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Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Quinze: O Escudo das Armas

Anterior: a Brigada Ligeira Estelar chegou à lua Vesna, de Dabog, aonde denunciaram irregularidades para o Governador das Seis Luas. Consequentemente, se meteram no centro de uma crise política e, portanto, tem um último nó a desatar antes de seguir viagem em busca de sua misteriosa tecnologia alienígena. Contudo, não será nada fácil.

Local: Vesna (lua do planeta Dabog)

Situação Prévia:

Vesna abrigará uma reunião entre um representante do Príncipe-Regente de Arkady, um mediador imperial, o governador das luas de Dabog (Alik Dagar) e os regentes governamentais de cada lua. Os protagonistas devem depor sobre os eventos em Ziva. Uma representação em aço do Escudo das Armas de Arkady será trazida como símbolo de restabelecimento da ordem.

Evento:

Entretanto, na calada da noite, o escudo das armas desapareceu. Assim, caso isso venha a público, passará à população uma desastrosa mensagem de ineficiência! Ou seja, cabe a nossos personagens manter tudo em segredo e dessa forma recuperar o item antes dessa reunião a portas fechadas, quando ele for exibido ao povo. Entretanto, a coisa é mais complexa.

Na verdade, um grupo separatista está esperando esse momento público de vergonha alheia, antes de reivindicar sua autoria. Todavia, não são apenas eles os únicos responsáveis por essa história. Sendo assim, quem seria o culpado? Aliás, ele não fará de tudo para se colocar no caminho de nossos protagonistas enquanto o momento da verdade não chegar?

Reviravoltas

Investigação: um obstáculo para achar os responsáveis é a existência de inúmeros grupos separatistas nas seis luas, na maioria compostos por grupos pequenos — porém com ambição em excesso e juízo de menos. Dessa forma, é bem possível cruzar com o grupo errado e deliberadamente, por disputas ideológicas, eles indicarem outro grupo errado…

Cui Bono?: o regente governamental de Ziva, cujos atos estão sob julgamento, obviamente é o maior beneficiado pelo crime. Contudo, após a reivindicação de autoria do ato, há homens infiltrados para eliminar os terroristas antes que abram mais a boca. Logo, é preciso salvá-los, mas eles também tem seus robôs de combate e não estão dispostos a ouvir…

Como se Isso não Bastasse: nesse ínterim, nossos vilões regulares querem se aproveitar desse caos para roubar as tecnologias alienígenas. Portanto, eles podem oferecer para o regente governamental de Ziva uma proposta simples: armas incomuns (e mais potentes) para os seus homens na caça aos personagens jogadores. Assim, em troca, eles só querem as peças.

Epílogo

Caso tudo corra bem, o escudo das armas será exibido antes do julgamento a portas fechadas. Como a regência governamental de Ziva é um cargo nomeado pelo governador dos territórios lunares (com aval do Príncipe-Regente de Arkady), provavelmente ele apenas será “convidado a se demitir” para evitar escândalos. Mas essa história pode não ter acabado aqui…

Ideias

Puxadas de Tapete: pense em reviravoltas atrás de reviravoltas. Assim, é interessante ter algum senso de humor nesse contexto. Os personagens seguem pistas falsas que levam a pistas falsas. A inclusão de vilões recorrentes existe para colocar os personagens na trilha certa.

Torne tudo Difícil: o grupo separatista teve o acesso à peça facilitado e assim, seu depoimento vai resolver a questão. Porém, eles ainda são um grupo separatista: por menos espertos que sejam, não querem ser presos. Dessa forma, os vilões recorrentes podem ajudá-los a escapar, complicando tudo.

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

A ideia, aqui, é retomar o lado mais capa-e-espada da ambientação. Os aspectos políticos são mais um pano de fundo para uma aventura rocambolesca, na qual robôs gigantes são mais pontuais. A inclusão de vilões regulares é um modo de oferecer adversários com face e, assim, oferecer um rumo aos protagonistas — se eles estão aqui, algo está acontecendo.

Para tornar essa aventura um one-shot, desvinculado da trama central, em primeiro lugar remova os vilões regulares e substituam-nos por um nobre de Zeme ligado ao regente governamental. Em segundo, altere o final para que tudo se resolva aqui.

Divirtam-se.

Episódios Anteriores

00 — Introdução (AQUI) 
01 — O Sinal Desconhecido (AQUI)
02 — Madredeus (AQUI)
03 — A Fortaleza Lunar (AQUI)
04 — Cidade do Perigo (
AQUI)
05 — O Templo dos Guerreiros (
AQUI)
06 — Zona Devastada (
AQUI)
07 — 0,8 Miligramas por Litro (
AQUI)
08 — Leviatã Ataca! (
AQUI)
09 — Duelo na Área 77 (
AQUI)
10 — O Cio dos Dragões (
AQUI)
11 — Prisioneiros dos Piratas (
AQUI)
12 — A Voz Soberana (
AQUI)
13 — A Fúria dos Nephilim (
AQUI)
14 — Proposta Maldita (
AQUI)

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Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Quatorze: Proposta Maldita

Anterior: a Brigada Ligeira Estelar precisa lidar com as consequências do episódio anterior. Em suma, nossos pilotos eram os representantes da autoridade imperial presentes quando as forças locais perseguiram a população na busca por terroristas. Portanto, eles precisarão depor para o próprio governador dos territórios lunares de Dabog, o príncipe Alik Dagar.

Local: Vesna (lua do planeta Dabog)

Situação Prévia:

A princípio, os habitantes das luas de Dabog estão insatisfeitos com o tacão de Arkady e isso inflama a população. Contudo, elas precisam de apoio externo para sobreviver. De fato, havia uma expectativa de melhor tratamento após a Batalha dos Três Mundos. Porém, a ficha está começando a cair. Dessa forma, os grupos separatistas vem ganhando força…

Evento:

Um líder pirata surge com uma proposta pública para o Império: transformar Lada em um território livre para piratas. Dessa maneira, suas forças de defesa protegerão as seis luas de Dabog e, portanto, lhes permitindo se emancipar de Arkady. Obviamente, ninguém quer isso: os piratas tomarão conta de cada aspecto da vida nas seis luas! No entanto, os Daboguitas estão furiosos…

Assim, o depoimento dos protagonistas pode piorar tudo. Concomitantemente, rostos familiares ainda querem a tecnologia alienígena guardada por nossos personagens. Para tanto, eles tem uma peça em suas mãos, usando-a para rastrear as demais. Assim, sua incursão pode dar aos piratas uma chance de convencer o povo de seus planos. Logo, é preciso impedir isso!

Reviravoltas

Trapaça: A intervenção dos nossos personagens pode prejudicar os planos dos piratas em frente à população. Assim, ao perceber a incursão do cruzador misterioso, eles se omitiram deliberadamente. Na verdade, pretendem executar discretamente nossos protagonistas antes do ataque, creditar o ato aos invasores… e depois combatê-los, posando como heróis.

Tomem a peça: a peça alienígena com a qual os invasores estão rastreando as demais está no cruzador inimigo (que está sob camuflagem). Será viável se infiltrar no cruzador e tomar a peça antes do ataque acontecer, enfrentando essas forças no espaço? E se os piratas quiserem intervir? É importante não deixá-los participar: assim, eles mostrariam força para o povo!

