dos clássicos suplementos do Reinado para Tormenta: apresentam os dezenove mundos principais do cenário (antes da inclusão posterior de Dabog e Saumenkar na lista), mais a “fronteira espacial”, além de detalhar as principais casas de nobreza de cada planeta, introduzir coadjuvantes… e trazer ideias para campanhas.

Por fim, novamente em dois volumes, o primeiro suplemento de campanha para 3D&T — Belonave Supernova. A ideia é trazer o espírito de um anime do gênero para sua mesa de jogo em uma campanha de vinte e seis sessões, com consequências para o futuro do cenário. Talvez seja o material mais ambicioso publicado para Brigada Ligeira Estelar Alpha. Não é uma campanha fácil e a morte de personagens jogadores é uma sombra constante. Mas faz parte do drama.

 

O futuro de Brigada Ligeira Estelar

Agora teremos um novo Brigada Ligeira Estelar RPG. Muitas mudanças foram baseadas nas experiência de jogo registradas ao longo desses anos. Dois dados, ao invés de um. Modificações nas características e na construção de personagens em geral. Rolagem contra dificuldade — apenas resultados maiores. A inclusão de andróides como “raça” jogável (aqui, andro-ginóides), atendendo a um pedido constante dos jogadores. Robôs personalizáveis desde o começo.

E o espírito do cenário continua o mesmo: vocês tem algo importante a proteger — gente amada, um futuro, um ideal… — e por esse algo, você está disposto a lutar. O universo ao seu redor pode até ser cinzento mas essa é a razão pelo qual ele precisa de heróis.

Se você é um leitor ou jogador das antigas, obrigado pela lealdade. Se você estiver entrando agora, seja bem-vindo. Vai ser bom estar aqui de novo regularmente.

Até a próxima.

Imagem de topo: Wellington Reis. Capas, na ordem apresentada, por Roberta Pares Massenssini, Israel de Oliveira, Eudetenis e Simone Beatriz.

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