A Ameaça Pirata: infelizmente, Arkady não liga tanto para Dabog, mas não quer sinalizar perda de poder. Por isso, em termos populares, não beija nem sai de cima. O depoimento dos protagonistas não vai tirar os Dagar do planeta, mas fortalecerá os piratas… e eles podem responder com ataques em zonas urbanas lunares caso tenham sua proposta recusada.

Epílogo

Independentemente do resultado, temos uma crise política. Alik Dagar foi nomeado para essa posição e por isso sua situação está em cheque. Embora ninguém realmente queira esse seu cargo, o seu medo é ser substituído por alguém muito pior — e assim, acirrar os ânimos já inflamados da população. Por isso, os personagens devem permanecer um pouco mais.

Ideias

Política: ao contrário do padrão em seu clã, o príncipe Alik é alguém razoável e portanto, é capaz de ouvir os personagens. Não economizará ajuda em termos de forças de apoio e naves (na falta de superiores, eles representam a Aliança Imperial). Mas tem limites.

Procurando Aliados: a Aliança das Seis Luas é um grupo voltado à emancipação de Dabog da esfera Arkadi por meios políticos. Quando os piratas surgem com essa proposta, eles serão os primeiros a apontar essa loucura. Eles podem se aliar aos personagens.

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

Embora essa aventura possa ser jogada de forma auto-contida (e até isolada dos elementos relacionados à saga — basta substituir o atacante e remover as menções à tecnologia misteriosa), ela faz parte de um díptico de episódios — este e o próximo — em Vesna. Eles fecharão a passagem dos personagens pelas luas de Dabog… mas esse arco não terminará aqui.

Nesta etapa teremos um maior peso dos elementos políticos da Constelação do Sabre. Portanto, é importante não perder o foco da ação com robôs gigantes, mas também lembrar dos elementos que levam a essa ação. Afinal, isso também é parte do gênero.

Divirtam-se.

Episódios Anteriores

00 — Introdução (AQUI).
01 — O Sinal Desconhecido (AQUI)
02 — Madredeus (AQUI)
03 — A Fortaleza Lunar (AQUI)
04 — Cidade do Perigo (
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05 — O Templo dos Guerreiros (
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06 — Zona Devastada (
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07 — 0,8 Miligramas por Litro (
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08 — Leviatã Ataca! (
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09 — Duelo na Área 77 (
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10 — O Cio dos Dragões (
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11 — Prisioneiros dos Piratas (
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12 — A Voz Soberana (
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13 — A Fúria dos Nephilim (
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Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Treze: A Fúria dos Nephilims

Anterior: a Brigada Ligeira Estelar escolta refugiados resgatados de um ataque proscrito. Em primeiro lugar, eles os deixarão em Ziva, aonde as autoridades determinarão qual será seu destino. Em segundo, eles seguirão sua rota original até Vesna. Por fim, retomarão sua missão. No entanto, as coisas não costumam ser como desejamos — e nesse ínterim, uma nova ameaça regional se colocará na rota de nossos protagonistas…

Local: Ziva (lua do planeta Dabog)

Situação Prévia:

Ziva é uma lua de Dabog reivindicada por Nephilims. Em resumo, eles são uma minoria evo que prega tanto o orgulho racial e a não-miscigenação quanto a existência de um passado mítico aonde eles deram vida a um lar espacial que lhes foi tomado. Dessa forma, embora a maioria dos Nephilims seja pacífica, muitos terroristas surgiram desse discurso no final.

Evento:

Um robô de combate investe contra um ponto de encontro frequentado por estrangeiros — e por muitos evo (não-nephilim). Além disso, este robô gigante tem uma bomba e, assim, ela precisa ser desativada. Porém, os jogadores estão no local. Contudo, caso consigam detê-lo, não encontrarão ninguém pilotando a máquina. A seguir, a autoria do ataque será reivindicada por um grupo radical Nephilim.

Entretanto, as forças regenciais, comandadas pelo clã Dagar de Arkady, só pioram tudo: em seguida, evos não-nephilim são reprimidos injustamente. A Brigada precisa pegar os verdadeiros responsáveis e, assim, acabar com isso. Para piorar, esse grupo pretende atacar um dos centros de pesquisa biológica ligados à Aliança Imperial no planeta. Consequentemente, podem liberar uma ameaça muito pior…

Reviravoltas

O DNA da ameaça: um pesquisador secretamente alinhado à causa desenvolveu um vírus tecno-orgânico capaz de emular o código genético de pilotos. Dessa forma, ele pode acessar seus robôs de combate — e além disso, é capaz de embutir padrões de ação previamente determinados. Assim, os terroristas querem capturar nossos personagens para tomar e controlar seus robôs.

As Forças dos Dagar: o Príncipe Alik Dagar — governador-central dos territórios lunares de Dabog — é alguém surpreendentemente razoável. Porém, ele está em Vesna. Aqui, seu representante local abraçou a truculência na busca pelos culpados, inflamando a população. Portanto, caso nossos personagens cruzem com essas forças, elas se colocarão no caminho!

O Segredo Mortal: um projeto para o combate aos proscritos está sendo desenvolvido no local (conhecido por ter os melhores centros de biotecnologia deste sistema solar). Dessa forma, caso os terroristas ponham suas mãos nele, o usarão contra a população das seis luas. Logo, qual será sua natureza? E consequentemente, combinando-o com seu tecno-vírus, ele pode ter resultados inesperados?

Epílogo

Supondo que os personagens tenham conseguido deter os terroristas, parte do dano já estará feito graças à estupidez dos oficiais a serviço dos Dagar: mesmo com a Brigada Ligeira Estelar mostrando serviço, as forças locais fizeram parte da população simpatizar com os terroristas. Portanto, é hora de chegar finalmente em Vesna e falar com o governador, sem interrupções!

Ideias

Exponha as Fraturas do Cenário: não é possível enxergar tudo em termos de preto e branco. A Aliança Imperial como projeto é positiva, mas nem sempre tem bons representantes. Por outro lado, nenhum discurso justifica supremacistas étnicos. Crie coadjuvantes nesse fogo cruzado.

Defina seu Chefe Final: isto é Brigada Ligeira Estelar e portanto, é importante termos um desfecho mais “físico” — obviamente, e preferencialmente, envolvendo robôs gigantes. Assim, qual seria a ameaça? Seres desenvolvidos para combate? Robôs gigantes bio-orgânicos? Pense no seu oponente, portanto.

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

Essencialmente, esta aventura é um Technothriller. Dessa forma, em um pacote só, temos elementos de ficção científica tradicional, ficção científica militar (via contra-terrorismo), suspense, espionagem e ação. Entretanto, ela está aqui para reforçar os aspectos políticos do gênero. A princípio, é fácil pensar em boas intenções no espectro maior de tudo. Contudo, isso vale quando ela envolve o guarda da esquina?

Também há um elemento estrutural envolvido: geralmente, os onze primeiros episódios de um anime mais longo tendem a ser introdutórios e estabelecer tanto os personagens quanto o contexto geral. Em seguida, temos um aprofundamento do contexto antes da grande virada.

Divirtam-se.

Episódios Anteriores

00 — Introdução (AQUI).
01 — O Sinal Desconhecido (AQUI)
02 — Madredeus (AQUI)
03 — A Fortaleza Lunar (AQUI)
04 — Cidade do Perigo (
AQUI)
05 — O Templo dos Guerreiros (
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06 — Zona Devastada (
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07 — 0,8 Miligramas por Litro (
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08 — Leviatã Ataca! (
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09 — Duelo na Área 77 (
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10 — O Cio dos Dragões (
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11 — Prisioneiros dos Piratas (
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12 — A Voz Soberana (
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Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Doze: A Voz Soberana

Anterior: a Brigada Ligeira Estelar, com sua nave provisória, escolta refugiados quando veio uma ordem: como estão próximos, devem remover o povo de uma minoria religiosa na lua Dola antes de um ataque proscrito. Embora este seja um desvio de rota, eles tem naves para isso e, afinal de contas, isso é parte do seu trabalho…

Local: Dola (lua do planeta Dabog)

Situação Prévia:

A maioria dos Dolanos descendem de um povo que, segundo suas lendas, habitou o interior de um Leviatã por três séculos. Mas, quando este chegou à constelação, todos fugiram. Consequentemente, eles tem uma cultura à parte até hoje. Entretanto, há entre eles há a minoria religiosa Sarosiana. Eles guardam uma peça de nosso enigma e, com isso, atraíram os proscritos…

Evento:

A princípio, quando os cientistas em Vesna estudaram a máquina, ela lhes deu a localização da peça mais próxima — e ela estava em Dola. Contudo, ao fazerem isso, a peça localizada reagiu e assim, caiu nos radares proscritos. Porém, eles se aproximam para a cidade-estado de Saros, dispostos a tomar a peça e, a seguir, massacrar todos em seu caminho como de costume.

Entretanto, Saros vive sob o controle religioso dos ditames de uma “Voz Sagrada” e, dessa forma, esta mantém a sociedade sob uma ordem rígida, mas cumpridora das leis. Assim, a Aliança Imperial sempre os deixou em paz. Todavia, quando os personagens chegam, os Sarosianos se recusam a partir, contando com a proteção da Voz. Portanto, o tempo urge.

Reviravoltas

A Voz Consciente: na verdade, a Voz é uma inteligência artificial anterior à fuga dos Andro-Ginóides para Saumenkar (ver Batalha dos Três Mundos). Assim, ela poderia conduzir esse povo para as naves da Brigada. Contudo, em sua análise, isso seria o fim da sociedade à qual protege. Portanto, o ataque proscrito poderia, inversamente, fortalecer a crença nos sobreviventes.

A Ordem Constituída: o Grande Patriarca de Saros, “guia espiritual” da sociedade, sabe do grande segredo por trás da Voz Sagrada. Embora não exponha isso à Brigada, prefere se omitir ao massacre para evitar a destruição da ordem que lhe dá poder político (e a propósito, bens materiais) em sua pequena sociedade. Logo, vai barrar os personagens como puder.

A Arma Secreta: a Voz tem uma forma humana projetável e dessa maneira, pode fazer da defesa de sua cidadela um grande espetáculo para seus fiéis. Entretanto, ela é limitada e, dessa maneira, opera sob margens de erro. Nesse ínterim, mais naves da Marinha Estelar estão chegando. A luta é inevitável — como proteger todas essas pessoas quando elas, arrogantemente, se consideram blindadas?

Epílogo

Em qualquer hipótese, nada será o mesmo. Alguma transformação precisa ter acontecido. Assim, uns se agarrarão às velhas normas, enquanto outros cairão em si. Nossos protagonistas tomam a peça e, dessa forma, retomam sua jornada (a propósito: aqueles a quem eles escoltavam, anteriormente, seguiram até Vesna. Aliás, acham mesmo que eles ficariam à espera dos proscritos?).

Ideias

Toda Sociedade tem Descontentes: os personagens precisam de aliados que os orientem sobre os meandros dessa sociedade. A princípio, faça deles pessoas com curiosidade sobre a vida fora de seu mundinho ou rebeldes conscientes da prisão social de seu povo.

Estimule Soluções Inteligentes: apesar de termos uma luta espacial no final, temos como cerne da trama um dilema. Tecnicamente, os personagens podem até tomar a tecnologia guardada e deixar tudo a cargo da Marinha Estelar. Porém, as pessoas ainda estão sob risco.

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

Não se iludam pela batalha orbital no final do episódio: essencialmente, esta é uma aventura de Ficção Científica Clássica, dentro da ala mais soft do tema. Aqui, a trama serve como veículo de alguma discussão maior. Um nó sociológico é o obstáculo para a remoção dessas pessoas. Consequentemente, cumprir sua missão inicial passa por desatá-lo.

É a fórmula mágica do Jornada nas Estrelas clássico ou de alguns episódios de Patrulha Estelar. Além disso, ele reconecta nossos personagens à trama principal. Não é difícil isolá-lo da continuidade para quem queira fazer dele um one-shot.

Divirtam-se.

Episódios Anteriores

00 — Introdução (AQUI).
01 — O Sinal Desconhecido (AQUI)
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11 — Prisioneiros dos Piratas (
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Brigada Ligeira Estelar – O Ano Perdido (11)

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Onze: Prisioneiros dos Piratas

Anterior: nossos pilotos da Brigada Ligeira Estelar viajam com uma nave provisória. Agora, eles partem de seu serviço temporário em Zeme e vão para a lua Vesna, em Dabog. Lá, retomarão sua missão. Contudo, sua rota estará movimentada: uma grande nave vinda de Arkady está circulando. Dessa forma, eles talvez precisem fazer uma nova, e inconveniente, interrupção no seu caminho…

Local: Lada (lua do planeta Dabog)

Situação Prévia:

A grande nave de transporte Aelita é, bem, uma banheira velha. Entretanto, ela está trazendo uma carga muito especial: centenas de refugiados do planeta Arkady. A princípio, eles procuram fugir da guerra contra os Proscritos. Para piorar, já não tem muita coisa além da roupa no corpo e pertences pessoais. Assim, eles só querem sair da área invadida e reconstruir suas vidas em lugar seguro.

Evento:

Infortunadamente, suas naves piratas cercam a Aelita para forçá-los a acompanhá-las até a lua Lada. Infelizmente, a nave provisória dos nossos protagonistas não tem porte para enfrentar a ambas. Surpreendentemente, uma estranha lâmina psíquica é projetada, da superfície lunar, contra os personagens. Nesse ínterim, é possível dar conta do recado, e segurar as pontas, até a chegada de ajuda imperial?

Lada é uma lua ainda sob terraformação, mesmo avançada. Caso a Aelita desça nela, os problemas serão piores: em primeiro lugar, o grande chefe desses piratas está construindo uma cidade-refúgio e usa gente abduzida como mão-de-obra. Em segundo, Aelita não foi a primeira nave a ser capturada. Portanto, atacar o local com tudo arriscará a vida dos reféns ali presentes!

Reviravoltas

Por Dentro da Fortaleza: a princípio, o grande problema para um ataque aéreo é discernir quem é pirata e quem é prisioneiro — a circulação de gente ali dentro é muito grande. Para piorar, todos ainda usam trajes espaciais para serviços pesados. Dessa forma, antes de qualquer robô gigante ser usado, vai ser necessária uma missão de infiltração. Contudo, o que pode ser descoberto no seu interior?

A Máquina da Mente: surpreendentemente, a captura de diferentes tecnologias, inclusive proscritas, levou à construção de uma máquina capaz de unir a mente de espers para uso conjunto contra os adversários. Quando é detectado alguém com tais capacidades, ele é dirigido para o local. Geralmente, são crianças ou adolescentes bem jovens… e portanto, é preciso libertá-las.

Mais Duros, mais Fortes: em primeiro lugar, este não é como um enclave de Ottokar e seus robôs não são monstros de Frankenstein mecânicos — eles tomam veículos e naves, ao contrário de escombros. Assim, customizam tudo com o que encontram para fazer deles mais poderosos. Dessa forma, são praticamente uma milícia em formação. Consequentemente, um confronto armado fatalmente causaria uma grande destruição. Como proteger as vítimas?

Epílogo

Ao terminar, supondo que os personagens salvem todos os prisioneiros, será preciso tomar as naves não-destruídas dos piratas para levá-las à lua mais próxima (Dola, já terraformada). Portanto, não será possível fugir da tarefa mas, ao menos, elas estão agradecidas… embora estejam novamente reduzidas à condição de refugiados, esperando uma chance de sair do sistema solar.

Ideias

Beat ‘em up: comparativamente, os personagens passarão mais tempo fora de seus robôs. Logo, todos andarão por corredores, tentarão manter a discrição, mas em algum momento precisarão abrir caminho na base do tiro, porrada e bomba. Portanto, recomendamos mapear tudo.

Mantenha o Crescendo: ao final, recompense os jogadores com um combate robótico espetacular. Caracterize bem os vilões — especialmente o chefe deles, que será o chefão final. Assim, faça seu robô extremamente forte, para todos participarem do último combate.

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

Este semente de aventura é uma Space Opera no seu sentido mais clássico e tradicional — talvez a mais clássica publicada até agora. No cômputo geral, temos todos os pré-requisitos: lados bem definidos (escravistas não merecem perdão), ambientação “exótica” (um mundo em terraformação), super-ciência (a máquina convergindo poderes psíquicos de crianças como uma arma)…

É claro, esse elemento pode ser desenvolvido ao longo de sua trama e somado à tecnologia alienígena misteriosa, caso você queira, tornando-o menos filler — quem sabe uma ameaça final? Portanto, é uma frente de trama interessante a ser desenvolvida.

Divirtam-se.

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03 — A Fortaleza Lunar (AQUI)
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05 — O Templo dos Guerreiros (
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06 — Zona Devastada (
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07 — 0,8 Miligramas por Litro (
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08 — Leviatã Ataca! (
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09 — Duelo na Área 77 (
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10 — O Cio dos Dragões (
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Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Dez

Brigada Ligeira Estelar

Anterior: a grande nave da Brigada Ligeira Estelar, pilotada pelos personagens, será consertada na principal lua de Dabog, Vesna — aonde as peças serão protegidas. Sendo assim, na falta de gente qualificada, nossos heróis são designados por enquanto a uma base local: alguém precisa reforçar as defesas da lua Zeme contra caçadores e outros inimigos!

Local: Zeme (lua do planeta Dabog)

Situação Prévia:

O Dragão do Mato veio de fora da Constelação, antes do isolamento desta. Contudo, sua inserção desastrada revelou-se uma ameaça aos ecossistemas planetários, forçando seu quase extermínio. Assim, Zeme é o único local permitido a eles no Sabre e sua população deve ser controlada, com direito a seleção genética. Todavia, muitos nobres querem abater um dragão…

Evento:

O Barão Ichimonji, do planeta Viskey, planeja em primeiro lugar obter um par de dragões, colocá-los para lutar na frente de seus convidados na festa de casamento do seu filho… e em segundo, iniciar uma caçada logo a seguir. Dessa forma, será um espetáculo em grande estilo! Entretanto, como as autoridades de Zeme se recusaram a vendê-la, ele contratou um esquadrão de mercenários para trazê-los na marra.

Porém, esse bicho é enorme e difícil de ser controlado. Geralmente eles tendem ao isolamento e por isso são presas, se não fáceis, ao menos capturáveis. No entanto, em época de reprodução, suas fêmeas começam a circular e atraem parceiros. Assim, caso eles se sintam ameaçados em grupo, o grau potencial de devastação dessas feras no ambiente é gigante.

Reviravoltas

Por Todos os Lados: os mercenários tomam uma fêmea e a aprisionam em sua nave. A Brigada Ligeira Estelar intervém… mas há um problema: as fêmeas emitem feromônios na época de reprodução e quando estão sob risco, eles se intensificam para atrair machos capazes de ajudá-la. Sendo assim, agora eles não estão cercados por dois ou três dragões… mas por muitos deles!

Custando Caro: nesse ínterim, o próprio filho do Barão Ichimonji decidiu assistir a captura para sua diversão e dessa forma, seu orgulho é ferido quando percebe o quanto nossos protagonistas lhes dão trabalho. Assim, se ele decidir interferir caso não goste do resultado, e algo grave acontecer com ele, os personagens podem ter um nobre vingativo em sua cola pelo resto de suas vidas!

Tudo SEMPRE pode Piorar: Zeme não é Inara e essas feras não costumam invadir zonas urbanas. Porém, um dos mercenários pode conseguir levar uma delas… e ao ser abatido, cair na cidade. Dessa forma, caso ela se liberte, ela se assustará com os barulhos e movimentação da cidade. Assim, ela se tornará realmente perigosa. Como detê-la sem causar destruição e mortes?

Epílogo

Os personagens foram designados para o local um tanto contra a vontade — afinal, estavam tapando um buraco de pessoal enquanto não retomam sua missão. Assim, com a chegada de uma nova equipe, eles podem respirar um pouco e seguir de novo sua jornada. Porém, caso eles tenham pisado na bola, podem ter gerado consequências que reverberarão mais tarde.

Ideias

Uma Coisa é uma Coisa, Outra Coisa é Outra Coisa: ninguém vai ser ingrato por sua ajuda, mas a Brigada Ligeira Estelar na verdade não foi feita para lidar com exobiologia, seu trato e sua lida. É interessante criar o risco de tudo ser posto a perder.

Aproveitem seu Bestiário: obviamente estes não são os dragões da fantasia medieval. São só seres reptilianos com o azar de parecer demais com tais seres. Peguem as estatísticas de seu bestiário favorito, mas lembrem-se disso… e façam suas adaptações.

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

De modo geral, essa aventura tem alguns dos elementos exóticos da space opera (os monstros, no caso) e nisso, anda pelas próprias pernas muito bem. Soa como um aparente filler dentro da continuidade central da trama, salvo se tivermos tido consequências graves em algum momento. Todavia, ela se encaixa muito bem na proposta principal dessa campanha.

Uma das premissas de “O Ano Perdido” é servir de mostruário para — todos — os principais mundos da Constelação ao longo de seus cinquenta e dois episódios. Por isso, não podemos deixar de passar, uma a uma, por cada lua habitada em Dabog.

Divirtam-se.

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Brigada Ligeira Estelar – O Ano Perdido (09)

Brigada Ligeira Estelar

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Nove: Duelo na Área 77

Anterior: nossos pilotos da Brigada Ligeira Estelar, com a nave avariada, viajam até as luas do planeta Dabog, aonde esperarão seu conserto antes de seguir para o planeta Arkady. Assim, eles chegam até Hala — uma lua em terraformação, repleta de áreas Mascon cobertas por domos geodésicos. Infelizmente, precisarão esperar o transporte dela e a vinda de outra nave para uso provisório.

Local: Hala (lua do planeta Dabog)

Situação Prévia:

A nobreza em geral nunca engoliu a autocracia cooperativa de Hala… e a FEMTAR (Federação dos Empresários de Tarso) acha sua existência um perigo. Assim, a mídia iniciou uma campanha apresentando o local como se fosse um antro de pobreza e crime. E agora, armaram — com ajuda de juízes arkadis — uma falsa acusação criminal contra um de seus líderes.

Evento:

Com cobertura velada dos juízes, um grupo de “cidadãos de bem revoltados” da lua Vesna decide viajar para Hala para, em seguida, linchar esse homem. Como as leis em territórios lunares são mais frouxas, eles virão armados e dessa maneira, contam com a impunidade por esse “excesso”. Por outro lado, se tiverem a resposta merecida, a mídia mostrará os nativos de Hala como monstros.

Contudo, para garantir o processo, a FEMTAR contratou secretamente um dos maiores e mais bem-pagos matadores do ramo — especialista em eliminar alvos bem-protegidos e com barreiras humanas imensas ao redor, mesmo causando massacres no processo… e ele jamais foi pego. A existência desses linchadores amadores lhe é útil. Assim, se a Brigada estiver no caminho…

Reviravoltas

“Sou eu quem te refuto na fila do pão!”: parte dos linchadores é composta por membros muito… jovens, aliás, mais jovens inclusive do que os próprios membros da Brigada — e eles inclusive estão armados! Eles se sentem empoderados pela baboseira enfiada em suas mentes pela mídia… e, portanto, se algum deles for morto, isso será usado contra os personagens! Assim, como impedir o pior?

Liberdade de Sedição: um jornalista jovem, venal e ambicioso é escalado para garantir uma imagem positiva para os linchadores (ou, convenientemente, negativa para os protagonistas) quando tudo acontecer. Portanto, ele estará xeretando pelos cantos e dessa forma, fará de tudo para encontrar elementos encaixáveis na narrativa desejada. Assim, se algum dos personagens tiver segredos, ele os buscará!

Suporte Artificial de Vida: apesar de faltar apenas um século para terminarem os trabalhos de terraformação em Hala, ainda é necessário manter as áreas habitáveis sob domos geodésicos. Eles são resistentes, cobertos de metal transparente. Contudo, se alguma coisa acontecer, a segurança da população pode estar ameaçada. E aliás, algumas pessoas não tem limites…

Epílogo

Caso os personagens consigam deter os linchadores (e o matador) e pertençam à Brigada, podem usar sua posição de autoridade para poupar a população de acusações injustas. Independentemente disso, sua nave precisará ser “rebocada” e consertada… em outra das luas — e assim, nossos herois receberão outra, menor, para se locomover até terem sua nave de volta.

Ideias

Duelo de Robôs: Como falamos de áreas industriais, é interessante mapear o espaço. Os inimigos podem se espalhar e, assim, teremos praticamente um jogo de Counter-Strike… com robôs gigantes. Aliás, mísseis e tepeques de área definitivamente não serão recomendáveis.

Intriga e Política: lidem com as tensões populares, e os jogos de interesses, antes do grande tiroteio entre os personagens e os linchadores — mais o matador como chefe final. Dessa forma, encare o desfecho explosivo como um prêmio aos jogadores pela expectativa.

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

Pense nessa aventura como um Faroeste Espacial, com tudo o que tem direito — e robôs enormes no meio. Portanto, é interessante estimular algo mais focado em tiroteio e menos em espadas para enfatizar esse tom, embora haja o fator de risco explosivo ao redor.

Ao mesmo tempo, esse gancho resgata um lado mais político do cenário, presente no próprio gênero mecha — mas algo apagado nesta campanha por conta de sua estrutura. Dessa forma, trate o confronto como algo a ser evitado… mas que no final é inevitável.

Divirtam-se.

Episódios Anteriores

00 — Introdução (AQUI).
01 — O Sinal Desconhecido (AQUI)
02 — Madredeus (AQUI)
03 — A Fortaleza Lunar (AQUI)
04 — Cidade do Perigo (AQUI)
05 — O Templo dos Guerreiros (
AQUI)
06 — Zona Devastada (
AQUI)
07 — 0,8 Miligramas por Litro (
AQUI)
08 — Leviatã Ataca! (
AQUI)

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Brigada Ligeira Estelar: o Ano Perdido (08)

Brigada Ligeira Estelar

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Oito: Leviatã Ataca!

Anterior: Os Pilotos da Brigada Ligeira Estelar, após uma passagem inconvenientemente estendida em Ottokar, seguem para o planeta Arkadi, aonde as peças serão melhor estudadas. Porém, esta ainda é a frente proscrita — e assim, viagens espaciais podem ser muito perigosas!

Local: Espaço

Situação Prévia:

Os Leviatãs, por muito tempo, foram considerados lendas do espaço. Eles são naves automatizadas abandonadas que, de algum modo, evoluíram — e agora, atacam outras naves, canibalizam suas peças e sistemas computadorizados… e por fim, se tornaram monstros mecânicos. Entretanto, após a Batalha dos Três Mundos, sua existência não mais pode ser ignorada. Logo, eles sempre podem aparecer…

Evento:

Seguindo a rota para Arkadi, a nave dos personagens interrompe seu hiper-salto para manobrar na heliopausa desse sistema solar. Porém, chamam a atenção dos Proscritos. Contudo, é possível enfrentá-los — todavia, eles surgem como moscas. Assim, sua melhor chance é um novo hipersalto até o Cinturão de Kuiper do sistema. E é claro, eles serão seguidos.

Nesse ínterim, entre os OCKs do Cinturão, se esconde um perigoso Leviatã — uma criatura mecânica monstruosa, maior do que dois ou três cruzadores e com garras imensas de metal. Sendo assim, ele quer incorporar sua nave não importando se vocês, ou os proscritos, forem “devorados” juntos no processo. Dessa maneira, como a convocação de belonaves pode demorar, a luta é pela sobrevivência!

Reviravoltas

Consciência Coletiva Cibernética: assim sendo, é duro escapar de um monstro capaz de se propelir pelo espaço e com garras mecânicas, prontas para abiscoitar sua nave. Contudo, ele irá expelir uma horda de drones insetóides (2d6+2 por personagem, incluindo os proscritos) — e eles não são comandados individualmente: são extensões da inteligência artificial do Leviatã.

Dentro do Leviatã: caso um personagem seja “engolido” pelo monstrengo, ele não será destruído de imediato. Consequentemente, quais informações do passado podem haver na criatura? De tal forma, sua destruição é desejável? Assim, é possível salvar a parte do monstro que interessa? Finalmente, como pedir ajuda quando se está incomunicável em seu interior e não ser destruído caso seus colegas o vençam?

Impedir o pior: por um lado, o interior dos Leviatãs esconde tecnologias e outros itens acumulados após séculos de saque, prontos para serem utilizados. Por outro lado, se o Leviatã os incorporar, misturará a tecnologia inimiga às suas capacidades — e potenciais compartilhamentos podem gerar Leviatãs-Quimeras. Dessa maneira, ambas as possibilidades devem ser evitadas!

Epílogo

Caso os personagens vençam ou consigam fugir, fatalmente estarão avariados e sendo assim, isso os obrigará a uma pausa em alguma das luas do planeta Dabog, iniciando um novo arco de aventuras. Antes disso, porém, é possível saquear o interior do monstro (caso ele não tenha sido explodido)… e registrar sua obtenção pode lhes render tepeques bem avançados, em breve.

Ideias

Batalha Espacial: de um lado, os personagens estarão enfrentando proscritos, e do outro, e uma nave gigante. Portanto, talvez seja a ocasião para experimentar combates com mapas e miniaturas em sua mesa: ver Combate Tático no Manual do Defensor, páginas 39 a 41.

Objetos de Risco: um cinturão de Kuiper é uma espécie de pia da cozinha do sistema solar, cheio de massas de gelo e objetos interestelares aprisionados na região. Dessa forma, valorize o risco: eles sempre podem trombar em alguma pedra pelo caminho e sofrer dano.

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

Esta aventura ajuda a reforçar o “Estelar” da Brigada Ligeira. Voltamos aos temas da space opera em sua natureza mais aventuresca, gigantesca e maior do que a vida — a super-ciência, as grandes ameaças, as batalhas espaciais, os inimigos perigosos. Logo, embora ela nos dê a justificativa para o próximo arco de histórias, ela é um one-shot por natureza.

As regras opcionais de hordas (Belonave Supernova, Vol. 2, página 40) podem ser usadas no combate contra os robodrones, mas faça deles um pouco mais fortes — e não buchas, até para valorizar os proscritos. Dê algum trabalho aos jogadores.

Divirtam-se.

Episódios Anteriores

00 — Introdução (AQUI).
01 — O Sinal Desconhecido (AQUI)
02 — Madredeus (AQUI)
03 — A Fortaleza Lunar (AQUI)
04 — Cidade do Perigo (
AQUI)
05 — O Templo dos Guerreiros (
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06 — Zona Devastada (
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07 — 0,8 Miligramas por Litro (
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Brigada Ligeira Estelar: o Ano Perdido (07)

Brigada Ligeira Estelar

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Sete: 0,8 Miligramas por Litro

Anterior: nossos pilotos da Brigada Ligeira Estelar, exauridos pelas ameaças enfrentadas nos capítulos anteriores, tem direito a uma folga antes de levarem as peças tecnológicas para fora da Ponta do Sabre. Mas com a guarda baixa, talvez seja a melhor hora para roubá-las…

Local: Merimah, Safiye (Ottokar)

Situação Prévia:

O Grão-Domínio de Safiye em geral (e sua capital Merimah em particular) é o local mais cosmopolita e aberto para pessoas de outros mundos em Ottokar. Contudo, muitas delas voltaram a seus mundos com a guerra. Mesmo assim, muitos também fizeram sua vida nesta cidade e não mais a largariam. Todavia, há sempre vozes conservadoras pouco felizes com tal status…

Evento:

A milícia mercenária AK-49, composta só de jovens bonitas, talentosas e letais, pretende obter as peças no centro de pesquisas local. Assim, para manter nossos protagonistas ocupados, cinco de suas operativos (escolhidas entre as nascidas em Ottokar) se passam por estudantes amigáveis. Na verdade, seu plano é embebedá-los e mantê-los distantes enquanto o resto do seu grupo age.

Porém, essa cena chama a atenção de jovens membros de um grupo radical conservador local, afeito à atos de violência. Eles não sabem, mas as moças (seu alvo preferencial, por em tese não reagirem) sabem se cuidar. O problema está com nossos personagens: como eles irão enfrentar os sujeitos — e caso descubram, impedir a AK-49 — quando estão bêbados como gambás?

Reviravoltas

Incursão Secreta: a missão da AK-49 é se infiltrar na base com um esquadrão de mercenárias armadas e quando estiverem com as peças na mão, sair correndo — contando com várias outras para lhe dar cobertura. Mas as peças guardadas no local não são a única tecnologia ali presente. E se elas quiserem usar tudo o que encontrarem como armas improvisadas?

Muvuca Mortal: caso os encrenqueiros estejam conscientes, avisarão os demais membros do seu grupo e os chamarão para revidar. Se seguirem o rastro dos personagens, invadirão a base sem a menor sutileza. Com isso, as chances de caos completo são enormes: cada lado irá enfrentar outras duas forças — e, é claro, a AK-49 pode se valer disso para fugir…

Rostos Familiares: quem resgatará as moças é justamente a grande belonave responsável pelo ataque à lua de Peleja (episódio 03). Sim, são os mesmos inimigos. Se houver algum oponente familiar para o combate, e especialmente caso não tenha acontecido nenhuma luta com essa figura ainda, pode apostar: ela vai ser casca-grossa — e tem uma arma secreta!

Epílogo

Caso os personagens vençam, ou segurem as pontas até as forças da Brigada Ligeira Estelar (ou da Guarda Regencial local chegarem), não perderão tempo. Assim, seguirão sua jornada no dia seguinte, saindo do planeta com os itens. Mas o farão de ressaca! Pelo menos contarão com a escolta de seus colegas até saírem do Espaço Vital de Ottokar e finalmente, executar um hipersalto…

Ideias

Vilões Pragmáticos: como o tom do episódio é leve, assuma que a AK-49 quer evitar casualidades (são autoridades, afinal). Pensem em ataques indiretos — o velho Esquadrão Classe A é uma ótima referência nesse sentido. Da mesma forma, os grandes vilões querem só os itens. Assim, se eles sentirem que não conseguirão, irão embora e tentarão outro dia.

Porrada é Bom e eu Gosto: da mesma forma, quando as três forças antagônicas se encontrarem, trate como se fosse um grande quebra-quebra de bar, mas espalhando-se em toda a base. Estimule situações ridículas: um dos encrenqueiros sendo folgados com uma das mercenárias, um hussardo batendo nele para tentar xavecá-la, ela lhe respondendo com um chute…

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

É hora de nos despedirmos de Ottokar e após dois episódios muito tensos e dramáticos, talvez caia bem uma olhada no aspecto mais divertido e potencialmente picaresco de tudo — daí um episódio cômico para variar. A princípio, não é difícil isolá-lo para fazer dele um one-shot. Ao invés da nave dos vilões, poderia ser uma nave principal das forças mercenárias por exemplo.

De qualquer forma, essa aventura foi pensada para ser usada tanto com regras opcionais de hordas quanto de embriaguez (Belonave Supernova, Vol. 2, página 40). Assim, estimule os atos mais ridículos quando todos estiverem bêbados (os personagens, não os jogadores)!

Divirtam-se.

Episódios Anteriores

00 — Introdução (AQUI)
01 — O Sinal Desconhecido (AQUI)
02 — Madredeus (AQUI)
03 — A Fortaleza Lunar (AQUI)
04 — Cidade do Perigo (
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05 — O Templo dos Guerreiros (
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06 — Zona Devastada (
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Brigada Ligeira Estelar: o Ano Perdido (06)

Brigada Ligeira Estelar

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Seis: Zona Devastada

Anterior: após sua jornada a Kabbadi, nossos pilotos da Brigada Ligeira Estelar precisarão cortar caminho. Porém, há perigos extremos na rota da Zona Devastada. Logo, isso significa tanto o risco de ataques proscritos como potenciais conflitos contra os Enclaves de Ferro…

Local: Shu-Turul, Enclave da Zona Devastada (Ottokar)

Situação Prévia:

Shu-Turul tem uma história comum a vários enclaves na Zona Devastada: a princípio, surgiu como uma aglomeração de sobreviventes do grande ataque Proscrito a Ottokar. Logo a seguir, por não ter defesas contra um eventual novo ataque dos invasores, acabou gerando seu próprio Senhor da Guerra. Consequentemente, ele tomou o poder das lideranças locais pela força das armas. Dessa forma, ele o mantém com violência.

Evento:

Os protagonistas tem sua nave danificada por um ataque de robôs canibais (ver link mais adiante) e assim, acabam abatidos no deserto. Querem tomar a nave e seus robôs — contudo, morderam mais do que podem carregar. Portanto, aprisionam a todos e os levam para um enclave governado por um perigosíssimo Senhor da Guerra. Afortunadamente, ele nem desconfia da peça especial…

Porém, é claro, em algum momento ele pode descobrir. Além disso, o povo do local está à mercê dele e de seus pilotos carniceiros. Por isso, resgatá-los para fora da zona devastada é dever da própria Brigada Ligeira Estelar. Todavia, pedir ajuda é novamente uma impossibilidade. Arrematando, caso o Senhor da Guerra perceba a natureza da tecnologia em mãos… o que ele pode se tornar?

Reviravoltas

Fujam da Prisão: Em primeiro lugar, não é interessante matar os pilotos hussardos quando eles ainda podem fazer seus equipamentos funcionarem… e consequentemente, ter naves e robôs inteiros é melhor do que depenar tudo para incorporar peças a novos equipamentos. Contudo, eles serão obviamente mortos quando sua utilidade acabar. Assim, eles podem escapar por si? Ou precisarão de ajuda externa?

Colaboração Difícil: o povo desse enclave perdeu a esperança de ser resgatado da Zona Devastada e, consequentemente, a grande maioria prefere tolerar os abusos e a violência do Senhor da Guerra e seus carniceiros. Na prática, eles os vêem como sua chance de ter um mínimo de civilização e uma proteção contra os proscritos. Portanto, eles podem denunciar os personagens, com medo de serem punidos.

Máquina-Monstro: caso o Senhor da Guerra instale a tecnologia misteriosa em seu robô pessoal, terá um construto perigoso e, por isso, impossível de ser vencido por um único piloto. Entretanto, explodi-lo seria explodir também a peça. Assim, os personagens precisarão vencê-lo sem destruí-lo… e talvez, ele prefira morrer a ser capturado, levando a todos com ele.

Epílogo

Caso ponham sua nave para funcionar, os protagonistas poderão pedir por vários cruzadores para resgatar esse povo. Assim, deixarão uma cidade fantasma para trás e, talvez, alguns carniceiros. Porém, eles procurarão um novo enclave para servir ou reiniciarão o ciclo neste lugar. Assim, caso essa trama não seja um one-shot, deixe alguns carniceiros vivos.

Ideias

Mapeie o Enclave: caso os protagonistas escapem sem ajuda, eles vão precisar achar sua nave e seus robôs por conta e risco. Assim, se perder é muito fácil. Provavelmente eles conseguirão encontrar quem os informe e oriente — porém, até lá, as chances de tudo dar errado são grandes!

Saqueiem tecnologia: o pós-apocalíptico é o exemplo máximo da lei do mais forte. Dessa forma, os personagens jogadores podem tomar tepeques de inimigos vencidos e, assim, incorporar a seus robôs! Além disso, o mestre de jogo pode preparar com antecipação alguns e, consequentemente, deixá-los à escolha logo após os combates!

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

Ottokar já nos ofereceu o folhetim exótico e uma revisão da aventura colonial. Chegou a hora de brincarmos com a Ficção Científica Pós-Apocalíptica. Recomendamos a leitura desse artigo AQUI, cobrindo os Enclaves e seus governantes, os Senhores da Guerra. Diferentemente do episódio anterior, o tom é sujo e violento, análogo aos OAVs japoneses dos anos 90!

Mas ao mesmo tempo, os personagens tem uma missão simples e heroica: libertar uma população de seu tirano. Aqui, há poucas complexidades — e isso vai servir de refresco para os jogadores acostumados a contornar regras e restrições legais.

Divirtam-se.

Episódios Anteriores

00 — Introdução (AQUI).
01 — O Sinal Desconhecido (AQUI)
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04 — Cidade do Perigo (
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05 — O Templo dos Guerreiros (
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Brigada Ligeira Estelar: o Ano Perdido (05)

Brigada Ligeira Estelar

Brigada Ligeira Estelar: O Ano Perdido — Episódio Cinco: O Templo dos Guerreiros

Anterior: os pilotos da Brigada Ligeira Estelar estão com tempo livre enquanto a peça tecnológica é estudada. Contudo, ela acabou de localizar outra peça guardada neste mundo. Além disso, ela está desativada. Portanto, cabe aos protagonistas viajar para o local e pedir sua posse.

Local: Cidade-templo de Qarmat, Kabbadi (Ottokar)

Situação Prévia:

A princípio, os protagonistas chegam à cidade-templo de Qarmat. Ela é guardada por velhos sábios do Destino que protegem antigas tecnologias encontradas neste mundo. Entretanto, vivem de forma monástica, desenvolvendo uma arte de combate própria a ser usada em seus robôs lanceiros. Eles são pacíficos e pacientes, mas convencê-los a liberar esse material é quase impossível.

Evento:

Há mais de dois séculos os Homens Azuis do deserto vem tentando tomar o local e, assim, incorporar essa tecnologia desconhecida aos seus implantes. Contudo, eles conseguiram reunir três de suas grandes tribos para um cerco definitivo contra a cidade-templo. Todavia, a chegada de membros isolados da Brigada não afetará seus planos: agora, eles tem um mecanismo de pulso eletromagnético.

Consequentemente, o pulso deixa Qarmat incomunicável. Dessa maneira, cabe aos personagens, como representantes da Aliança Imperial, ajudar a defendê-la. Como agravante, os Homens Azuis jamais quiseram fazer nenhum tipo de acordo com a Aliança ou mesmo com a Regência. Assim, os Hussardos Imperiais até podem ajudar os lanceiros locais na sua defesa… mas, politicamente, este pode ser um campo minado!

Reviravoltas

Destrua a Máquina: os personagens podem entrar em uma missão para destruir o gerador de pulso e, dessa forma, convocar a Brigada Ligeira Estelar. Ela poderia varrer o inimigo com sua chegada. Contudo, o orgulho dos Homens Azuis jamais lhes permitiria se render. Concomitantemente, isso atiçaria todas as suas tribos em Ottokar… e seria usado politicamente contra a Brigada. Como proceder?

A Mão do Destino: uma tecnologia em especial, guardada nos subterrâneos da cidade-templo, não pode ter sua existência revelada nem cair nas mãos dos invasores. Caso seja acionada, o será em último e extremo caso. Mas… se os Homens Azuis, ou mesmo a Brigada, estiverem inevitavelmente perto dela? Será o caso de usá-la? Quais serão as consequências?

Duelo de Honra: uma forma de encerrar o combate, caso ambas as tropas se vejam em impasse, é desafiar o líder das forças combinadas dos Homens Azuis a um duelo. Entretanto, ele é um ciborgue cheio de implantes — com capacidade de combate, dentro e fora de um robô, turbinada. Dessa forma, a derrota não significa só a morte, mas também a chancela da invasão Azul!

Epílogo

Caso os personagens tenham sucesso em salvar a cidade-templo de Qarmat, os Sábios a tratarão como uma dívida de honra a ser paga. Provavelmente cederão a peça a ser encaixada na peça anterior e isso, obviamente, levarão a todos para o seu próximo passo na próxima sessão. Caso seja uma aventura one-shot, trate-a como um item isolado a ser entregue.

Ideias

Desenvolva a Cidade: ela pode ser algo mais do que uma cidadela no semi-árido. Se sua grande arma estiver oculta, por qual motivo três tribos se uniram para tomá-la? Por qual razão isso não aconteceu antes? E além dos lanceiros, temos outras defesas?

Aprendam técnicas novas: logicamente os Sábios não entregarão seus grandes segredos de combate para estranhos. Mas sob cerco, caso a impressão deixada pelos personagens seja positiva, eles podem ensinar novas manobras de combate — hora de gastar PEs!

Considerações para Brigada Ligeira Estelar RPG

Voltamos ao familiar terreno da Ficção Científica Militar, agora resgatando uma certa influência das aventuras colonialistas da velha Hollywood (e quando falamos de hussardos e lanceiros, eles também estão presentes nelas). No entanto, temos um twist: a Brigada Ligeira Estelar não quer ser uma força colonizadora. Ela precisa ser melhor do que isso.

Em suma, temos um dilema: a força total pode ser inevitável contra um inimigo completamente avesso à acordos. Falamos dos Homens Azuis de Ottokar em A Constelação do Sabre, Vol. 2 (páginas 30-31, 76, 87). Ahaggar, o Feroz, pode ser usado como seu líder.

Divirtam-se.

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Brigada Ligeira Estelar: Átrida Sete

Uma cidade-colônia planetária para suas campanhas de Brigada Ligeira Estelar!

Em Brigada Ligeira Estelar, a ação não precisa se limitar aos mundos habitáveis. Assim, as colônias mascon (acrônimo de “Concentração de Massa” em uma língua humana morta) são fundamentais para a presença humana no espaço: basta alterar a gravidade em alguma área relativamente ampla através de geradores gravitacionais, gerar um campo aonde se possa estabelecer uma base isolada e simular artificialmente as condições de seu ambiente natural. Contudo, isso não é fácil.

Dessa forma, isso nos leva a Átrida Sete — a maior e mais antiga cidade-colônia da Constelação, com dimensões de grande metrópole. Localizada no planeta Bravia (também em Sabre-1), foi construída na febre da colonização de mundos seguida à descoberta do planeta Altona. Pertencente à zona habitável e com gravidade próxima ao padrão terrestre, Bravia já deveria ter sido terraformado há séculos… mas o problema é a natureza de Átrida, e de seus habitantes, em si.

Trans-cibers, caçadores de recompensas… só a “nata”.

A Colônia do Caos

A história de Átrida Sete é marcada por ciclos de abandonos, devastações, conquistas, revoluções, ondas migratórias, levas de refugiados, conflitos internos, mais destruições… e reconstruções, além dos revezes causados pelas guerras no Grande Vazio e, por fim, dos crônicos interesses corporativos de sempre. Isso truncou seu desenvolvimento, fazendo-a evoluir à parte do resto da Constelação, gerando dessa forma um local completamente alienígena para o resto do Império.

Composta de vários domos de aço transparente, anexados desordenadamente uns aos outros, esta cidade está na sua sexta reconstrução (daí o nome) e é uma salada de etnias e subgrupos políticos (sendo a política feita na base do tiroteio), com uma longa história incompreensível para estrangeiros… exceto pelas partes mais explosivas, obviamente. Não sem razão, apesar dos planos originais, nunca houve uma segunda tentativa de colonização nesses moldes.

Se ninguém impor lei e ordem, vai dar nisso. Simples.

Promissor, mas problemático

A colonização gerou uma propensão regional à turbulência e isso termina sempre por afastar muitos daqueles capazes de ajudar a transformar positivamente a vida no local. Mesmo Silas Falconeri tentou ordenar iniciativas — há um ativo simbólico em ser a maior cidade-colônia espacial da Constelação e mundos terraformáveis são importantes. Contudo, ali é Átrida Sete: todo início promissor leva a desenvolvimentos convulsos… e, finalmente, termina mal.

Todavia, existem várias colônias menores no planeta, sempre associadas a algum projeto de exploração mineral. Porém, pelas suas dimensões e por concentrar a maioria absoluta dos colonos ali presentes, ninguém pensa em começar a terraformação de Bravia por outro lugar. Sendo Átrida Sete uma eterna bomba relógio — dependente do exterior para itens vitais como geradores de oxigênio — a Brigada Ligeira Estelar obrigatoriamente precisa vigiar o local.

Aqui é um lugar para sobreviventes!

Os Domos de Átrida Sete

Graças ao seu crescimento particular, com domos geodésicos construídos lado a lado e unidos por portais, Átrida Sete é dividida em… Domos. Para se chegar de determinado lugar a determinado lugar, existem duas formas: em primeiro lugar, os mergulhões subterrâneos, uma experiência potencialmente perigosa para quem viaja de metrô. Em segundo, as rotas internas para carros Magnéticos. Cada Domo — e, eventualmente, dois ou três — equivale a um bairro.

Embora os domos das elites locais sejam bem melhor protegidos, Átrida Sete não é um bom lugar: os pais criam seus filhos para saírem dali e levá-los juntos. Contudo, boa parte da culpa por seu atraso é só deles mesmos: do seu ego coletivo injustificadamente inflado, de rancores de classe (especialmente dessas elites, comparativamente mais pobres do que as de outros mundos)… e da sua propensão a furiosamente destruir qualquer iniciativa de avanço.

Lembrem-se: parte da função da Brigada é combater Piratas Espaciais…

Para Campanhas de Brigada Ligeira Estelar

Átrida Sete pode ser olhada por diferentes ângulos. Obviamente, o primeiro é de faroeste espacial: política feita à bala, emboscadas com lados opostos em eterna disputa, matadores, jagunços — e dependendo do gosto dos jogadores, com um tempero cyberpunk envolvido. Além disso, ele tem a vantagem de estar longe dos principais mundos da Constelação, permitindo assim, ao mestre, estabelecer dinâmicas próprias e flutuantes de poder nas suas campanhas.

Apesar da vigilância da Brigada Ligeira Estelar (equivalendo praticamente a um forte de cavalaria — e assim, defendendo o local de piratas espaciais e outros tipos), este também é um local interessante para campanhas à margem, focada em caçadores de recompensas, contrabandistas e tipos similares — algo mais Guardiões da Galáxia do que Star Trek (embora o tom de um Deep Space Nine, também mais próximo a um faroeste, não seja nada mau).

Divirtam-se.

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